Destino escrita por Cereja e Cupcake


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas, estou aqui com mais um capítulo. Acho que para quem estava querendo mais momento deles juntos, esse capítulo vai ser bem proveitoso. Amei os comentários do capítulo passado, e vi que muitos estão curiosos para saber quem é, kkkk. Devo dizer que essa pessoa não demorará muito para aparecer. Bem é isso, espero que gostem do capítulo que fiz com carinho^^ Beijos da Cereja*-*
Boa leitura!



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Acordou com o barulho do seu celular. Coçou os olhos sentando na cama. Pegou o celular vendo uma nova mensagem.

"Boa tarde, minha flor. Dormiu bem?"

Olhou pensativa para o seu celular, agora não estava com tanto medo, na verdade estava intrigada.

"Quem mandaria uma mensagem para mim, e por quê?". Pensou confusa.

Levantou decidida a tomar um banho, e a esquecer tudo isso.

Pegou sua toalha dirigindo-se ao banheiro. Iria fazer uma surpresa para Sasuke.

Olhou para o guarda roupa procurando uma roupa. Vestiu um short jeans preto, uma regata azul marinho, e nos pés calçou uma rasteirinha creme. O dia estava muito quente, por isso optou por roupas frescas. Secou os cabelos, os deixando soltos. Passou uma maquiagem leve, rimel, lápis, uma sombra preta clarinha e um gloss de uva. Por último passou seu perfume de cerejas.

Passou pela cozinha não encontrando Ino. Deu de ombros pegando uma maçã e as chaves do carro, que felizmente tinha saído do conserto.

Entrou no elevador colocando seus fones. Estava decidida a esquecer que estava sendo vigiada por um maluco, e iria visitar seu mais novo amigo irritante.

Entrou em seu carro, o ligando, saindo rapidamente da garagem do seu prédio. Ino tinha lhe dado o endereço de Sasuke, que magicamente ela tinha, iria perguntar o porquê ela tinha o endereço de Sasuke mas por hora resolveu deixar para lá.

O prédio de Sasuke não era tão longe do seu, no máximo gastou meia hora até chegar lá. E era um prédio muito bonito.

Estacionou seu carro em frente ao prédio, não se importando se era proibido. Oras, onde iria guardar o seu carro?

Entrou na portaria, vendo três porteiros sentados no seu devido lugar.

"Isso sim é uma portaria eficiente, aquele velho rabugento devia ser assim". Pensou.

– Boa tarde, no que posso ajuda-la?

Um homem de aparentemente quarenta anos perguntou, educadamente.

– Boa tarde! Eu vim visitar um amigo, seu nome é Sasuke Uchiha. – respondeu educadamente.

– Pode me dizer qual é o seu nome?

– Sakura Haruno.

– Sakura Haruno? – perguntou a olhando.

– Sim.

– O Senhor Uchiha seu passe livre para a Senhorita. Pode subir. – respondeu sorridente.

– Obrigada. – respondeu surpresa.

"Passe livre?" Perguntou mentalmente. Ainda estava surpresa. Não acreditava que tinha passe livre para entrar no prédio de Sasuke, na hora que quisesse.

Entrou no andar de Sasuke, não ficando nem um pouco surpresa por ver que o mesmo morava em uma cobertura, e que o andar era todo dele.

"Exibido." Pensou entediada.

Tocou a campainha sorrindo, animada.

– Sakura? – Sasuke perguntou, confuso.

– Oi Sasuke.

Sorriu.

– Posso entrar?

– Hum.

Sasuke a olhou por alguns segundos, dando espaço para que ela entrasse.

– Entra.

– Obrigada.

Entrou em seu apartamento, o olhando. Sasuke estava com uma feição abatida, parecia estar... Doente?

– Sasuke, você está bem?

Perguntou aproximando-se de si.

– Sim. O que faz aqui? – perguntou a olhando.

– Vim invadir o seu apartamento. Você faz isso direto no meu. – deu de ombros.

Sasuke a olhava divertido, nunca imaginou que Sakura o visitaria.

– Não consegue ficar um dia sem me ver, não é? – perguntou convencido.

– Convencido. – deu um tapa em seu braço, recebendo um muxoxo de dor.

– Desculpa, eu não sabia que eu tinha batido tão forte. – Desculpou-se, mas logo o olhou desconfiada. – Espera, eu não bati tão forte.

Franziu o cenho, tinha alguma coisa errada.

– Sasuke, tire a camisa! – mandou.

– Não acha que é cedo para isso, rosada? Sabe, ainda estamos nos conhecendo... – o cortou.

– Para de palhaçada, Sasuke! Tire a camisa! – mandou irritada.

Era óbvio, ele estava machucado.

– Se não quer tirar por bem. – puxou a mangá para cima, com força.

– Sasuke, o que é isso?! – perguntou preocupada, recebendo um gemido de dor, pelo movimento brusco.

– Merda!

Sasuke praguejou, irritado.

– Sasuke, você está machucado! E ardendo em febre!

Olhou para o corte profundo em seu braço, que não tinha tido nenhum tipo de cuidado.

– Seu irresponsável! – ralhou irritada.

– Não exagera, não está tão feio assim. – disse indiferente.

– Você irá pegar uma infecção seu idiota! – gritou irritada. – Senta nessa porcaria de sofá. – Andou pela casa, procurando o banheiro. – Onde fica o banheiro?

– Segunda porta do corredor, a esquerda. Mas para que você quer saber? – perguntou curioso.

– Eu quero a caixinha de primeiro socorros, Sasuke! – gritou. – Achei! – voltou para a sala com a caixinha em mãos e com um olhar irritado.

– Não acredito que você é tão irresponsável assim. – disse indignada, sentando ao seu lado.

– Não seja exagerada. – disse indiferente.

– Exagerada? – perguntou sarcástica, apertando o braço de Sasuke levemente, o que era suficiente para ele sentir dor.

– Droga, Sakura! Quer arrancar meu braço?! – perguntou raivoso, pela dor.

– Ué! – se fez de desentendida. – Achei que não era nada de mais e eu fosse a exagerada.

– Você está ardendo em febre! O que aconteceu com você?! – perguntou incrédula, pelo estado do moreno.

Levantou a manga de sua blusa, começando a limpar o ferimento de Sasuke levemente.

– Um idiota bêbado enfiou uma garrafa no meu braço.

O olhou, indignada.

– E por quê ele fez isso?

– Por quê é um idiota, mas ele também não ficou melhor do que eu.

– Você estava metido em outra briga?! – perguntou irritada.

– Ai! – reclamou quando sentiu a rosada apertar o algodão com força em seu braço. – Você está fazendo de propósito! – Acusou.

– Não acredito que você se meteu em outra briga.

– Queria que eu fizesse o que?! Deixasse o cara me bater? – perguntou irritado.

– Para começo de conversa, você nem deveria estar numa boate em dia de semana.

– Desculpe, mamãe. – ironizou. – Ai! – sentiu uma pontada de dor no braço. – Seja mais delicada, que droga!

– Fique quieto! Pensasse na droga na dor antes de se meter numa briga idiota!

Começou a enfaixar seu braço lentamente, para não machucar, mesmo assim achava que ele merecia sentir dor, sim.

– Você deveria ter ido no médico assim que saiu da boate.

O olhou, irritada.

– Irresponsável.

– Não sou irresponsável! – defendeu-se. – Só não preciso de médico nenhum. Você mesma está fazendo meu curativo, que eu poderia ter feito.

– É, mas como é idiota, não fez! E mesmo assim você irá no médico ver se não infeccionou, ou ainda não entendeu que está ardendo em febre?!

Terminou de fazer o curativo, colocando um termômetro debaixo de seu braço.

– Eu não vou a droga de hospital nenhum. O telefone do meu médico está nessa caixa, ligue para ele.

Sakura o olhou mortalmente, pelo seu tom mandão.

– Trinta e oito?! – gritou olhando para o termômetro.

– Eu devia deixar você morrer de febre! – gritou raivosa, ligando para o médico. – Toma! Bebe esse remédio! – jogou o remédio no abdômen de Sasuke.

– Mais delicada que você, não existe. – disse irônico.

– Olá, Sou Sakura Haruno, amiga do Sasuke. Você é o médico dele, não é mesmo? Sim, ele sofreu um acidente, mas como é muito irresponsável não foi ao médico. – o olhou irritada.

– Bebe logo esse remédio, Sasuke! – gritou irritada.

– Não, não é com você Doutor Estêvão. – sorriu envergonhada.

– Sim, ele está com um corte profundo no braço. Sim, está com uma febre muito alta. – o olhou mortalmente. – Eu fiz um curativo e dei um remédio para sua febre baixar. Esse é o problema Doutor, esse idiota não quer ir ao médico.

– Ei! – Sasuke gritou irritado.

– Fico feliz em saber que o senhor está vindo imediatamente para cá. Muito obrigada, Doutor Estêvão. – agradeceu, desligando em seguida.

– É lógico que ele virá, ele é pago para isso. – disse irritado.

– Não seja rabugento. – repreendeu. – Vem! Você precisa deitar. – o acompanhou até o quarto.

Sasuke deitou na cama, sendo coberto até a cintura por Sakura. Que o olhou, preocupada, pela sua febre.

– Eu já volto. – murmurou preocupada.

Sasuke ficou olhando por onde ela saiu, sorrindo. Mesmo Sakura não percebendo, estava mostrando explicitamente que estava preocupada com ele.

Franziu o cenho quando a viu entrar com uma compressa e com uma pequena vasilha com água.

– É para abaixar a febre. – explicou.

Sentou ao seu lado, colocando a compressa em sua testa.

– Essa febre não baixa. E esse médico que não chega! – o olhou apreensiva. Tinha medo que ele pegasse uma infecção.

– Você é um irresponsável, sabia? – sussurrou, o olhando.

– Está preocupada? – perguntou zombeteiro, mas seu tom de voz saiu cansado.

– É, seu idiota. Eu estou preocupada. – respondeu olhando para o relógio.

Sasuke a olhou surpreso, não imaginou que ela fosse assumir que estava preocupada consigo, talvez ele estivesse mal mesmo. Na verdade a dor em seu braço estava insuportável, e estava com muito frio, mas não diria isso a Sakura.

Sasuke sentiu seus olhos pesarem pelo sono, enquanto Sakura o olhava preocupada.

– Droga Sasuke! Você não pode dormir.

Fechou os olhos, entregando-se ao sono.

– Por quê você tinha que ser tão teimoso? – perguntou preocupada, velando o sono de Sasuke.

Escutou a campainha tocar, a fazendo correr para atender.

"Finalmente". Pensou aliviada.

– Olá, você é amiga do Sasuke que falou comigo. Sakura, não é mesmo? – perguntou sorrindo.

– Sim, vem, vamos ver o Sasuke. – o puxou para o quarto.

– Ele dormiu? – perguntou.

– Sim, eu lhe dei um remédio para abaixar a febre, e ele apagou. – respondeu, se aproximando de Sasuke.

– Vamos ver esse curativo. – o doutor começou a desenrolar a faixa que estava no braço de Sasuke.

– Você fez um ótimo trabalho, Senhorita Sakura. Se não tivesse limpado o ferimento, ele pegaria uma grave infecção. – a parabenizou.

Sorriu, em agradecimento.

– Vou aplicar um remédio para que abaixe a frebe e fazer um novo curativo. – Sorriu, tranquilizador.

– Obrigada. – sorriu aliviada.

Acordou sentindo um peso em cima de si. Olhou para a figura rosada deitada ao seu lado, mas sua cabeça estava apoiada em seu peito. A compressa de água jazia em sua mão esquerda, enquanto a outra mão descansava ao seu lado. Em seu rosto mantinha uma feição preocupada, o que deduziu ser por ele.

Afastou seus fios rosados dando uma visão melhor de seu rosto.

A reação de Sakura em vê-lo machucado o fez ficar mais orgulhoso de si, por ter batido naquele idiota, que resolveu ameaça-la.

Olhou para seu braço vendo um novo curativo, que deduziu ser trabalho do médico.

Olhou para Sakura, lembrando de sua feição irritada, o fazendo sorrir de canto. Até preocupada com a sua saúde ela conseguia ser extremamente irritante.

– Eu irei proteger você, sua irritante, nem que para isso eu tenha que mentir. – sussurrou a olhando dormir, agora com uma feição mais serena.

–^_^-

Abriu os olhos ouvindo um barulho de explosões, levantou alarmada, ao perceber que não estava em seu quarto. Mas logo lembrou-se que estava no apartamento de Sasuke, cuidando do mesmo.

Franziu o cenho confusa, ouvindo outro barulho de explosão. Andou calmamente pelo corredor, passando as mãos pelos cabelos, os arrumando.

A cena que encontrou ao chegar na sala foi um tanto engraçada. Sasuke sentado no sofá jogando vídeo game. Sorriu, ele parecia um menino de quinze anos, com aquela expressão concentrada.

– Finalmente acordou. – Sasuke disse ao vê-la entrar na sala, mas logo seu olhar voltou a televisão.

– Hum. – murmurou envergonhada. – Eu dormi muito?

– Não.

– Seu braço está melhor? – perguntou.

– Sim.

Sentou ao seu lado, olhando atentamente para seu braço, não confiava muito no que Sasuke falava, sabia que mesmo se ele estivesse com dor, ela nunca saberia.

Olhou a faixa enrolada no braço de Sasuke, ele não usava camisa de manga, dando completa visão de seus músculos. Não lembrava dele ser tão forte, o tempo tinha feito muito bem a ele.

Pensou sentindo uma estranha sensação lhe invadir, o que era isso, estava o achando atraente? Balançou a cabeça tentando se livrar de tais pensamentos, o que estava pensando? Esses pensamentos não a levariam a nada.

– Sakura.

O olhou percebendo pela sua expressão, que ele estava a chamando há um bom tempo.

– O que foi?

Perguntou ainda confusa consigo mesma, estava passando tempo demais com Sasuke, isso estava ficando muito estranho.

– Você aceita jantar comigo?

O olhou indecisa, era só um jantar entre amigos, nada de mais. Pelo menos tentava se convencer que não era nada de mais.

– Sim.

Respondeu desviando o olhar, não era uma boa ideia ficar o olhando toda hora... E quando foi que ele ficou tão bonito? Não lembrava disso.

– Vou pedir alguma coisa para comermos, ou você prefere sair?

– Não, eu prefiro comer aqui mesmo, sou caseira.

– Tudo bem.

Sasuke respondeu, achando Sakura estranha. Por que ela não o olhava?

– Está tudo bem, Sakura? –perguntou aproximando de si.

– Sim, estou ótima. – sorriu nervosa. – Você não ia pedir algo para comermos?

– Sim, já volto.

Suspirou vendo Sasuke sair, definitivamente estava ficando louca.

Sentiu sua bolsa tremer, a abriu, pegando seu celular.

"Não consigo encontra-la, você está me traindo, minha flor?"

Mordeu o lábio nervosamente, não entendia o que aquela mensagem significava. Não fazia sentido, não namorava ninguém, como poderia trair alguém que não conhecia?

– Quem é você? – perguntou olhando preocupada para o celular, como se ele fosse a responder. – O que quer comigo? – suspirou cansada.

– Pedi comida italiana, você gosta? – Sasuke perguntou, voltando para seu campo de visão.

– Adoro comida italiana. – sorriu levemente.

– Tudo bem? – Sasuke perguntou, a olhando morder os lábios.

– Sim, por quê a pergunta?

Jogou o celular rapidamente dentro da bolsa, estava nervosa. Sasuke não podia descobrir sobre as mensagens.

– Você está mordendo os lábios. Parece preocupada com alguma coisa.

– Impressão sua. Só estou um pouco preocupada da polícia descobrir seu envolvimento com a morte do Sasori.

Sentiu um gosto amargo ao falar sobre isso, não era mentira, estava mesmo preocupada com o que poderia acontecer com Sasuke, mas sentia um calafrio em sua espinha, ao lembrar que Sasori fora morto por ele.

– Não se preocupe com isso. E também não morda o lábio assim, irá machuca-lo. – olhou reprovador para si.

– Hum. – murmurou contrariada.

– Sabe, é um pouco assustador. – murmurou olhando para suas mãos.

– O que? – Sasuke perguntou, encostando suas costas na parede, a olhando. – Você matou alguém, qualquer pessoa normal teria medo – sorriu sem emoção. – Mas incrivelmente eu não consigo ter medo. Não consigo temer você. – o olhou.

Sasuke mantinha um olhar indecifrável. A olhava intensamente, tentando entender sua mente, mas parecia que entender Sakura era quase impossível.

– Por que não há o que temer, eu nunca faria mal algum a você, Sakura.

– Eu sei. – sorriu.

Sabia que Sasuke nunca a machucaria de verdade, teve a certeza depois da morte de Sasori. Sasuke provou que faria tudo pela sua segurança, e estava grata por isso.

Parecia que ficar perto de Sasuke era quase um imã, sempre era atraída por sua presença.

Um silêncio bom se instalou no ambiente, um silêncio que não era atraído por brigas. Aquele silêncio estava os fazendo viajar em devaneios. Devaneios esses que foram quebrados pelo som da campainha.

– Eu irei pagar dessa vez. – Sorriu.

– Um cavalheiro nunca deixa uma dama pagar, Sakura. – Sasuke a olhou.

– Tudo bem então, grande cavalheiro. – ironizou.

– Seja menos irritante, e vá abrir a porta enquanto eu pego o dinheiro. – sorriu sarcástico, virando em direção ao corredor.

– Idiota. – murmurou emburrada. Odiava essa mania dele de chama-la de irritante.

Abriu a porta sorrindo, olhando o entregador parado a porta, com uma expressão entediada, que logo fora trocada por uma sorridente depois de olha-la.

– Olá, sou o Jason. Qual o seu nome?

Sorriu achando graça das bochechas coradas do garoto, ele parecia ter uns dezessete anos, um daqueles garotos que começavam a trabalhar obrigados pelo pai.

– Olá Jason, sou Sakura. – encostou-se a porta. – Pode entregar minha comida? – perguntou rindo, achando graça do garoto atrapalhado.

– Claro, aqui está. – pegou as sacolas com as comidas.

– Obrigada. – agradeceu sorrindo.

– Aproposito, tem namorado? - sorriu da pergunta do garoto, não costumava sair com garotos mais novos, não curtia ser babá.

– Sakura. – ouviu uma voz fria, pronunciar-se, a fazendo revirar os olhos. Com certeza Sasuke estaria com uma expressão assustadora para o pobre garoto.

– Aqui está o dinheiro, mas alguma coisa? – Sasuke perguntou impaciente, enlaçando a cintura de Sakura.

Ato esse que fez a mais nova respirar fundo, buscando paciência para aquelas súbitas aproximações de Sasuke que não faziam bem a sanidade de nenhuma garota.

– N-não, era só isso. Boa noite.

O garoto parecia surpreso com a presença de Sasuke, não sabia que Sakura tinha um namorado. Pensava assustado, com a expressão nada amigável que Sasuke lhe dirigia.

– Boa noi – Sasuke bateu a porta na cara do garoto, impedindo que Sakura terminasse sua fala.

– O que foi isso? – Sakura perguntou irritada, pela falta de educação de Sasuke.

– Nada. – Sasuke respondeu irritado, tomando às sacolas de suas mãos.

– Você foi muito mal educado com o Jason, Sasuke. Ele só estava fazendo seu trabalho.

Sasuke arqueou sua sobrancelha sarcástico, ouvindo o nome do garoto.

– Jason? Não sabia que já estavam tão íntimos.

– Não seja ridículo. – falou entediada.

– Ridículo? Não era bem eu que estava ridiculamente quase beijando o entregador.

Gargalhou ouvindo a fala de Sasuke, ele só podia estar brincando.

– Ridículo. – repetiu rindo.

Sasuke bufou irritado, caminhando em direção a cozinha, colocando às sacolas no balcão.

– E Sasuke – chamou o moreno, enquanto entrava na cozinha. – Eu não curto esse lance de papa anjo. – riu encostando-se a parede.

– O garoto ficou branco quando você se aproximou, achei que ele iria fazer xixi nas calças. – Sasuke sorriu de canto, a ouvindo.

– Espero que a comida esteja muito deliciosa, para você compensar o partidão que eu perdi. – comentou irônica.

Ajudou Sasuke a colocar as comidas nos pratos, pegando as bebidas em seguida.

– Está muito bom. – comentou entre uma garfada.

– Então, estou perdoado? – perguntou sarcástico.

– Com certeza, tudo se resolve com comida. – sorriu divertida.

– Acho que vou te contratar como segurança particular. – sorriu bebendo seu refrigerante.

– Por quê? – perguntou confuso.

– Por que você consegue afastar qualquer cara que se aproxime de mim. – sorriu irônica.

– Engraçadinha. – Sasuke revirou os olhos.

Terminaram de jantar, com um clima agradável. Sakura sempre soltava alguma gracinha sobre o entregador, fazendo Sasuke soltar um sorriso discreto.

– Obrigada pelo jantar, estava delicioso. – agradeceu sorrindo, olhando Sasuke se encostar a porta de braços cruzados.

– De nada, irritante. Tem certeza que não quer que eu a leve em casa?

– Tenho. Eu estou de carro. – sorriu. – Além de mais você está com o braço machucado.

– Eu estou ótimo, Sakura. – disse com uma expressão entediada.

– Isso você também me disse quando eu cheguei. – revirou os olhos. – Tchau, Sasuke. – bateu em seu braço levemente, sorrindo sapeca.

– Tchau, irritante. – Sasuke a beijou na testa, com um olhar entediado, pela sua brincadeira.

Sakura piscou divertida enquanto as portas do elevador fechavam. Tinha se divertido com o jantar. Até que Sasuke não era tão irritante como pensava.

– Boa noite, Senhorita Haruno. – o porteiro a cumprimentou.

– Boa noite. – respondeu sorrindo.

Entrou em seu carro sorrindo, mesmo Sasuke sendo um irresponsável no começo, tinha se divertido no final.

Ligou o carro, dirigindo-se ao seu apartamento, precisava de sua cama. Apesar da cama de Sasuke ser muito fofa, preferia a sua. Sorriu ao lembrar da expressão calma do moreno dormindo, parecia um anjo. Claro que só dormindo, por que acordado era terrível.

Lembrou das palavras de sua mãe, a fazendo sorrir, talvez deixar Sasuke entrar em sua vida não fosse tão ruim assim.

Estacionou o carro, saindo em seguida. O estacionamento estava deserto, conseguia ouvir o barulho da água passando pelos canos. Sentiu um calafrio passar por seu corpo, como se estivesse sendo vigiada, lembrou das mensagens, a fazendo correr para o elevador. Poderia questionar o mundo não sentindo medo de Sasuke, mas com certeza tinha medo das mensagens misteriosas, sentia uma sensação ruim só de imaginar alguém a vigiando. Suspirou aliviada, quando o elevador parou em seu andar, pelo menos ali estaria segura.

Era impressionante como nessas últimas horas tinha esquecido das mensagens, mesmo sendo perseguidas por elas, Sasuke a tinha feito esquecer de tudo isso.

Sorriu abrindo a porta do apartamento, vendo uma Ino sorridente comendo um pedaço de bolo, no balcão.

– Oi Ino. – disse simplesmente, indo em direção a sala.

– Oi Sah, estava com o Sasuke? – perguntou com um sorrisinho malicioso.

– Sim, Ino. Eu estava com o Sasuke. – revirou os olhos, entediada.

– E o que estavam fazendo? – perguntou curiosa.

– Nos beijando loucamente. – sorriu irônica da expressão incrédula da amiga.

– Sério? – perguntou surpresa e animada ao mesmo tempo.

– Claro que não, Ino.

– Não tem graça, Sah.

– Ah tem sim, devia ter visto sua cara. – respondeu sorrindo, se levantando.

– Ei! – exclamou indignada. – Não vai me contar o que vocês estavam fazendo?

– Boa noite, Ino. – correu para o seu quarto, fugindo de uma almofada que Ino tinha jogado em sua direção.

– Isso não foi justo! – ouviu Ino gritar indignada, batendo a porta do quarto.

Sorriu entrando no banheiro, Ino era uma figura. Achava engraçado como Ino já imaginava que Sasuke e ela estavam juntos. Despiu-se ligando o chuveiro, sentindo a água quente relaxar seus músculos. Fechou os olhos, lembrando-se da preocupação que sentiu ao ver Sasuke queimar em febre. Ele podia ser um grande empresário de sucesso, mas para ela, ele sempre seria um idiota irresponsável. Sorriu com esse pensamento, enquanto enrolava a toalha em seu corpo, lavando seu rosto, escovando os dentes em seguida.

Saiu do banheiro, indo em direção ao seu guarda roupa. Vestiu uma camisola fina preta. Penteou os cabelos, os prendendo num coque mal feito. Apagou a luz, deitando na cama. Seu corpo pedia por uma noite tranquila de sono, estava cansada.

Ouviu o barulho de mensagem, a fazendo suspirar. Era claro que seu misterioso dono das mensagens não iria dormir sem se despedir. Pensou sarcástica. Olhou o celular, lendo o que estava escrito:

"Avi chegando, tão linda minha flor. Boa noite, tenha bons sonhos, minha flor."

Não gostava de como aquele pronome possessivo era usado. O dono das mensagens a declarava sua, e ela nem ao menos sabia quem era. Estava realmente ficando preocupada, precisava saber quem era o dono das mensagens, e o que queria consigo.

Fechou os olhos, entregando-se ao sono, decidida a esquecer as tais mensagens.


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