-MELDEUS! O QUE SIGNIFICA ISTO? –Jessica gritou ao abrir a porta.
-Nossa- disse Lauren chegando por traz de Jess.
-Bella... O que esta acontecendo aqui?-Ângela perguntava meio perturbada.
-Bella, eu... Eu... Desculpe-me, eu não consegui mante-las longe. -Molly disse, senti a culpa em sua voz.

-Como é que é? –As três falaram surpresas-Você sabia disso?-de novo falaram em coro.

-Não!Quer dizer... Eu... ´-Ela pouco se importou com, o que as outras iriam achar e veio me pedir desculpas. -Bella sinto muito, é que minha mãe ligou pro meu celular em quanto estávamos lá em baixo e ai elas suspeitaram de que tinha algo errado, eu até consegui fazer elas ficarem lá embaixo, durante mais tempo do que imaginei.

-É verdade, Jess até ameaçou lhe dar uma bofetada. -Comentou Lauren

-Como se eu tivesse medo dessa vadia- sussurrou Molly

Minutos silenciosos se passaram e todos esperavam pela minha reação. Mas o que eu poderia fazer?O que eu poderia dizer que fizesse sentido?

Eu estava certa de que seria agora que me mandariam embora.

Todas as garotas me fitavam com um olhar de culpa, exceto Molly que queria meu perdão de algo que ela nem precisava se desculpar. Jake não deu nem um piu.

-Bella...-Ang decidiu começar- O que exatamente você estava planejando fazer?-ela falou devagar.

Eu não tinha o que dizer, não conseguia me mexer, eu estava paralisada, acho que mal respirava.

-Ah, qual é?Não é obvio?Eles estavam a ponto de tirar as roupas quando chegamos e você pergunta o que esta acontecendo?-Jess reclamou

-Cala a boca, Jess!-Disse Molly num jato.

-Bella... acho que é melhor você ir embora - finalmente Ang disse com um pouco de tristeza em seus olhos.

-Por que não a leva pra casa, Jacob?-Perguntou Lauren

Eu ainda não tinha mexido nem um dedo, até ai, não consegui me mexer, qualquer que fosse a expressão em meu rosto, deixava Molly com pena. Eu estava constrangida, com ódio, com dor, era tudo ao mesmo tempo.
E der repente, nada.

Torpor.

-Acho que seria uma boa idéia. -Jake disse por fim

Eu estava fria e dura, Jake poderia me pegar e me carregar em baixo do braço como se fosse, sei lá, uma tábua de madeira.

-Jake... Me leve pra casa - Disse num murmúrio.

Ele pegou na minha mão e isso foi o que fez eu me mexer no mesmo segundo. Peguei minhas coisas e passei pela porta com as três garotas me olhando com um olhar tipo “ não acredito que você tenha feito isso mocinha”
Simplesmente ignorei, ainda tinha coisas mais importantes para me preocupar.

-Sinto muito - Molly disse baixinho quando passei por ela.

Jake e eu saímos pela porta e fomos para o rabbit estacionado bem em frente da casa.

Não, eu não mexia nem um músculo, Jake tinha que me guiar até a porta, minhas pernas mal se mexiam, eu caminhava devagar.
Meu corpo estava congelado.

Jake não soltara minha mão e aquele toque quente estava deixando meu coração disparado.

Não ficaria sem ele nenhum instante.
Precisava daquele contato físico, para saber que ele estava ali comigo.
Contudo, eu sempre tive sensações engraçadas sobre como eu o amava.

O carro corria pelo asfalto quando Jacob falou:

-Bells... Desculpe, não queria que elas te mandassem embora por minha culpa, desculpe, de verdade.
-Não tem importância, Jake, eu não estou triste.-ele achou que eu estava chorando por ir embora?
-Seus olhos dizem o contrario.
-Jake... Estou chateada, mas não por isso.
-Hm,pelo que então?-agora ele estava preocupado
-Vamos para La Push?
-Você não respondeu a pergunta. -Mesmo assim, o motor rugiu e o carro ia em direção a La Push
-Coisas... Que quero lhe contar.
-Tudo bem. -Ele esperou.
-Mais tarde.

Tudo que queria fazer era me livrar daquela dor, daquela magoa, que estava me matando, eu não agüentaria muito mais, mas ainda não estava terminado, Jacob ao invés de feliz estava preocupado.

O carro corria numa velocidade surreal, ainda bem que era tarde e quase não havia ninguém na estrada.

O carro começou a diminuir a velocidade, só assim pude saber que estávamos chegando já que tudo que conseguia ver pela janela eram borrões, Jacob dirija feito um louco, tão rápido quanto Edward.

Estávamos estacionados perto da casinha vermelha de Billy.
-Pronto. Chegamos.
-Aqui, não Jake, quero em lugar, longe, longe de tudo e todos.

Ele não entendeu direito, mas o motor já rugia de novo.
-Onde?-Ele perguntou
-Longe.
Ele deu um sorriso malicioso, e o carro andava novamente.
Mais alguns segundos e estávamos dentro da floresta perto da reserva, mas muito afundo, nem sei como o carro conseguiu entrar naquela floresta densa.

-Vamos dar uma volta. -eu disse já abrindo a porta e saindo do carro

Ele não disse nada e antes que percebesse estava ao meu lado.
Caminhamos durante alguns segundos e a chuva começou e o vento soprou forte.
-Cuidado para não sair voando, Bella.-ele disse brincando.
-Acho melhor desistir dessa caminhada, estou morrendo de frio.

Ele se aproximou de mim e fiquei sem ar

-Bobagem,Vem cá que eu te esquento- Ele me abraçou. Não poderia deixar de me sentir bem com aquilo era, quente e seguro, nossos corpos unidos, ele descia as mãos pelas minhas costas e respirava no meu pescoço, passei as mãos ao redor dele e minha consciência gritou:

.Deixe fluir o que você realmente sente.

Levantei o olhar, ele estava me fitando
-Jake...-Tentei explicar

-Deixa pra lá, vamos voltar para o carro,você esta tremendo.

Dentro do carro ,já estava mais quente.Obviamente por que eu estava
agarrada em Jacob que liberava calor, sua pele deveria estar a uns 38°c.

-Bella,você deveria ir pra casa...

Não escutei mais nada do que ele disse, a imagem dele indo embora novamente tomou minha mente e dessa vez eu ouvia gritos, gritos de agonia em seguida que ele se ia.

-E então?O que você acha?Vamos. -ele disse sem esperar resposta

-Hã?Onde?

-Bella,Você é tudo pra mim,Quando você sorri meu coração dispara minha respiração para e tudo que quero é estar com você Na vida e tudo que preciso;pra continuar a acreditar ,acreditar que ainda terei uma chance é o seu sorriso. Estarei sempre ao seu lado, não importa o que aconteça você pode me contar tudo e sabe disso, pode confiar em mim. Tenho certeza de que nada foi em vão, pois eu sinto dentro de mim, uma força avassaladora e esmagadora, que quando você me beijou eu senti,pude sentir que você também me ama dessa forma

"E que você e eu somos um quando você fica triste , eu fico triste, quando eu estou feliz você fica feliz.Pois esse amor que sinto por você é eterno,você é minha amiga, e isso também será pra sempre.Te amarei pela eternidade.E quando você me escolheu e percebeu que realmente me amava desse jeito,cara, eu nem pude explicar, a felicidade se expandia dentro de mim de uma forma que nem consegui explicar."

Eu não sabia se estava feliz ou triste. As palavras de Jake foram tão sinceras, tão lindas, e ninguém jamais disse nada do tipo para mim. Fiquei sem saber o que fazer, eu simplesmente não fazia idéia de como reagir num momento daqueles.

Mas... Eternidade?Mas do que ele estava falando?Meus dias estavam contados. Meu coração pararia de bater em algumas semanas.

-Tudo bem eu sei, que isso tudo que eu disse é meio gay, mas é verdade.

A s lagrimas rolavam violentamente em meu rosto quando entre soluços consegui falar:
-Jake...

Eu estava agora com o rosto enterrado no peito dele, inalando seu cheiro nos meus pulmões e ouvindo sua respiração,sentindo seu coração bater...

Não sei por quanto tempo ficamos assim eu não disse nada não queria estragar aquele momento, nós apenas estávamos nos completando, o buraco que se abrira em meu peito a alguns minutos atrás era preenchido .

-Eu juro,juro que vou fazer tudo que for possível e impossível pra te deixar feliz. Queria arrancar toda sua dor e passá-la para mim Jake, você não merece sentir tudo isso, você é um garoto literalmente... Perfeito, para ser mais exata. Eu te amo Jacob Black, e prometo que nunca mais vou te magoar. Nunca

Ele ameaçou me soltar e eu o calei com beijo, um beijo ardente de desejo e amor, eu não raciocinava mais, não ponderava as implicações eu o queria, não podia negar, não podia fugir.

Era completamente surreal.
Achei que fosse ter um ataque cardíaco, tamanha força meu coração batia. Sei que sou um ser humano, pois já não consigo omitir os sentimentos. Sentimentos que já senti, sinto e que não desejo sentir.

-Eu te amo-ele murmurou.
-Eu te amo mais.

Ele me segurava com urgência, sua língua procurava a minha sem pedir passagem em quanto ele me puxava para si passando, eu corri minhas mãos por seus braços, peito, nuca com ansiedade, eu queria mais e ele não tinha motivos para me negar e não negaria.
Palavras não foram mais ditas.

No meio de tudo,senti uma fissura no meu coração e o rosto de Edward veio a minha mente.

Edward.
O que eu tinha feito?

A dor era atordoante.
Fui tomada por minutos inteiros de agonia e pânico tornando eu não conseguia acompanhar a realidade.
Eu nem conseguia me mexer devido a dor

Edward

A escuridão havia tomado conta de mim, com uma força esmagadora seguida de uma onda de tortura.
Agonia
Meu coração estava despedaçado
Eu arfei

-Jake... Me leve pra casa. -forcei meus lábios a se moverem

Edward. Eu precisava de Edward. Agora.

Senti-me fraca. Eu não sentia. Não consegui me sentir.

De repente abri os olhos. Eu estava sonhando?Mas ainda sentia a dor, atordoante.

O carro já corria pelo asfalto numa velocidade assustadora em direção a casa de Charlie.
Eu não sabia dizer, mas havia algo no meio do caminho, meus olhos estavam sem foco, talvez fossem as lagrimas que dificultavam minha visão...uma pessoa.

-Pare-consegui gritar.
O carro de Jacob freou e o carro derrapava pela estrada. Nós íamos bater.

O carro bateu,mas não nos machucamos,foi como se invés de termos batido no homem ele bateu em nos fazendo o carro parar, quando o vi estava com a mão no capo do carro, fora ele que impedira que batêssemos, quando ele retirou tinha deixado a marca da mão lá.

-Edward – Murmurei.