Inazuma Lion escrita por Neryk


Capítulo 35
Cap 35 – A Fuga de Cora


Notas iniciais do capítulo

AHÁ MULEQUE!!!!!! CHEGEI!!! Hehe.

Muito obrigado a Emilly Frost, Yuuna-chan, Soph White e a minha querida Dene pelos seus preciosos comentários! Fiquem sabendo que, no próximo cap, será revelado qual será a técnica vencedora, viu?

E muito obrigado também ao TMaster100x pela mega, ultra, incrível CAPA que ele editou! Sim minha gente. A Inazuma Lion ganhou uma capa novinha! Hehe eu estou feliz até agora! Haha!

Agora vamos acabar com o suspense (ou não. Muahahahahaha)

Tenham uma Boa Leitura!



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Todos ficaram chocados. Nenhum deles imaginava que Eryk, aquele garoto amigo e descontraído, tivesse passado por algo tão escuro como a solidão.

Fran começa a estremecer. Ela abraça a si tremendo de frio. E isso só de saber que Eryk uma vez já foi solitário. E como se não estivesse agüentando mais, Fran desaba no chão, ficando de joelhos, ainda abraçando a si mesma.

– Fran? – Nagazy foi até ela, preocupada demais ao ver a menina ficar tremendo daquele jeito.

– Eu posso não saber o que é perder e não ter nada... Mas fique você sabendo que ouve uma época para mim que eu não ganhava nada!

Eryk retruca, agora de cabeça erguida e com uma feição séria em seu rosto. Todos novamente se surpreendem com isso. Inclusive Fran, que aos poucos, ia levantando seu rosto surpreso e seu olhar quase lagrimejado até mirar o goleiro no campo.

– Eu não tinha amigos. Não tinha ninguém para confiar de verdade. Ninguém queria falar comigo e também não deixavam eu me enturmar com eles. Só era eu em todo lugar! – Prosseguiu Eryk, colocando firmeza em suas palavras – Mas sabe o que aconteceu? Eu conseguir! Conseguir vários amigos! Não só aqui na Raimon como no Brasil também!

– Eryk... – Endou sorrir aliviado com o amigo.

– Eu não desistir! Continuei tendo fé! Fé que eu ainda poderia encontrar amigos de verdade! Ao invés de pirar, como querer sujar as águas, por exemplo, não! Eu não culpei nada e nem ninguém! Eu continuei firme, sem deixar me entregar ao ódio ou ao desespero! Se eu tivesse desistido... Se eu tivesse pirado e ferrado com tudo, eu não saberia onde eu estaria agora! Então meu caro! Pode ficar tranqüilo. Porque eu não vou mais nem ferrando me tornar alguém como VOCÊ! Ainda mais agora de ter te conhecido. – Finalizou Eryk mais determinado que antes.

– Eryk... – Fran estava comovida. E mesmo sem ela perceber, seu rosto estava encharcado de lagrimas. E quando percebe, a garota nem faz questão de conte-las. Sentia como se a pequena agonia que teve agora a pouco, fosse embora com aquelas mesmas lagrimas.

– AMIGOS É UMA COISA, MAS SEUS PAIS É OUTRA BEM DIFERENTE, ANTÔNIO ERYK! – Berrou Marito irritado.

– SE TOCA! Eu não perdi meus pais, mas eu não tinha amigos! Já você Marito! Você perdeu seus pais, mas está rodeado de amigos. E se não fosse por essa PORCARIA de ambição de querer inundar a Terra, você poderia aproveitar suas amizades melhor! – Rebateu Eryk.

– Está dizendo para eu esquecer meus pais!?

– Não! Eu estou dizendo que você deveria aceitar! Manter tudo de bom que você teve com eles bem aqui, e continuar com sua vida, deixando seus amigos preencherem o vazio que se formou em seu coração após ter perdido eles! – Dizia Eryk, apontando para seu coração enquanto se referia a Marito.

– JÁ CHEGA! Vamos continuar com isso! – Finalizou Marito retornando para sua posição.

– Eu também acho! – Concordou Eryk se ajeitando melhor no gol.

– Que bom, né Fran? – Pergunta Nagazy.

– É-é. – Fran responde, enxugando suas lágrimas e ficando de pé para assistir a partida melhor.

Se entregar... Ao ódio... – Pensava Kusaka, mirando o chão. Konoha também o observava de longe, imaginando o que ele estava pensando.

– Marito espere. – Quando Marito passava por seu irmão mais novo, Algos o chama.

– O que foi? – Perguntou, o olhando de canto.

– Você pretende pressioná-lo para-

– Fique fora disso. Ouviu? – Marito interrompe Algos, o respondendo e retornando para sua posição. E mesmo não entendendo muito, Algos retorna também.

– Vai lá Cora!!! – Torcia Kinako.

– Joga com tudo, viu? – Nagazy fazia o mesmo.

– Sim... – Cora corresponde, antes de encarar o campo, preparada para a partida começar a qualquer momento.

O dia que Cora seria coroada a Rainha de Atlantes chegou. Ela se encontrava em uma das salas do palácio, enquanto suas serviçais davam um toque final do vestido de sua futura rainha.

– Por favor senhora Cora. Não trema muito. – Pediu gentilmente uma de suas serviçais.

– E-e-e-eu não consigo... Eu estou tão nervosa... – Admitiu a Sereia tremendo muito. Cora estava linda com o vestido azul-claro que usava, porém, ela estava muito nervosa sobre se ocorreria bem durante a Benção das Águas. E quando eu digo preocupada, não é aquela preocupação de que um holocausto vai acontecer, e sim uma preocupação besta, como pagar um mico feio na frente de todos, como tropeçar ou gaguejar na hora do tão aclamado discurso.

– Posso entrar? – Marito aparece na porta, e pergunta gentilmente, animado.

– Ah senhor Marito. – Uma das serviçais o vê. Logo as outras fazem uma referência ao guardião.

– Opa, opa! Que isso. Quantas vezes eu tenho que dizer que eu não preciso dessas formalidades. Guardem essas coisas para nossa rainha. – Marito ficou sem jeito. Pediu gentilmente novamente enquanto se caminhava até Cora.

– E-eu ainda não sou Rainha. – Falou a Sereia anda nervosa. Marito rir de como Cora estava preocupada com a cerimônia, que nem tinha começado ainda.

– Não se preocupe querida. Hoje será algo divertido. Você vai ver. – Garantiu Marito com um sorriso.

Um sorriso... um tanto suspeito.

– CORA!

Quatro jogadores já estavam na área da Raimon, bem próximo ao gol, tentando avançar. Porém, Kusaka, Fey, Minaho e Endou estavam lá para detê-los. E quando um deles consegue a posse da bola, e caminham na direção de Cora, Endou grita por ela, a fazendo acordar de seus devaneios.

– Ei ei! Te sai...! Vai...! VAMOS! – Dizia Eryk como se conseguisse afastar os jogadores rivais da sua área apenas com suas palavras. Cora e os outros jogadores da Raimon, assim como os mesmos quatro jogadores dos Tufões de Água, estavam tendo em cada lado dificuldades de manter a bola em sua posse.

E permaneceu assim, até Otomura chegar e chutar a bola para longe, indo parar para fora do campo.

– Ufa... – Eryk ficou aliviado.

O apito foi escutado. Com isso todos se posicionam no campo para aguardar o escanteio do jogador dos Tufões.

– Cora. Quando eu der o sinal, vamos por em prática aquele plano, está bem? – Otomura murmura perto de Cora. A mesma assente como resposta enquanto a bola é chutada.

Cora

Eu estou muito nervosa. Ontem de manhã eu estava me preparando para me tornar Rainha de Atlantes, e agora eu estou jogando futebol para salvar a Terra. Ai...

E tudo isso começou quando eu estava inocentemente andando pelo corredor. Isto é, eu estava nervosa ainda. Eu estava com medo de bobear na hora mais importante em toda a minha vida.

Quem me dera eu não ter escutado aquela conversa...

– Você vai levar isso a sério mesmo? – Eu escuto a voz de Algos vindo de uma das portas do corredor.

– Eu esperei esse momento há tempos. E agora... Meu plano se tornará realidade. – Eu ia entrar lá para cumprimentá-los, para esquecer um pouco esse nervosismo que me possuía, mas assim que eu escutei a palavra “plano”, eu acabei parando próxima a maçaneta.

– Cara... Eu até te levaria a sério. SE VOCÊ PARASSE DE IMITAR UM MOCERGO E DESCE-SE DAÍ! – Algos berrou, quando eu fui ver, Marito estava pendurando em um lustre igual a um morcego, só que de braços cruzado.

– Credo. Não se pode fazer mais nada, eu hein. – Marito reclama, enquanto relaxava suas pernas e caia de pé no chão.

– Ótimo. Assim é melhor. Onde é que eu estava... – Algos tentava lembrar.

– Estávamos falando sobre o meu plano. – Lembrou Marito.

– Ah é mesmo! Tudo bem. Inundar a Terra? Você tem idéia do que está dizendo? – Algos opinou assim que se lembrou.

“Inundar a Terra”? Como assim?? Do que eles estão falando??? É melhor eu escutar isso direitinho.

– Algos... Pensa: Os humanos não param de jogar lixo nas águas. Eu também estou sabendo que eles nem cuidam das próprias terras direito! E mesmo com vários deles se manifestando contra isso, a situação é a mesma! Você vê um pingo de salvação neles, por acaso?

Marito finaliza seu discurso com uma pergunta, mas antes de Algos pensar em responder, Marito o interrompe, voltando a discursar.

– Não meu caro irmão. NÃO existe um PINGO de esperança neles. E é por isso... Que assim que Cora for abençoada pelas águas, eu vou fazê-la castigar a humanidade inteira, e isso sem ela saber...! – Marito sorrir convencido. Eu nunca tinha visto Marito sorrir ao dizer tais palavras. Eu fico tão assustada com o que acabo de ouvir que sem querer eu deixo cair um vaso de gelo que estava próximo da porta, servindo como enfeite.

– Quem ta aí?! – Algos exige, olhando logo para a porta que estava semi-aberta até agora.

Eu não sei o que me deu naquela hora, mas uma coragem invadiu meu corpo por inteiro que eu apenas inflei o busto de ar e abri aquela porta, decidida a exigir uma explicação de ambos.

Quando o apito é soado, um dos jogadores de Marito chuta a bola para perto do gol, logicamente. O mais velho entre nós, o chamado Tsunami chuta a bola para o meio do campo, salvando o nosso gol, graças a Deus.

– É isso aí cara! – Hehe Eryk comemorou, fazendo o mais velho coçar o nariz com a costa de seu dedo indicador, um tanto convencido.

– Valeu. Vamos! – Ele agradeceu e voltou a correr pelo campo, chamando pelos outros enquanto eu ia proteger a defesa do nosso time.

Eu estou preocupada com aquela menina de cabelo azul, a Aoi. Ela foi tão legal comigo, e agora está presa. Eu também estou preocupado com o Tenma, o de cabelos ondulados. Eles estão demorando tanto... Será que eles foram pegos? Não! Não pense nisso Cora! Eles tem que estar bem!

Ai não... A bola está com o Algos agora. Meus Deus, ele está vindo na minha direção! O que eu faço?

– Cora! Bloqueia ele! – Eryk pediu, me fazendo assentir concordando com ele.

Eu vou até Algos, mas assim que eu fico em seu caminho, ele perece não querer reagir. Seu rosto demonstra preocupação. Dava a impressão que não queria que nada de mal me acontece-se.

– Olha lá! – Sem que nós percebamos, Minaho faz Otomura olhar para nós.

– É como eu pensei... – Afirmou o adulto, confirmando suas suspeitas.

– Acho que agora o nosso plano pode funcionar. – Garantiu Minaho, esperançoso com o plano de ambos.

Eu ainda encarava Algos sem precisar dizer uma única palavra. Ele parecia não conseguir me encarar. Ele só olhava a bola em seus pés. Ele estava concentrado, esperando a qualquer momento que a coragem viesse e avançasse em mim.

Eu sabia que não adiantaria mentir ou fugir correndo dali. Eu estava prestes a ser coroada. Então eu tenho o direito de saber com que fundamento Marito pretende prosseguir com aquele tal plano.

– Oh ou... É a Cora. – Falou Algos suando frio.

– Cora minha rainha! Há quanto tempo cê tai hein minha fofura? – Marito tentou disfarçar, fingindo ser gentil comigo só para tirar bronca.

– O que você quer dizer com “inundar a Terra” hein Marito? – Falei autoritária. Marito praticamente congelou após saber que eu ouvir o que não devia, para ele é claro.

– Eita ela escutou... – Comentou Algos suando mais nervoso que antes. E antes de me responder, Marito tose nervoso, como se estivesse prestes a contar muita coisa.

– Veja bem minha futura Rainha. Você, após ser abençoada, terá o poder de controlar as águas a seu favor. E com a nossa ajuda, seus guardiões pessoais, esse poder estará sob-controle, estou correto?

– Sim. – O respondi amarga, ainda com uma pose autoritária.

– Então, eu tava pensando assim... E se nós usarmos o seu futuro poder para alagar a Terra toda, hã?

– É assim que você ia convencê-la sem ela perceber? – Algos fez questão de perguntar, fazendo Marito ter um treco logo em seguida.

– Por favor me diz que isso é uma brincadeira? – Eu não estava agüentando ouvir tanta besteira. E o pior de tudo é que Marito insiste em ser sínico.Onde já se viu? Ele realmente não tem idéia do que está dizendo.

– Qual é Cora? Você não conhece a imundice da humanidade? – Tudo bem. Essa ultima frase de Marito me arrepiou um pouco. E não foi só pelo significado dela, e sim pelo jeito que ele falou. Foi sinistro... E ainda estava se aproximando lentamente.

– Eu-nós não temos esse direito. Esqueceu que, como guardiões e usuária do controle das águas, nós temos o dever de preservar não só o nosso mundo, como o mundo humano também? – Eu estava começando a ficar nervosa. Tão nervosa que eu deixei escapar um gaguejo no inicio. Ainda tentava manter minha posse autoritária, mas eu nunca tinha visto Marito falar tão sério e ao mesmo tempo tão relaxado com um assunto TÃO delicado.

– ORAS, JÁ CHEGA! EU NÃO AGUENTO MAIS SERVIR COMO BABÁ DE PEIXE FRESCURENTO! VOCÊ VAI ME OUVIR E-

– Marito para! Você está a - assustando! – Assim que eu comecei a recuar com a gritaria de Marito, Algos logo percebeu e tentou conte-lo.

– Eu estou o que? Os humanos que ficaram assustados! Quer saber? Eu cansei! Cansei de fingir todo esse tempo para obedecer a essa sereiazinha mimada só para eu ter o que queria! Escuta aqui menina! Você VAI subir até aquele altar e vai fazer exatamente o que o roteiro manda! E aí quando toda essa baboseira acabar, vamos mostrar para aqueles humanos que com as águas não se brinca!

– Não... Marito eu não estou mais te reconhecendo...

– Espera irmão! Desse jeito ela não conseguirá nem fazer a benção das águas direito.

– NÃO ME INTERESSA! ELA VAI FAZER ISSO E... Ué? Cadê ela?

– Hã?

Marito estava tão irado que, quando Algos o chamou a atenção,eu aproveitei e sair de fininho de lá. E quando Marito foi ver, eu já não se encontrava mais no local, graças a Deus.

Eu estava correndo pelo corredor, chorando enquanto isso. Como ele pôde? Como ele pôde fingir ser legal comigo todo esse apenas para trazer caos para o mundo acima? Eu anda não acredito nisso. Quer dizer que todos aqueles momentos bons que passamos, eu, ele e Algos, eram uma farsa? Não... Não pode ser...

– Princesa? O que houve? – Eu passei por um dos guardas durante a minha correria. Ele pergunta sem fazer idéia do motivo. Por sorte ele não reparou nos meus olhos, que estavam muito encharcados de lágrimas.

– Atrás dela! A princesa está fugindo do compromisso! Não deixem ela escapar! – Marito gritou, obviamente correndo atrás de mim enquanto passava pelo mesmo guarda. Assim que ele “entende” a situação, ele chama pelos outros e logo eu sou seguida por um exercito.

– Catras! – Algos resolve da um toque na bola para trás, passando para mais um tritão. Quando eu percebo, imediatamente corro até ele.

Mas aí ele passa para Marito, que a recebe pisando nela e de braços cruzados.

– Vejamos se vocês darão conta agora. – Provocou Marito, enquanto sua incorporação surgia novamente, fazendo o Poseidon tomar conta do local.

– Nem pensar!

Endou foi até Marito e bloqueia sua passagem. Suas costas também realizam o mesmo fenômeno que Marito, Tsurugi e o goleiro que eu não sei o nome.

– O Grande Majin! – Surgindo daquelas chamas sobrenaturais, aparece um mostro amarelo, tão amarelo que lembrava um pouco a forte luz do sol. Seu corpo estava sendo enfeitado por coisas que pareciam ser raios vendo de longe. Seus cabelos eram arrepiados e ruivos, e seu rosto demonstrava raiva. Seus dentes eram bem afiados, lembrando um pouco presas. Suas orelhas eram bem pontudas, mas suas sobrancelhas eram mais ainda.

Endou grita enquanto concentra energia em sua mão direita. E quando ele pula, ele faz um gesto com os braços, como se estivesse preparado para jogar o braço direito em sua frente, enquanto sua incorporação fazia o mesmo.

– Martelo... DA IRA!!!! – A sua incorporação esmaga o chão, provocando um tremor tão poderoso que afetou até mesmo o Poseidon de Marito.

E com isso a bola fica na posse de Endou, enquanto a incorporação de Marito desaparece.

– Mas que meleca é essa?! – Dizia Marito derrubado de costa no chão enquanto via a incorporação de Endou sumir.

– É agora pessoal! Contra ataquem! – Endou chutou a bola para Minaho que já estava na frente. Depois de correr com ela por um tempo, ele passa a bola para o senhor Otomura. E quando três tritões tentam cercá-lo, ele usa sua técnica.

– Tubarão Assassino! – Ele invoca um tubarão para driblar os tritões que o cercavam. Quando ele consegue, ele chuta a bola para Tsunami.

– Tá legal. Vamos tentar de novo. NETUNO! O INPERADOR DOS MARES!

Assim que Tsunami chama por sua incorporação, ele concentra energia em seu punho esquerdo, o cobrindo com uma espécie de água mágica. E quando ele soca o chão, o mesmo fica inundado. Depois, toda aquela água é absorvida pela bola.

– LANÇA AQUÁTICA! – E quando Tsunami chuta, a bola coberta de água se aproxima do gol, enquanto sua incorporação jogava sua lança.

– KRAKEN O PESADELO MARÍTIMO! PRESA DA BESTA!!! – O Goleiro do time de Marito também chama sua incorporação e usa sua técnica combinada com a mesma para parar o chute. Quando os dois colidem, o goleiro fazia muita pressão sobre a bola, mas quando as garras do Kraken são usadas para parar a bola...

...a lança de Netuno chega e faz mais pressão ainda. A incorporação do goleiro é vencida, e o gol é marcado.

– GOOOOOOOOOOOOOLLLLL!!!! E a Raimon não para!!!! E agora o jogo está 4 X 5! Será que os Tufões vão continuar na liderança? Ou será que a Raimon consegue trazer mais dois gols de vantagem? – Descrevia o Narrador. Quando Marito olha para ele irritado, o coitado congela de medo. Mas assim que Marito desvia seu olhar para ver a comemoração do nosso time, o narrador suspira aliviado.

– Algos... Desce o Redemoinho Sugador neles. – Pediu Marito com “jeitinho”.

– Falando desse jeito... – Comenta Algos revirando os olhos.

– Pessoal junta aqui. – Otomura chama por Endou, Minaho, Tsurugi, Kusaka e eu.

– É o seguinte – Começou Minaho. – Se eles usarem a tática especial, vocês três vão até a grande área deles, certo? – Finalizou apontando para Endou, Tsurugi e Kusaka com o olhar.

– Mas porque a gente? – Pergunta Endou.

– Essa é a chance de vocês aperfeiçoarem a Zona Mortal. – Explicou Otomura.

– Nós vamos conseguir? – Quem perguntava agora era o Kusaka.

– Na nossa ultima partida, eu reparei que o ritmo de vocês três estava perfeito, porém, a batida não é tão estrondosa o bastante. – Hã? Agora eu boiei. E pelo visto, eu não fui à única.

– Eu acho que ele quis dizer que o seu chute está sincronizado, mas a força não é a mesma. – Ufa! Minaho conseguiu entender e explicou pra gente.

– Está bem, só chutamos com a mesma força, entendi. – Falou Kusaka.

– Mas como vamos vencer aquela tática? – Agora foi à vez de Tsurugi perguntar.

– Ei vocês! Não demorem tanto! Ouviram?! – Berrou Marito, já na sua posição. Todos nós o encaramos, e voltamos a nossa estratégia.

– Deixem isso comigo e com a Cora. Assim que eu der o sinal, vocês avançam. Entendido? – Concluiu Otomura.

– Certo! – Todos nós assentimos antes de retornamos para nossas posições.

Assim que o jogo recomeça, com a bola na posse do time do Marito, Otomura é o único entre nós que não se meche no campo.

Ele está parado em sua posição e fica de braços cruzados. Ele também está fazendo um som com a boca no mesmo ritmo que batia seu pé direito, falando “ta, ta” toda hora.

– Esse jogo já ta no papo. – Ouvi Tsunami comentar, enquanto fazia o mesmo que eu, observar o Musico.

A bola está com o Kanon agora. Algos corre até ele para tentar conte-lo, mas ele chuta a bola para o Minaho, que toca para Shinsuke.

– ...ta, ta... – E Otomura ainda fazia aquele som.

Otomura me disse que eu tinha que me transformar em uma Sereia para roubar a bola enquanto eles faziam aquela Tática Especial.

Mas para dizer a verdade... Eu não sei se consigo fazer isso...

Vários. Vários guardas me perseguiam. Eu estava correndo o máximo que podia. Eu tentei várias vezes despistá-los, mas nunca funcionava.

Como meu ultimo recurso, eu tento deixar o Palácio. Eu corro até o portão principal para fugir de vez, mas ainda tinham dois porteiros lá.

– NÃO PERMITEM QUE ELA ESCAPE! – Ordenou Marito, ainda me perseguindo até agora, ao lado de... Eu já mencionei quantos guardas estavam atrás de mim?

Eles logo começaram a fechar os portões, mas como eu sou uma Sereia, eu usei minha magia de canto, enquanto transformava minhas pernas em cauda, nadando pelo ar. Sim, pelo AR. Para dizer a verdade eu ainda não tinha dominado isso, mas quando você está passando pelo aperto danado, você tende a aprender as coisas na marra.

Felizmente eu consigo despistá-los. Consigo sair antes de fecharem os portões de vez. E para abrir novamente terão que esperar no mínimo uns 10 segundos.

E nesse meio tempo... eu já estava longe.

Nadei até uma parte afastada do Reino. Mais precisamente para um local conhecido meu. Ninguém sabia, mas eu costumava brincar ali, uma vez ou outra, para não dizer raramente, o que era de fato.

– Talvez aquela caverna me ajude... – Falei pensando alto. Aquela caverna tinha história. Era encantada. Talvez ela me guie para encontrar alguma solução.

Mas assim que eu coloco meus pés dentro dela, o local inteiro começa a desmorona. E tudo que eu me lembro, foi de algo ter acertado a minha cabecinha...

Quando eu desperto, a primeira coisa que eu vejo é uma silueta luminosa bem na minha frente. E eu não sei o porquê, mas eu sentia como se ela me dizia “Venha. Por aqui!”

Eu a seguir na hora. Eu tentei ver quem era, mas a luz era tão forte que não pude ver. Ah...

A silueta me levou até a saída da caverna. Eu imediatamente saí de lá. Nadei tanto que, quando eu percebi, já estava próxima a Barreira que separava as águas do nosso Reino.

– A barreira está aberta... – Deduzi, percebendo que a barreira sempre é aberta quando a cerimônia da Benção das Águas está preste a iniciar. Para evitar que Marito realize seu plano, eu tive que sair de Atlantes.

Eu fique por um tempo nadando. Brincando com os corais e os peixes a minha volta. Eu fiquei encantada com tudo aquilo. E assim que eu vejo uma corrente de água, eu vou até ela para nadar contra a mesma.

Pois é. Esse foi meu erro. Assim que eu entrei, senti a força da correnteza me levar para... Deus sabe onde.

Eu nunca tinha encarado uma corrente tão forte. Era tão poderosa que eu fiquei inconsciente. E quando eu despertei, eu estava no mundo humano.

Olha onde eu fui me meter.

– Cora, vá! – Otomura me chama, logo eu corro até o meio do campo enquanto Endou, Tsurugi e Kusaka se aproximavam mais ainda do gol do time de Maruto.

Fey perde a bola para um enorme tritão. Ele corre pelo campo com ela até ele chutar para Algos, que logo usa sua Tática especial em conjunto com mais cinco.

– REDEMOINHO SUGADOR! – Um redemoinho toma conta do campo onde eu e mais seis do nosso time fomos levados para dentro.

– Como eles vão fazer isso? – Pergunta Endou confuso.

– Não sei, mas sugiro aguardar. – Falou Tsurugi.

Todos dentro do redemoinho tentam lutar contra a correnteza, assim como eu. Eu estava procurando pela bola, ou pelo jogador que está com ela. Mas não importa o que eu faça, não consigo nem me estabilizar com essa correnteza! Argh!

– Droga! Não dá para ver nada! – Reclamou Kusaka.

– Ai meu Deus, Cora... – Rezava Natsumi.

– Esse suspense está me matando cara... – Comentou Eryk tentando procurar qualquer ser vivo dentro do redemoinho.

– Vocês estão perdidos. – Afirmou Marito sorrindo vitorioso.

A primeira pessoa que consegue sair de toda aquela água fui eu. Sim. Com minha cauda no lugar das minhas pernas, e com a bola em minha pose, eu pulo para fora d’água. Graciosamente. Sentido o brilho do mar invadindo meu corpo como um belo encanto.

– VAI! – Eu passo a bola para Otomura com uma cabeçada. E assim que ele recebe, ele usa sua técnica.

O musico pula e gira horizontalmente com uma velocidade absurda. E assim que ele para de girar, ele chuta a bola.

– ONDAS SONORAS!!! – Gritou, fazendo a bola se aproximar do gol cercada com uma rajada super sônica.

– Eu vou conte-la! KRAKEN O PESADELO MARÍ-o que?! – O goleiro já ia usar sua incorporação, mas quando viu que a bola desvia de seu percurso, ele fica confuso.

Otomura sorrir.

– Não me diga... UMA CORRENTE DE CHUTES!? – Marito berrou surpreso ao se tocar. Mas não foi o que ele esperava. A bola se enfraqueceu. Assim que Endou a recebe, ela perde todo o seu poder. Deduzi que Otomura só queria ter certeza que seu passe não falharia, ao usar aquela técnica.

– É agora ou nunca! VAMOS! – Gritou Endou com a bola em sua posse.

– Só para garantir... – Kusaka grita enquanto liberava toda sua raiva, perdendo a faixa que usava na cabeça, e abrindo seus olhos, revelando o vermelho sangue que são.

Quando os três começam a correrem próximos do outro, a bola vai parar no céu. Endou, Tsurugi e Kusaka pulam para alcançá-la. Os três ficam em volta da bola enquanto giram, formando um fio que ligavam cada um dos três, criando um triângulo enquanto a bola se enchia de escuridão.

– ZONA MORTAL! – Gritaram os três ao pisarem na bola com toda a sua força ao mesmo tempo girando, fazendo ela se encaminhar para o gol, poderosamente.

– PRESA DA BESTA!!! – O goleiro usa sua técnica, tenta parar o chute com os tentáculos e logo em seguida com suas presas.

Mas a bola fazia muita pressão...

...até conseguirem marcar.

– GOOOOOOOLLL!!!! E a Raimon empata o jogo!!! – O Narrado gritou, dessa vez despreocupado com Marito.

– Cora... – Já que sua raiva estava direcionada a mim agora.

– O Plano foi um Sucesso. – E sem perceberem, Minaho com a mão no queixo, e Otomura com as mãos na cintura, disseram ao mesmo tempo. E quando um escutou o outro, eles se entreolham e trocam sorrisos, reconhecendo a parceria que um teve com o outro.

– AE MULEQUE!!! VOCÊS ARREBENTÃO! – Comemorou Eryk pulando de alegria e parando ao levantar o polegar de ambas às mãos.

– Você arrasou também Cora. – Fey veio até mim para parabenizar, assim como o resto do time.

As garotas fora da barreira também comemoram. Faziam a festa. Enquanto eu? Eu estava sorrindo, um pouco constrangida, mas sorrindo de alegria. Com o meu sorriso mais meigo que eu podia fazer naquele momento de felicidade.

Narração Normal

– Eles conseguiram empatar irmão. O que a gente faz agora? – Pergunta Algos assim que ele chega perto de seu irmão.

– Vamos contra atacar... com tudo.

O jogo recomeça. Assim que Marito recebe a bola ele corre em disparada pelo campo, ignorando os jogadores a sua frente, inclusive Cora.

– Uou! O capitão dos Tufões de Água atropela a todos em sua frente. Ele corre tão rápido que nem seu próprio time consegue acompanhá-lo! – Descrevia o Narrador.

– MARITO! – Algos grita, mas o mais velho nem dá bolas. Ele está mais concentrado em fazer mais gols do que com todo o resto.

– Opa! Já ta aqui? – Eryk vê Marito, já cara a cara com o gol.

– Muito bem humano. Vamos ver se consegue defender isso... – Dizia Marito, encarando Eryk, enquanto suas costas pegavam o fogo azul.

– Cara, eu não sei se você ta ligado, mas fique sabendo de uma coisa; Gatos Comem Peixes. – Dizia Eryk, encarando Marito, enquanto suas costas também pegavam o mesmo fogo azul.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Durante minha filosofia de vida, eu aprendi que a alimentação dos felinos se resumem em três: Ratos, Pássaros e Peixes. Eu não sei pq, mas eu senti que era necessário passar essa informação pra vcs.

Notas de Tradução:
Majin Great = O Grande Majin (avá Neryk)
Heavy Aqua Lance = Lança Aquática
Ikari no Tettsui = Martelo da Ira (Técnica convertida para roubo)

Muito obrigado por terem lido até aqui.

Qualquer coisa, é só comentar! E o que vcs acham da nova capa da Fanfic? Eu particularmente curti hehe.

Então é isso! Fiquem com Deus e até a Próxima!