Poképonies escrita por Luna Sapphire Calhoun


Capítulo 2
Uma Festa Sombria




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Apesar do clima estranho e troca de mensagens que aconteceu em vários jogos, nada foi tão estranho quanto o que aconteceu em Pokémon Battle Arena.

"Vai ser uma festa e tanto amanhã." Ash comentou, enquanto ele, Dawn e Brock subiam a rota 202 até a cidade de Jubilife.

"Mal posso esperar!" Dawn riu animada. "Sinto falta das minhas amigas."

"Eu mal posso esperar é pelo torneio." Ash respondeu. "Já decidiu pra qual equipe vai entrar, Dawn?"

"Algumas amigas me chamaram e acho que vou me juntar à elas. E você?"

"Vou me juntar a equipe dos Heróis. Você foi chamado para se juntar ao grupo de Elite, não foi Brock?"

"Na verdade meu pai foi chamado, assim como todos os líderes de ginásio de Kanto, Jotho e Hoenn e Sinnoh, mas ele não pode vir então vou ficar no lugar dele."

"É tão estranho pensar em uma aventura sem vocês." Ash comentou. "Mas vai ser divertido."

Eles nem perceberam que o balão da Equipe Rocket os seguia, embora aquele evento não fosse novidade para eles. Esse foi o momento que o trovão caiu, seguido de uma forte e misteriosa rajada de vento, que assustou os três amigos e atirou o balão da Equipe Rocket na floresta próxima.

Tão rápido como veio isso passou, deixando para trás um tempo sombrio e tempestuoso.

"Vamos correr para o Centro Pokémon!" Brock gritou para os outros, quando a tempestade finalmente os atingiu.

"Só espero que a tempestade passe logo, ou então adeus festa." Dawn comentou, enquanto eles corriam por abrigo.

Mas foi a Equipe Rocket que viu o que aconteceu em seguida, o raio que por pouco não atingiu o balão antes deste acabar furado e enganchado em uma árvore.

O raio atingiu o chão, causando uma explosão de luz verde, abrindo algo como um portal.

Nenhum deles sabiam dizer o que eram as criaturas que saíram de lá, algum tipo de insetos talvez...

"Que Pokémon são aqueles?" Perguntou James, confuso.

"Nunca vi como nada assim antes. Mas você não vê, é a nossa chance de vencermos esse torneio! Devem ser Pokémon raros. Se os capturarmos para a Equipe Rocket ninguém vai poder nos vencer e com certeza o Chefe vai nos recompensar por isso!"

Eles nem notaram a sombra se aproximando.

Chrysalis não sabia o que tinha acontecido. A tempestade, a luz, tudo acontecera de repente e agora ela estava no meio daquela floresta estranha, com parte de seu exército. O que era aquela luz azul que os tinha trazido ali? Onde era ali?

Então ela ouviu vozes cochichando ali perto. Foi em direção ao som, não devia ser nada que ela não pudesse enfrentar.

Escondidos em um arbusto estavam três criaturas, duas que ela nunca havia visto antes, a terceira uma espécie de gato com uma pedra na testa.

Os três se levantaram assustados. Bem, deviam estar mesmo. Talvez fossem os responsáveis pelo que acontecera com ela.

"Quem são você?" A estranha criatura perguntou.

Falava a língua deles, e não soava nem um pouco amigável. Provavelmente uma versão evoluida dos outros que começavam a cercá-los.

"Ninguém. Já estamos de saída." James respondeu, na defensiva.

Mas nem Jessie nem Meowth recuaram.

"Que espécie de Pokémon é você?" Meowth perguntou.

"Pokémon?" Chrysalis o encarou, séria. "Não sei o que são Pokémon, mas eu certamente não sou um. Meu nome é Chrysalis, rainha dos Mutantes. Quem e o que são vocês?"

"Olha aqui," Jessie a encarou, séria. "Rainha ou não, você não tem autoridade nenhuma aqui. Mande essas coisas recuarem e nos deixarem passar que temos coisas mais importantes a fazer do que ficar perdendo tempo com aberrações Pokémon."

"O que disse?!" Chrysalis gritou ameaçadoramente, seu chifre brilhando, ponta para atacar.


"Com licença!" Uma voz interrompeu, e um homem saiu das sombras da floresta. "Agradeceria se não matasse meus agentes."

Sua voz soava fria, como se ele realmente não se importasse. Tinha cabelos negros, seus olhos escondidos por óculos escuros e ele usava um terno preto. A coroa prateada lhe dava um ar imponente.

"Vocês três!" Ele virou-se para Jessie, James e Meowth. "Conseguiram os papéis?"

"Não senhor. A tempestade nos tirou do curso antes de podermos tentar." Jessie respondeu.

Ele soltou um suspiro irritado.

"Aquelas pestes... Preso nesse fim de mundo e obrigado a trabalhar com um bando de idiotas..." Ele murmurou para si mesmo, então voltou-se para Chrysalis. "Mas a tempestade está aí, e com ela minha maré de sorte. O portal será aberto uma vez mais, mas só juntos conseguiremos nossa vingança. A profecia está se realizando. A festa será amanhã," pela primeira vez ele exibiu um sorriso, ainda assim frio e maligno. "Temos muito o que conversar."

Ash, Brock e Dawn conseguiram alcançar o Centro Pokémon no momento em que a chuva, da mesma maneira com que viera, parava.

"Ela deve estar por aqui em algum lugar." Dawn comentou, olhando em volta.

"Deixa com o Brock. Ele tem talento para achar garotas." Ash brincou.

"Bem, não precisa. Só pode ser ela." A garota apontou.

Em um canto estava sentada uma figura encapuzada.

Ela usava uma jaqueta preta com um capuz que lhe cobria a cabeça e da qual lhe saiam asas de dragão, vermelhas. Por baixo da jaqueta ela usava uma camiseta vermelha uma saia vermelha e amarela, como chamas e botas pretas e vermelhas.

"Tem certeza, Dawn?" Brock olhou para ela, confuso.

"Absoluta." Ela tirou um rolo de folhas de papel da mochila e se aproximou. "Com licença!"

"Ah, aí estão vocês!" A figura exclamou. "Tempestade preocupante, fiquei com medo de que não chegassem. Isso tudo é muito importante para cair em mãos erradas."

"Como sabe que ela é nosso contato e não uma espiã?" Ash perguntou.

As duas ao mesmo tempo reviraram os olhos e murmuraram: "Meninos!"

Elas trocaram um sorriso, então a garota encapuzada se levantou, apanhou os papéis e saiu.

Em algum lugar, um guarda entrou correndo em um salão iluminado por uma luz avermelhada.

"Senhor! Detectamos atividade mágica suspeita em Pokémon Battle Arena!"

"Conserte isso!" O homem que já estava na sala antes, sentado em frente a um computador, ordenou. "Use o que for preciso!"

"Bem, a magia não foi gerada no jogo, tentar consertar pode corromper os dados do mago ou até mesmo do jogo de onde isso partiu." O guarda protestou.

"Não importa! Se alguém se atreveu a tentar usar magia para invadir o jogo, esse alguém é um perigo para esse Arcade. Destrua se for preciso, mas conserte isso!"

"Sim senhor."

Na Segunda-feira, Celestia e Luna estavam o trem à caminho da festa.

Era um trem bem animado, mas isso não as surpreendia. Oportunidades como aquela eram únicas.

Um grupo de crianças e adolescentes cantavam animados no fim do trem. Alguns Celestia reconhecia de Sugar Rush Speedway e Sugar Rush Unlimitted, mas tirando por isso, não haviam caras realmete familiares naquele trem.

Mesmo assim ela se levantou e começou a ir em direção ao grupo, foi quando o trem chegou ao jogo. Alguém esbarrou nela e Celestia caiu, mas antes que pudesse protestar viu que algo caíra em seu colo, um enveope azul com o símbolo de uma lua cheia e uma estrela cadente.

"É da mamãe!" Ela comentou para sua irmã, quando esta veio ajudá-la a se levantar.

As duas saíram do trem, então Celestia abriu o envelope. Dentro havia dinheiro e um cartão com uma foto de sua mãe e Vanellope, tirada em Sugar Rush. Atrás da foto estava escrito: Estamos sendo vigiados. Tenham cuidado e divirtam-se!

Vigiados? As irmãs se perguntaram, confusas. Tudo parecia tão natural à sua volta.

"Bem, sabemos que estão de olho na gente." Luna comentou. "Vamos aproveitar a festa!"

Celestia não estava muito certa disso, até a banda subir no palco. Ela tinha certeza de quem eram, mas certamente, tirando por Gloyd e Swizzle de Sugar Rush Speedway, ninguém mais deveria reconhecer o resto da banda, exceto os que conheciam as histórias e reconheciam os símbolos nas camisetas.

À caminho de comprar uma lembrancinha da festa, Luna nem percebeu quando sua irmã parou, só notou quando viu-se sozinha no meio da multidão.

Tentou voltar e encontrar sua irmã, mas foi sair fora dos limites, em vista da floresta. Mas ao invés de dar meia volta, ela ouviu um uivo e viu o que parecia ser um cachorro ferido.

Decidindo que sua irmã podia esperar, ela foi até lá.

"Luna, não!" Alguém gritou, mas antes que ela pudesse se virar e ver, ouviu um tiro e sentiu uma dor aguda no braço. Não sentiu sangue, mas algo metálico ali, mente e corpo enfraquecendo de pressa e talvez aquele cachorro tivesse se transformado em uma estranha criatura fantasmagórica, mas ela já não tinha mais certeza de nada.

Celestia foi despertada pelo grito, foi quando olhou para os lados e notou que sua irmã não estava mais ali.

Ouviu um tiro e correu na direção do som, lutando para passar pela multidão. A música pareceu aumentar, agora vinha de várias vozes e ainda mais dispositivos eletrônicos à toda a volta.

Ela alcançou a borda da floresta à tempo de ver sua irmã luando contra um tipo de criatura fantasma. Tentou chegar até ela, mas um garoto de cabelos negros e olhos verdes saltou à sua frente.

Ela tentou lutar, mas o garoto não era apenas forte, ele tinha asas também. Ele a agarrou e levantou voo. Celestia sabia que se ela a soltasse ela iria cair. O tempo estava ficando nublado e ela não tinha certeza se a altura era segura para uma queda. Ouvia gritos e tiros lá em baixo, mas vislumbrava quase nada da agitação.

"Um tiro soou particularmente perto, o garoto a soltou e Celestia caiu, mas alguém a segurou antes dela bater no chão.

Ela nem se deu ao trabalho de saber quem era, lutou para se soltar e correr para onde tinha visto sua irmã por último. Tinha que ter um túnel, uma passagem ou alguma coisa assim lá.

Então alguém a segurou pela segunda vez, mas dessa vez era um agente AV. Celestia lutou novamente para se soltar, mas não tinha muita certeza do que aconteceu em seguida.


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Notas finais do capítulo

Foi um capítulo um tanto alternado e mais improvisado que o meu normal, mas foi apenas para um impulso para fora de um bloqueio.



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