Eryk foi até a Raimon sozinho dessa vez. Ele estava andando tranquilamente pelo corredor do colégio, despreocupado com qualquer coisa, até Tenma chegar nele, afobado.

– Finalmente te achei... – Tenma estava cansado. Ele correu tanto em todos os lugares só para encontrar Eryk.

– Eita, o que foi? – Eryk pergunta sem saber.

– Vai ter uma organização na sala do clube... para o Dia Branco. – Tenma o respondeu ofegante.

– Uma o que? Dia o que??

– Vem logo!

Tenma puxa Eryk e os dois vão correndo até a sala do clube de futebol da Raimon. Quando eles chegam lá, os garotos do time estavam enfeitando a sala. Shinsuke e Wandaba traziam os enfeites em uma cesta, Kanon e Endou penduravam os balões, Kusaka estava em uma escada de ferro martelando na parede, enquanto Fey entrava no local trazendo consigo um carrinho cheio de comes e bebes.

– Opa! Vai rolar festa? – Perguntou Eryk observando o carrinho de perto com as mãos próxima dele pronto para atacar a comida enquanto o carrinho passava ao lado dele.

– Já se passou um mês, você esqueceu? – Tenma pergunta para Eryk com duvida.

– Um mês de que? – Eryk o responde com outra pergunta. Ele não fazia idéia do que o amigo estava se referindo.

– O Dia Branco, esqueceu? – Endou chegou para explicar para ele.

– Dia Branco? Hm.... Eu acho que já ouvir isso antes... – Eryk estava familiarizado com essas palavras, mas sua “esplêndida” memória não colaborava.

– Eryk, você esqueceu? Um mês depois do Dia dos Namorados, os caras que receberam o chocolate tem que devolver o gesto de carinho com um presente. – Explicou Fey, fazendo Eryk se tocar.

– Aaaaah é mesmo.

– O Clube de Futebol recebeu autorização para fazer uma festa aqui, já que a maioria dos meninos receberam chocolate das meninas do clube, os alunos daqui estarão livres das aulas. Então temos um dia inteiro livre para comemorar esse dia. – Explicou o Treinador Wandaba.

– AE!!!!!!. E cadê as meninas? – Pergunta Eryk após ter comemorado por um breve momento.

– Hehe elas estão na aula enquanto organizamos tudo. Assim que tudo estiver pronto, nós vamos chamá-las. – Respondeu Endou animado com a idéia.

– Hehe que dahora. – Falou Eryk alegre.

De repente, Eryk tem um treco. E logo depois, ele pira.

– AH, NÃO! EU NÃO COMPREI NADA PARA A FRAN?! O QUÊ QUE EU FAÇO!?

– Vai até o centro! Eles estão fazendo uma promoção lá! – Sugeriu Kanon o incentivando apreensivo assim como Eryk.

– AaAh sim! – Foi tudo o que Eryk disse, antes de sair em disparada.

– Fey! – Chamou Wandaba.

– Oi! E ai? Conseguiu? – Pergunta Fey após o cumprimentá-lo.

– Sim hehe. Aqui está. – Wandaba entrega para Fey todo sorridente uma caixinha vermelha. Fey a pega e abre para conferir se o que ele queria estava lá. E acaba sendo confirmado depois de demonstrar um sorriso.

– Obrigado mesmo Wandaba. Você é demais! – Fey agradece de coração enquanto o urso sorria de canto.

– Sabe como foi difícil, mas ela merece. – Respondeu Wandaba se referindo à mãe de Fey.

Enquanto isso, no Hospital...

– Hoje é o dia Branco, não é Kyousuke? – Lembrou Yuuichi.

– Sim. Na verdade eu vim aqui para discutirmos sobre o presente da Nagazy. – Respondeu Tsurugi.

– Como vai ser? Dois presentes ou um de nós dois? – Pergunta Yuuichi sem fazer idéia.

– Nossos pais nos deram o suficiente para comprarmos o que for, desde que seja algo que a agrade. – Respondeu o irmão.

– Mesmo? Então... O que você acha?

– Nos poderíamos comprar um presente de cada. Assim ela deve ficar mais alegre.

– Tem razão. O que ela gosta?

– Ela parece ser do tipo que gosta de coisas belas. Eu já tenho algo em mente.

– É mesmo? Bom, então se não for pedir demais, você poderia comprar esse CD para ela? – Yuuichi entrega um papel, com um nome de alguma banda nele.

– Tudo bem, eu vou até o centro e depois eu entrego para ela. – Tsurugi guarda o papei e se dirige até a porta.

– Diga que eu mandei um Feliz Dia Branco! – Yuuichi eleva o tom para seu irmão ouvir e Tsurugi o responde acenando de costas antes de fechar a porta.

Mais tarde, no centro...

Eryk freia quando chega até o centro. A movimentação nas ruas estava bem turbulenta. E tudo isso para comprar um presente para o Dia Branco.

– Caraca, o quê que eu faço? Tá tudo lotado nesse treco! – Se perguntava Eryk olhando para os lados, sem saber para onde ir e muito menos o que comprar para Fran.

– Se eu fosse você, pensaria primeiro com calma, esperaria essa multidão passar, e aí sim eu comprava algo. – Falou uma pessoa atrás de Eryk. O garoto olha para trás e ver um cara de olhos alaranjados e uma bandana azul claro que cobria a testa. Seu cabelo tem uma cor marrom trigo e seus fios eram grossos. Ele vestia um casaco azul escuro com calças azuis escuras e sapatos roxos.

– É, mas o clube do meu colégio esta preparando uma festa. E eu queria chegar a tempo para ajudar-los também. MAS COM ESSA MULTIDÃO, TÁ OSSO! – Dizia Eryk companheiro com o desconhecido enquanto ia até ele e logo em seguida, ele aponta para a multidão.

– Relaxa. É só ficar calmo e pensar, tudo bem? – A pessoa o falou tentando tranquilizá-lo. Eryk resolveu então seguir seu conselho.

– Tudo bem... Mas o que eu compro para ela? – Eryk agora se perguntava, pensando com todo o seu carinho em um presente digno da Fran.

– Quer um conselho? – O rapaz ao seu lado sugeriu.

– Oba, por favor. – Eryk aceitou de bom grado.

– Eu tenho uma irmã que adora flores. Ela disse que elas são magníficas e toda garota adora. O que acha?

– É CLARO! Como eu não pensei nisso antes?! – Eryk se tocou animado. – Valeu parceiro, a gente se ver por ai!

– Até! – Os dois se despendem um acenando para o outro enquanto Eryk corria para a floricultura mais próxima.

– Oi moço! Ainda está a venda? – Pergunta Eryk espontâneo ao entrar no local enquanto perguntava para um homem de idade com um avental marrou, camisa amarela clara, sapatos azuis claros assim como seus olhos e cabelo.

– Oh meu filho, eu já ia fechar. – Falou o moço saindo do balcão.

– O queeee? Mas essa é a única floricultura que não tem uma pilha de gente... – Eryk fica desanimado ao saber.

– É porque eu vendi quase todas as flores hoje. Devido ao dia branco. – Respondeu o homem pegando um borrifador para borrifar água nas ultimas flores que sobraram.

– Ah... E não tem uma florzinha se quer? – Pergunta Eryk.

– Bem... Só sobraram as púrpuras. Mas se você for presenteá-las para uma garota, eu recomendo não comprar.

– Hã? Mas por quê?

– A cor púrpura apesar representar respeito, devoção, espiritualidade e purificação, ela também representa o mistério, sensação de individualidade e de personalidade á intuição, transformação, também equivale a um pensamento reflexivo e místico. E quem viver muito com o púrpura pode se envolver ao seu mistério e pode promover sensações de tristeza e melancolia.

– Mas... Elas são lindas. Assim como ela... – Eryk logo viu que poderia haver alguma semelhança, já que conhece o passado de Fran, e as histórias batem. – Senhor! Eu vou levar! – Falou Eryk decidido.

– M-mesmo? – Pergunta o homem surpreso.

– Sim. Me ver o ramo de flores púrpuras mais belos que tiver! – Falou Eryk colocando empolgação em suas palavras.

– É pra já!

Depois que o homem atende o seu pedido, ele entrega o maior ramo de flores possível para Eryk.

– Aqui meu jovem. Espero que sua amada goste.

– Valeu senhor. Mas ela ainda não é minha amada... – Eryk agradece e murmura essa ultima parte, se dirigindo a saída.

– Ei, espera! – O moço o chamou.

– Sim? – Eryk vira sua cabeça para ouvi-lo.

– O Ramo custa 950 Yens.

– OQUE?! Tudo isso? Ai mamãe...

Eryk começa a fuçar os bolsos. Quando ele saca sua carteira, ele tinha somente 50 Yens.

– Danou-se... Se eu soubesse que hoje era o Dia Branco... Eu teria pego o dinheiro do meu cofrinho. – Dizia Eryk cabisbaixo se repreendendo mentalmente de não ter pego dinheiro o suficiente.

Mais tarde...

A festa estava tudo em ordem. Eryk avia se encontrado com Tsurugi no centro e os dois vieram juntos até a Raimon enquanto discutiam sobre os seus respectivos presentes. Eles colaboraram com a decoração até o momento chegar.

As garotas do time foram chamadas para a sala do clube de futebol. Quando todas entraram lá, tudo estava pronto para recebê-las com uma festa. Wandaba soltou o som assim que elas entraram, tocando uma musica bem animada.

Kinako

Hehehe adorei a festa! Estou curtindo e muito o som! (Porque será?) Aproveito para dar uma rápida pegada em um dos doces na mesa. Hmmmm... Como estão gostosos.

– Vejo que você adorou os quitutes. – Fey veio até mim escondendo alguma coisa em suas costas.

– Estão muito bons! – Eu falei limpando minha cara toda lambuzada haha.

– Fico feliz que tenha gostado. Eu que encomendei. – Ele falou sorridente. Que carinha fofa.

– Aham! E muito! – Falei mordendo mais um quitute.

– Espero que você goste disso também.

Fey entrega para mim uma caixinha vermelha. Quando eu abro aparece uma bela bailarina. E assim que ela começa a girar lentamente, toca uma musiquinha. Ela é TÃO fofa... Meus olhos brilharam.

– É tão linda Fey... – Falei encantada.

– Hehe escute até o fim. – Ele falou sorridente e eu fiz o que ele pediu. Quando a musica acabou, apareceu uma foto. Nela estava eu adulta, o Fey e o Asurei, o pai dele e meu possível marido.

Meu coração acelerou um pouco. Eu peguei a foto e minhas bochechas ficaram rosadas quando eu vi o Asurei. Eu abracei a fotografia com todo o meu carinho e abaixei minha cabeça.

– Obrigada Fey. Vou deixar essa foto bem perto de mim para sempre. – Eu falei comovida.

– Que bom! Então? Vamos curtir a festa? – Ele sorriu e me puxou para a pista de dança.

– Sim! – Afirmei e acabei acompanhando ele.

Estou curtindo cada momento aqui nessa era. Ainda bem que me chamaram para ficar aqui com o Fey. Poderei passar o tempo perdido com ele, e assim ele não vai se sentir tão só nunca mais.

Konoha

– M-Morimura – Quando eu observava todos se divertindo em minha volta, de repente eu escuto o Kusaka me chamar.

– O-o-o-oi Kusaka. – Eu tentei retribuir com a maior gentileza possível, mas acabei ficando com muita vergonha.

Quando eu me virei para ver o Kusaka, eu fiquei surpresa. Ele não estava usando seu pano marrom que prendia seus cabelos. Seus olhos também estavam abertos. Ele estava calmo, não descontrolado pela ira. E seu sorriso fez meu coração bater muito.

Seu rosto é tão... lindo...

– Sabe. Eu lembro até hoje do gosto do chocolate que você me deu no dia dos namorados, lembra? – Ele se agachou para me fitar nos olhos. Meu coração acelerou mais ainda e acabo abaixando minha cabeça de tão envergonhada que fiquei.

– M-mesmo? E-eu n-ão fiz so-zinha. Eu... tive ajuda... – Eu tentei dizer, mas eu gaguejei tanto que eu não sei se ele me entendeu.

– Hahaha eu sei. Fiquei sabendo que as meninas se reuniram para fazer os chocolates. Foi por isso que nós também nos reunimos para fazer essa festa para vocês garotas. E tem mais uma coisa...

Ele dizia espontâneo. Mas antes dele prosseguir, ele levanta meu queixo calmamente para que eu possa encará-lo. Eu fiquei estática quando ele fez isso. Não conseguia nem me mexer, só escutar o que o Kusaka tinha para dizer.

– Aquele chocolate ficou gostoso porque foi você que me entregou. E para retribuir, eu queria te entregar isso.

Kusaka entrega para mim uma foto de todos os animais do Zoológico reunidos. E na foto também mostrava uma placa atrás dos animais que estava escrito “Nós Amamos a Konoha”.

Eu... fiquei sem palavras. Como o Kusaka conseguiu reunir todos só para tirarem uma foto para mim? Eu queria explodir de alegria. Ninguém fez um gesto de carinho tão lindo como esse antes em toda a minha vida.

– Konoha... – Ele me chamou, aproximando sua cabeça aos pouco da minha.

Ah!!! Será que ele vai... Que ele vai... Ele está tão perto... O que eu faço? Será que ele vai me beij-

– Eu ainda permaneço os mesmos sentimentos de amor que eu tive naquela partida aqui comigo. Aquela partida que eu me declarei por você. Saiba que estarei disposto a ficar ao seu lado o tempo que for necessário. Tempo o suficiente para você decidir se você quer namorar comigo. – Ele dizia isso... Encostando sua testa na minha. Ele tinha pousado sua mão no meu ombro enquanto ele dizia tudo isso de uma maneira tão serena... tão doce...

– Ku... Kusaka-

– Bom, eu não quero forçar a barra. Eu só queria te mostrar que eu ainda gosto de você. E quando você puder me corresponder, eu estarei aqui na hora, está bem? – Kusaka se levantou e falou espontaneamente. Quando ele foi embora eu fiquei admirando o meu presente. Nossa... São tantos animas bonitinhos na foto... E toda vez que eu penso na idéia de que foi o Kusaka que me entregou esse presente, meu coração começa a bater acelerado.

Eu sempre gostei do Kusaka. Mesmo ele merecendo alguém melhor do que eu, ele só vive pensando em mim. Não sei o que eu fiz para merecer tanto carinho, mas eu queria corresponder. Só que a minha timidez era tanta que me atrapalhava.

Por favor Kusaka. Me espere até pelo menos eu me livrar dessa minha timidez para que eu possa confessar os meus sentimentos a você. Por favor.

Nagazy

Nossa! Que festança! Eu não acredito que os meninos que fizeram isso! Nossa, isso ta sendo animal!

Advinha quem está dançando como ninguém no meio da pista de dança? Hihihihihihi isso mesmo! Sou eu! Essa musica também, é dez!

– É a primeira vez que vejo você dançar.

Ah!!! O Tsurugi apareceu do nada... A voz dele soou como um comentário, mas ele estava sorrindo enquanto me assistia dançar.

– Nossa Tsurugi, que susto você me deu. – Eu falei tentando recuperar o ar. Assim que eu voltei ao normal, ele me puxou para um local mais afastado dos outros.

– A musica está muito alta. Vamos ficar aqui. – Ele falou assim que se recostou na parede.

– Ui...! Já vem com tudo, garanhão? – Hehe aproveitei o momento e provoquei ele. Ele apenas vira seu rosto para o lado emburrado.

– Eu só quero te entregar isso... – Ele começou me entregando um CD da banda T-Pistonz+KMC. – E isso. – Ele finalizou me entregando agora um... Não... Um patinho de pelúcia!!!! E ele é tão fofo!!!!!!!!!!!!! Ai... Me derreti agora.

– Nossa, que fofura! Obrigada Tsurugi. – Eu abracei o urso e agradeci, beijando a bochecha dele sem ele perceber.

– Ainda bem que você gostou. O CD foi um presente do meu irmão. Ele mandou feliz dia Branco para você.

– O Yuuichi?Obrigada.

– Já o pato...

– Não... Você escolheu o pato para mim? – Eu perguntei fingindo estar incrédula. Tsurugi ficou um pouco nervoso e começou a explicar.

– O vendedor falou que seria uma boa. Eu apenas comprei isso porque não conseguia pensar em algo melhor. E vê se não fica no meu pé novamente, ouviu bem?

– Sim, sim! Eu entendi! – Falei obediente. Mas depois quem puxou o Tsurugi para dentro da pista de dança agora foi eu.

– Ei! O que pensa que está fazendo?

– Estou me divertindo ué. Anda, vem!

– Não, sai fora! Eu não vou passar por isso!

– Ah, mas vai sim! Vem!

Eu insistir tanto que ele acabou entrando na onda, mesmo de mal agrado. Mas eu estou nem aí! Tudo o que quero é passar um tempo com ele até ele se “acostumar” hihihi.

Aoi

Essa festa estar incrível. A decoração esta muito bem feita. Eu não acredito que foram os meninos que fizeram tudo isso. Está tudo tão lindo.

– Então? Como vai você e o Tenma? – Natsumi estava ao meu lado e pergunta para mim. Ela segurava um copo de refrigerante e bebia ele.

– Como eu posso dizer... Ah ele é um doce de pessoa. Ele sempre me trata com muito carinho e respeito. Me sinto tão completa ao lado dele... – Eu sorri e respondi toda apaixonada...

– Nossa. Que bom que vocês estão dando certo. Eu torço por vocês dois. – Dizia ela sorrindo amigável.

– Obrigada. Também torço por você e o Endou.

Ela meio que teve um treco quando eu falei isso. Para recobrar a compostura ela bebe novamente o seu refrigerante.

– E por falar nisso... Me desculpe perguntar, mas como andam vocês dois? – Eu estava meio curiosa. Queria saber como anda a relação da Natsumi com o senhor E- quero dizer, o Endou.

– B-bem... Estamos um pouco mais próximos... Mas não como eu gostaria ainda. – Ela tentou ser sutil, mas dava para ver que ela queria namorar logo. Eu riu da situação e tento tranquilizá-la.

– Não se preocupe Natsumi. Você é linda. Não duvido que mais cedo ou mais tarde o Endou fique encantado por você. Você vai ver.

– Será mesmo? Ele só pensa em futebol. Ele ama futebol. Duvido se vai ter outra coisa que ele ame...

– Bom... O Tenma também ama futebol, e ele está namorando comigo. E como os dois são parecidos, não duvido disso acontecer.

– Oi meninas. Eu incômodo? – Tenma se aproximou de nós duas e perguntou simpático. Que coincidência. Estávamos falando justo nele.

– Não, imagina. Você não é um incômodo. – Eu falei sincera. Eu sorriu e ele retribui.

– Vou deixá-los a sóis. – Natsumi falou alegre se retirando. Acabou ficando apenas eu e o Tenma ali.

– Então Aoi? Está gostando da festa? – Ele perguntou.

– Essa festa está o máximo! De quem foi essa idéia? – Eu o respondi maravilhada, e perguntei um pouco curiosa e ansiosa.

– O Fey planejou tudo. Ele conseguiu um material do futuro que estava guardado na Caravana.

– É mesmo?

– Sim! E... Aoi? – Tenma afirmou sorridente e depois pensou um pouco até me chamar.

– Diga. – Eu incentivei educada.

– Aoi. Eu tenho um presente para você em nome do dia branco. Toma.

Ele me entrega uma caixinha roxa. Eu olhei aquilo sem entender.

– Abre! Eu acho que você vai gostar! – Ele falou sorrindo. Bom, se o Tenma falou, tá falado.

Quando eu abri a caixinha... Tinha um lindo colar com um coração no meio. Eu o pus na minha mãe e o levei até o meu rosto encantada.

– E ainda tem mais. Tem uma foto nossa nele. – Quando o Tenma me disse isso, meu rosto se encheu de alegria.

– Mesmo? Deixa eu ver.

Eu abri o coração. E lá realmente estava a foto de nós dois. Tenma estava me abraçando pelas costas enquanto nós dois sorriamos na foto enquanto eu fazia um “V” com a mão esquerda.

– Tenma... Essa foto ficou tão boa... Você poderia por o colar em meu pescoço? – Eu perguntei admirada com o presente.

– Claro! Vem cá. – Ele respondeu animado e eu fiquei de costas para ele por o colar em mim.

Quando eu ajeitei o meu cabelo o pondo para o lado, pode notar que as bochechas dele ficaram rosadas assim como as minhas.

Mas com todo o cuidado e carinho do mundo, ele pôs o colar em mim. Quando eu fiquei de frente para ele, eu o abracei.

– Obrigada Tenma. Você é um amor.

– Que isso... É o mínimo que eu faria por você. – Ele me respondeu alegre e eu levantei o rosto para beijá-lo. Nos beijamos enquanto Tenma me envolvia mais em seus braços. Correspondi o apertando mais ainda cedendo sua passagem com a língua até nosso beijo ser mais aprofundado até nos separarmos por falta de ar.

Ficamos abraçados o tempo todo. Tenma girava comigo andando torto enquanto não fazia questão em me largar dele. Eu apoiei minha cabeça no peito dele e pude ouvir seus batimentos. Eu acabei o apertando tanto que não queria solta-lo. Minha vontade mesmo era de ficar assim, agarradinha com ele, para sempre.

Natsumi

– Olha aqueles dois. São tão lindos juntos. – Eu falei para o Endou enquanto ele e eu segurávamos, cada um, um copo de refrigerante.

– É. São mesmo! – Ele concordou alegre como sempre. Sem eu perceber, eu sorriu para ele.

– Endou? Você já descobriu quem vai ser a sua esposa nessa época? – De repente eu quis pergunta isso. Eu perguntei como não queria nada. Foi só para puxar um assunto mesmo.

– Ainda não. Mas eu sei que, mais cedo ou mais tarde, eu vou saber. Afinal, tudo o que eu sei é que eu vou me casar com a pessoa que eu amo. E só de saber disso eu fico muito feliz! – Ele me respondeu sorrindo. Ele parecia não estar preocupado em saber quem era e também não estava ansioso para descobrir.

– Mas e se você escolher alguém que altere o tempo? Não acha melhor saber logo, só para garantir? – Eu perguntei para ver o que ele ia responder.

– Ah. Acho que não. Afinal, eu já sei de quem eu gosto.

Tá. Isso me pegou de surpresa. Eu fiquei estática. De repente um medo repentino percorreu o meu corpo inteiro, fazendo com que eu fique arrepiada. O copo que eu segurava também começou a tremer um pouco por causa da minha mão tremula. Eu paro na hora e tento me recompor o mais rápida possível.

– É-é mesmo? – Droga. Eu gaguejei. Não queria perguntar isso gaguejando. Vai acabar ficando muito na cara.

– Sim, mas vamos esquecer isso. Tome.

Endou fica de frente para mim e entrega ansioso uma pequena caixa embrulhada para presente.

– Abre! Eu sei que você vai gostar! – Ele falou com um sorriso tão lindo... Eu acabei abrindo, não? Muito bem, vamos ver o que temos aqui.

– Nossa... É um perfume. – Eu falei após abrir o enfeite e ver o que era. Quando eu abro a caixa, pude reconhecer o aroma. – Não... Eu não acredito... É o mesmo perfume que eu usava em casa, na nossa era. Como você conseguiu?

– Hehe dava para sentir o seu perfume a quilômetros. Sempre pude reconhecer você a distancia só pelo cheiro. Eu só não sabia o nome. Então eu falei com a Aki e ela me contou. Ainda bem que ela sabia. – Ele respondeu simpático novamente.

– Eu não creio... Esse é o meu perfume favorito. Endou... Obrigada. – Eu fui abraçar ele e ele correspondeu me apertando com todo o carinho.

– Não há de quê Natsumi. Eu gosto de te ver feliz. O seu sorriso é lindo. – Ele me encarou e respondeu com uma alegria única. Ele acariciou meu rosto depois. Eu adoro quando ele me trata assim. Assim que ele diz isso, eu sorrio fechando os olhos, sentindo sua caricia em mim.

– Você é o melhor, Endou. Continue assim. – Eu falei agora encarando ele.

Quando eu percebi que estávamos bem próximos, eu corei violentamente. Meu braço esquerdo estava entre nós dois e eu tentei nos separar com ele.

– Endou... J-já pode me soltar. – Mesmo eu... não querendo isso, eu pedi educada. Eu pedi para nos separarmos antes que ele perceba que eu fiquei corada por causa ele.

– Ah, me desculpa hehe. Foi mal. Não queria te deixar constrangida. – Ele dizia isso sorrindo para disfarçar meu constrangimento, tentando me deixar mais a vontade.

– Não... Tudo bem. – O respondi bebendo meu refrigerante, tentando disfarçar a minha coloração rosada das minhas bochechas.

Eryk

– Ela está ali... Caraca mano, o quê que eu faço? – Essa deve ser a milésima vez que digo isso hoje. Eu estava uma pilha de nervos. Kanon, Shinsuke e Minaho estavam ao meu lado tentando me incentivar para falar com a Fran e entregar o seu presente do dia branco para ela.

– Não se preocupe. Se você explicar a situação, ela vai entender. – Falou Kanon tentando me deixar mais calmo, mas não adiantou. Eu fiquei na mesma.

– Eu sei, mas eu queria entregar para ela um presente a sua altura. E não “isso”! – Eu enfatizei essa ultima palavra enquanto me referia ao presente que eu segurava em minha mão.

– Hm... Fran não parece ser do tipo que se apega a coisas materiais. – Minaho analisou enquanto colocava sua mão no queixo, pensativo.

– Sim, mas... É o dia branco. Ela fez um chocolate tão gostoso no dia dos namorados... Eu me lembro do gosto até hoje. – Eu falei ficando com água na boca só de imaginar o chocolate que ela fez...

– Ah chega de enrolação e vai logo! – Shinsuke desistiu e me empurrou até a Fran e Kanon e Minaho acabaram fazendo o mesmo.

Traíras

Fran

Eu estava quieta em um canto afastado. E mesmo que não pareça, eu estava gostando e muito da musica que tocava na festa. Eu estava próxima a mesa cheia de comida e bebida, e resolvi pegar um ponche pra mim.

– Ei! Não me empurrem! – Escutei a voz do Eryk vir atrás de mim. Quando eu me virei, me deparei com o Eryk quase dando de cara em meu rosto.

– E-Eryk? – Eu fiquei tão vermelha na hora que quase não consigo dizer o seu nome.

– EI VOCÊS... – Eryk se virou para dar uma bronca no Shinsuke, Minaho e Kanon. Mas os três já tinham saído correndo dali.

– O que ouve? – Eu perguntei depois que ele voltou a me encarar bufando ainda bravo com eles.

– Nada... – Ele respondeu de canto, serrando os dentes, observando para os três, que estavam no outro lado da festa.

– Vocês não apareceram na sala de aula por causa da festa que estavam organizando, não é? – Eu perguntei tentando puxar um assunto com ele, tentando fazê-lo esquecer daqueles três.

– Foi. Eu fiquei sabendo de ultima hora. Nem sabia que hoje era o dia branco e fui correndo para o centro comprar o seu presen... Ai.

– Você comprou algo para mim? – Meu rosto se encheu de alegria. Mas Eryk parecia que não queria que eu soubesse disso por alguma razão. Quando ele me falou aquilo, ele se alto interrompeu vendo que acabou dizendo o que não devia.

– É... Na verdade sim. Mas eu não sei se vou te entregar! – Ele afirmou e ficou na duvida, me deixando confusa.

– Hã? Mas por queee? – Perguntei manhosa. E só agora que eu percebi que Eryk estava escondendo sua mão direita atrás dele.

– Porque eu ia te trazer um presentão, mas como eu não me lembrava que hoje era o dia branco, eu acabei me esquecendo do resto do dinheiro e acabei comprando algo pequeno. Eu normalmente não ligo para isso, mas eu não sei você...

Entendo... Ele achou que eu não ia gostar do presente dele, se fosse algo pequeno... Bem... Eu não o culpo. Afinal, ele nunca teve a necessidade de me presentear como agora. E ele só estava pensando em mim. Ele queria trazer algo especial, mas como ele mesmo disse, acabou não conseguindo. Não posso culpá-lo por ele ter se esquecido do dia branco. Afinal, ele é um brasileiro e não está familiarizado com os costumes daqui do Japão ainda.

– Eryk... – Eu suspiro, fecho os olhos e depois eu os abro para mira-lo. – Não se preocupe. Eu entendo. Não importa o valor do presente, eu vou adorar de qualquer jeito se você tiver comprado só para mim.

– Nossa... Sério? Bom, então seja o que Deus quiser.

Ele me respondeu comovido. Mas quando ele estendeu o braço, segurando o meu presente, ele voltou a ficar nervoso.

– E-eu queria ter trazido um ramo enorme, mas c-com o que eu tinha na hora, o-o vendedor acabou deixando eu só trazer isso pra você! – Ele fechou os olhos com a cabeça virada para o lado. Ele tropeçava nas palavras esperando alguma reação negativa minha. Mas a reação que eu tive foi de um rosto bem alegre, sorrindo de orelha a orelha e se sentindo a pessoa mais feliz do mundo!

– Você comprou... Púrpuras pra mim? – Eu perguntei pegando com cuidado as três flores púrpuras da mão de Eryk.

– Bem... Sim... Eu sinto muito se não veio um ramo inteiro. Lamento.

– Não importa... As púrpuras são a minha favorita! Como você adivinhou? – Eu declarei sentindo o aroma das flores e depois sorrindo para o Eryk alegre.

– Adivinhei? N-na verdade eu tive sorte. Não vou mentir para você Fran. As púrpuras foram as únicas que sobraram na floricultura. O vendedor até falou que não era recomendável para presentear para uma garota, que era para eu procurar outra loja para encontrar flores mais bonitas. Mas eu queria comprar logo para ajudar o pessoal aqui na festa, então foi isso.

A sinceridade do Eryk chega a me comover. Então ele estava pensando no meu presente e ao mesmo tempo nos amigos dele... Ele sempre pensa nos dois lados para que não aja confusão. Mesmo se isso o atrapalhar um pouco.

– Eryk... Eu amei o presente. De verdade. De todo o meu coração. – Eu falei aproximando mais as flores para o meu peito.

– Ufa... Ainda bem. Você merecia mais, mas já que você gostou, tudo bem. A partir de agora, eu vou garantir de te presentear com algo bem valioso! Te prometo Fran! – Ele garantiu decidido.

– Não precisa fazer tanta questão. Só se quiser... – Eu olhei para o canto após dizer essa ultima. Acho que soou um pouco interesseiro de minha parte.

– Eu quero! Com certeza! – Ele bateu a mão no peito, decidido novamente.

Eu queria mesmo era abraçar o Eryk alí. abraçá-lo e não solta-lo nunca mais. Mas essas flores que ele me deu... de alguma forma... me traziam a mesma sensação que eu queria.

Narração Normal

A festa ocorreu bem. Todos se divertiram a sua maneira. Aoi e Tenma foram os que se mais divertiram. Eles saíram juntos depois disso. E cada casal também estava aproveitando o momento, até a festa acabar.

No dia seguinte...

– Cara... Eu ainda não acredito que ela aceitou o meu presente. – Desabafou Eryk ainda não acreditando enquanto estava reunido com os garotos do time enquanto conversavam sobre o dia anterior.

– A Konoha também adorou o dela. Eu que não acredito no que eu falei. De onde eu tinha tirado aquela coragem toda para falar tudo aquilo mesmo? – Dizia Kusaka no mesmo estado que Eryk.

– Bom, vocês foram ótimos. Com certeza elas entenderam os seus sentimentos. – Falou Endou tentando tranquilizá-los.

– Vamos meninos! Contemplem a beleza! – Nagazy apareceu, sentada em um trono dourado, enquanto quatro jovens a carregavam.

Ela passa por todos os garotos do time no corredor. E quando ela foi embora, todos estavam boquiabertos com a cena, menos Eryk.

– O que foi isso? – Pergunta Shinsuke ainda boquiaberto.

– Nagazy ficou popular em menos de um mês. – Eryk esclareceu, fazendo todos ali entenderem o ocorrido, mesmo ainda não acreditarem.

Continua...