Inazuma Lion escrita por Neryk


Capítulo 18
Cap 18 – O Que as Garotas Estão Pensando


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Haha!

Ufa! Hehe Depois de uma década, eu chego aqui com mais um capítulo de Inazuma Lion! Quer dizer, um capítulo não, DOIS capítulos. É minha gente, demorei tudo isso para chegar trazendo pra vocês um capitulo duplo! E ainda por cima, ainda tem trocentas palavras! Toma te!

Obrigado a MilaInazuma e a minha mais nova leitora Criminalbase por terem comentado no cap passado.

Bom, mais antes de tudo, eu tenho que avisar que esse cap será diferente dos anteriores. Como o nome do cap diz: vai mostrar cada pensamento das garotas do time. (espero não ter esquecido de nenhuma...)

Bom, vamos lá! Tenham uma Boa Leitura!



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Nagazy

Ahn... Que lindo dia! Hehe acabo de acorda do meu sonhinho. Dormir é tão bom...

Bom, mas agora tá na hora de ir para o colégio.

Depois de me produzir toda eu dou uma ultima olhadinha no espelho. Nossa... Como eu fico bem de saia curtinha e uma gravata borboleta. Hehe e como despedida para mim mesma eu jogo um beijinho no espelho e falo:

– Arrasou!

Eu estou tão fofa. Eu me pergunto... Se o Tsurugi me acha assim? Meu cabelo está bem caprichado. Será que ele vai me reparar?

Ah Tsurugi... Como você é lindo... Meu azulado. Desde que eu o vi tentando roubar a bola da Ogro naquela partida, eu estou apaixonada. Ele é incrível. Mesmo não conseguindo pegar a bola deles, ele não desistia, tentava mais e mais. E o suor que ele estava naquela hora, o jeito que ele respirava pesado, o rosto de mal dele, nossa... Só de lembra já fico toda derretida.

Porém, agora eu tenho que ir para escola. Eu junto todas as minhas coisas e já vou logo indo embora do quarto.

Mas antes de eu sair eu vejo a minha bela guitarra pendurada ao lado da minha mesinha.

Poxa... Faz mo tempão que eu não toco. Era tão divertido. Sentir saudades agora. Desde que eu entrei para o clube de futebol da Raimon eu não nunca mais toquei uma nota sequer. Não que eu não queira mais, é só que, fico atarefada demais lá. Aqueles meninos sabem fazer uma baderna. Só estando lá para saber.

Então, para não perder o costume, eu largo todas as minhas tralhas na cama e pego a minha guitarra. E quando eu já ia tocar...

– NAGAZY! SE VOCÊ INVENTAR DE TOCAR GUITARRA A ESSA HORA DA MANHÃ, EU JURO QUE VOU ATÉ AÍ E DESSO ESSA GUITARRA NA SUA CABEÇA!

Ops. Hehe, meu pai gritou, em algum canto da casa. Como ele sabia disso? Mas eu também não deveria estar surpresa. Ele sempre acerta quando eu vou aprontar, quer dizer, quando ele estar por perto, é claro.

Como eu não quero que nada de ruim aconteça com a minha preciosa guitarrinha, eu a deixou no lugar onde ela estava, pego minhas coisas e desço até a cozinha para tomar o meu café da manhã e ir embora.

Algum tempo depois...

– Muito obrigada! – Agradeci educadamente ao meu motorista, antes dele ir embora e me deixar três quarteirões longe da Raimon.

Eu sei que poderia muito bem pedir para ele me deixar logo lá na frente, mas eu gosto de uma caminhada, não mata ninguém. E eu também posso me encontrar com os meus amigos da minha sala ou do time no caminho. Às vezes acontece e outras não.

Para tudo! Ai meu Deus do céu! Aquele cabelo azulado... É quem eu penso que é?

É! É sim! É o meu Tsu-querodizer- É o Tsurugi sim!

Eu sempre pego essa caminho, e nunca tinha visto ele passar por aqui. Se bem que... É. Ele tá vindo do caminho do hospital. Deve ter ido visitar o seu irmão, provavelmente. Nossa... Como ele é carinhoso... Ele ama o seu irmão mais do que tudo... Hehe imagina com ele vai tratar a sua namorada então? E eu vou fazer de tudo para eu ser ela! Com certeza!

Estamos um pouco longe um do outro. Eu estou prestes a atravessar a rua, enquanto ele caminha em direção ao colégio.

– TISU...- Eu quase o chamo, mas na hora me recorre uma ideia muito boa. Antes de continuar a gritar, eu tampo a minha boca na hora.

Dou uma olhada para os dois lados para conferir se não tinha ninguém por perto e logo em seguida vou até ele.

– TSURUGI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - Digo o seu nome animada, enquanto eu o abraçava pelo pescoço por trás, me jogando nele.

– Ficou maluca, é? – Reclamou.

– Você não quis me abraçar na partida do instituto. Dessa vez você não me escapa! – Falei ainda abraçando o pescoço dele.

– Droga, me larga garota!

– Não!

– Ah não, é?

Em um piscar de olhos, Tsurugi faz um movimento rápido para se soltar. E quando eu percebi, eu estava quase girando.

– Agora fica na tua! – Falou aborrecido enquanto ia embora.

– Ei! Me espera!!!

Konoha

Ainda é cedo aqui em casa. Depois que eu me levanto vou logo me arrumar para o colégio. Mas antes de sair do meu quarto eu pego o meu ursinho de pelúcia favorito e o abraço com todo o meu carinho.

Toda manhã, antes de sair, eu sempre faço isso. O tecido é tão macio... Sinto que, de alguma forma, ele me dá sorte. Não sei explicar, só sei que é isso. Ele pode ser muito diferente, mas só do fato dele ser um ursinho, ele me lembra o nosso treinador, Wandaba. Fiquem tão alegre de conhecê-lo. Apesar dele ser um treinador rigoroso, eu sei que ele é uma boa pessoa. Quer dizer, urso, Quero dize-

– Miau...! – O meu gatinho foi até mim e acariciou a minha perna com a sua cabecinha. Ele estava pedindo por carinho, como sempre faz. Então, eu deixo o meu ursinho na minha cama e eu atendo o seu pedido. Eu o carrego e o abraço com muito cuidado. Como ele não é o meu ursinho de pelúcia fofinho, eu não posso aperta-lo tanto quanto eu gostaria.

– Bom dia Mi-mim! Dormiu bem?

– Miaaau! – Respondeu se despreguiçando.

Eu o deixo no chão logo em seguida. Depois eu vou até a cozinha e tomo o meu café. Me dispenso dos meus pais e vou a caminho para o colégio Raimon.

Vou caminhando descontraidamente. Ás vezes, eu dava uma olhadinha despercebida ao meu redor. Não estava tão movimentado. Só uma bicicleta para cá, um carro pra lá, mas nada além disso.

Enquanto eu caminhava, eu vejo Kusaka no nosso ponto de encontro. Toda vez que eu ia para escola ele sempre estava lá me esperando, e ele só saia de lá quando eu chegava.

– Ah, bom dia Morimura! – Falou enquanto caminhava ao meu lado agora.

– B-bom dia. – O respondi timidamente.

Kusaka... Como ele é carinhoso comigo. Sempre anda ao meu lado, preocupado. Depois de termos participado no torneio galáctico, nossos pais quiseram nos transferir para essa cidade e nos matricular na Raimon. E desde então, Kusaka sempre ia comigo até chegarmos ao colégio.

– Bem, er... O dia está lindo hoje, não? – Kusaka tenta puxar assunto, de uma maneira forçada. Antigamente eu teria me encolhida de medo de responder de uma maneira atrapalhada, mas agora, como eu o conheço, eu acabo soltando um rizinho bem baixinho para que ele não perceba.

Ele também rir, mas de uma maneira forçada. Tadinho... Ele quer ter algum dialogo. Como eu queria conversar com ele, mas eu também não tenho nada de interessante para dizer.

– Eu tô parecendo um idiota. – Murmurou, mas eu escutei sem querer. Meu coração ficou angustiado com isso. Ele está tentando ser legal comigo, mas ele não sabe como.

– N-n-não é! – Falei gaguejando na mesma hora, não saiu o que eu queria dizer exatamente, mas era algo parecido.

Kusaka sorrir de uma maneira sincera para mim. Mesmo com seus olhos fechados, ele mirava em mim. De repente meu coração fica acelerado, e acabo abaixando a minha cabeça de vergonha. Eu acho que as minhas bochechas estão vermelhas, e eu não queria que ele me visse assim...

Kinako

Olá! Hehehe bom dia! Ahh... Que lindo dia...! Acordar é tão bom!

Depois de me despreguiçar, trocar de roupa, e preparar o café, vou até o quarto do Fey para acorda-lo.

– Acorda dorminhoco. – O chamei cheia de energia.

– Humm? Já é de dia? – Perguntou enquanto esfregava os olhos.

– Sim! – Respondi enquanto abria a cortina do quarto e deixar o clarão do dia entrar pela janela.

– Bom dia... – Falou ainda sonolento.

– Vamos nos arrumar? – Sugeri.

– Vamos... – Respondeu ainda se despertando.

Quando ele se levanta da cama, ele vai direto para o guarda-roupa tirar o uniforme da Raimon. Ele esqueceu, de novo, de arrumar a cama dele. Poxa! Eu sempre o lembro disso! Afinal, uma casa arrumadinha é uma casa arrumadinha. Hehe!

– Você tem que arrumar a cama Fey! Dessa vez eu arrumo, mas na próxima...! – Dei a bronca nele, enquanto eu arrumava. Mas eu paro quando acho uma pastilha de pílulas debaixo do travesseiro dele.

– A-ah não, pera aí! – Ele foi até mim para me impedir, mas quando ele me vê segurando a tal pastilha, ele fica um tanto preocupado.

– O quê que é isso Fey? – Perguntei como uma mamãe prestes a dar aquela bronca. Mas na verdade eu só estava curiosa, nada de mais.

– Ah, isso... – Ele olha para um canto do local, tentando achar uma desculpa. Pelo visto, ele realmente não queria que eu soubesse o que era aquilo.

– Não se preocupe Fey! Não importa o que seja, eu não vou ficar brava. – Falei tentando tranquiliza-lo.

– Não é bem isso... – Ele falou de um jeito como se fosse uma longa historia.

– Então o que é? – Perguntei não fazendo ideia.

– Bem... Senta ai.

Ele me pediu e eu sentei na cama. Ele faz o mesmo e pega as pastilhas de mim para explicar enquanto a segurava.

– Você se lembra do Ragnarok? E das Crianças do Segundo Estágio?

– Aham.

– Então, como nós vencemos o torneio, todos com poderes especiais naquele dia tiveram que tomar o antídoto para que eles possam continuar a viver, certo?

– Sim, e o que tem haver? – Perguntei mais confusa ainda. Eu não sabia aonde ele queria chegar.

– E então... Eu fui o único que não tomou.

– O QUE?! – Perguntei me levantando da cama. Ele esqueceu que ele tinha que tomar aquilo para continuar viver?

– C-calma, deixa eu explicar-

– Mas Fey! Você também tinha que tomar aquilo! Se não voc-

– Eu sei, mas calma! Respira fundo e senta.

Fiz o que ele me pediu. Eu respiro e aspiro. Depois eu me sento ao seu lado e cruzo os braços um pouco agoniada para saber qual foi o motivo.

– Deixa eu continuar – Prosseguiu – Antes de eu tomar a minha injeção, o professor Arno me chamou e entregou isso. – Fey mostra para mim as pastilhas.

– E elas são pra quê? – Perguntei ficando cada vez mais confusa.

– O professou achou que os meus poderes seriam uteis algum dia, desde que eu não use de maneira leviana. Para garantir isso, eu tomei outra injeção para que as partilhas tenham o seu efeito. E se eu não ficar usando os meus poderes com muita frequência, essas pastilhas me ajudaram a me manter vivo como se eu tivesse tomado a injeção do antídoto. Entendeu?

– Hmm... – Eu coloco meus dedos no queixo, ficando pensativa. Faço uma cara pensante, enquanto Fey parecia estar agoniado de receber uma resposta negativa.

– Er... Então? – Ele pergunta com uma cara de preocupado.

– Tá bem! Entendi! – Falei fazendo uma cara alegre, deixando Fey aliviado.

– Que bom. Então, vamos? Se não, vamos nos atrasar. E eu ainda tenho que tomar isso.

– Tá bem!

Ufa, hehe. Graças a Deus. O professor Arno é incrível mesmo! Ele sente que os poderes do Fey podem nos ajudar em algum caso especial. Bom, eu só espero que isso não prejudique o meu futuro filho. Afinal, eu de certo modo, sou a mãe dele. Então eu vou cuidar do meu filhinho com todo o meu amor e carinho! Hehe!

Depois dessa conversa, Fey foi se aprontar, enquanto eu vou até a cozinha e por a mesa. Depois de tomarmos o café, nos vamos juntos para o colégio Raimon até chegarmos lá.

Natsumi

A primeira coisa que eu faço ao acordar é me ver no espelho. Ao ficar de frente para ele eu arrumo o meu cabelo até ficar um pouquinho arrumado possível. Depois disso eu vou até a cozinha e me encontro com a Aki lá.

– Bom dia Natsumi!

– Bom dia Aki, O que tem para o café?

– Bolinhos de Arroz e alguns Capellin. – Respondeu sem tirar os olhos do fogão.

– Maravilha! E os meninos?

– Ainda estão dormindo. Nat, você poderia ir acorda-los para mim?

– Claro.

Me dirijo até o quarto dos menino. Tenma dividiu seu quarto com o Endou e o Kanon. Então era só ir até lá e acorda-los.

– Meninos. Meninos acordem! – Os chamei enquanto batia na porta.

Quando eu bati com um pouquinho mais de força ela se abriu sozinha. Não muito, só um pouco encostada.

– Meninos? – Os chamei novamente, mas tudo o que eu escutava eram altos roncos de três amantes de futebol em pleno sono profundo.

Cada um roncava mais alto que o outro. Eu finalmente crio coragem e entro no local. E quando eu entro, meu Deus, que quarto mais bagunçado, nossa, o que era aquilo? Uma camiseta pra lá, um tênis jogado pra cá, e não parava por aí.

Encontrei o despertador do Tenma em cima da cama dele, quando eu vejo, aquela coisa estava sem pilha, então era obvio que não ia funcionar.

Quando eu vejo o Endou dormindo... Eu fiquei praticamente estática. Parecia que eu estava hipnotizada ao ver aquela carinha de anjo que ele fazia ao respirar, mesmo de boca aberta, ele parecia um garotinho tão fofo. Sabe aqueles bebês que dão vontade de aperta? Então, a minha vontade era essa.

Sem eu perceber, eu estava próxima demais dele. Tão próxima ao ponto de sentir sua respiração. Quando eu percebo eu fico de pé novamente, e reta. Aí eu lembro que eu tinha que acorda-los para se arrumarem para ir para o colégio.

– Endou, acorda! – O chamei balançando. Eu tinha que me ajoelhar novamente. Como ele estava dormindo em um colchão, era necessário me abaixar um pouco.

– N... Natsumi? – Finalmente abriu os olhos.

– Vamos Endou, vamos chegar atrasados se você ficar aqui. – O chamei educadamente.

– Tá... Vamos...! – Falou se despreguiçando. De repente, eu sentir um cheiro um pouco “incomodador” na minha opinião.

– Que cheiro é esse? – Perguntei tampando minha narina.

– Cheiro? – Repetiu antes de cheirar para saber o que era. – Ah... Não é nada demais. Obrigado por vim nos acordar Natsumi.

– De... De nada. Acorde os outros, por favor. – Falei me retirando daquele quarto.

Demorou algum tempo, mas os meninos demoravam muito para se arrumarem. E enquanto faziam isso, eu e a Aki preparávamos o café da manhã para eles. Eu fazia um suco, enquanto a Aki cuidava do resto.

– Então Natsumi? Como está sendo sua estadia aqui no futuro? – Perguntou Aki enquanto fazia a mesa para o café.

– Sinceramente? Tá sendo uma droga! – Desabafei.

– Tá? E por quê? – Perguntou um pouco surpresa.

– E-eu não sei. Desde que eu vim pra cá, eu não tenho me dado bem com todos, só com alguns. Como a Aoi e a Kinako. Eu tentei com a Konohazinha, mas ela parece ser do tipo fechada, entende?

– Eu acho que sim...

– E ainda tem essa tal de Nagasy! Eu até seria amiga dela, se ela não fosse tão chata!

– Nossa. O que ela fez pra você?

– Ela vive me perturbando, às vezes ela fica me imitando e ainda fica me chamando de vários nomes.

– Apelidos?

– E dos bem feios.

– Nossa... Já tentou conversar com ela?

– Nem faço questão.

– Mas... Por quê?

– Bom, porque... – De repente eu paro pra pensar. Nagazy só me incomodava quando eu faltava com o respeito com alguém ou com alguma coisa.

– Algum problema? – Pergunta Aki.

– N-não, nada. É só que... Eu não sei o que tá acontecendo comigo. Desde que cheguei aqui, eu tenho agido com um pouquinho de grosseria. Eu não sei... Eu acho que é porque estou em um ambiente novo, sabe?

– Entendo... Bom, vai ver é só uma fase! Não se preocupe com isso que vai passar. Afinal, não deve ser muito “natural” viajar no tempo pela primeira vez, certo?

– Hehe certo. Obrigada por ser minha amiga aqui no futuro também Aki. – Agradeci comovida.

– Não se preocupe Nat. Somos amigas até aqui no futuro. Mesmo você está casada.

– C... Casada?! – Aquilo me pegou desprevenida. Eu não sabia que eu estava casada também. Eu sabia do Endou, mas eu? – Aki, eu estou casada com quem?

– Bom, com...

– Estamos aqui! – Anunciou Kanon descendo da escada e indo até a cozinha, sendo seguido por Endou e Tenma, já prontos para ir.

– Do que vocês estavam falando? – Pergunta Tenma sentando-se à mesa.

– Oh, não é nada não, tá? Sentisse que eu vou logo servi-los. – Respondeu mudando de assunto. E depois daquilo ela não falou mais nada em relação a mim.

Depois do café, todos nós caminhávamos na rua até o colégio. Os meninos ficavam reclamando que o meu suco estava azedo demais. Droga! E eu achando que só cozinhar era complicado. Até para fazer um suco eu não consigo? Bom, não vou perder tempo com isso. Vou continuar focada a ajudar o Endou e os outros.

Aoi

Depois de uma boa despreguiçada, eu me levanto da cama e vou até a janela para abri-la.

– Bom dia! – Falei ao sentir aqueles graciosos raios de sol. Como aquilo era bom. Como eu ainda tinha um tempinho, eu me apoio na janela e fico mirando aquele horizonte lindo. O sol nascendo, a cidade amanhecendo, as luzes apagando, tudo isso dava um ar de “acordei” hehe.

Depois de ficar lá por um bom tempo, eu vou logo me preparar para o dia que estaria por vir. Após vestir o meu uniforme escolar, eu dou uma breve olhada no meu espelho. Meus cabelos estão mais compridos do que era quando eu entrei na Raimon. Eu acho que ficou ótimo em mim. Ás vezes eu tenho vontade de perguntar isso para o Tenma. Fico imaginando se ele me acha bonita com ele agora. Bom, se tiver uma oportunidade para isso, eu pergunto.

Tenma... Quando eu penso nele... Meu coração fica um pouco agitado. Não sei explicar. Sinto que quero estar perto dele o tempo todo. Não consigo me imaginar sem ele. Toda vez que eu estou ao seu lado... É sempre confortante. Ele emite uma luz que faz qualquer um ficar mais a vontade. Comigo é assim. Ele me faz estar mais tranquila, mas segura, mas eu mesma.

Quando eu o abracei quando ele aprendeu a usar A Fênix junto com o Endou e o Eryk, eu sentir um calor tão bom. Sentia seu corpo se juntar ao meu, fazendo cada fibra do meu corpo ficar agitada e, ao mesmo tempo, relaxada.

Na partida contra o Instituto Imperial foi o mesmo. Mas naquela hora era mais gostoso ainda. Deve ser por causa da virada que fizermos, deve ter sido isso.

Eu não sei... Eu acho... Que estou apaixonada.

Ai, só pode ser. Será que ele pensa o mesmo? Eu não sei... Vou rezar para Deus que sim.

Pego minha pasta e vou até a cozinha tomar um belo café da manhã reforçado. Após isso, eu saio de casa e vou caminhando até o colégio Raimon, sozinha. Tudo a minha volta perece estar animado. As crianças do fundamental brincando na pracinha, os vizinhos levando seus cães para passearem, casais tendo um encontro...

Nossa... É tão lindo ver um casal apaixonado. Sinto que se eu namorasse o Tenma, seriamos assim mesmo. Nossa já imaginou? Tenma também gostar de mim? Seria um sonho se tornando realidade!

– Aoi!!!!!!!!!!!!!!

Meu... Deus. Eu acho que acabei de escutar a voz do Tenma me chamar. O que eu faço agora? É-calma Aoi! É só agir naturalmente. Fique de frente para ele e o cumprimente como você sempre faz.

– Bom dia! – Falei. Para a minha – ou não – alegria, ele estava acompanhado com a Natsumi, Kanon e o Endou.

– Bom dia! – Disseram todos ao mesmo tempo.

– Que bom que nós encontramos. – Falou Natsumi se aproximando de mim e andando ao meu lado. Eu acho que eu vi o Tenma vir até mim também, mas como a Natsumi chegou primeiro, ele parou com a ação, e voltou a caminhar ao lado dos garotos.

– S-sim. – Respondi tentando ser mais natural possível. Meu coração apertou quando Tenma viu que não dava para ele vir acompanhado ao meu lado. Mas eu vou tentar recompensá-lo em alguma hora, se der.

Fran

Aqui está mais um dia. Me despreguiço com toda a minha vontade e depois eu solto um belo de um suspiro. Quando eu me levanto e saio do quarto, eu me deparo com a tia de Eryk.

– Bom dia Fran.

– Bom dia senhora. O Eryk já acordou?

– Hmm... Ainda não. Você poderia acorda-lo para mim?

– Claro!

Fui até o quarto de Eryk e eu vejo a porta um pouco encostada. Fico na duvida se eu entro ou não. Eu acho melhor perguntar.

– Eryk? Você tá acordado? – Perguntei ainda na porta, mas nenhuma resposta.

Resolvo entrar. Abro a porta bem devagarzinho, até abri-la toda e me deparar com uma cena que jamais pensei que veria.

Eryk estava chupando o dedo.

– Pelo amor de Deus... – Falei colocando a mão em meu rosto.

Como o Eryk pode fazer essas coisas? E o pior é que ele parece dormir tranquilamente quanto a isso. Nem parece que ele lig-

Não, espera! Ele tirou, enquanto se ajeitava na cama. Ele ainda dormia. E a mão que antes estava próxima de seu rosto agora estava afastada dele para fora da cama.

N-nossa... Eryk estava usando uma camisa um pouco larga demais para ele, o deixando a mostra o seu pescoço. Aquela cena me fazia ficar arrepiada. A massa muscular refletida na luz do quarto, o deixava atraente. E os seus cabelos então? Estavam um pouco bagunçados, mais o deixava com um charme... Meu coração... E-está palpitando mais do que o normal, de novo.

Desde que eu o conheci, o meu coração tem andando assim. E toda vez que eu tenho algum contato com ele, sinto que eu vou abraça-lo a qualquer momento. Será que eu... Estou apaixonada por ele?

Eu não sei dizer ao certo. Mas eu sinto... Que possa ser isso.

Eryk se mexe novamente, ficando no outro lado da cama, de costas para mim. Aí eu me lembro que eu deveria acorda-lo. Nossa... Tudo isso bastou para me deixar avoada. Nunca imaginei que ficaria assim com alguém.

– Eryk, acorda! – O chamei balançando para acorda-lo.

– Hmmmm... Bom dia. – Falou enquanto se despertava se sentando na cama e esfregando os olhos.

– Bom dia! – Falei com energia na voz.

Eryk de repente fica me encarando um pouco estranho. Parecia hipnotizado comigo, mas eu não sei o que... Ai, droga! Eu acho que já sei o que era.

Eu estava usando um babydoll na frente dele. Essa é a primeira vez que isso acontece. De vez em quanto sou eu quem o chamo para acorda-lo, mas antes eu já estava vestida.

Mas agora foi outro caso. Acordei e sair do meu quarto sem me arrumar direito. Ele agora parecia me analisar, admirado. Eu me encubro com os braços um pouco desconfortável com isso, mas ele de repente faz uma cara de desanimo, e não parece que foi porque eu “tampei” a visão dele.

– O que foi? – Perguntei preocupada.

– Não, não é nada. É só que... – Ele demora um pouco para responder, ainda desanimado, mas depois continua – Quando você tiver um namorado, esse vai ser o cara mais sortudo do mundo.

Como ele pode falar isso de uma maneira tão tranquila? Como se não surtisse nenhum efeito em mim? Ele não sabe que praticamente me elogiou? Meu coração foi a mil agora. E para terminar ele ainda sorrir um pouco forçado. O que tudo isso quer dizer?

– P-p-p-por q-quê você tá dizendo isso? – Perguntei gaguejando. Não sabia o que ele pretendia com aquele comentário. Estava realmente nervosa.

– Bom, é que você é linda! Sem falar que é forte também! É fiel com os amigos e faz de tudo para defende-los, como na partida contra o Instituto Imperial.

– Ma-mas aquilo foi porque eu estava com raiva.

– Você não estava só com raiva, você estava com raiva porque mexeram com as pessoas que você mais se importa. O que é legal!

– Mas... Por conta disso, acabei os machucando também.

– Isso aconteceu porque você estava com muita raiva de terem machucado os outros. E como você não pôde controlar, acabou os machucando também.

Ele tem razão. Só fiz aquilo porque os meus amigos estavam machucados. Até esqueci que aquilo era só um jogo e me deixei levar pelo momento. Eu... Eu não mereço-

– Mas isso teve um lado bom! – Prossegue Eryk, interrompendo os meus pensamentos – Você se importa tanto com os seus amigos ao ponto de ficar com muita raiva de quem os tratou mal. E isso é uma coisa boa! De certo modo, é claro.

O “lado bom das coisas” que Eryk sempre via agora era em mim. Eu não sabia que, mesmo que eu estivesse com raiva, isso teria algum lado positivo.

Como? Como ele consegue ver tudo isso? Ele por um acaso se nega a ver o lado ruim? Não... Uma vez ele me disse que “se todas as pessoas só enxergassem o lado bom da coisa, o lado ruim não existiria”. Mas é claro que isso só poderia acontecer se não existisse uma única pessoa viva na terra que não pensasse o mal. Mas como isso não é o que é, não fará alguma diferença, já que ninguém colabora.

– Nossa! Como que chegamos nessa conversa? – Pergunta Eryk admirado de a conversa ter evoluído a esse ponto – Nós não temos que ir para o colégio?

– MINHA NOSSA, É MESMO! – Berrei ao me lembrar. Puxei o Eryk pela camisa até o lado de fora do quarto e o deixei lá.

Logo após isso eu me arrumo. Entro no meu quarto e troco de roupa. Assim que dou uma ultima conferida no espelho eu vou até a cozinha e ajudo a tia do Eryk a preparar o café para todos.

Algum tempo depois...

Nós dois caminhávamos na rua, a caminho do colégio Raimon. Eryk parecia empolgado com alguma coisa, mas eu não fazia ideia do que era.

– O que foi Eryk?

– Hã?? Ah não, não é nada. Relaxa tá bem? – Ele respondeu um pouco confuso. Parecia que ele tinha ido e voltado a Terra. Mas o que será?

– Você tem alguma ideia do que pode ter acontecido com o Hikaru depois daquilo? – Perguntei.

– Ah é, eu me esqueci de te dizer. Recebi uma mensagem do Shinsuke ontem. Ele me disse que o Kariya acordou e é só uma questão de tempo para ele voltar à ativa! – Deu a notícia alegre.

– Que ótima notícia! Graças a Deus.

Já estávamos quase chegando ao colégio Raimon. Conversávamos sobre isso e sobre outros assuntos, como fazemos sempre. Mas nós paramos de falar ao ouvir a voz de Nagazy indo para o portão da Raimon.

– Me espera aí Tsurugi! – Chamou Nagazy fazendo birra.

– Me erra! – Resmungou Tsurugi.

E enquanto eles entravam pelo portão, nós dois só observávamos tudo de longe. Eryk parecia não entender muito o que estava ocorrendo, mas ele da uma mirada em mim, querendo saber de algo.

– Vamos? – O chamei indo na frente dele.

– Ah? E-eí espera aí!

Narração Normal

Todas as garotas do time, as auxiliares e as jogadoras, se reuniram no lado de fora do colégio Raimon. As meninas conversavam sobre algo enquanto aproveitavam o intervalo juntas.

– Vocês não tem vontade de fazerem parte do time? – Pergunta Nagazy para Natsumi e Aoi.

– Eu prefiro ajuda-los fora do campo. – Respondeu Natsumi antes de continuar a beber seu milk shake.

– Às vezes eu até tenho, mas não sei se é o meu forte. – Aoi falou pensativamente.

– Não custa nada tentar, não é? – Falou Kinako.

– E você Nagazy? – Pergunta Fran.

– Eu? Bom, eu até gosto de futebol, mas eu também não sei se eu daria como uma boa jogadora. Quando eu vejo os meninos jogarem, eles fazem parecer tão fácil...

– É mesmo. – Concordou Aoi.

– G-gente... Mudando de assunto... – Fran tomou a fala – Eu queria dizer uma coisa... Mas não sei se é oportuno...

– Uia! Agora fiquei curiosa! Pode falar! – Insistiu Nagazy pronta para ouvi-la.

– B-bem... É que... E-eu me sinto um pouco estranha ultimamente.

– Estranha como? – Pergunta Natsumi.

– B-bem, a-ás vezes eu fico agitada quando eu estou com Eryk. Meu coração fica batendo mais do que o normal quando ele me elogia, e toda vez que eu olho para ele eu tenho um forte sentimento de estar ao seu lado...

Cada palavra que Fran dizia deixava todas as garotas com uma cara de desconfiada. Todas se entreolham, fazendo ideia do que seja.

– E então? Vocês sabem o que é tudo isso?

– V-você esta apaixonada. – Konoha a respondeu.

– E-eu o quê?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por ter lido até aqui!

Qualquer coisa, comentem, tá bem?

Notas de Tradução:
Second Stage Children = Crianças do Segundo Estágio

Bom, fiquem com Deus e até a próxima!