Inazuma Lion escrita por Neryk


Capítulo 42
Cap 42 – Conceitos de Futebol


Notas iniciais do capítulo

AEEEE RAPAAAAZ hehe. Olha quem passou aqui para desejar um feliz natal? Hohohohohohohoho yo hehe.

E também aproveito a deixar mais um capítulo de Inazuma Lion! Cap longo, mas para justificar minha falta por tanto tempo e também por uma outra razão que irei explicar depois, tá bem?

Muito obrigado a Soph White e a Mãndy Òliver por terem comentado no capítulo passado. Vc são D+ galera!

E para quem gosta muito, mas muito mesmo dessa fanfic, vcs vão pirar no final hehe.

Ah, e um pequeno aviso: tem uma parte com hyperlink. E para quem não sabe, um conselho: Quando vc acessar, espera o som tocar para prosseguir com a leitura, que vai ficar show de bola hehe. E se não pegar de qualquer jeito, leia mesmo assim sem problema, está bem?

Ah, e também eu tenho algo muito importante para dizer nas notas finais do cap, viu?

Tenham uma Boa Leitura!



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Eryk freia quando chega até o centro. A movimentação nas ruas estava bem turbulenta. E tudo isso para comprar um presente para o Dia Branco.

– Caraca, o quê que eu faço? Tá tudo lotado nesse treco! – Se perguntava Eryk olhando para os lados, sem saber para onde ir e muito menos o que comprar para Fran.

– Se eu fosse você, pensaria primeiro com calma, esperaria essa multidão passar, e aí sim eu comprava algo. – Falou uma pessoa atrás de Eryk. O garoto olha para trás e ver um cara de olhos alaranjados e uma bandana azul claro que cobria a testa. Seu cabelo tem uma cor marrom trigo e seus fios eram grossos. Ele vestia um casaco azul escuro com calças azuis escuras e sapatos roxos.

– É, mas o clube do meu colégio esta preparando uma festa. E eu queria chegar a tempo para ajudar-los também. MAS COM ESSA MULTIDÃO, TÁ OSSO! – Dizia Eryk companheiro com o desconhecido enquanto ia até ele e logo em seguida, ele aponta para a multidão.

– Relaxa. É só ficar calmo e pensar, tudo bem? – A pessoa o falou tentando tranquilizá-lo. Eryk resolveu então seguir seu conselho.

– Tudo bem... Mas o que eu compro para ela? – Eryk agora se perguntava, pensando com todo o seu carinho em um presente digno da Fran.

– Quer um conselho? – O rapaz ao seu lado sugeriu.

– Oba, por favor. – Eryk aceitou de bom grado.

– Eu tenho uma irmã que adora flores. Ela disse que elas são magníficas e toda garota adora. O que acha?

– É CLARO! Como eu não pensei nisso antes?! – Eryk se tocou animado. – Valeu parceiro, a gente se ver por ai!

– Até! – Os dois se despendem um acenando para o outro enquanto Eryk corria para a floricultura mais próxima.

– Você não é-!

– É um prazer conhecê-lo. Me chame de Asta. – Asta interrompe Eryk, estendendo a mão para o garoto com um sorriso, fingindo que era a primeira vez que se conheciam.

– Antônio Eryk... – Eryk o cumprimentou, um pouco confuso com essa atitude. Não entendia isso. Achou que o irmão da Fran pretendia fazer uma surpresa, então entrou na onda.

– Só passei aqui para rever minha irmã. Sabe? Para garantir que ela estaria numa boa. – Asta sorriu piscando como um cúmplice para Eryk.

“Eu tenho uma irmã que adora flores.” Ah, claro... – Eryk se tocou, repetindo em pensamento. Deveria saber que ele estaria ali só pela irmã.

– Como vai a San? – Perguntou Fran curiosa e alegra até agora pela visita surpresa de Asta.

– Ela vai muito bem. Mandou lembranças. Mas... e aí? O que vocês estão fazendo? – Asta não pode deixar de perguntar. Na hora as bochechas de Fran coraram e Eryk passou a suar frio, mesmo sabendo que não precisava se preocupar, mas vai saber?

– Nós... bem... estamos... saindo. – Fran respondeu com dificuldades. O nervosismo e a vergonha quase não a deixaram responder.

Asta olha agora para Eryk. Depois olha para Fran. Depois olha para Eryk de novo e novamente retorna a olhar para Fran.

– Não tinha ninguém melhor não? – Perguntou Asta, fazendo Fran ficar emburradinha e Eryk ter um leve treco.

– A-Asta, por favor. – Tentou retrucar Fran.

Ótimo. O cara já está me avacalhando. – Eryk pensou, vendo que ia ser dureza conseguir a benção do irmão da Fran.

– Heh, está bem. Não vou mais interromper o passeio de vocês. Até logo, Fran. – Se despedia Asta abraçando Fran.

– Volte sempre. – Dizia Fran retribuindo o abraço com carinho. Quando os dois se afastaram, seu irmão foi até Eryk.

– Cuide bem dela Antônio Eryk. – Asta estendeu a mão para o garoto e o outro sorri simpático.

– Claro! Pode deixaaaaaaaa...! – Quando Eryk apertou a mão de Asta, o outro a apertou mais ainda, fazendo Eryk abrir a boca quase gritando de dor, enquanto Asta continuava sorrindo como antes, porém, esse agora era um sorriso sínico.

– Asta...! – A voz autoritária de Fran chegou até os ouvidos dele enquanto ela o olhava com reprovação a sua atitude.

– Tá! Está bem...! – Asta falou em rendição, largando a mão de Eryk.

– Hehehe carinha mais simpático, não é? – Eryk sorriu forçadamente bobo. Enquanto tentava esconder sua mão direita atrás de si, enquanto ela estava enxada de dor, latejando pulsivamente.

– Heh. Até mais. – Falou Asta indo embora.

Enquanto isso...

Tenma estava chegando em sua residência ao lado de seu cão, Sasuke. Quando dobrou a esquina, de longe viu a Senhorita Aki abraçando um homem, que era desconhecido para o menino.

– Hã? Quem será? – Se perguntou confuso. Para saber de quem se tratava, apertou o passo indo até eles.

– Estou tão feliz em revê-lo... – Dizia Aki sorrindo docilmente para o rapaz.

– Já faz bastante tempo, não? – Comentou o rapaz.

Seus cabelos eram marrons. Seus olhos eram castanhos. Sua pele era morena e vestia um casaco azul com os botões fechados, calças verde-musgo e sapatos brancos. Ao seu lado, no chão, avia uma mala com vários adesivos dos estrangeiro.

– Olá! – Chegou Tenma cumprimentando os dois educadamente animado.

– Ah, olá Tenma. Quero que conheça uma pessoa. – Dizia Aki se referindo ao rapaz ao seu lado.

– Então é você o famoso Tenma Matsukaze? É um prazer conhecê-lo. Meu nome é Kazuya Ichinose.

Enquanto isso...

Para fechar o encontro com chave de ouro, Eryk levou Fran até a torre de ferro para admirarem o pôr-do-sol. E quando chegaram na escadaria, ouviram um grito de guerra familiar.

– Ah hah. Olha quem está aqui. – Dizia Eryk se encontrando com Endou treinando.

– Haha Eryk...! – Os dois correm até o outro e batem seus punhos em cumprimento.

– Olá! – Natsumi se pronunciou gentilmente sentada no banco.

– Natsumi... – Dizia Fran indo abraçá-la.

– Que coincidência. O que vieram fazer aqui? – Perguntou Endou puxando assunto.

– Viemos assistir o pôr-do-sol. E você? O que estava fazendo com esse pneu? Estava usando como um balanço? – Perguntou Eryk olhando para o pneu. Endou começa a gargalhar, vendo que o garoto se confundiu.

– Não Eryk... eu estava treinando. – Explicou entre risadas.

– Que tipo de treino? – Perguntou Fran, antes de Eryk ter a oportunidade de fazer o mesmo.

– Endou sempre aperfeiçoou suas técnicas de goleiro aqui, nessa árvore. Foi graças a ajuda do livreto do seu avô que Endou conseguiu se tornar no melhor goleiro do mundo inteiro. – Explicava Natsumi fazendo questão de contar os grandes feitos de Endou.

– Nossa... treinar aqui novamente deve te trazer lembranças ótimas, não é Endou? – Dizia Eryk admirado por saber disso.

– Sim... esse lugar me trás ótimas recordações de meus companheiros. Foram momentos inesquecíveis. E sou grato ao meu avô por ter me proporcionado isso... – Dizia Endou nostálgico encostando sua mão na árvore delicadamente enquanto se recordava do primeiro dia que veio para essa época para ajudar Eryk a ficar mais forte.

Endou subia as escadas ansioso. E quando chegou ao topo, não conteve seu imenso sorriso.

– Nossa! Como mudou muita coisa...! – Dizia Endou com seus olhos brilhando.

– Espere por nós, Endou! – Chamou Natsumi tentando correr na mesma velocidade que Endou, enquanto Kanon tentava acompanhá-la para que ela não fique sozinha na escada.

– Nossa... 12 anos depois e a torre de ferro continua a mesma. Nem parece enferrujada... – Dizia Endou olhando para a torre próxima deles.

– Hehe a torre não vai para lugar nenhum, bisavô. – Dizia Kanon indo ficar ao lado de Endou. – Mas mesmo assim... é nostálgico.

– Como é a torre de ferro no futuro, Kanon? – Perguntou Endou sorrindo animado.

– Lá é o centro das atenções. Sabia que bem ali vai ter um campo de treinamento de um programa de futebol criado pelo governo que aceita qualquer um a entrar pro time? Ele foi criado para todos os tipos de pessoas, crianças e adultos, a jogarem futebol! – Dizia Kanon apontando para um local próximo a torre. E Endou, ao saber disso, se alegra mais ainda.

– Eu não... acredito... – Endou ficou tão emocionado que começou a lagrimejar.

– Que isso, não chore. Toma. – Natsumi puxou de seu bolso um lencinho que sempre carrega consigo e limpa as lagrimas de Endou.

– Obrigado Natsumi. – Agradeceu Endou.

Quando Natsumi viu que seus rostos estavam próximos um do outro, ela acenou a cabeça positivamente e virou o rosto antes de Endou perceber que ela estava começando a ficar vermelha de vergonha.

– O futebol é um esporte incrível. – Falou Endou agarrando a barra de ferro para assistir a vista que o pôr-do-sol lhes proporcionava.

– Se é! – Concordou Kanon colocando a mão no bolso.

– Concordo. – Natsumi também respondeu enquanto elevava sua mão esquerda até seus cabelos, os segurando enquanto sentia uma gostosa e aconchegante brisa de vento soprar por ali para os três, enquanto o trio assistia o mais belo fenômeno da natureza que era o pôr-do-sol.

– Vocês estão namorando? – Natsumi perguntou baixinho no ouvido de Fran.

– N-n-não! Não estamos. Só estamos saindo juntos, mais nada. – Fran respondeu gaguejando.

– Ah, entendo... – Suspirou Natsumi desanimada.

– Ei Eryk, você não quer treinar comigo? – Endou convidou Eryk jogando o pneu pendurado na árvore de leve para ele, enquanto o outro recebeu com os olhos brilhando.

– Cara, depois de ouvir tudo isso, você ainda pergunta se eu quero? MAIS É CLARO PARCEIRO! VAMOS NE-!

Eryk se alto interrompeu. Quando ele olha para o lado, ele vê Fran, o encarando confusa por ele ter parado de falar assim do nada.

– Pensando bem... eu adoraria, mas no momento estou concentrado em “algo melhor...” – Dizia Eryk, enquanto devolvia o pneu para Endou, enquanto fazia menção com a cabeça e com o olhar, se referindo a garota de cabelos azuis ao seu lado.

– Ah, hehehe tudo bem então. – Dizia Endou se tocando do que Eryk queria dizer.

– Vamos Fran? Permita-me levá-la em sua residência? – Quando Eryk dirigiu a palavra para Fran, ele começou a falar como um perfeito cavaleiro, enquanto sua mão direita mostrava o caminho e a esquerda ficava atrás de si.

Fran e Natsumi riem dele. Mas Fran acaba aceitando a proposta.

– Só se você me permitir uma estadia em sua residência também. – Respondeu Fran imitando uma donzela refinada enquanto estendia sua mão direita. Eryk ri e pega em sua mão.

– Até mais, pessoal! – Se despediu Eryk, e Fran acenou para os dois.

– Até!! – Endou e Natsumi se despediram em uníssono.

Primeiro a Aoi, depois a Nagazy. E pelo visto, agora, esses dois... – Pensava Natsumi. Ela ficou sabendo entre Nagazy e Tsurugi pelo email que Nagazy fez questão de mandar para todas as garotas do time e suas colegas de classe.

– Bom, vamos voltar a treinar.

Endou foi pegar uma bola de futebol que tinha deixado perto da árvore para treinar depois. Ele começa a chutar a bola fazendo algumas embaixadinhas e às vezes usava a árvore como um companheiro de treino.

– Você faz parecer tão fácil... – Comentou Natsumi enquanto assistia.

– É só você treinar muito que pega o jeito. Não quer experimentar?

– Hã? Eu? Não, obrigada. Estou muito bem aqui.

– Vamos...! Garanto que você vai se divertir. Vai.

Endou chuta a bola de leve para Natsumi. Ela foi até a menina rolando no chão lentamente até chegar em seus pés.

Quando ela viu a felicidade estampada no rosto de Endou, ela resolveu arriscar. Ela andou até ficar no meio do caminho na calçada, ficando de frente para Endou, e chutou a bola.

Mas Natsumi chutou com tanta força que ela foi parar bem no alto. E se Endou não tivesse dado um grande salto para agarrar a bola, ela teria ido parar ladeira abaixo.

– Ufa, essa foi quase. – Dizia Endou pegando a bola com as duas mãos.

– Está vendo? Eu sou péssima nisso! – Falou Natsumi emburrada consigo mesma cruzando os braços.

– Não diga isso. Bem... vamos começar de leve. Só manda um toque, vai.

Endou posiciona a bola no chão e da um pequeno toque para Natsumi.

Quando a bola chegou até ela, Natsumi repete o mesmo gesto com seu pé e Endou recebe a bola de volta.

– Vai, de novo. – Incentivou Endou novamente.

E foi assim. Um toque pra lá, outro para cá, Natsumi recebia e chutava a bola aos poucos, até conseguir passar a bola para Endou chutando um pouco mais alto.

– Isso é incrível! – Falou Natsumi, com um sorriso encantador.

Essa foi a primeira vez que Endou ver um sorriso tão lindo transbordando em Natsumi. Ele ficou tão encantado com esse sorriso que parecia que o mundo tinha parado. Um lindo brilho exaltava em Natsumi, e somente Endou via esse brilho. O garoto nem se importava mais com tudo a sua volta. A torre, o pôr-do-sol, a bola de futebol no ar, mais nada.

Tudo que Endou queria... era ver Natsumi sorrir assim, para sempre.

Mas ele acaba acordando de seus devaneios quando percebe que a bola que Natsumi tinha acabado de chutar, com mais força ainda, acabou batendo sem querer em uma pessoa próxima deles.

– Ah, me desculpe. Você está bem? – Endou perguntou preocupado com ele.

A pessoa apenas segura a bola com as duas mãos como resposta.

– Poderia nos devolver a bola, por favor? – Endou pediu educadamente.

A pessoa sorri. E como resposta, ela larga a bola no chão e a pisa com toda sua força até...

...estourá-la.

Os olhos de Endou se arregalam em um misto de surpresa e indignação. Natsumi também imita o mesmo ato como o garoto. A pessoa a frente dos dois os encara friamente. Tão frio que não se podia deduzir o motivo de ele ter feito isso.

– E... Ei... Porque você fez isso? – Endou tentou ficar calmo. Mas a cena que acabou de presenciar o tinha deixado abalado demais.

Como ele conseguiu estourar uma bola profissional em perfeito estado como se não fosse nada...? – Natsumi se perguntou em pensamento, incrédula com a força esmagadora do ser.

– Heh heh... Porque eu fiz isso? Porque eu não suporto o futebol. – A pessoa o respondeu de uma maneira fria e com desprezo. O que fez Natsumi fitar Endou preocupada.

– O... O que? – Endou está tentando absorver as palavras que acaba de ouvir até agora. Ainda não tinha compreendido o motivo que fez esse estranho fazer aquilo com a bola.

– Há tantas coisas que realmente temos com que se preocupar, e a humanidade escolhe um esporte sem propósito como o futebol. Qual é a maldita graça de correr atrás de uma bola?

– Porque está dizendo isso? O futebol é um esporte maravilhoso. O futebol não é um esporte sem propósito. Ele ajuda a trazer sorriso para as pessoas. – Endou tentou convencê-lo com suas palavras. Mas o olhar do desconhecido dizia que não estava conseguido.

– Ah, não? Então o que vai acontecer se todos derem a atenção para o futebol? Eles iram se esquecer de todo o resto. Não se importaram com mais nada a não ser com a ganância da vitória.

– Não... está errado... o futebol não é ganancioso. É um esporte coletivo, que ajudar a aproximar mais ainda as pessoas. Que unem elas. É um esporte que trás vida para todos. – Dizia Endou de coração, mas de uma maneira melancólica. Natsumi estava mais preocupada ainda com ele. E a pessoa a sua frente escutava a tudo isso sem dar a maior importância.

– Hmpf. O futebol ainda vai trazer escuridão para o mundo. E quando você perceber será tarde demais.

Dizia o desconhecido, dando as costas para os dois, se retirando do local.

– Endou... – O coração de Natsumi apertava de aflição. Endou parecia querer explodir de raiva. E como previa o que estava prestes a acontecer, ela dá uns passos para trás, até Endou dar um alto e intenso grito de frustração.

As mãos do jogador estavam douradas, enquanto raios da mesma cor ficavam em volta delas. E quando Endou gritou com toda a sua força para o mundo inteiro ouvir, uma enorme mão dourada surgiu no céu, logo em seguida a enorme mão se fecha para um punho e depois ela sobe até o ar, até uma explosão de luz acontecer.

No dia seguinte...

– Vamos Eryk, mais uma vez! – Incentivava Shinsuke mais uma vez, ajudando Eryk em seu treinamento de sua técnica ao lado de Endou no campo do colégio Raimon, enquanto Eryk tentava pegar fôlego após ter tentado utilizar a técnica mais uma vez.

– Aff, eu não consigo. Não sou tão rápido como você. E sem falar que o seu tamanho ajuda a efetuar essa técnica, Shinsuke. – Queixava Eryk com as mãos no joelho, exausto por treinar tanto.

– Vamos Eryk, você está quase conseguido aperfeiçoá-la. Só mais um pouco, vamos lá! – Endou incentivava com a mesma animação que Shinsuke.

Natsumi observava Endou de longe. Desde que acordou de manhã, ele parecia não se lembrar o ocorrido de ontem à tarde.

– O que eles estão fazendo? – Fran foi até Natsumi e perguntou curiosa em relação aos três goleiros da Raimon.

– Parece que o Shinsuke esta ensinando sua técnica para o Eryk. E o Endou está ajudando ele. – Respondeu Natsumi tentando ser o mais natural possível, tentado disfarçar sua preocupação pelo Endou.

– Entendo... – Assentiu Fran.

– Quer dizer que o Yuuichi foi fazer uma operação na Europa de ultima hora? E seus pais? Já estão sabendo disso? – Perguntou Nagazy mais uma vez, preocupada com Kyousuke.

– Parece que eles ficaram sabendo logo depois. Para confirmar isso eles mesmos resolveram viajar para a Europa para ficar ao lado dele. Eu queria ter ido, mas só tinha passagem para uma pessoa, então foi a mãe que resolveu ir enquanto o pai trabalhava e eu estudava aqui. – Explicou Tsurugi por fim. Este estava sentado no chão, descansando do treino, e ainda tentando arejar um pouco dessa situação.

– Ai Tsurugi... Eu estou tão preocupada com o Yuuichi... – Dizia Nagazy carinhosa abraçando as costas de Tsurugi, entrelaçando seus braços no pescoço do mesmo com amor e carinho. Kyousuke retribui deitando sua cabeça no braço da menina, o que a fez corar um pouco.

– Fran? Você já usou uma técnica combinada antes? – Perguntou Natsumi.

– Eu? Bem... não. Ainda não tive a oportunidade. – Respondeu Fran.

– O que acha de tentar? Escolha alguém tão poderoso quando você no time para fazer isso. Garanto que um chute combinado com você será algo invencível. – Falou Natsumi por fim.

Fran começou a pensar. Essa é a primeira vez que ela faria algo assim. E foi pensando nisso que ela se tocou de algo. Mas isso a fez abaixar a cabeça, usando seus longos cabelos para esconder seu rosto avermelhado, enquanto andava com um rosto indecifrável em direção ao gol.

– Fran? – Perguntou Natsumi, não fazendo idéia do que ela pretendia.

Eryk ria alegre com os outros dois goleiros. Endou e Shinsuke sorriam para ele também. Mas quando os dois avistam Fran indo na direção deles, os garotos dão passagem para ela, até Fran ficar de frente para Eryk.

– Ah, oi Fran. Qual é a boa? – Pergunta Eryk descontraído.

– E... Eryk...

Fran estava vermelhar. Por algum motivo ela não conseguia falar sem gaguejar.

–... Natsumi me sugeriu algo e... eu queria...

Fran não sabia o porque, só que, o que estava preste a pedir, a deixava constrangida.

– ... depois de você completar o seu treino... Nós dois... poderíamos...

Fran se repreendia mentalmente. “É só uma técnica combinada.” “Não é nada demais.” “Não vamos aprofundar nossa relação de outra maneira.” Pensava.

Mas pelo fato de ser sua primeira técnica combinada com alguém, e como ela queria com a pessoa que mais gostava, talvez fosse isso que a deixava corada desse jeito.

– ... treinarmos uma técnica combinada... juntos.

Finalmente fez o pedido. Endou e Shinsuke se entreolham. O baixinho abre a boca, ameaçando gritar de alegria. Mas Satoro tampa a boca dele com as duas mãos só para garantir.

Fran estava com os olhos fechados o tempo todo. E com medo de receber alguma reação negativa por parte do goleiro, ela somente abriu um deles, se deparando com o maior sorriso do mundo que Eryk dava naquele momento.

– Uma técnica combinada entre eu e você? EU NÃO ACREDITO!!!

Eryk pulou de alegria. Estava tão animado que abraçou Fran, e não se importou de deixá-la corada de vergonha.

– Mas é claro sim! Agora tenho uma baita motivação para dominar logo a técnica do Shinsuke hehe. Vai ser uma técnica poderosa, pode crer! – Dizia Eryk alegre da vida.

– Eryk... – Fran estava emocionada. Seu lindo sorriso fez Eryk sorri de volta sem jeito. Os dois que assistiam a tudo aquilo, estavam alegre por eles também.

“Já posso gritar agora?” Foi o que Endou entendeu de uma voz abafada por sua mão. Ele ainda estava tampando a boca de Shinsuke. E quando ele se tocou, logo o largou, o deixando gritar de alegria, pulando em Eryk e Fran.

Kusaka pega uma bola do chão com as duas mãos. Ele estava pensativo. Queria fazer algo como usar uma técnica de chute poderosa, se caso for necessário para uma ocasião precisa.

– Muito bem... vai LÁ!

Kusaka chuta a bola com toda a sua força. Mas ele chutou tão forte para o alto que a bola sumiu no ar.

– Caaaaaraaaambaaaaaa... – Dizia Kusaka olhando para o alto, tentando localizar a bola.

E quando finalmente a encontra, ele a vê retornando para o chão, indo na direção do banco do campo.

Mas precisamente na direção de Konoha, que estava de costas, enquanto a bola caia em sua direção.

– Essa não, CUIDADO!

Kusaka dá um salto tão poderoso que uma rajada de vento se formou. E enquanto se concentrava em salvar Konoha, nem percebia que suas costas pegavam um fogo azul escuro, fazendo Fey perceber de mediato.

Quando Konoha virou para ver o que era, ela se deparou com Kusaka indo na sua direção. E quando ela fechou seus olhinhos, Kusaka agarra a bola e passa pela Konoha por cima dela, indo parar arrastado no chão.

Quando Konoha sentiu uma gostosa brisa passar por ela, ela somente abriu primeiro seu olho direito para conferir. E quando ouviu Kusaka se urrar de dor, ela se esperta para a realidade e corre até ele.

– Vocês estão bem? – Fey correu até eles ao lado de Kinako e o resto do time.

– Estamos... – Respondeu Konoha fitando Kusaka preocupada, enquanto o rapaz se joga no chão, suspirando aliviado por ela estar bem.

Não me resta à menor duvida: Aquilo era uma incorporação. – Pensou Fey analisando a cena anterior em sua mente.

– Tudo bem...! Está tudo bem agora. Foi só um pequeno acidente, nada grave. – Dizia Kinako para todos do time que observavam o ocorrido, tentando despreocupá-los de qualquer coisa, fazendo todos voltarem para o que estava fazendo.

– Kusaka. Precisamos conversar. – Chamou Fey decidido a ajudar Kusaka.

Enquanto isso, Tenma se dirigia até o gol do outro lado do campo e colocou a bola no chão.

– O que o Tenma está tentando fazer? – Pergunta Natsumi para Aoi assim que viu Tenma chutar a bola e a silueta de algum animal com asas surgir, mas logo depois sumir antes da bola chegar ao gol e repetir o processo.

– Se você soubesse o motivo... – Dizia Aoi esperando a reação da Natsumi para o que ela estava preste a dizer – Ele se encontrou com um jogador dos Estados Unidos ontem. E antes dele ir embora novamente, ele deu uma dica para o Tenma aprender uma técnica poderosa. – Explicou Aoi espontânea.

– Nossa, sério? Qual é o nome desse jogador americano tão famoso? – Perguntou Natsumi.

– O nome dele é-

– Ei! O que é aquilo?

Todos pararam com o que estavam fazendo assim que ouviu Kanon gritar para todos e apontar para o alto.

Kanon apontava para o céu. Lá, uma pessoa usando um capuz vermelho que cobria seu rosto subia planando no ar em câmera lenta. E próximos aos seus pés, avia uma bola de futebol branca e, diferente das partidas anteriores, os pentágonos que eram pretos, agora eram vermelhos.

– Mas o que é aquilo...? – Se perguntou Eryk sem saber que sensação sentia nesse exato momento.

O ser de capuz vermelho de repente gira seu corpo horizontalmente para frente até ficar de cabeça para baixo e de costas para a bola, ameaçando chutá-la com seu calcanhar do pé direito.

E quando ele o faz, a bola desce com uma velocidade descomunal. Mas antes de atingir o chão, ela muda seu curso, em uma câmera lenta, agora indo em direção ao gol onde Eryk se encontrava.

Eryk nem viu a bola chegar. Só percebeu quando a esfera o tinha acertado e o levado para dentro da rede, o derrubando logo em seguida.

– Eryk! – Endou e Shinsuke correram para socorrer o amigo. Os outros do time fizeram o mesmo. Quando Endou voltou a olhar para a mesma direção onde o ser de capuz vermelho se encontrava...

Ele avia desaparecido.

– Eryk, você está bem? – Fran foi a primeira que perguntou. Eryk estava todo dolorido, mas tentou sorri para Fran, tentando despreocupá-la.

– Eu estou bem. Hehe. – Eryk sorriu forçado. Fran o abraça carinhosa na hora, aliviada.

Eryk sorri de canto agora. Até perceber uma coisa na bola vermelha que o tinha acertado.

– Tem alguma coisa na bola. – Disse Eryk, chamando a atenção de todos.

Minaho foi o que pegou a bola e encontrou o que Eryk tinha visto.

– Tem alguma coisa escrita aqui. Está escrito: “Se a Raimon não quiser que o futebol engula o mundo na repleta escuridão, enfrente o meu time no endereço escrito nessa esfera.” É o que... diz aqui. – Minaho ficou um tanto mexido com o que acaba de ler, engolindo em seco, passando a mirar a todos agora. E o resto da Raimon também ficou do mesmo jeito que o jogador.

– Engolir o mundo na repleta escuridão? Mas que outro ser teria o poder de fazer tal coisa...? – Fran se perguntou pensativa.

– Eu estou com medo... – Disse Konoha assustada.

– O que faremos Wandaba? – Perguntou Haruna, enquanto Wandaba cruzava os braços, sério com a situação.

– Acho que o Endou tem a resposta. – O urso deu a palavra, enquanto mirava Endou, sério.

– Não se preocupe pessoal. Vamos até o local indicado e enfrentá-los! – Falou Endou decido enquanto socava sua mão direita na palma da mão esquerda.

– Mas só um deles derrubou o Eryk para dentro da rede, e sem utilizar nenhuma técnica sequer. Se os outros dez jogadores tiverem a mesma força, será que vamos conseguir acompanhar o ritmo deles? – Analisava Minaho preocupado.

– Nós temos que tentar! – Começou Tenma – Se alguém ameaça o mundo com o futebol, então é o nosso dever como jogadores detê-lo. Vamos enfrentar esse time e salvar o futebol da escuridão! – Finalizou com um brilho decidido em seu olhar.

– Então o que estamos esperando? – Dizia Eryk tentando se levantar, mas estava machucado demais para isso – Vamos logo vencer esse time de goleada e-Ai!

– Eryk! – Quando Eryk não conseguia ficar mais de pé, Fran apara sua queda envolvendo seu braço direito atrás da cabeça dela, tentando apoiar Eryk em pé.

– Aqui diz que é para irmos amanhã. Temos tempo para treinarmos e Eryk poderá descansar. – Dizia Minaho verificando a bola vermelha novamente.

– Droga! Justo quando eu estava quase aperfeiçoando aquela técnica! – Eryk se queixou para ele mesmo, frustrado.

– Muito bem pessoal. Vamos treinar para derrotar esse time e salvar o futebol! – Gritou Endou para todos.

– Sim!

Todos do time treinaram ao máximo que podiam. Tenma treinava a sua nova técnica. Fey ajudava Kusaka com sua incorporação. Endou resolveu dominar o movimento que usou no dia anterior, já que não estava ajudando Eryk em seu treinamento mais. E enquanto ao mesmo, Fran levou Eryk até na enfermaria, e logo depois recebeu alta para ficar em repouso em sua casa.

E foi assim...

...até o dia do jogo chegar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ae???????? O que acharam de tudo que rolou no cap? Curtiram? E vejam que o melhor está vindo por aí.

Agora vai uma notícia da boa: No cap nº 50 (daqui a 8 cap), será um cap especial! Com direito a algo tão esperado acompanhado por um anuncio que farei nesse exato capitulo, viu? Isso em agradecimento a todos que acompanham minha fanfic. Deixem nos comentários suas suspeitas sobre esse anuncio, o que será esse "algo tão esperado" e também sobre esse capítulo que acabaram de ler, viu?

Muito obrigado por terem lido até aqui!

No próximo cap... vai demorar um pouco, devido as festas de fim de ano. Mas eu farei o máximo possível para trazer um pouco antes disso. Mas não prometo nada, esta bem? Só fiquem sabendo que a grande treta esperada começará logo no próximo, está bem?

Então é isso. Fiquem com Deus, Boas Festas para vocês e Até a Próxima!



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