Arizona Robbins

Callie segurou Arizona em seus braços enquanto tentava fechar a porta atrás dela. Arizona mexia em seus cabelos, procurava pelos seus lábios desesperadamente, como se fosse a última coisa que faria. Ela não gostaria de admitir, mas esse era um medo real que passava pela sua cabeça, e se ela acordasse na cama de Callie e ela não estivesse lá com ela? E se resolvesse ir embora como costumava fazer? E se fizesse amor com ela, pensando em Cathy? Tantas coisas...

– Sofá ou cama? – ela perguntou.

Callie não respondeu, apenas apertou Arizona contra seus peito e a jogou em cima do sofá. As duas rolaram entrelaçadas, até o chão. Callie segurou as mãos de Arizona e beijou seu pescoço enquanto a loira gemia com cada movimento que ela fazia.

– Contanto que eu esteja com você... Qualquer lugar é o melhor lugar do mundo!

Cada palavra que saia da boca de Callie, enlouquecia Arizona, a fazia entrar em um frisson que nem ela sabia definir. Seus corpos começaram a suar, enquanto uma buscava prazer em cada sensação. Cada beijo, um arrepio como se cada nervo estivesse exposto. Callie tirou a blusa de Arizona quase como se estivesse a rasgando com os dentes, e abriu o sutiã delicadamente, beijando sua barriga até subir novamente para seus lábios. Os olhos de Arizona brilhavam, ela só queria que Callie a tocasse e ela o fazia de uma forma inacreditavelmente mágica.

Callie passou a mão pelos seus seios, depois os chupou enquanto Arizona gemia alto o seu nome, ela estava explodindo por dentro. Ela agarrou Callie pelos ombros e a puxou para que seus corpos ficassem ainda mais colados. Callie tirou a calça e a atirou longe, e então se sentou e ergueu Arizona do chão. Ela a carregou pelo corredor ainda beijando ela até o quarto, onde a depositou lentamente na cama e continuou de onde pararam.

– Você é cheia de surpresas. – Arizona sorriu radiante e Callie apenas retribuiu.

– E você é só o amor da minha vida. – Callie selou a frase com um beijo. – É pra ser especial.

Callie desceu a calça de Arizona e passou a mão entre sua calcinha e a sua pele, arrepiada, ela mal podia se conter. Arizona implorava, gemia no ouvido dela, pedia desesperadamente e então Callie atendeu seus pedidos. Ela a agarrou a calcinha dela e a tirou, beijou seus lábios, desceu pelo seu pescoço, seios, barriga até finalmente chegar a sua vagina. Ela chupou e lambeu antes de penetrar os primeiros dedos. Arizona já estava quase chegando no topo do seu prazer, só de sentir a língua de Callie passar por seu clitóris.

– Ah... Callie... – e finalmente suas pernas molharam e ela gozou profundamente com Callie ainda a sentindo seu sabor.

– Você tem o melhor sabor do mundo... Garotas não deveriam ser tão doces assim. Que perigo. – ela sorria enquanto subia novamente para sua boca.

– Sua vez!

Arizona tremia, porque estava tão anestesiada de prazer, que mal conseguia sentir seus músculos se moverem. Mesmo assim, completamente paralisada, ela desceu o que ainda restava de roupas no corpo de Callie e passou seus lábios por cada centímetro que pode ver. Callie era ainda mais intensa, gemia, gritava, puxava e beijava Arizona intensamente que ela pensou em estar gozando de novo.

Ela penetrou seus dedos e fez movimentos circulares enquanto beijava a sua barriga e ainda segurava um de seus seios. O calor era sufocante, os desejos gritantes naquele quarto faziam os lençóis incendiarem a cada beijo. Callie não demorou a gozar, um sabor quente, que Arizona adorou provar e guardar em seus lábios.

– Você é incrível. – foi o último suspiro que Callie deu, então Arizona caiu ao seu lado e as duas continuaram acordadas, conversando e rindo. Era descontraído e tranquilo... Até que finalmente, caíram no sono juntas e abraçadas.

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A primeira coisa que Arizona fez ao acordar, foi olhar para o lado. Callie estava adormecida como uma pedra ao seu lado e ela sorriu tão radiante, que teve vontade de levantar e pular de alegria. Ela levantou devagar, precisava beber um copo de água e depois voltar para perto do calor do corpo de Callie.

Quando ela passou pelo batente da porta, seus olhos ficaram paralisados e ela puxou instantaneamente um lençol qualquer para cobrir seu corpo nu.

– Nossa, nunca tive uma visão tão boa ao acordar! – Cathy se acomodou no sofá e Arizona tremeu.

– Como você entrou aqui?!

– É melhor falar mais baixo, ou vai acordar a morena gostosa, ali.

Arizona puxou a porta e a fechou lentamente. Ela torcia para não ter despertado Callie, mas não podia evitar uma discussão iminente que obviamente teria com Catherine. Por que ela estava aqui? Por que Cathy ainda conseguia causar aquele efeito de “coração na mão” com ela? Que merda, já fazia tanto tempo...

– Você me abandonou, eu te trai, acabamos! Será que é tão difícil por um ponto final nas coisas para você?

– Acho que você errou a ordem, minha querida. Você me traiu primeiro e eu te deixei depois. Eu te amava e você pisou em mim várias vezes.

– Acabou, Catherine. Dá um fora da minha casa!

– Eu vou fazer você pagar por cada lágrima que você me fez chorar, em dobro. E quando você estiver tão miserável e tão na merda quanto eu estive, você vai querer voltar para mim. É ai Arizona, que eu vou pisar em você!

– Sai daqui!

Não demorou muito para portas baterem e Arizona se jogar no sofá chorando. Ela sabia que Catherine faria de tudo para se vingar dela, e como a conhecia, provavelmente jogaria o mais baixo possível para conseguir o que queria. E se ela conseguisse? Ela sabia que não seria por falta de tentativas.

Callie Torres

Callie entrou de mãos dadas no hospital com Arizona e chamou a atenção dos olhares de metro a metro. O jeito como as olhavam... O que Callie poderia possivelmente querer com alguém? Pelo menos era isso que a latina pensava. As pessoas a viam como uma galinha, desesperada, escrota e ao mesmo tempo, ridícula por estar tão suscetível a tais comentários.

– Ah não... Essa garota de novo não... – quando os olhos de Callie cruzaram com os de Cathy, Arizona perdeu a cor. – Não pode aparecer aqui o tempo todo, será que ainda não percebeu?

– Estou te perseguindo. Sabe que eu acho super divertido. – ela encarou Arizona e Callie não gostou nada da forma que as duas se olharam. – Parece que alguém teve uma ótima noite ontem.

– Não vejo como isso pode ser da sua conta.

– Cama Callie, sempre te achei mais divertida.

– Não quando você olha para ela como se fosse um prato de comida. – ela se referiu a Arizona que agarrou o braço dela. Callie conseguia ser perfeita para Arizona quando queria.

– Te vejo por ai.

Quando Cathy saiu, Arizona tentou se recuperar do susto. Callie passou a mão nos seus cabelos ainda preocupada com a reação meio exagerada da loira, mas ergueu os olhos e Mark estava diante delas. O olhar no rosto de Mark era mágico, Callie não pode ignorar a vitalidade dele.

– Achei que tinha se demitido! – ela disse sorrindo radiante.

– Tenho meus motivos para ficar.

– Que são... – Callie passava a mão nas costas de Arizona que parecia ainda mais nervosa. – Arizona, tudo bem mesmo?

Arizona não conseguiu terminar, ela vomitou nos sapatos de Mark, que pulou para longe. Callie segurou os cabelos da loira ainda chocada, sem reação, sem saber o que fazer.

– Callie, isso é sangue. – Mark segurou Arizona e ergueu sua cabeça para que ela pudesse respirar. – Chamem Hunt! Preciso de um interno!

– O que está acontecendo com ela?! – Karev apareceu de surpresa e Mark não conseguiu negar a existência dele.

– Pode ser você, se prove útil para alguma coisa!

Logo a sala foi tomada por uma multidão de médicos. Hunt, Sloan, Shepherd, Yang, Bailey, Grey... E outra garota que Mark não pode tirar os olhos.

– Grey e Yang comigo! – ele olhou para Karev com nojo. – Limpe isso.

– Arizona, o que está acontecendo?! – Arizona não conseguia responder, ela se contorcia em dores e as palavras travavam. Quando menos esperava, já estava vomitando de novo. O desespero de Callie só aumentava a cada segundo, ela estava bem... O que aconteceu?

– Estamos prontos para subir. – Meredith se aproximou da maca, mas Mark a afastou e Derek o fitou confusa.

– Não você Grey. A outra Grey. – ele olhou para a outra garota na sala. – Lexie Grey.

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Callie estava sentada em uma sala de espera enquanto Addison correu para abraça-la e perguntar o que havia acontecido. Callie não tinha a resposta, mas Addison parecia bem, preocupada, mas bem. Callie iniciou a parte da história que sabia, mas o semblante de Addison ficou ainda mais chocado quando ouviu a parte da outra Grey.

– A primeira ficou com Derek, agora vou ter que aturar ver a segunda levar o Mark? Inacreditável.

– Acho que você ainda não entendeu a parte de que Arizona está em uma mesa de cirurgia! Vomitando sangue! Acho que seus problemas não são mais banais porque não tem espaço!

– Calma ai! Você não tem o direito de diminuir meus problemas.

– Quer saber a verdade Addison? O que tá te faltando é senso! Você perdeu dois caras que te amavam porque você só fez merda a vida toda, e tá precisando se mancar e perceber que o Karev é próximo! – Addie não ficou para ouvir o resto da história, estava magoada e Callie sentiu seu coração ficar apertado, havia feito uma grande merda. – Addie... Não foi o que eu quis dizer...

– Acho que foi exatamente o que você quis dizer. – quando o rosto de Cathy surgiu com um semblante malicioso, os punhos de Callie cerraram.

– O que você quer Catherine? Você não precisa se mancar também não? Aposto que a culpa disso é sua!

– O que você deu para ela beber recentemente?

– Como assim?

– Ela nunca te contou que tinha úlcera? Acho que isso é algo para o segundo encontro...

– Vai a merda.

– Eu prefiro que ela morra antes disso. – as palavras de Catherine pesaram na consciência de Callie.

Praga de ex, sempre pega...