Inazuma Lion escrita por Neryk


Capítulo 36
Cap 36 – Gatos Comem Peixes


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora, mas a internet aqui deu aquela bronca, entende? (Mil tretas mano. Mil tretas.)

Obrigado a Yuuna-chan, TMaster, Soph White e a Dene pelos comentários passados.

Ah, e a técnica escolhida para Endou e o Kanon usarem juntos é........... Eu digo isso lá no final, tá? (Kaha)

Bom, agora vamos ao que interessa!

Tenham uma boa leitura!



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Cap 36 – Gatos Comem Peixes

– O Rei dos Mares! Poseidon! – Quando as chamas negras ficaram maiores, uma lança corta as mesmas. E delas, surge um ser fardado como um gladiador de guerra, deixando sua pele azul marinho mais a mostra. Ele segurava uma lança na mão direita. Seus olhos eram iguais aos de peixes, iluminando um amarelo. Continha presas em seus dentes e suas mãos tinham unhas pretas. Seu cabelo era branco e amarrado dividido um para cada lado, caído. Sua coroa era feita com enormes escamas de peixes, azul claro e escuro, e com um pequeno enfeite dourado no centro. Usava um cinturão com detalhes circulares azuis escuros e claros, um sobre o outro.

– O Rei da Selva! Lion! – O mesmo acontece com Eryk. E entre suas costas, surge uma cabeça de um Leão da cor vermelha e olhos amarelos, assim como sua juba, dando um tom dourado. Quando revela todo o resto, aparece um corpo que parecia ser bem musculoso assim como seus braços, que eram bem grossos, com seu pelo em uma pequena parte deles na cor branca. Suas mãos tinham garras bem afiadas e sua boca mostrava seus dentes e duas presas bem notáveis em cima e em baixo, mais não tão notáveis ao ponto de saírem de sua boca.

Então aquele humano também escondia uma incorporação? Mas vejamos se ele consegue defender o Marito. Se longe ele não conseguiu nem ter a oportunidade, imagina agora que ambos estão perto. – Algos observava, pensativo. Ele, para dizer a verdade, não se importava de quem seria o vencedor da partida. Algos só queria que tudo terminasse bem, para ambas as raças.

A bola em Marito se enchia de água. E enquanto isso, sua incorporação trazia consigo um Tsunami avassalador...

Eryk concentra uma esfera vermelha entre suas mãos. E sua incorporação fazia o mesmo...

Eryk... você pode ser um novato no futebol. Mas apesar de não demonstrar o seu amor por esse esporte como Endou e Tenma fazem questão de fazer, seus sentimentos a ele são tão poderosos que são transmitidos para suas técnicas, sendo capaz de parar até mesmo os chutes mais poderosos. – Tsurugi observava ao longe, pensativo também. Mentalmente ele sabe que aquela bola, de alguma forma, não será capaz de entrar no gol, não importa o poderoso chute que Marito está prestes a fazer naquele mesmo momento.

Ao mesmo tempo a incorporação de Marito fazia a bola coberta de água aumentar cada vez mais...

A esfera entre as mãos de Eryk parecia feita de eletricidade. Logo após ela é transferida para as mãos do Leão, a cobrindo como se estivesse convertendo em luvas para sua incorporação...

– Por favor... Defenda... – Rezava Fran, aflita por dentro.

– CORRENTE MORTIFERA!!!!! – Assim que Marito pula e chuta a bola, o enorme Tsunami a acompanha, enquanto a enorme esfera de água se aproximava do gol.

– RUGIDO DO LEÃO VERMELHO!!! – Posicionando os braços para frente, no intuito de liberar energia, Eryk dispara um raio acompanhado de um rugido de sua própria incorporação.

A bola coberta de água, acompanhada pela enorme onda, se encontra com o poderoso raio do leão. Com isso, o local começa a ficar turbulento, com os choques que eram provocados por ambas as técnicas tomando conta do local devastando tudo em sua volta.

– Droga... Ele é forte... – Eryk fazia pressão, tentando empurrar suas mãos para que consiga defender depressa.

– Vamos lá Eryk... – Torcia Endou, acreditando no goleiro.

A bola fazia mais e mais pressão ainda para marcar. Eryk fazia de tudo para fortalecer o raio cada vez mais, mas as ondas de choque que circulavam o local devido à colisão de ambas as técnicas, o goleiro era arrastado para trás...

...até sua incorporação ser derrotada, e a bola se aproximar do gol.

– NÃO! – Eryk estava prestes a cair, mas como ultimo recurso ele levanta seu braço esquerdo e usa sua mão para parar o chute.

Mas a bola ainda estava poderosa o bastante para marcar o gol. Ela girava tanto que sua luva estava até fazendo um barulho de algo se arrastando com muita potência e velocidade.

Eryk serrava seus dentes ao sentir aquilo quase arrancando sua mão. Sim, a bola ainda estava na mão esquerda de Eryk, tentando entrar no gol a todo custo. Eryk já estava nas ultimas até...

...a bola conseguir passar por Eryk.

– NÃO MESMO! – Tsunami e Otomura conseguem chegar a tempo e agora tentam parar a bola com seus pés. Ambos estavam surpresos com o fato da esfera ainda ter tamanho poder. Os adultos se esforçavam ao máximo até...

... a bola conseguiu passar por eles também.

– NEM PENSAR! – Quando a bola estava prestes a cruzar a linha do gol, Minaho e Cora também chegam na hora e fazem o mesmo que os dois anteriores; tentam de tudo para parar a bola com os pés, não permitindo que o gol seja marcado.

– AH QUE DROGA! MARCA LOGO ESSE GOL! – Berrava Marito indignado por a bola não entrar no gol até agora.

– Sai! – E finalmente, os dois conseguem chutar a bola para longe, salvando o gol, e fazendo a bola ir parar na pose de Shinsuke.

– Correria, correria. – Eryk comentou, enquanto se levantava.

– GrrrrrrrrrAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH!!!!!!!!!!! – Marito berra novamente, tentando retirar toda sua ira que tinha dentro de si com aquele mesmo grito. E assim que ele acaba, o tritão volta a correr pelo campo, atrás da bola.

– Nós ainda podemos conseguir! – Natsumi comenta animada.

Enquanto isso...

Um guarda tritão estava caminhando no corredor do palácio, na direção do calabouço onde se encontrava Tenma e Aoi.

– Então? Estão confortáveis aí dentro-MASOQUE!? – Quando o guarda entre no local, ele se espanta ao ver que Tenma não estava na cela, só a azulada.

– É... Oi? – Aoi acena para o tritão em sua frente, gentilmente, tentando disfarçar o seu nervosismo.

– PARA ONDE AQUELE GAROTO FOI?! – Perguntou o guarda autoritário.

– E-eu não sei. – Aoi gagueja um pouco assustada pelo berro do guarda.

– Mas vocês estão de brincadeira. Vai menina! Para onde ele foi!?

O guarda abre a cela e entre nela no intuito de procurar o local que ele escapou.

– Então? Onde ele está?! ME FALA! – O tritão agora interroga Aoi pegando fortemente em seu braço.

– Para... Está me machucando... – Aoi tentava se livrar do tormento, mas o guarda era muito forte.

– AÍ!!!

Uma voz vinda do teto fez o guarda desviar sua atenção e mirar o topo. Quando ele vê quem era, ele encontra Tenma, pendurado no teto com ambas as mão e pés na parede.

O guarda tritão não teve tempo de reagir e Tenma cai em cima dele, o deixando consciente.

– Ai... – Gemeu o tritão agora derrubado.

– Vamos! – Tenma pega na mão de Aoi e fogem daquele local correndo.

Marito

Eu era muito jovem. No dia mais feliz da minha vida foi quando eu soube que meus pais teriam a honra de serem os guardiões do novo rei. Mesmo sabendo que eles eram tão amigos ao ponto de chamá-los de irmãos, eu fiquei muito alegre quando eu soube disso.

Mas todo filho mais velho sempre tem que ter um pestinha chamado de “irmão mais novo”. Quer dizer, Algos não me ferrava. Pelo menos, não de propósito... Danado.

– Algos seu cabeça de peixe-boi! Por sua causa nós vamos nos atrasar!!! – Briguei. Já estávamos atrasados para a cerimônia. E Algos ainda fica de corpo mole?

– Calma aí irmão! Me espera! – Algos estava tentando me alcançar, mas eu corria tão rápido que ele nem conseguia me ver.

– Esse é o dia mais importante dos nossos pais e você ainda quer que eu espere? Mas não mesmo! Não quero perder um segundo, ouviu? – É, né? Eu tive que parar para ele conseguir chegar até mim. Ele se apóia na parede e tenta recuperar fôlego.

– Caramba... Você... É rápido. – Algos falou, ofegante.

– Quer que eu te puxe? – Brinquei. Algos me encarou na hora, com um olhar de reprovação.

– Não dá para a gente ir andando? – Ele sugere como se aquilo fosse a única solução.

– Não. Agora vamos.

Depois de muito teimar, finalmente conseguimos chegar a tempo. Não pude esconder meu maior sorriso ao ver minha mãe linda com aquele vestido. E meu pai estava com um rosto sério, porém, simpático vamos dizer.

A cerimônia começa quando meu pai se posiciona no lado direito e minha mãe no lado esquerdo do rei. E assim que o casal levanta seus braços, o topo das três barreiras libera um clima muito belo. O fenômeno era um carnaval de reflexos rosa e azul. E esse mesmo fenômeno pairava no ar até chegar no Rei de Atlantes.

Assim que o poder é absolvido, a pele do rei fica na mesma coloração do fenômeno, só alguns instantes, até voltar ao normal.

– Meus amigos! – O Rei agora discursava – Com esse poder, eu prometo agora: Ninguém poderá sujar as águas enquanto eu estiver aqui! Como o usuário do poder do controle absoluto dos mares e oceanos, farei de tudo ao meu alcance! E também aceitarei o fardo de cuidar da vida que as águas oferecem para o mundo fora d’água. Nossas águas estarão limpas, e a vida no mundo superior prosperará com a nossa água! Eu, Ocealago, cuidarei de todos! E AGORA! VIVA O POVO DE ATLANTES!!!!!!!!

– VIIIIVAAA!!!!!!!!!!!!

– VIIIIVAAA!!!!!!!!!!!! – Algos também grita, acompanhando o ritmo da multidão. – Nossa... O nosso rei tem a responsabilidade de cuidar até mesmo do mundo fora das águas... Eu fico admirado. E você Marito? Marito?

– Eu... Estou... Tão feliz... – Eu estava encharcado de lágrimas. De emoção, é claro. Imagine: Seus pais ajudando e apoiando alguém que tem a responsabilidade de praticamente do mundo inteiro! Eu estou tão orgulhoso...

Porém... É. Porém. Nem tudo são flores. Era um dia comum. Já avia se passado sete anos desde a cerimônia. Eventualmente, o rei precisaria de um herdeiro, e alguns dias depois disso, Cora nasceu.

Como filhos dos guardiões, Algos e eu ficamos encarregados de cuidar da pequena princesa.

E foi num dia calmo e tranqüilo para mim que “aquilo” aconteceu.

– Marito! Você concerta para mim? – Cora, com apenas dois anos de idade, pergunta para mim docilmente, enquanto mostrava uma boneca feita de barro e enfeitada com algas. Mesmo a boneca sendo muito bela, seu braço avia saído do lugar.

– Quebrou de novo? Você sabe que tem que tomar cuidado com suas coisas minha princesinha. – Eu fui até ela e pego o objeto, enquanto dava uma pequena bronca na nossa futura princesa. Isso já era rotina. Cora vive quebrando algum brinquedo que acaba de ganhar. Mas para dizer a verdade, isso não me incomodava. Era gostoso a sensação de cuidar dessa sereiazinha. Hehe.

– MARITO! IRMÃO! – Mas para a minha infelicidade, Algos chega no local com más notícias. Sua respiração estava pesada e seus olhos estavam inchados de lagrimas, atordoado.

– Algo? O que houve? – Eu pergunto preocupado. Eu vou até ele para ajeitá-lo melhor seu estado.

– A Bênção das Águas... Rejeitaram nosso rei! – Assim que ele falou minha expressão muda de preocupado para surpreso.

– O QUE!? Mas... Isso é impossível? Ele já não avia sido aceito?

– Pa... Parece que ele quebrou o tratado... – A respiração de Algos estava pesando muito enquanto ele prosseguia.

– E você?! Porque está assim? – Eu pergunto assim que percebo, enquanto tentava ajudá-lo.

– No... Nossos pais... – Sua respiração estava incomodando a cada palavra que saia dele. Eu espero um pouco para ele se recuperar até eu voltar a falar.

– Algo aconteceu com eles? – Perguntei. No estado que meu irmão se encontrava dava para presumir que não vinha coisa boa.

– Nossos pais... Eles... Eles foram... – A respiração voltou a incomodar mais ainda. Ele tenta parar de falar, se ajeitar em pé, e depois ele prossegue. – Eles se foram.

– O que...? Como assim eles se foram? – Eu pergunto sem acreditar. Quando Algos achou que já podia falar, ele começa.

– Eles foram com o rei para eliminar a ameaça que se aproximava, mas... Ela também afetava o rei. E para salva-lo, eles se sacrificaram em seu lugar... – Finalizou.

– O Rei? E onde ele está?

– Eu não faço idéia. Antes de partirem eles me salvaram. Marito... Eles foram heróis... Heróis... – Algos agora chora como nunca chorou na sua vida. Ele berra alto, sofrendo com sua perda. Eu recuo um pouco, abalado. E eu também choro sem me importar com o resto.

“Heróis”? Heróis não morrem Algos. Eu queria dizer isso a ele, mas não era o momento. Eu nunca imaginei que os humanos...

Os humanos... foram eles.... Foram ELES que me tiraram o nosso bem mais precioso... Se eles... Se eles cuidassem da nossas águas, assim como cuidamos de suas Terras... Mas não. Eles teimam em sujar tudo. Eles não ligam nem um pouco para nós que vivemos debaixo d’água. Droga... Por quê?

– Ah... – Eu escuto alguém tentar falar, e quanto eu vejo quem é, era Cora atrás da porta, se segurando na mesma e deixando sua cabeça para dentro. Ela olhava para mim com um olhar de pena. E eu não sei porque, mas esse mesmo olhar inocente me fez despertar para uma solução que duraria um longo tempo.

– Algos. Chamem todos os guardas. Mandem todos para uma busca urgente pelo nosso rei. – Eu o ordeno e ele enxuga suas lágrimas.

– Está certo... – Assim que ele se recupera da dor ele se retira. E assim que ele foi embora, eu vou até a nossa pequena princesa para encarar a nossa futura “salvação”, mesmo que eu tenha a assustando um pouco com isso.

– Cora... Você será mais que uma Rainha. Você será a salvadora de todos os peixe de todos os sete mares. – Eu falei e ela pareceu não entender. Ótimo. Mas cedo ou mais tarde ela ia ficar sabendo mesmo.

Os guardas procuraram por vários dias, por vários meses, até passar um bom tempo, mas nada de encontrar o Rei, e também a Rainha que tinha ido com eles.

Tola. Todos são tolos. “Cuidar da vida que as águas oferecem para o mundo fora d’água?” Mas eles nem reconhecem isso. E olha que nem é preciso que nós digamos a eles. Eles também sabem muito bem que sem água os humanos não vivem. E mesmo assim eles teimam em manchar tudo.

Depois de muito procurarem, foi confirmado o desaparecimento dos Reis de Atlantes. Sim. Ocealago e Bolifar se foram. Comunicamos a todos os peixes sobre o desaparecimento, mas nenhum deles sabiam de seu paradeiro.

Perfeito. Sem a presença deles, nada nem ninguém ira me impedir de realizar o meu plano.

O meu plano... De salvar todos os peixes... E arrasar com os humano.

Narração Normal

– Marito! – Algos passa a bola para Marito. Kanon corre até ele, mas o tritão o dribla com uma rodopiada.

Mas quando Tsunami corre até ele, Marito não consegue driblá-lo. Ele tenta varias vezes, mas Tsunami não deixava.

– Droga...! – Marito desiste. Ele se arreda para trás na tentativa de passar a bola para outro de seus companheiros.

– Marito. Eu sei como se sente. – Tsunami começa a falar, conseguindo a atenção de Marito, um pouco confuso.

– O que?

– Eu conheço a sua frustração pela poluição das águas. Eu também fico frustrado quando eu vejo alguém sujando elas. Acredite.

– E o que você faz para impedir isso hã?

– Eu tento resolver com uma boa conversa. Eu só preciso de paciência e calma para encarar aquilo sem deixar a fúria tomar conta de mim. Só isso.

– Não... Não adianta. É INÚTIL! E VOCÊ SABE DISSO! – Berrou Marito, trazendo sua incorporação para o campo.

– É uma pena. Por que comigo sempre funciona. E eu não vou deixar você ferir a todos! Não com essas belas águas que são os mares! – Tsunami também invoca sua incorporação para o campo. Tanto o Tritão quando o Surfista se encaravam determinados. E depois de tensos e demorados segundos, os dois avançam um no outro, fazendo suas incorporações se chocarem.

O Neturno fazia muita pressão contra o Poseidon. Mas o rei dos mares não ficava para trás. Tsunami e Marito também se esforçavam ao máximo para conseguir derrubar um ao outro. E depois de muita luta, Marito aproveita uma brecha e chuta a bola para Algos.

– Ai não! – Tsunami logo desfaz sua incorporação e corre atrás da bola. Marito também desfaz a sua e tenta avançar.

– Vai Marito! – Algos consegue driblar Endou e Cora, mas quando ele foi passar a bola para Marito, Minaho corta o passe e não perde tempo para avançar.

Mas quando ele percebe, Algos o tinha alcançado. Agora, o tritão estava na frente de Minaho, bloqueando o seu caminho.

Eu não tenho outra escolha. Vou ter que usar aquilo. – Pensa Minaho, decidido.

– Será que... – Eryk presumia.

Minaho se meche para o lado e para o outro, tentando driblar Algos. Mas quando ele resolve olhar para o alto, logo aponta para o céu, parecendo ter visto algo.

– Tem um OVNI ali Ó!

– Hã? – Marito ficou confuso. E Algos mais ainda. Ele encara Minaho sem entender.

Minaho quando percebe que não estava fazendo efeito nele, aponta novamente para o céu. Quando ele viu que ainda não funcionava, Minaho mesmo preocupado aponta novamente de uma maneira convincente.

Algos no inicio não conseguia entender. Mas depois que Minaho insiste tanto nisso, ele fica tão curioso que...

– Cadê? – Resolve olhar, caindo na armadilha dele. E enquanto Minaho corria passando por Algos, o tritão fica lá, procurando o que quer que seja. E sem perceber, uma silueta de algo parecido com uma nave dourada, voa para lá e para cá enquanto subia até sumir de vista com um piscar de olhos.

– Por favor... Me diz que ele é adotado. – Marito bate na própria cara incrédulo antes de dizer isso.

– A Raimon da Terra consegue dribla os Tufões de Água! Mesmo eles indo tentar roubar a bola dos humanos eles não conseguem. E a situação se repete novamente! A bola é tocada para o atacante do time, acompanhado pelo meio-campo jogador, trocando passes! – Descrevia o narrador em relação da bola esta na posse de Fey e Kanon agora.

Os dois trocavam passes enquanto avançavam, até a bola ser chutada para frente e os dois correrem sincronizados até ela e a chutam ao mesmo tempo.

– TEMPO CRUZADO! – Quando os dois chutam, a bola é coberta por faíscas vermelha e azul, e se dirigia ao gol em forma de zig zag no ar.

– “Névoa Ácida!” – O goleiro tenta usar uma técnica para parar o chute derretendo a bola. Mas a bola vence, se aproximando do gol.

– NÃO! – Marito aparece e faz o mesmo que os quatro jogadores da Raimon fizeram para salvar o gol. Tenta parar a bola com o seu pé.

Mas a bola ainda não tinha perdido o seu poder. Marito começava a sofrer tentando conter a bola com o seu pé. E depois de tanto fazer força...

...a bola consegue passar por Marito.

Algos quando viu, também pulou e tenta parar a bola com seu pé antes da mesma estar a milímetros de distância para entrar no gol.

– Algos? – Tanto Marito quanto o goleiro tritão se surpreendem a ver o mais novo determinado.

– Eu também... Quero jogar FUTEBOL!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Algos berra até conseguir chutar a bola para longe.

Um tritão consegue recuperá-la. Ele avança pelo campo até Shinsuke tentar roubar a bola.

– Tritrios! – Surpreendendo o baixinho, o jogador passa a bola para outro tritão chamado de Tritrios. Ele avança com toda a sua velocidade, até Tsurugi e Otomura tentar roubar a bola, ambos com um carrinho.

Mas o tritão pula e desvia do carrinho dos jogadores. E ainda no ar, ele chuta a bola, passando para outro jogador.

– Você é meu... – Kusaka avança até ele. O tritão para encurralado para ver quem estava livre para receber a bola dele.

– Toca aqui! – Marito corre livre no campo na frente desse jogador. Ele passa a bola para Marito e não perde tempo e corre em direção ao gol.

Endou e Tsunami vão até ele. Os dois tentam roubar a bola de Marito com seus pés. Marito encontrava dificuldades de manter a bola em sua posse. Mas quando Minaho entra na disputa, é aí que Marito perde a bola de vez.

– Não! – Marito desvia sua atenção dos dois e tenta perseguir Minaho que estava com a bola. Quando Endou e Tsunami já iam tentar correr atrás dele, dois tritões se intrometem, bloqueando seu caminho.

– Uou. – Minaho se surpreende a ver Marito ter conseguido alcançá-lo.

– Você não vai conseguir passar por mim. – Afirmou Marito sorrindo já vitorioso na frente dele. Minaho o encara, pensando em uma maneira de driblá-lo.

Droga! Não sei se vai funcionar, mas eu não tenho escolha.

Minaho se meche para o lado e para o outro, tentando driblar Marito. Mas quando ele resolve olhar para o alto, logo aponta para o céu, parecendo ter visto algo.

– Tem um OVNI ali Ó!

A reação de Marito é séria, porém, entediado. Ele faz uma cara, fingindo estar decepcionado.

– Sério isso?

– Essa não... – E antes que Minaho tivesse a chance de revidar, Marito o dribla violentamente, roubando a bola de sua posse e correndo direto para o gol.

– Caramba. O Marito é forte mesmo. Ele conseguiu até mesmo vencer a técnica do Minaho cara... – Dizia Eryk reconhecendo a força de Marito, impressionado.

– Eu acho que não foi uma questão de vencer a técnica dele Eryk. – Fran comentou suspirando cansada.

– Vamos lá...! Vocês podem ser melhores do que isso, hã? – Provocava Marito avançando pelo campo...

...Até Cora ficar em seu caminho.

– Cora... Eu falo sério quando eu digo que não quero te machucar. Mas se você for um obstáculo em meu caminho, não terei piedade. – Ameaçou Marito, assustador. Porém, Cora não recuava.

– Marito. Eu sei o que aconteceu com os nossos pais. – Cora dizia, deixando Marito surpreendido.

– O-o que?

– As meninas se encontraram com a minha mãe, e ela disse o que aconteceu.

– Com sua mãe? Mas ela-

– Não estava desaparecida. Seu espírito se uniu com a caverna das redondezas do reino.

– As redondezas... Porque eu não pensei nisso... Não... E se elas estiverem mentido? Hã?

– Não estavam. Eu acredito.

Isso enfureceu Marito por dentro. Seu rosto quase demonstra isso. Mas ele tenta ficar calmo, respirando fundo e começando a falar.

– Como você pode? Confiar em humanos? Humanos que sujam nossas águas? Hã?

– Esses humanos não fazem isso. Eu sinto isso bem aqui. – Cora responde sem medo, apontando para o seu coração. E com isso Marito agora se irrita de vez.

– COMO!? COMO VOCÊ PÔDE!? ESTÁ NOS TRAINDO? ESTÁ TRAINDO SUA RAÇ-

– NÃO! Eu estou fazendo o meu dever! Eu estou protegendo tanto o nosso mundo como o mundo humano! – Cora o interrompe autoritária.

– Marito entenda. Nós não queremos o mal para as águas. – Tsunami se aproxima e fica ao lado de Cora.

– Nós não queríamos trazer problemas para ninguém. Nós só viemos aqui para levar nossa amiga de volta pra casa. – Otomura também se junta aos dois, ficando do outro lado de Cora.

– Ah sim... Sua amiga... Não. Vocês não a levarão. EU não vou deixar...! – Falou Marito ameacadoramente.

– Marito. Como futura Rainha de Atlantes eu ordeno que você pare! – A voz de Cora foi mudando aos poucos, deixando Marito confuso.

– Mas o que... – Sem ele perceber, Marito recua um pouco. Ele tenta ficar firme no chão, mas Cora estava tão diferente que Marito não conseguia distinguir quem era.

Os olhos de Cora brilhavam. O seu brilho era tão forte que escondia suas pálpebras. E quando Marito repara melhor, seus pais, os pais de Cora, e varias outras sereias e tritões vestidos como verdadeiros reis e rainhas, e outros vestidos com um uniforme passado de geração a geração, aparecem atrás da sereia.

Esses seres... Eram os antepassados dos Reis de Atlantes e de seus Guardiões.

– Ai a mamãe tá aqui. É hoje que levo aquela surra... – Marito sussurrou para ele mesmo, espantado.

– Marito. Você foi o primeiro guardião de todas as eras que quebrou a regra de seu dever. Preservar a vida dos seres marinhos e dos seres que vivem na superfície. – A voz de Cora agora era sincronizada com a dos outros seres que estavam em sua volta. Todos dizendo a mesma coisa em uníssono.

– Não... Eu ainda acredito que a minha maneira é a ÚNICA SALVAÇÃO! – Marito simplesmente ignora o fenômeno em sua frente e dribla Cora, a derrubando no chão.

– Cora! Ah droga! – Eryk chama pela garota e quase vai até ela, mas Marito já estava tão perto do gol que o goleiro não podia sair de lá, e logo se posiciona para defender a bola.

– Falta apenas cinco minutos para a partida acabar! Vejamos qual será o derradeiro final dessa partida! Será que os Tufões de Água vão conseguir virar o jogo, ou ele terminará empatado? – O Narrador dizia olhando para o relógio e depois para o campo de futebol.

Marito grita enquanto chuta a bola, sem técnica ou incorporação.

Eryk consegue defender socando a bola, sem usar uma técnica ou incorporação também.

Marito rebate com um chute novamente, agora de bicicleta. Eryk se joga e acaba aparando a bola com o pé, sem querer, fazendo a bola ir parar no alto, até chegar ao chão.

– JÁ CHEGA! O REI DOS MARES! POSEIDON!

– Ah é? O REI DA SELVA! LION!

– EU VOU MARCA!!!!!!!!!!!!!!

– EU VOU DEFENDER!!!!!!!!!!!

As mãos das duas incorporações empurrão a outra para trás, na tentativa de vencer o seu adversário. Eryk e Marito tentam de tudo para repelir o outro para longe. E depois de muito esforço, a força acabou sendo nula. Cada um foi derrubado para trás, tanto Marito quanto Eryk.

Marito ainda no chão encara Eryk. E Eryk ainda no chão encara Marito. Os dois respiram ambos ofegantes, enquanto tentavam se levantar do chão.

O barulho da bola batendo no chão uma única vez ao cair na frente deles chamou a atenção dos dois. Quando eles se tocam, tanto Eryk quanto Marito correm até ela.

– ALVORECER DA PIRANHA!!!!!!!!!!!!!!

– LEÃO RELÂMPAGO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Uma intensa colisão é causada quando os dois jogadores chocam seus chutes, com a bola entre seus pés.

Ambos faziam muita força para conseguir a bola em sua posse. E nem Marito e nem Eryk queriam dar o luxo de deixar o seu rival com a chance de marcar o gol ou defender a bola.

Atrás de Eryk, aparece uma silueta de um leão vermelho claro, pisando firme no chão e rugindo poderosamente.

Atrás de Marito, aparece uma silueta de uma piranha, encarando Eryk com seus olhos arrepiantes e serrando seus dentes mortíferos cheios de bolhas.

Eryk e Marito ainda faziam pressão com os pés para tomar a bola um do outro. E a poderosa colisão faz a bola criar uma luz. Uma luz tão forte que toma conta do local, deixando tudo em branco com o seu clarão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

A técnica vencedora foi o Relâmpago 1. Ela vai aparece na história no próximo cap! Mas será que vão conseguir defende-la? Aguardem para ver!

Muito obrigado por terem lido até aqui!

Qualquer coisa, é só comentar!

E e isso! Fiquem com Deus e até a Próxima!