Perdas e Ganhos: Como Noites de Verão escrita por MariChia


Capítulo 13
Pensamentos de Mudança


Notas iniciais do capítulo

Se você chegou até aqui... Muitíssimo obrigado. Não conseguiria sem seu apoio.

Ah, ouça esta música: https://www.youtube.com/watch?v=hRfYOL5SPhc ; enquanto lê, e só pare-a quando chegar na parte do texto em que está o link "Clique aqui para ouvir a melodia".

Se encontrarem algum erro, por favor, me avisem meus amores.

Bem... Ai, meus queridos... amo vocês, meu amáveis leitores , muito obrigada pelo carinho e pela motivação. Eu quase tive vontade de desistir dessa história, mas vocês tem me ajudado muito. E seguindo alguns de seus conselhos, estou procurando mudar o formato - dentro do possível, rsrs. Espero que gostem!

Boa leitura! :D



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Então, Eduardo fez o impensável. Virou me estendeu uma mão e assim que eu a tomei, ele se voltou para a figura de meu irmão e disse com firmeza.

– Desculpe! É Miguel, não é? Eu sou Eduardo!

Ele estendeu sua mão vazia para cumprimentar meu irmão. Miguel assentiu, notadamente constrangido com a grande figura a sua frente. Apertou a mão que Eduardo lhe estendeu, claramente medindo sua força.

– Desculpe... por ficar com sua irmã por tanto tempo. – parecia tão determinado – Se você não se importar eu gostaria de voltar com ela e com vocês.

– Não me importo, não! – ele disse meio tremulo – Mas ela tem que vir agora, antes que os pais fiquem preocupados e venham procurar ela.

Ele falou com certa irritação, o que fez meu sangue subir um pouquinho e, embora ele estivesse certo, não precisava me tratar assim, ainda mais na frente do rapaz que gostava. Gostava? Estava gostando? Me sentindo atraída? Ah... era cedo para determinar. Mas de fato estava cativada por Eduardo.

Enlacei e apertei meus dedos com a mão de Eduardo. A simples ação diminuiu a irritação que havia atingido. Contudo me senti na obrigação de me desculpar com Eduardo. E depois agradeceria meu irmãozinho até de joelhos por não deixar meus pais se afligirem com meu sumiço (o que me obrigou a limpar o quarto dele por duas semanas).

– Desculpe-o! Meu irmão não quis ser rude.

– Que nada! Sei que ele tá só preocupado. – Eduardo me deu seu sorriso calmo.

– Taís, vamos logo! A mãe me pediu pra te chamar por que o pai já queria ir embora.

– Está bem! Está bem! – disse diante de sua inquietação – Mas, você está me procurando há muito tempo?

– Humm... Há um tempão! – ele disse contrariado, depois de um calculo mental.

– Quanto tempo?

Miguel olhou para o seu relógio do Naruto, murmurou uma contagem inaudível e concluiu.

– Bem... uns vinte minutos já!

Ele parecia conformado em saber que não havia passado tanto tempo como imaginava. Ainda assim, eu me preocupei. Se meu pai decidia que era hora de partir, era hora de partir. E poucos argumentos o faziam mudar de ideia. Ele sempre teve tato para saber como proceder diante das convenções sociais. Não abusava da estadia ou dos horários. Talvez, seu modelo também tenha me influenciado. Sempre fora tão dura em minha avaliação aos rapazes. Perscrutando qualidades que muitos só alcançariam no futuro, quando fossem pressionados por seus trabalhos, provavelmente.

Mas agora, minha inquietação era o tempo. Procurei apressar meu passo e todos a volta pareciam contagiados com minha pressa, até as crianças menores partiram numa corrida desenfreada para o salão do churrasco. Enquanto sentia Eduardo seguir meus passos sem dificuldade, como se minha passada fosse metade da dele.

– Acha que o pai está bravo?

– Não sei... mas sabe que ele não gosta que a gente atrase, naum eh!

Meu pai era um pai carinhoso, mas tinha alguns costumes um tanto rígidos. Não era um ditador e muito menos um tirano. Mas era preocupado com nossa disciplina. Ele e minha mãe se empenhavam em manter rotinas importantes, como dormir e acordar no mesmo horário. Se esforçavam ao máximo para termos pelo menos uma refeição juntos, com minha mãe cozinhando o trivial e meu pai, as guloseimas. Mesmo que ele fizesse um bolo comum e comprasse sorvete para acompanhar; era ele o encarregado das sobremesas, por assim dizer.

E percebia meu pai marcar os horários com diligência, para nada atrasar ou ser boicotado. E esse seu jeito veio do emprego. Sempre esteve na parte administrativa de várias empresas, cronometrando as atividades; pois tempo é dinheiro na indústria. E o atraso de um minuto poderá significar a perda de um empreendimento de anos.

– Eu sei, eu sei! – falei resoluta depois de toda minha reflexão.

Depois de um bom tempo do silêncio que se seguiu por nós três, Miguel me lançou um sorriso travesso, olhou de soslaio para Eduardo e perguntou:

– O que vocês estavam fazendo lá?

Algumas das crianças maiores, deveriam ter entre uns oito e dez anos, se aproximaram ainda mais para ouvir a resposta. Senti a mão de Eduardo cravar na minha e começar a fazer pequenos círculos ovalados com o polegar. Imaginei que ele também estava surpreso, constrangido e nervoso como eu, porém não havia nem sombra de vergonha em seu olhar. Na verdade, senti que ele estava contente, até orgulhoso do nosso momento. Pensei em alguma alternativa que poderia satisfazer meu irmão e as crianças ao redor, sem precisar mencionar os quase beijos que trocamos. Terrível como só de lembrar, meu estômago se agitava. Mas procurei manter a mente calma e formular uma resposta apropriada. Então, quando abri a boca para minha declaração, foi à voz de Eduardo que respondeu.

– Eu estava consolando sua irmã!

Ele disse secamente, mas seus olhos traziam certo carinho misturado com uma pitada de lascívia, quando me olhava. Porém Miguel parecia realmente confuso e um pouco preocupado.

– Por quê?

– Eu estava magoada com uma coisa que aconteceu mais cedo e vim pra esse lugar tranquilo...

Eu respondi antes que Eduardo tomasse partido. Ele não sabia o motivo, não o verdadeiro. Nós nem entramos nesse assunto direito, não cheguei a esclarecer. Sinceramente, como iria conseguir conversar diante do que tivemos; eu mal conseguia pensar seriamente enquanto ele ficava cheio de seus sorrisos sedutores e piscadelas. E como não elucidamos o assunto, ele provavelmente colocaria a culpa em si como antes.

– E que aconteceu para você ficar assim, Taís? – meu irmão estava verdadeiramente preocupado, embora emburradinho.

– Quando estivermos em casa eu vou contar para os pais se necessário, agora não é um bom momento para tocar nesse assunto.

Na hora me senti como minha mãe e vi que Miguel teve a mesma sensação. Concordamos com nossos olhares de deixar esse assunto para ser tratado em casa, mesmo.

– Bem, então por que você precisava de dele? Sempre fica sozinha quando quer pensar e... –

Antes que meu irmão entrasse em alguma particularidade minha, eu retruquei.

– Ele foi meu parceiro de dança... e depois que eu sumi ele decidiu ir atrás de mim, por que...

– Eu fiquei preocupado!

Aquele retumbe grave e seus olhos sinceros afagaram meu coração. Mas o deleite foi breve, pois Miguel continuou:

– E você protegeu ela!

Não sei de onde ele tirou esse pensamento, mas vi seu olhar debochado e aquilo não estava me cheirando nada bem. Eduardo confirmou um pouquinho encabulado, olhando para mim e o casaco em meu corpo.

– S-sim...! Pode-se dizer que sim.

Foi então que lembrei que precisava devolver o casaco.

– Ah... Eduardo... – comecei a tira-lo do corpo – Seu casaco!

Estava a ponto de passar pelos pulsos, mas ele se negou a receber, balançando a cabeça num “não” muito decidido, colocando-o novamente sobre meus ombros. E ainda abriu seu sorriso charmoso.

– Fique com ele... Pode me devolver depois.

Ele sorriu mais ainda ao dizer que podia devolvê-lo depois. Estava me dando muitos indícios que gostaria de voltar a me ver. Mas ainda não podia acreditar. Sempre me trataram como uma criança e os rapazes nunca me deram uma segunda olhada. Tudo era tão impossível na minha mente, como um quebra cabeças com peças faltando. Ainda assim, naquele momento, enquanto Eduardo voltou a entrelaçar seus dedos nos meus, apenas considerava que se era um sonho eu não queria ser acordada.

Pensando assim eu apertei sua mão uma última vez, e ele procurou entrelaça-las. Conforme nos aproximávamos das luzes do salão, era possível ver as silhuetas dos amigos de Marcos. Marcos. Oh, não! Acabei por me lembrar do motivo que me levou a fugir. E já estávamos a ponto de passar a quadra de tênis. Alguns sentimentos aflitivos estavam retornando ao meu coração, uma sensação ruim me pesou o estomago. Não sabia como deveria reagir diante dele. Meu coração estava começando a desestabilizar o pulso e meus passos a desacelerar.

Quando estava a ponto de parar, senti um puxão. Eram as mãos de Eduardo. Procurei seus olhos imediatamente e ele parecia preocupado e confuso.

– Você está bem? – olhando para sua figura forte e amável, os sentimentos que me inquietavam, foram desaparecendo um a um.

Como era bom ter sua presença naquele momento, mesmo que fosse um exagero do meu coração ter sentido toda aquela magoa, deixando-a retornar só com a visão da quadra. Tê-lo comigo, foi a mais rápida solução para as inseguranças se desmancharem. Concentrei-me nele e voltei a me sentir bem. Abri meu melhor sorriso.

– Sim. – apertei sua mão um pouco mais forte, e ele sorriu em retribuição – Eu estou bem!

Eduardo me trouxe o mais próximo de si, esticando a curva do braço para que eu o enlaça-se com o meu. Firmei-me em confiança e apanhei seu antebraço. Ao meu toque ele sorriu magnificamente e eu corei violentamente. Encaminhamo-nos para a grande mesa de troncos de árvore e ele ergueu a cabeça, austero, como um “lorde” (Está bem, é apenas um floreio meu, mas ainda muito válido para descrevê-lo).

Passamos por poucos jovens sentados em frente ao lago e os sentados nos bancos de tronco, da pequena “roda de música”. O jovem negro careca estava sentado ao chão com seu violão cantando uma suave melodia de country americano, enquanto Isabela e outras moças acompanhavam com suas vozes. Algumas notas saiam meio desafinadas da parte delas, mas a voz do jovem encobria tudo com seu veludo sonoro.

(Clique aqui para ouvir a melodia)

Vimos os irmãos de Eduardo sentados à mesa conversando com a garota gótica da quadra. As gêmeas loiras abraçadas a Fábio, cada uma de um lado do rapaz, aconchegadas a ele como se estivessem se aquecendo numa lareira. Mas Fábio agia como se estivesse apenas se segurando em dois postes. Sua expressão era tão neutra, apesar dos carinhos das loiras, que até eu me indignei com a forma que ele as tratava. Mas não estava em mim chamar sua atenção, afinal, elas pareciam acostumadas a forma como ele lidava.

A ruiva estava conversando com um rapaz careca de pele bem clara, com o que parecia uma tatuagem no queixo. Sei que não deveria, mas não posso mentir; o conhecimento de Marcos não estar com ela me satisfez.

Eu não tinha nada contra ela. Nem contra Marcos. E depois de tudo que aconteceu aquela noite nem deveria me importar, até porque percebi que a magoa que se formou era de mim mesma. Eu que sempre me mantinha afastada das pessoas e, portanto, das experiências. Tudo porque tinha medo.

Meus pais não me criaram assim, meu irmão não era assim. No entanto, eu tinha muita dificuldade para me socializar e, pior, me iludia muito. Criava muitas expectativas sobre as pessoas e quando elas me decepcionavam, eu retrocedia minhas interações ao ponto nulo. Onde não pudesse sentir dor, mas me fazia sentir o vazio da solidão. E esse vazio, sem saber, era outro tipo de dor. A dor da solidão. Mesmo que Camila – minha grande e única amiga naquela idade – era muito compreensiva comigo e nunca me abandonava, nossos momentos de interação eram poucos. Mais nos falamos pela internet. O que ainda sentia que poderia ser melhor, se me empenhasse em conhecer melhor as pessoas, sem colocar resistências.

Nem rígida demais, mas também nem liberal demais. Afinal, nenhum dos extremos é bom. Lembrei-me até de um filósofo, Milton Friedman, que dizia: "Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis."

Portanto, não adiantava continuar sendo inflexível e taciturna, pois acabaria não vivendo. Nem partir para ser libertina e rebelde, pois o que construiria em longo prazo? Precisava encontrar o equilíbrio. Harmonia para viver bem e melhor.

Decidi que não guardaria os medos antigos. Que não deixaria o nervosismo e timidez me vencer. Mesmo que no começo fosse difícil. Eu iria me esforçar e adquirir uma autoconfiança saudável. Não desistiria do amor que me fosse entregue com honestidade, mesmo que se diferisse muito de minhas expectativas. Que seria mais tolerante. Que iria rir mais. E se me achassem uma criança ou boneca, usaria isso como alimento para meu bom humor, riria disso. Queria elevar meu amor próprio e o faria, claro, sem esquecer da humildade.

Foi pensando em tudo isso, que meus pensamentos voltaram-se para Eduardo e seu consolo; seu jeito de ser. E ainda havia muito que eu queria conhecer dele. Seu jeito foi muito afetuoso, cuidadoso; e era inegável nosso nível de cumplicidade. Mas o que eu sabia exatamente dele? Seu nome, curso, alguns sonhos de seu futuro individual, alguns gostos. Algumas pequenas histórias de sua infância. E eu estava interessada nele o suficiente para conhecê-lo mais. Claro, pensei em namorar, ter um compromisso com ele. Mas constatei que era melhor conhece-lo como amigo, sem deixar nossos hormônios levarem a melhor.

Apresentaria meus sentimentos e decisão. Se os aceitasse eu estaria com ele de bom grado, procuraria sempre compreende-lo até quando me decepcionasse. Mas se não as aceitasse, mesmo que me doesse ao amago, mesmo que fosse necessária uma semana de lágrimas para me recompor, eu o deixaria seguir sem mim.

Só me moldaria naquilo que se mostrasse importante, quebrando o orgulho que me incitasse a teimar. Mas não deixaria de lado minhas convicções. Se ele desejasse permanecer comigo deveria aprender a conviver com elas, assim como eu com as suas convicções.

Tudo isso refleti naquela noite, e grande parte da persistência de Eduardo e sua honestidade me contagiaram. Me fizeram lembrar daquilo que há muito havia trancado em meu coração pelo medo. Tudo aquilo que podia me dar esperança.

____________________* ____________________

Depois de passar por algumas pessoas caídas em suas bebedeiras, outras cansadas e esparramadas por todos os cantos em conversas molengas e arrastadas, finalmente encontramos meus pais naquela mesa que estavam no começo da festa. Meu alivio foi tão grande que ouvi Eduardo soltar uma risada grave.

Meu pai estava conversando com seu chefe, ou melhor, Seu Horácio estava falando de suas grandes ideias para os próximos projetos na empresa. Minha mãe batia um papo animado com duas senhoras de sua idade. Conforme nos aproximávamos fui tomando uma maior consciência da visão que eu e Eduardo pareceríamos. Uma polegada de medo tentou se instalar em mim. Mas estava decidida. A partir de agora eu venceria meus medos e da melhor forma, sendo honesta e usando de sabedoria antes de tentar me esconder. Sem esconder meus sentimentos, mas aprendendo o momento certo para expô-los.

Mesmo que muitos digam que isso é impossível, me lembrei do exemplo de tantos homens e mulheres que mostraram que pouco é impossível para quem se esforça. E que ‘a pratica leva a perfeição’. É assim quando se estuda, quando se pratica um instrumento. Quando se esforça para manter bons hábitos, mais dia, menos dia, eles se tornam rotina. Mahatma Gandhi já dizia “Seja você a mudança que tanto deseja!

Lembrei-me até do filme "A Dama de Ferro", onde Margaret Thatcher descreve o lema que passei a apreciar mais:

E, guiada por estas palavras, confiante com o apoio sutil que Eduardo me dava, aproximei-me com determinação para falar aos meus pais minha pretensão. Porém, quando faltava cerca de dez passos de distância da mesa, Eduardo parou e apertou minhas mãos com as suas, sobre seu braço.

– Você quer que eu vá até lá? – havia algo tempestuoso em seus olhos e me inquietava não conseguir adivinhar o que.

– Eu gostaria! – me sentia mais confiante e minha voz era mais firme, mesmo que serena.

– Mas é você quem sabe. Quer conhecer meus pais?

Ainda se mostrou difícil lhe pedir. Não podia me enganar: se ele negasse, ficaria muito triste. E no contrário, poderia dar saltos de alegria (em casa, sobre a cama, claro). Mas, cada um escolhe o que escolhe, e eu ainda carregaria todas as boas sensações que ele me trouxe. Não seria menor ou pior se me dissesse não. Só não seria mais.

– Eu... – ele olhou para mesa.

Fitou minha mãe por um bom tempo – afinal éramos bem parecidas, no físico e trejeitos. Depois, Eduardo concentrou sua atenção em um homem magro, alto, com músculos inflados, olhos verdes e nariz afilado, que estava conversando atrás da mesa. Provavelmente ele imaginava ser meu pai, e a mera constatação criou um farfalhar de risos em todo meu interior. Mas me atrevi apenas a abrir um sorriso largo. Ele ainda estava pensativo e começou a olhar para si mesmo, arrumando suas roupas, até que engoliu em seco e trouxe sua resposta.

– Eu quero! – voltou-se para mim e me olhou dos pés a cabeça – Mas não acho que eles vão ficar muito contentes em me conhecer. Tem certeza que quer... me apresentar?

– Completa certeza! – eu não podia negar que estava feliz – Eles são tranquilos. Não se preocupe!

– Meio difícil! – sentia sua mão suar sobre a minha – Sou um contraste muito grande com você. Sem falar que se eu disser merd-besteira vão te proibir de me ver.

Nem com todos os filmes e obras de Jane Austen eu poderia pensar em estar em uma situação dessas com um rapaz. Um que acredita que não seria o suficiente para mim. Ainda assim, eu acalmei meus “ânimos românticos”, comecei a raciocinar seus motivos e como proceder para deixa-lo totalmente livre em sua escolha.

– Eles são boas pessoas e não irão julga-lo. – eu lhe dei meu melhor olhar encorajador – Se preocupam com o meu bem, mas sempre me deixam livre para fazer minhas próprias escolhas.

Ele ainda estava nervoso e voltou a olhar a mesa. Comicamente ele desviou quando minha mãe percebeu sua observação. Eduardo tremia um pouco e eu começava a pensar que talvez deveria deixa-lo ir, ainda assim, não custava outra tentativa.

– Eles só devem te fazer algumas perguntas. Fique tranquilo, eles não são pessoas duras – e depois deste discurso a fim de amenizar suas preocupações, lhe mostrei a porta de escape – Mas não precisa enfrenta-los só porque pedi.

Ele parou de tremer e se virou para mim. Estava embasbacado com minhas novas atitudes, mas também, um pouco desapontado. Não sabia dizer se mais pelo que.

– Eu não vou enfrenta-los! – como aquela resposta me doeu – Nenhum homem de verdade faz isso!

Ele era um rapaz sincero, muito mesmo. Mas naquele momento, sua verdade estava começando a me machucar. Não sabia bem como deveria me sentir diante daquela afirmação. E sua voz soou tão dura, que imaginei que estava me repreendendo.

Meu semblante e confiança começaram a desfalecer. E procurei me lembrar de todos os pensamentos positivos que poderiam me dar esperança naquele momento. Já havia decidido; minha mudança começava hoje e aquele momento seria minha primeira provação. Porém, Eduardo, apertou meu corpo mais próximo ao seu, me deu uma piscadinha e seguiu para mesa comigo, dizendo:

– Um homem de verdade conquista! – seu sorriso era tudo o que eu podia ver no momento.


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Notas finais do capítulo

Meus queridos, se quiserem me fazer sugestões, críticas, até me passar músicas e imagens legais para a história, eu irei adorar. Seria super legal!
Ih, me deixem saber o que estão achando!

E eu fiquei tão alegre que tenho de fazer um marco aqui: Estou IMENSAMENTE FELIZ com sua volta Glamour Cruelty. Muito obrigada pelo carinho!

PS: Vocês já devem ter percebido que esta história tem uma linha dramática maior que o relato dos acontecimentos. Mas prometo que o capítulo que vem será o último nessa festa e se vocês quiserem eu agilizarei os próximos acontecimentos. Porém, guardem: Todos os argumentos dessa festa são importantes para desvendar os próximos capítulos. Principalmente as reações das personagens.



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