Once Upon A Time escrita por Fe Neac


Capítulo 1
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!Bem, faz tanto tempo que não posto nada... Minha criatividade anda me pregando peças ultimamente. Daí, resolvi postar esse texto que já fiz há algum tempo. Quem sabe assim eu não consigo me inspirar?Espero que gostem da história. Desde já, peço desculpas pelos erros de português que encontrarem, pois estou postando sem betagem (porque deu uma vontade louca de postar rsrsrs)



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Naquele momento, nada mais existia para ele: Apenas ela. Observava atento cada um de seus movimentos. Alguns eram rudes, enquanto outros revelavam uma graça inesperada. Observou-a se aproximar cada vez mais, numa velocidade atordoante. Mas ele estava preparado, e assim que a viu à sua frente, lançou suas mãos ao seu encontro e a acertou com força, quase fazendo com que ela alcançasse o outro extremo do campo.

— Incrível! Como esperado de Kurosaki-senpai! – gritou um dos jogadores, extasiado.

Ichigo não lhe deu atenção, pois o time adversário já havia recuperado a posse de bola e voltava a correr em sua direção. Francamente! Se não estivessem lhe pagando pra fazer parte do time, já os teria abandonado há muito tempo! Era o único jogador de seu time que valia alguma coisa!

Faltava pouco para o fim do jogo e o placar continuava em 0 a 0. Se não fizesse algo, o jogo seria prorrogado. Saiu do gol e correu até o garoto que tinha a posse da bola. Assim que o viu, o jovem se assustou e se encolheu, facilitando o trabalho do shinigami, que se apossou da bola e saiu driblando os poucos que se atreveram a atravessar seu caminho e então deu um chute forte em direção ao gol. O goleiro adversário — que até então não tivera nenhum trabalho — esforçou-se para fazer a defesa, entretanto não foi capaz de alcançar a bola, que entrou no ângulo direito.

— Goooooool!

Ichigo voltou rapidamente ao seu posto e ficou à espera do reinício do jogo. Assim que o time adversário movimentou a bola no meio de campo, o apito do árbitro ressoou, anunciando o fim da partida. Resultado: 1 a 0 para o time do Colégio de Karakura.

A arquibancada foi à loucura e todo o time corria e se abraçava. Era só um amistoso, mas todos comemoravam como se fosse a final de algum campeonato. Ou seria melhor dizer quase todos, pois Ichigo não prestava a menor atenção ao que acontecia ali no campo.

Tinha a nítida impressão de que alguém estivera os observando e quando olhara para o telhado da escola, havia visto uma silhueta pequena e magra voltada em sua direção. Isso não era anormal, já que facilmente algum aluno poderia ter ido ao telhado para ter uma melhor visão do campo. O que não era normal era a estranha vibração espiritual que sentira quando vira a pessoa que os observava.

— I-chi-goooooo!

O ruivo se virou a tempo de escapar do abraço espalhafatoso de Keigo, que havia pulado em sua direção, o que fez o rapaz cair de cara no chão:

— Ichigooooo — Keigo choramingou enquanto se levantava. — Por que se desviou?

— Idiota... Eu sempre desvio, porque você achou que seria diferente desta vez?

— Porque desta vez tinha que ser diferente! Você não entende, Ichigo? É a sua consagração como o melhor atleta da escola! — Passou o braço ao redor dos ombros do ruivo e olhou para frente, sonhador. — A partir de hoje, não há mulher impossível pra você nesta escola e...

— Idiota! — Empurrou o amigo, que perdeu o equilíbrio e caiu novamente. — Você sabe que eu não ligo pra isso...

— Você não aprende mesmo, Asano-san... — Mizuiro apareceu ao lado de ambos, mexendo no celular. — Parabéns, Ichigo. Foi um bom jogo.

— Ah, bem... Obrigado. — Deu de ombros. — Bem, vou tirar esse uniforme e colocar uma roupa confortável.

Ichigo começou a andar em direção aos vestiários, com Mizuiro ao seu lado.

— Você não vem, Asano-san?

Keigo se levantou rapidamente e correu até os dois amigos, enquanto choramingava:

— Ichigo... Mizuiro... Por que são tão frios????

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Ichigo decidiu tomar um banho antes de se trocar, e Keigo e Mizuiro avisaram que o esperariam na cantina da escola para irem embora todos juntos. O ruivo tirava o sabão do cabelo quando teve novamente a sensação de que alguém o observava e sentiu mais uma vez aquela energia espiritual anormal. Enrolou rapidamente uma toalha ao redor da cintura e saiu do box.

— Tem alguém aí? — gritou, sem receber resposta.

Ouviu o “click” de uma máquina fotográfica e a luz do flash o cegou momentaneamente. Ichigo esfregou os olhos e a pessoa aproveitou para sair do vestiário. O ruivo tentou perseguir o “fotógrafo” e correu até a porta de entrada, chegando no exato momento em que a mesma se fechava. Já se preparava para sair e continuar a perseguição quando se deu conta de que não trazia consigo o distintivo de shinigami e estava vestido apenas com uma toalha enrolada na cintura.

Furioso, voltou ao chuveiro, terminou seu banho rapidamente e então se vestiu. Se aparecesse pela escola alguma foto dele seminu, mandaria o responsável para a Soul Society com suas próprias mãos!

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Ichigo, Keigo e Mizuiro andavam tranquilamente pela rua. Keigo falava animadamente sobre alguma coisa, mas nenhum dos amigos prestava atenção. Mizuiro estava muito ocupado mexendo em seu celular, enquanto Ichigo se perguntava quem seria a pessoa do vestiário. O ruivo não contou nada do ocorrido para seus amigos. Nem queria imaginar o que aqueles dois fariam se soubessem que alguém havia tirado uma foto dele apenas com uma toalha enrolada na cintura. Não, era melhor ficar quieto.

— Me soltem! — um grito de repente chamou a atenção dos rapazes.

Os três se olharam e então correram para acudir a menina que gritara.

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— Você é muito petulante, Meiko! — Dizia uma menina de cabelos negros e curtos, que parecia ter uns catorze anos. — Fica andando por aí, com esse cabelo comprido e horrível! Quem tem cabelo branco nessa idade?

— Sim, você é muito estranha, andando pra cima e pra baixo com esse livro idiota! — Disse um rapaz, que parecia ter cerca de quinze anos, pegando um grande livro de capa dura da bolsa da menina.

— Devolva o livro do meu pai, Ryu! — Meiko gritou, chorosa.

Devolva o livro do meu pai! — a menina a imitou e depois riu. — Talvez a gente devolva o livro pra você... Mas, primeiro vamos dar um jeito nesse seu cabelo horrível!

— Tire essa tesoura pra lá, Sakura! Não se atreva a cortar um fio do meu cabelo ou vai se arrepender!

— Olha, tá vendo? O que é esse tom? Você pensa que pode enfrentar a gente? Sua idiota! É por isso que ninguém gosta de você! — Ryu falou, zangado. — Só por causa disso, não vamos te devolver esse livro estúpido.

Meiko olhava para os outros dois com o mais puro ódio em seus olhos azuis.

— Se fizerem qualquer coisa com o livro do meu pai... Vocês vão virar ração de gigante! Ou comida de lobo!

— Além de tudo, é louca! — Ryu pegou a tesoura da mão de Sakura e então a aproximou da primeira página do livro. — Olha só o que faço com seu precioso livro!

Antes que Meiko pudesse esboçar qualquer reação, Ichigo apareceu e segurou o braço do menino.

— Dois contra um? E são dois atacando uma menina mais nova! Sabe, isso parece meio injusto... Por que vocês não a deixam em paz e vêm conversar comigo e com meus amigos aqui?

— Ferrou, é o Kurosaki! — Ryu se soltou de Ichigo e saiu correndo junto com a amiga.

— É bom correrem mesmo! E não a incomodem de novo, senão vão ter que se ver comigo! — Gritou. — Você está bem?

Ichigo estendeu a mão para ajudá-la a se levantar. A menina o olhou por um momento sem dizer nada e abaixou a cabeça, com as bochechas muito vermelhas. Mas aceitou a mão que ele lhe estendia.

— Ei! Você não é amiga da Yuzu? — Ichigo perguntou, reconhecendo a menina que havia ido algumas vezes à sua casa para brincar com sua irmã.

— Sim. Sou Tomoe Meiko e estou na mesma classe que a Yuzu-chan... — Fez uma reverência exagerada. — Obrigada pela ajuda, Kurosaki-senpai!

— Aqui está a sua bolsa e o seu livro, Meiko-chan! — Keigo entregou os objetos para a garota.

— Obrigada, senpai!

— KAWAII! – Keigo gritou, maravilhado. — Vocês ouviram, ela me chamou de senpai! — Segurou as mãos da menina e a olhou nos olhos. — Ah, se a Meiko-chan fosse alguns anos mais velha!

Ichigo bateu a própria bolsa na cabeça do amigo, o que o fez soltar a mão da menina, que pareceu aliviada.

— Deixe a menina em paz, Keigo!

Em seguida se voltou para Meiko, ignorando Keigo, que choramingava enquanto segurava a cabeça.

— Sua casa é por aqui? Pode ir com a gente hoje. Se aqueles dois virem você andando com a gente, vão ficar com medo e te deixar em paz.

— Na verdade, estava indo para a casa de Kurosaki-senpai. — disse a menina sem encará-lo, mexendo nervosamente num fio de cabelo. — Tenho que pegar um caderno emprestado da Yuzu-chan...

— Que seja... Assim fica mais fácil. Vamos, Mizuiro, Keigo!

Retomaram a caminhada e Keigo retomou o assunto de onde havia parado e falou o caminho inteiro, mesmo que ninguém lhe prestasse atenção. Ichigo andava calado e Mizuiro ainda mexia no telefone.

Meiko vinha logo atrás do grupo. Havia enroscado a bolsa no braço, colocara as mãos no rosto e balançava a cabeça de um lado para o outro, maravilhada:

Eu não posso acreditar! Kurosaki-senpai me protegeu! Ele apareceu como um príncipe e me salvou daqueles dois!” — Olhou para Ichigo e sentiu o rosto esquentar: — “Ele é tão lindo! E ele é tão incrível! E agora... Eu estou indo pra casa da Yuzu-chan com Kurosaki-senpai! É como um sonho!”

Após dez minutos de caminhada, chegaram à entrada da casa dos Kurosaki. Ichigo se despediu dos amigos e abriu o portão para que Meiko entrasse. Abriu a porta da sala e entrou:

— Tadaima!

Ninguém apareceu para recepcioná-los, o que Ichigo achou muito estranho. Àquela altura, seu pai já teria pulado nele e tentado chutá-lo. Repentinamente, sentiu uma energia espiritual muito familiar e adentrou a casa rapidamente. Estacou no arco que dividia a sala e a cozinha, o que fez com que Meiko — que o seguia de perto — trombasse com ele e batesse a cabeça em suas costas.

— Ite! — Exclamou, passando a mão pela testa. — O que houve, senpai? — Perguntou, mas Ichigo não respondeu.

Meiko sondou pra dentro da cozinha onde viu a família Kurosaki sentada à mesa. Junto deles havia uma moça de pele branca, cabelos negros e olhos cor de violeta, que olhava para Ichigo, sorrindo.

— Já faz um tempo desde que nos vimos, Ichigo!

Ele finalmente pareceu se recuperar da surpresa e exclamou:

— Rukia!


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Notas finais do capítulo

É isso! Espero que tenham gostado!E, se gostaram, por favor, deixem aquele review lindo que eu tanto amo! Reviews são inspiradores!Se acharam algo errado, podem falar no review também. Toda crítica, desde que feita educadamente, é bem vinda!Bjokas!