Once Upon A Time escrita por Fe Neac


Capítulo 2
Problemas


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san! Depois de muito tempo, aqui estou para postar um capítulo.

A verdade é que venho sofrendo de uma SFC (Sindrome de Falta de Criatividade) tremenda e não tenho conseguido escrever nem uma linha. Hoje, decidi que ia concluir este capítulo que comecei há eras e ainda não tinha terminado. Estou insegura quanto a ele, mas espero que gostem =)

Quero agradecer à todos que comentaram e favoritaram a história. Vocês foram a principal razão de eu me esforçar para superar essa crise e completar o capítulo!

O texto não está betado. Eu o revisei, mas sempre passa alguma coisa. Portanto, peço desde já desculpas pelos erros que encontrarem.

Vamos ao capítulo? Nos vemos nas notas finais.



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Ichigo largou a mochila sobre a carteira e olhou ao redor. Havia sido um dos primeiros a chegar à aula. Estranhou o fato de Rukia não se encontrar ali ainda. Ela já havia saído pela manhã, quando ele desceu para o café. E ela havia lhe dito no dia anterior que planejava frequentar a escola durante o tempo em que durasse sua missão.

Missão. Ainda não sabia no que consistia essa missão. O que estaria de tão grave acontecendo em Karakura, que exigia a presença de uma subcapitã? Puxou a cadeira e se sentou, fitando a janela com os pensamentos perdidos nos acontecimentos do dia anterior.

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Havia precisado de algum tempo para se recuperar da surpresa que a chegada da Shinigami causara. Ficara parado sem dizer qualquer palavra. A súbita visão dos pés do pai vindo em sua direção o acordara e ele pulara para o lado levando a amiga de Yuzu consigo e livrando a ambos do golpe por muito pouco.

— Velho maldito! Você está louco? Por pouco que você não nos acerta!

— Uh? Meiko-chan! — Isshin se ajoelhou e pegou a mão da menina, chorando copiosamente. — Perdoe-me! Apenas não pude suportar a cara pateta que meu estúpido filho fazia enquanto olhava para a minha terceira filha! Pensar que quase a acertei. Se eu tivesse machucado a minha doce Meiko-chan, eu jamais poderia me perdoar!

— Q-que é isso, Isshin-san! — Meiko sorriu sem jeito, enquanto pequenas gotículas de suor surgiam em sua testa.

— Papai, está assustando a Tomoe-san! – Karen ralhou com o homem, que havia escorregado até o chão enquanto choramingava com o rosto apoiado nos pés da garota.

— Meiko-chan — Yuzu tomou a amiga gentilmente pela mão e a afastou de Isshin. — Esta é a Rukia-san. Ela é... Uma amiga do Ichi-nii.

— Prazer em conhecê-la, senpai! Sou Tomoe Meiko! — Exclamou com uma reverência atrapalhada.

— Ah, o prazer é meu, Tomoe-san! — Rukia devolveu a reverência e sorriu para a pequena, que corou.

De repente, Ichigo atravessou a cozinha e segurou o braço de Rukia, puxando-a para fora do aposento enquanto dizia em voz alta:

— Ah, Rukia-san! Faz tanto tempo que não nos vemos, temos muito que conversar! Se vocês nos derem licença...

— Ei, Ichigo! Nós ainda não terminamos de conversar com a Rukia-chan! — Ao ver que o filho não lhe dava atenção, Isshin correu até o retrato de Masaki, iniciando mais uma de suas cenas. — Ah, mamãe! O que eu devo fazer nosso filho rebelde? Nossa terceira filha mal chegou e este ingrato já a está levando pra seu quarto!

O ruivo fingiu não ouvir as palavras do pai e subiu as escadas, levando Rukia consigo. Colocou-a para dentro do quarto e então fechou a porta.

— Oh, Kurosaki-kun! O que sua família e a amiga de sua irmã irão pensar de você, arrastando uma inocente jovem diretamente para seus aposentos?

— Cale a boca! — Resmungou e então se virou. — Muito bem, a que devo o prazer desta não anunciada visita?

— Que cruel! Quando fala assim parece que não está feliz em me ver, Kurosaki-kun! Por acaso não posso visitar um amigo?

— Pare de falar assim, sua maldita! Já faz quase um ano desde a última vez que a gente se viu. Tenho certeza de que essa não é uma visita cordial, vocês da Soul Society só lembram de mim quando tem algum problema. O que foi? Algum outro capitão resolveu trair o Seireitei?

— Idiota! Não diga isso nem de brincadeira — Rukia atravessou o quarto, sentou na cama e cruzou os braços.

— Então?

A morena hesitou por um instante.

— Estou aqui porque... Bem, podemos dizer que recebi uma missão importante que requer um pouco de pesquisa. E meu capitão achou que aqui no Mundo Real eu encontraria as informações necessárias para cumprir minha missão.

— E onde eu entro nisso?

— Isso não tem nada a ver com você. — Levantou-se e foi até a porta. — Apenas pensei que poderia ficar aqui enquanto estou no mundo real. Seu pai já concordou com isso, mas se a minha presença lhe incomoda tanto, posso ir para a casa de Urahara...

Um silêncio pesado caiu entre eles, até que Ichigo finalmente falou:

— É claro que você pode ficar aqui — Não havia tido a intenção de ser tão grosseiro com ela. Era só que... O silêncio de quase um ano o havia magoado mais do que gostaria de admitir.

— Obrigada — Rukia o olhou com um pequeno sorriso. — Prometo que tão logo tenha as informações que preciso, não irei mais lhe incomodar.

Levou a mão até a porta para a abrir, mas parou ao ouvir a voz do ruivo:

— Você planeja frequentar a escola enquanto estiver aqui?

— Não sei... Acho que sim.

— Seria bom. O pessoal... Ficaria feliz em te ver.

— Então, eu irei. — Suspirou. —Terei que me desculpar com todos pela falta de notícias...

— Eles vão entender... Os deveres de um shinigami são pesados...

— Especialmente quando se é uma Kuchiki...— Rukia balbuciou enquanto saía.

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— I-C-H-I-G-O-O-O-O-O-O-O!

O ruivo levantou da cadeira rapidamente e se virou, a tempo de ver Keigo cair em cima do seu assento vazio.

— Ichigo!!! — Choramingou. — Por que se desviou? Ah, esqueça, eu o perdoarei, pois hoje nem a sua frieza poderá estragar meu dia! Você viu que a nossa bela Kuchiki-san está de volta a esta escola? — Correu até o lugar onde a morena havia acabado de colocar sua bolsa e gritou, fazendo uma continência. — Seja bem vinda, Capitã!

— Obrigada, Asano-san!

— Não, não é Asano-san! É Keigo! Keigo! — Exclamou. — Não deixe que a frieza de Ichigo e Mizuiro a contaminem, Rukia-chan!

— Ah, do que está falando, Asano-san? Essa é a maneira apropriada de se dirigir a um colega de classe, não?

— Rukia-chan, não seja fria, por favor! A frieza deles eu posso suportar, mas a sua... É como se mil facas entrassem no meu pobre coração!

Enquanto observava os gritos de Keigo e a atuação da morena, Ichigo reprimiu um sorriso. Não importava o motivo que a fizera retornar: era bom ter Rukia de volta.

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— Meiko-chan, vamos lanchar juntas?

Meiko, que passara a manhã inteira olhando desatentamente pela janela, assustou-se ao ouvir seu nome e se virou bruscamente.

— Ah, Yuzu-chan! É claro...

Saíram da sala e andaram em silêncio até uma árvore no pátio da escola, onde se sentaram. Meiko tirou a caixa de suco de sua bolsa, sem prestar atenção no que estava fazendo. Seus pensamentos estavam perdidos na tarde anterior, quando acompanhara Ichigo até sua casa. Lembrava de como parecia abalado enquanto olhava para a visitante inesperada. Lembrava de como ele tomara a moça pelo braço e a levara consigo para o seu quarto, sem ao menos se despedir.

— Você está muito quieta hoje, Meiko-chan. Aconteceu alguma coisa?

— Hã? Ah, não aconteceu nada não, Yuzu-chan! Apenas não dormi direito essa noite.

Não era essa a razão de sua quietude, mas não era totalmente mentira. Seu avô se embriagara na noite anterior e nunca conseguia dormir quando ele estava bêbado. Nessas noites, costumava se esconder dentro do guarda roupa, com seu grande livro de histórias e uma lanterna, e ficava lendo até que caísse de exaustão. Mas, na noite passada, nem seu precioso livro conseguira afastar os sentimentos ruins. Cada príncipe a lembrava de Ichigo e cada princesa a fazia pensar na moça que vira na casa dos Kurosaki.

— Ei, Yuzu-chan... Aquela moça, Rukia-san... Ela é algum tipo de parente? Eu vi seu pai a chamando de filha...

— Ahn? A Rukia-chan? Ela... — Yuzu pensou por um instante. — Ela teve alguns problemas familiares e morou conosco por algum tempo há alguns anos. Karen-chan e eu não tivemos muito contato com ela, mas papai e Ichi-nii parecem gostar muito dela... Para falar a verdade, pensamos por um tempo que ela era a namorada do Ichi-nii, mas então ela foi embora e não tivemos mais notícias dela... Até ontem.

— Ah, entendo...

— Por que a pergunta?

— Ah, não é por nada! — apressou-se a responder, levantando as mãos defensivamente. — É só que eu pensei que eles seriam um bonito casal.

— Ah, ela é bem legal e eles gostam muito um do outro. Mas nunca foram nada além de amigos. Ichi-nii é bem lento quando se trata de garotas, mas acho que se eles fossem namorar isso já teria acontecido...

— Ah...

Meiko abaixou os olhos, sentindo-se um pouco menos preocupada. Fazia um bom tempo que gostava de Ichigo. Tudo começara anos atrás, quando seu pai, que sofria de uma doença do coração, fora internado na clinica dos Kurosaki.

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Ela estava sentada no corredor, chorando com medo de perder seu pai. Era a terceira ou quarta vez que ele era internado às pressas com dores no peito.

— Ei, o que você tem?

Levantou a cabeça e encontrou um jovem de cerca de 14 anos a encarando. Ele tinha cabelos laranja e uma cara fechada que a assustou um pouco. Com algum esforço, ela o encarou e então respondeu:

— Meu pai está internado aqui. Mamãe me disse que o médico está tentando mandá-lo pra um hospital maior, porque ele não consegue mais ajudar o papai.

— Sinto muito.

— Mamãe disse que é melhor que eu vá ficar com ele um pouco, mas estou com medo! E se ele estiver realmente muito mal? E se ele morrer?

Meiko observou o garoto se encostar na parede ao seu lado e cruzar os braços.

— Mesmo que tenha medo, eu acho que você deveria ir ficar com ele o máximo de tempo que você puder. Ele deve estar se sentindo sozinho agora.

— Mas...

— Bem, é o que eu acho. Se algo acontecer com ele, você pelo menos vai saber que ficou com ele até o fim. Que fez tudo o que podia para ajudá-lo.

O menino colocou as mãos nos bolsos e começou a se afastar. Meiko o observou por um momento e então foi até o quarto do pai.

O médico nunca conseguiu uma transferência. Ele ficou internado ali por mais alguns dias. E, no momento em que partira, dissera a ela que estava muito feliz por ela ter ficado com ele naqueles dias. E ela pode dizer a ele o quanto o amava.

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Depois disso, sua mãe conseguira um trabalho em Tóquio e as duas deixaram Karakura. Meiko nunca esquecera do menino de cabelos laranja, pois foram as palavras dele que a fizeram ter coragem para estar com seu pai.

Após um ano e meio em Tóquio, sua mãe se casou novamente. O marido da mãe era muito ciumento e não gostava de Meiko, pois ela fazia com que se lembrasse de que sua esposa já havia sido casada. Após seis meses conturbados, sua mãe decidira mandá-la de volta a Karakura para morar com os avós.

Quando começou a frequentar a escola local, há cerca de dois anos, Yuzu foi a primeira amiga que fez. Certo dia, tiveram que fazer um trabalho em duplas e ela foi à casa dos Kurosaki. Ficara surpresa ao descobrir que sua colega era filha do dono da clinica que cuidara de seu pai, e surpreendera-se ainda mais quando descobriu que o menino de cabelos laranja era irmão de sua amiga. Quando o cumprimentou, não viu no rosto do outro o menor sinal de reconhecimento. Ichigo não se lembrava dela.

Começara a frequentar a casa de Yuzu apenas para vê-lo. Mas não sentia coragem sequer de cumprimentá-lo. Sua amiga lhe dissera que o irmão, que já era quieto, se tornara um tanto mais calado desde que uma jovem, que estivera morando com eles, fora embora.

Nunca haviam trocado mais do que meia dúzia de palavras, até a tarde passada. Tinha ficado muito feliz, até chegar à casa da amiga e encontrar aquela moça e ver o quanto a presença dela mexera com Ichigo.

Mesmo que Yuzu tivesse dito que eles não eram nada além de amigos, Meiko decidiu que ficaria de olho nos dois. E, se notasse qualquer ameaça, faria o que fosse preciso para afastá-la de seu senpai.

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A aula havia acabado, e Ichigo juntou seu material e saiu da classe. Encontrou Rukia à sua espera na saída da escola.

— Yo.

— Yo. O que vai fazer hoje à tarde?

— Por que quer saber? — Perguntou desconfiado ao ver o brilho nos olhos dela.

— Fiquei sabendo que abriu no centro uma pequena loja que tem vários artigos de Chappy!

— Por mais que me fascine a ideia de ir numa loja cheia de artigos Chappy, hoje eu tenho que ir trabalhar.

— Oh!

— Por que não pede para a Inoue ir com você?

— Ah! Ela também disse que ia trabalhar...

Caminharam lado a lado por um tempo, mergulhado em um profundo silêncio. Ichigo se sentiu esquisito. Geralmente, era tão fácil para ele conversar com Rukia. Mas ela parecia distante, como se tivesse um problema que somente ela poderia resolver.

— É tão estranho — Ela disse de repente.

— O que é estranho? — perguntou.

— Parece que faz tão pouco tempo que saí daqui... E, no entanto, tudo está tão diferente!

— O que quer dizer?

— É só que... Este lugar... Por alguma razão, eu sempre achei que as coisas não mudariam aqui. Mas a verdade é que vocês estão crescendo, assumindo responsabilidades...

Ele a olhou com o canto dos olhos e sentiu seu coração apertar quando viu a expressão que ela trazia no rosto.

— Vocês estão seguindo com suas vidas, se tornando adultos. E isso de certa forma me faz lembrar de que aqui não é o meu lugar...

Aquelas palavras fizeram com que se sentisse mal.

— Ah, que se dane! Eu já não fui trabalhar a semana inteira, quem vai se importar se eu não for hoje também? Vou ligar para a minha chefe e dizer que não posso ir e...

— Não, não! — Rukia se apressou a dizer. — Digo, você se comprometeu com sua chefe, não? E já faltou a semana inteira. Você vai se encrencar se não for.

Seguiram em silêncio por mais algum tempo. Quando chegaram numa esquina, Ichigo falou:

— É aqui que eu fico.

— Ok! Até mais tarde, então.

Ela já se afastava, quando ele a chamou:

— Ei, Rukia! — Quando ela se virou, ele prosseguiu. — Se quiser, posso ver com a minha chefe se ela tem algum trabalho temporário... Você poderia trabalhar comigo até terminar a sua missão. O que você acha?

Rukia ficou um tempo quieta, até que por fim respondeu:

— Eu... Gostaria, sim! — Sorriu. — Obrigada, Ichigo.

Então, com um aceno, eles se despediram, e cada um seguiu o seu caminho.

____________________________

Após meia hora de caminhada, Rukia finalmente chegou à loja que procurava. Era mais incrível do que poderia imaginar. Espremeu o nariz contra a vitrine, os olhos brilhando ao olhar para os objetos tão desejados.

— Kawaii!!! Olha essa bolsa de Chappy! E aqueles brincos! E aquela presilha para os cabelos!

De repente, o reflexo de uma figura parada do outro lado da rua chamou sua atenção.

— Hm? Aquela não é a amiga da Yuzu, que estava na casa do Ichigo ontem? Como era o nome dela mesmo? Ah, sim!

Virou-se e acenou para a menina:

— Tomoe-san! Tudo bem?

____________________________

Meiko havia saído um pouco mais cedo da escola e estivera seguindo Ichigo e Rukia desde que eles haviam se encontrado no portão do colégio de Karakura. Ouvira toda a sua conversa e, quando eles se separaram, decidira seguir a Kuchiki.

— Tomoe-san! Tudo bem?

Assustou-se ao ouvir seu nome. Droga, não queria ter sido vista! Respirou fundo e atravessou a rua, aproximando-se da entrada da loja.

— Olá, senpai!

— Oh, por favor, me chame de Rukia. O que está fazendo aqui? Passeando com suas amigas?

— Não... Eu estou sozinha.

— Ah... Eu ia entrar nesta loja para dar uma olhada nos artigos especializados de Chappy.

— Chappy?

— Sim! Você conhece o Chappy?

— Não...

— É aquele coelho ali. É muito popular no lugar de onde venho.

Meiko olhou para a prateleira que a morena apontava e seus olhos brilharam.

— Kawaii!

— Quer entrar comigo para ver?

— Eu... Não tenho dinheiro aqui comigo.

— Mas não paga pra entrar e olhar, paga?

Tomando a mão da mais nova na sua, Rukia entrou na loja rapidamente.

Ficaram por muito tempo olhando todos os produtos disponíveis, que não eram poucos. Camisetas, pantufas, chaveiros, mochilas, brincos, presilhas... Entretanto, Chappy devia ser muito popular no Japão também, pois tudo era incrivelmente caro e, no final, Rukia comprou apenas uma embalagem com quatro pequenas presilhas. Meiko não comprou nada.

Saíram juntas da loja, conversando e rindo como amigas. Passaram em frente à uma padaria, que por coincidência era onde Inoue trabalhava. Rukia trocou meia dúzia de palavras com a amiga e então se despediu.

— Já está ficando um pouco tarde. Acho que é melhor irmos pra casa, Tomoe-san.

— Ah...

— Onde você mora? Talvez seja melhor que eu a acompanhe. — Rukia ofereceu educadamente.

— Eu agradeço, senpai... Digo, Rukia-san. É por aqui.

Enquanto caminhavam, a shinigami se sentiu grata por ter se oferecido para acompanhar a jovem. Os lugares por onde elas passavam estavam ficando cada vez mais desertos.

De repente, Meiko parou.

— Não lembro se eu peguei meu livro!

Abriu a mochila e tirou um livro de capa dura muito gasto, que apertou contra o peito.

— Eu me diverti muito, Rukia-san. Fazia muito tempo que não tinha uma tarde tão agradável.

Rukia sorriu para a jovem e se aproximou da menina, que continuava parada e abraçada ao livro. Abriu o pacote de presilhas que comprara na loja, retirou duas e se aproximou de Meiko.

— O que está fazendo, Rukia-san?

— Na embalagem vem quatro presilhas. Meu cabelo é curto, eu não preciso de todas. Queria que você ficasse com essas duas — Respondeu, enquanto abria as presilhas para as colocar no cabelo da menina.

— Rukia-san, você é muito gentil.

“Eu posso entender porque Kurosaki-senpai está apaixonado por você” — pensou.

Havia seguido os dois durante a tarde. Havia ouvido toda sua conversa. Havia notado todas as reações de Ichigo à cada palavra que a morena dizia. Era algo que qualquer um que visse como ele se comportava quando ambos estavam juntos e a sós poderia notar. Ichigo estava apaixonado por Rukia.

— Sim, você é muito gentil. — Uma lágrima escorreu dos olhos de Meiko. — Sinto muito, Rukia-san!

— Tomoe-san? — Rukia estranhou a atitude da menina e começou a se afastar, mas já era tarde demais.

Meiko fechou os olhos e abriu o livro. Um vento forte soprou e fez as folhas virarem freneticamente, enquanto uma forte luz dourada emanava das páginas.

— Prometo que a enviarei para um lugar gentil! — Meiko disse.

E foi a última coisa que Rukia ouviu antes de ser sugada para dentro do livro.


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Notas finais do capítulo

Quero muito saber se gostaram do capitulo! Por isso, peço que deixem seus reviews!

Elogios me animam a continuar, críticas construtivas me ajudam a melhorar.

Até o próximo capítulo!



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