"Hungria? O que faz aqui?" Prússia perguntou chocado. Tinha decidido tocar um pouco para relaxar a cabeça, e no final da segunda ou terceira música, percebeu que a garota estava parada em sua porta, o encarando com uma expressão indecifrável.

"Não sabia que você tocava tão bem..." Ela falou, ainda parecendo meio surpresa.

"Claro, uma awesome existência como a minha consegue tocar um instrumento ou dois com perfeição kesesesese. Então, o que veio fazer aqui?"

"Só fiquei curiosa pra ver de onde vinha a música, não se engane, continuo sem querer olhar para essa sua cara de idiota." A húngara reclamou, virando de costas para ir embora.

"Só por causa daquilo ainda? Relaxa, não ouvi quase nada da sua ligação pro seu namorado." Disse Gilbert, não conseguindo esconder a irritação quando pronunciou a palavra namorado.

"Namorado?" A morena questionou.

"Namorado, marido, sei lá o que vocês são agora, pessoas incríveis não se metem no relacionamento alheio, então vão lá e façam bebês, já que você é tão loucamente apaixonada pelo bakaristocrata."

Alguns segundos de silêncio se passaram, até que Hungria, com uma cara furiosa tirasse o celular do bolso e uma pequena gravação se iniciou.

"Áustria-san, quando ouvir essa mensagem me retorna tá? Seus conselhos sobre o idiota do Prússia e o que fazer agora que admiti o quanto amo aquele cabeça oca estão fazendo falta."

"Essa mensagem é de 2 meses atrás, eu mandei pro Áustria-san... Agora você entendeu o que está acontecendo, seu maldito idiota com complexo de Ore-sama? Ou eu vou precisar te dar uma frigideirada pra organizar seus malditos neurônios?" A garota questionou, completamente sem paciência com a lentidão do outro. "Tsc, você é um caso perdido seu desgraçado. Saia da minha frente, sua cara me irr-"

"Quanto tempo?" A morena foi interrompida pelo albino, e ela se perguntava desde quando ele parecia tão sério. Aquele era o mesmo cara que colocava cola nos sapatos de Áustria e escondia as roupas das pessoas no 1 de abril?

"Do que está falando?"

"Desde quando você sente isso por mim?"

"Sei lá, não f-faça perguntas difíceis.... Alguns anos talvez?" Elizabeta chutou, tendo a impressão de que era muito mais do que isso.

"Todo esse tempo eu achei que você era completamente apaixonada pelo Áustria. Você é realmente nada awesome Hungria, enganando seus sentimentos enquanto o grande Ore-sama estava amando você há décadas." Gilbert tentou fazer sua "pose de cara incrível" usual, porém suas bochechas estavam meio rubras.

"Você é realmente muito idiota, Prússia...." Disse Hungria, sorrindo levemente e aproveitando aquele momento o máximo que podia.

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"De novo, porque eu tenho que limpar a bagunça que você fez na sua área sendo que a minha estava praticamente vazia?" Inglaterra questionou irritado, varrendo alguns enfeites de halloween quebrados.

"Onde está seu espírito de halloween Iggy, o que faz ser gentil e ajudar o próximo?" América perguntou, fazendo bico.

"Isso é espírito de Natal bloody git, eu já cumpri minhas obrigações de espírito de halloween quando fiz você borrar as calças com meu espelho." O britânico zombou, colocando o lixo no saco e batendo as mãos uma na outra para tirar a poeira.

"EU NÃO BORREI AS CALÇAS! UM HERO NUNCA FARIA ISSO!"

"Claro claro." Arthur ironizou.

"OLHA AQUI!" Alfred gritou, abaixando as calças, o que fez o menor corar completamente.

"É.... D-De fato e-está limpa...."

"E-Eu disse, n-não disse?"

Houve um milésimo de segundo de silêncio antes que os dois, numa sincronia perfeita, começassem a se beijar intensamente.

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Alemanha encarou os lados, com olhos de soldado no campo de batalha, analisando cada detalhe.

Na sua frente havia a porta do quarto, que ele mesmo havia trancado para evitar incômodo. Poderia usar ela como rota de fuga, mas era um homem e tinha de enfrentar o que estava por vir.

Ao lado havia a porta do banheiro, onde Itália tinha entrado quando chegaram para tomar um banho. É, definitivamente não podia entrar lá.

E finalmente atrás dele estava a cama, cuidadosamente arrumada e realmente parecendo uma cama de casal, o palco do seu desafio que ficava mais próximo a cada segundo.

"Prontinho Alemanha! Wahhh, a água estava tão boa e quentinha!" Veneziano falou, saindo do banheiro com apenas uma toalha envolvida em sua cintura e uma um pouco menor pendurada no pescoço. "Eh? Alemanha? Alemanha você está bem?" Perguntou preocupado, quando percebeu que o outro lhe olhava com uma expressão completamente chocada e parecia inconsicente.

"CERTO ITÁLIAAA! VAMOS FAZER ISSO!" O alemão gritou, avançando pra cima do menor e o segurando pelos ombros.

"~Vee? Fazer o que Alemanha?"

"Eu prometo que cumprirei meus deveres de amante com você, e se essa é sua primeira vez fazendo esse tipo de coisa com um homem, serei extremamente gentil para não machucá-lo! Tem minha palavra de homem, não, de guerreiro!" Ludwig fez seu discurso numa posição militar, sendo encarado pelo assustado italiano.

"A-A-A-A-Alemanha, d-d-do que está falando? Ah espere! ~Ve, esse é seu jeito de dizer que quer ter nossa primeira noite de amor juntos? Bem, eu não estava pensando nisso, mas se você quer podemos tentar!"

"E-E-EH?? Você n-n-não... Então eu que... Mas você.... EHHHH?" O loiro balbuciou, completamente chocado. Então ele tinha sido o único a levar a sugestão de Veneziano para aquele lado?

"Eu prometo que irei me esforçar capitão!!" Depois disso, Itália se inclinou fazendo biquinho, apenas esperando o outro beijá-lo.

"Agora que comecei, tenho de assumir a responsabilidade pelas minhas palavras." O maior pensou, se aproximando de Feliciano e o beijando delicadamente. A medida que o tempo passava o beijo foi ficando mais intenso, e o pequeno italiano segurou com força nos cabelos claros do maior, pois seu corpo parecia feito de gelatina.

"Itália... Você quer mesmo fazer isso?"

"~Ve? Porque não ia querer Alemanha? Quando duas pessoas se amam não há nada mais normal que demonstrar seu amor, certo? E eu te amo muuuito muuuito muuuito." O italiano do norte falou, ficando abraçado com seu amado.

Ludwig sorriu gentilmente. Em meio a sua confusão, havia esquecido que algumas coisas não podem ser feitas com base de estratégias, planejamentos ou encarando como uma guerra. É apenas a demonstração dos seus sentimentos por uma pessoa. E se fosse depender do tamanho de seu amor por Itália, aquela seria a melhor noite de suas vidas.