“Vamos logo Iggy, temos que achar o que é pra fazer!” Disse América. Logo que o sino tocou ele e inglês saíram do quarto, e se depararam com uma placa dizendo “A pista para a primeira tarefa está no quarto.”

“Porque ao invés de ficar reclamando e mandando você não procura também?”

“Eu estou fazendo isso, um HERO nunca deixaria o serviço nas mãos de alguém que faz coisas desprezíveis como espionar.” O mais novo reclamou.

“Falou o idiota que não consegue controlar a própria língua e sempre fala coisas estúpidas que podem magoar os outros.” Arthur murmurou.

“Disse alguma coisa Inglaterra?” Alfred questionou, enquanto olhava embaixo das camas.

“NADA SEU IDIOTA! MORRA DE UMA VEZ!”

–---------------------------------------------------x---------------------------------------------

“Aqui também não tem nada Alemanha.” O italiano falou, se aproximando do alemão.

“A pista diz que temos de encontrar alguma coisa aqui no quarto. E PORQUE O CHÃO ESTÁ TODO MOLHADO?”

“~Ve? Eu derrubei um vaso de flores sem querer enquanto procurava.”

“Tsc, só fique sentado ai, eu encontro a tal coisa.” Sugeriu Ludwig.

“Desculpe sir, mas dessa vez eu não vou poder cumprir sua ordem.” Disse Veneziano, voltando a procurar.

“E desde quando você segue o que eu digo?” Pensou o loiro, lembrando de todos os treinamentos que o menor deixava de lado para dormir ou comer. “Porque não pode esperar Itália? Eu fico muito mais tranquilo com você ficando apenas parado ai.”

“Mas Alemanha disse que ia conseguir a coisa que eu mais quero no mundo se ganhássemos, então eu tenho que me esforçar! Vamos conseguir isso trabalhando juntos, certo?” Itália falou, fazendo o outro corar um pouco. O que será que o italiano queria tanto para chegar ao ponto de querer se esforçar em algo? Um prato gigante de pasta? Ser dispensado dos treinamentos? Uma siesta que durasse 1 semana?

“Eu nunca vou conseguir entender ele...” Suspirou o alemão, indo para perto da janela. “Ei Itália, sempre teve uma árvore pintada no canto da nossa janela?”

“~Ve? Do que está falando Alemanha?”

“Essa pintura, não estava aqui mais cedo... Deve ser a pista. Mas o que quer dizer?”

“Tem um monte de árvores na floresta, porque não perguntamos a elas?”

“Não fale besteiras... É ISSO A FLORESTA! VAMOS LOGO ITÁLIA!”

“YES SIR! Mas o que vamos fazer lá?”

“Eu explico no caminho!” Ludwig falou, e colocou o menor nas costas. Eles iam chegar mais rápido daquele jeito.

–--------------------------------------------x---------------------------------------------------

“Ah, eu não aguento mais isso. Já reviramos o quarto inteiro, não encontramos nada que pareça com alguma dica sobre o jogo... Melhor desistir disso!” Disse América, se jogando na cama.

“Nem pensar. Pode ficar ai mas eu não paro esse maldito jogo enquanto não recuperar aquela gravação. Quem diria, alguém que se auto-intitula “hero” desistindo logo no começo. N-Não que eu precise da sua ajuda ou algo do tipo!”

“EU NÃO ESTOU DESISTINDO! APENAS PRECISO COMER ALGUMA COISA PRA RECUPERAR AS FORÇAS!”

“NO FIM DAS CONTAS VOCE SO QUER FICAR NO QUARTO SE ENCHENDO DE PORCARIAS!” Arthur gritou, fazendo Alfred corar de raiva e vergonha.

“E-E-E A-A-AFINAL O QUE TEM NESSE PENDRIVE DE TÃO INTERESSANTE PRA TE DEIXAR TODO ANIMADINHO?”

“N-N-NÃO É DA SUA CONTA!” Foi a vez do amante de chá de ficar vermelho.

“E falou isso alguém que espiona os outros.”

“Vai voltar a esse assunto de novo?”

“Eu só quero saber por que diabos estava fazendo isso!” Pela primeira vez Inglaterra viu o mais novo irritado de verdade, e isso o deixou assustado.

“N-Nada demais.”

“Nada? Pensei que estava evitando que eu criasse alguma confusão.” América sorriu triunfante, era a primeira vez que conseguia derrotar seu ex-tutor numa batalha de inteligência. Para não desperdiçar a chance, ele se aproximou do mais velho, o deixando preso entre a parede e o braço do amante de hambúrgueres.

“D-Desde quando você usa uma cara dessas?”

“Não tente mudar de assunto, eu quero saber! Porque estava espionando? Porque ficou tão estranho quando eu me aproximei do Rom? O que está escondendo Ingla...”

“EU ESTAVA COM CIÚMES TÁ BOM? AH VOCE É REALMENTE UM IDIOTA AMÉRICA! SEU ESTUPIDO IMBECIL LENTO, EU...” O inglês parou seus insultos quando finalmente percebeu o que tinha dito. “ESQUEÇA ISSO! EU AINDA ESTOU BÊBADO!”

“Ciúmes? O que isso quer dizer Inglaterra?” América perguntou.

“Você não... NÃO É NADA ABSOLUTAMENTE NADA! VAMOS VOLTAR AO JOGO!” Arthur respirou aliviado, tendo certeza que ia se livrar de dar uma humilhante explicação.

“Tem razão! Essa pista com certeza nos mostrará onde os outros estão, então eu posso achar alguém que saiba o que é ciúme! O Japão é bem inteligente, ele deve saber.”

“Oy, o que quis dizer, que eu não sei o que é?”

“Não precisa ficar com vergonha Inglaterra, vou tentar não rir mito de alguém que se diz tão culto e não sabe o significado de uma palavra tão pequenininha HAHAHAHAHA!”

“É OBVIO QUE SEI O QUE ELA SIGNIFICA!”

“Claro, claro. Vamos achar logo a pista ai eu aproveito e faço o França me dizer o que tem na sua gravação.”

“Eu não vim pra essa ilha e vivi todo esse inferno para chegar ao mesmo resultado e você ouvir aquilo!” Inglaterra falou.

“Então eu sou o único que não pode ouvir? NÃO ME DIGA QUE ESTÁ ME AMALDIÇOANDO OU ALGO DO TIPO? OU DESCOBRIU UMA MAGIA PARA CRIAR HAMBURGUERES INFINITOS E ELA ESTA NA GRAVAÇÃO? Ah, sabia que era uma ótima ideia pegar esse pendrive do bolso do França enquanto ele não estava olhando! Como esperado do plano de um HERO HAHAHAHAHAHA!” O americano comemorou, balançando um pequeno objeto metálico e o conectando no notebook.

“DESDE QUANDO HEROIS ROUBAM? E ME DEVOLVA ISSO SEU IDIOTA NÃO OUÇA!”

“Vai fazer o que pra me impedir?” Antes que a faixa de áudio começasse, Arthur se jogou numa missão praticamente suicida: Beijou o loiro de olhos azuis tão desesperadamente que ambos caíram na cama. Era melhor fazer aquilo do que deixar América prestar atenção naquela maldita gravação.

Surpreendentemente, o mais novo não fez nenhuma menção de sair dali, ao contrário, logo que os dois pausaram o beijo para respirar Alfred inverteu as posições, ficando em cima do britânico e tomando seus lábios.

“Nossa isso é muito estranho... Porque eu não consigo parar de te beijar Inglaterra? VOCE ME AMALDIÇOOU MESMO?”

“CLARO QUE EU NÃO VEJO O AMÉRICA COMO UM GAROTINHO! EU NÃO PODIA DESEJAR ESSE TIPO DE COISA SE NÃO O AMASSE DE UMA FORMA... AH NÃO SEI QUAL A FORMA DE AMOR QUE VOCÊ TEM VONTADE QUE ALGUÉM TE EMPURRE CONTRA UMA PAREDE E TE AGARRE?” A voz que soou no quarto era igual a de Inglaterra, mas não saia dos lábios dele e sim do notebook que por pouco não tinha se espatifado no chão.

“Então era esse seu segredo Inglaterra? HAHAHAHA NÃO SE PREOCUPE, SE É ESSE O SEU DESEJO O HERO AQUI VAI REALIZÁ-LO!”

Lá fora o jogo continuava, mas naquele quarto ele já tinha sido esquecido.