Então aquele sonho realmente estava certo, e Mônica realmente havia vivido tudo aquilo. A moça de dentes salientes andava por um corredor, distraída, ela pensava em tudo o que estava acontecendo. Mônica precisava encontrar Do Contra.

Do Contra, não muito longe dali, também andava por um corredor olhando quadros antigos presos na parede, sempre a mesma pessoa: a garota dos olhos verdes. Vestida sempre com o mesmo vestido e com o mesmo olhar. No outro lado, na outra parede, mostravam janelas, e as janelas mostravam o quanto era tarde. Quando a luz da lua iluminava os quadros o rosto mudava e só podia se ver ossos. Acho que foi isso que chamara a atenção de Do Contra, ele imaginou o quanto seria legal ter um quadro desses no seu quarto.

Ele olhou por uma das janelas e viu um antigo cemitério ao quais as pessoas visitavam nosfins de semana, nos dias de visita. Pode se ouvir a palavra interessante sair da sua boca.

você tem uma casa bem interessante...

Algumas portas ficavam trancadas e era melhor que ninguém ousasse entrar. Algumas pessoas simplesmente não tinham estomago, nem coragem para ver o que havia lá dentro.

Ele ouviu passos em sua direção, alguém estava vindo! Mas ao invés de fugir ou apenas ficar paralisado como uns e outros, ele correu na direção do alguém, com os braços abertos, como uma criança quando estão distribuindo doces.

você veio me ver.

Do Contra!

Mônica!

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(Cebola) droga, eu vou ate lá.

(Magali) não, você não vai.

(Cebola) mas e se a Mônica estiver precisando de mim?

(Cascão) eu tenho certeza de que ela esta bem careca.

(Cebola) eu não sei.

Magali e Cascão tentavam fazer com que Cebola se acalmasse, já que o mesmo estava preocupado com Mônica e ainda mais preocupado com o que Mônica e Do Contra estariam fazendo lá em cima, já que havia a possiblidade de eles terem se encontrado.

(Cascão) mas vem cá, eu ainda quero saber o que aconteceu contigo.

Cebola então se lembrou da garota e do museu que ele encontrara. A ultima coisa que ele se lembrava, era da garota pronunciando as palavras você vai fazer tudo o que eu quiser.

(Magali) pelo que eu andei analisando, você foi trazido por alguém ate aqui, já que você subiu ate lá em cima pra procura alguém.

(Cebola) a garota...

(Magali) é, a garota.

(Cascão) e você encontrou a tal garota?

(Cebola) é, encontrei.

(Magali) e ai?

(Cebola) e ai... Eu vou fazer tudo o que ela mandar.

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parece que as coisas estão se ajeitando.

um...

algum problema?

você falou certo Ângelo, parece que as coisas estão se ajeitando.

como assim?

ainda tem muito chão pela frente, você vai ver.

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Mônica!

DC!

Mônica correu ate Do Contra, mas antes de tudo ela ainda lhe deu um tapa na cabeça, ele não doeu, mas mesmo assim Do Contra fez uma careta que o deixou com a cara engraçada.

Do Contra, como você sai correndo assim pro outro lado?

Antes que ele pudesse lhe responder qualquer coisa, ela pulou em seus braços lhe dando um abraço forte, Do Contra estranhou de inicio, mas retribuiu.

DC... Nunca mais me deixa sozinha, eu preciso de você.

Ela o soltou e deu um leve sorriso.

nunca Mô...

Mônica sorriu, ele havia a chamado de Mô.

vem Mô... Vamos sair daqui.

você sabe o caminho?

é claro que eu sei o caminho.

sabe?

o que você acha?

que você é muito complicado.

Ela deixou ser guiada por Do Contra ate um corredor iluminado. Caminhando por ele, Mônica notou que Do Contra ha guiava segurando em sua mão, ela sentiu seu rosto corando um pouco ao mesmo tempo em que ela sorria, eles viram bem abaixo novamente a grande sala com seu chão espelhado e as armaduras encostadas a parede, viram também seus três amigos preocupados, Magali, Cascão e Cebola, esperando por eles. Eles ainda estavam de mãos dadas, ate alguém que costumava trocar o R pelo L notar.

Mônica desceu as escadas rapidamente ate Magali, que a recebeu com um abraço.

(Magali) Mônica!

(Mônica) Maga, Cascão, vocês estão bem.

(Magali) DC! Vocês estão bem.

(Cebola) Mônica.

(Mônica) Cebola!

(Cebola) eu fiquei preocupado.

(Mônica) não me toque.

(Cebola) o que?

(Mônica) como você ousa... O que você esta fazendo aqui?

(DC) você é mesmo muito idiota pra aparecer aqui depois do que você fez com a Mônica.

(Cebola) o que? Do que vocês estão falando?

(Mônica) e ainda se faz de desentendido.

(Magali) o que esta acontecendo?

(Mônica) pergunta pro senhor planos infalíveis, talvez ele te responda, ou talvez ele te compre um museu.

(Cebola) museu? Do que você esta falando?

(Mônica) do que eu estou falando? Da sua cena ridícula lá em cima.

(Cebola) que cena Mônica?

(Mônica) pergunta pro meu braço.

Mônica mostrou a Cebola o seu braço enfaixado por Do Contra.

(Cebola) você não esta insinuando que eu fiz isso com você esta?

(Mônica) se a carapuça serve.

(Magali) calma gente. Talvez o Cebola tenha razão Mônica, ele esteve aqui com a gente durante um bom tempo.

(Mônica) Maga.

(Cascão) a Maga ta certa, alguma coisa deve ter feito isso com ele, do jeito que as coisas andam aqui.

(Mônica) estando certa ou não, foi ele que fez isso comigo, pergunta pro DC.

(Cebola) DC... Vou perguntar mesmo, o que você estava fazendo lá em cima com a Mônica?

(DC) me inclua fora dessa.

(Cebola) não, você vai responder...

(DC) não tenho nada pra dizer.

(Cebola) responde, por que vocês andavam de mãozinhas dadas por todo lado?

(DC) bom... O que eu fiz com a Mô... Posso falar Mô?

(Cebola) só eu posso chamar ela de Mô.

(Mônica) isso é ridículo Cebola, estávamos tentando sair de lá ora, quando você vai crescer e tomar jeito?

(Cebola) quem você pensa que é pra me dar lição de moral?

(Mônica) eu sou a grota que conviveu com você por anos e anos, sei cada um dos seus defeitos e também sei que esta errado.

(Cebola) defeitos... Erros... É só isso que você conseguiu reparar em mim todos esses anos? Será que não percebe que você também errou? Ou a senhorita dona da rua é boa demais pra assumir seus erros?

(Mônica) mas uma vez você esta se comportando como uma criança. As coisas mudam Ce, agente não pode continuar com a inocência de que tudo vai acabar como antes, com um final feliz, ou com a pessoa que agente acha.

(Magali) calma gente. Estamos todos maus com tudo isso, mas brigar não é a melhor solução.

Diz ela tentando consolar Mônica antes que ela parta pra cima do Cebola.

(Cebola) calma? É assim que você acha ser o melhor jeito de resolver tudo Magali? Sempre fazendo tudo pra Mônica se sentir bem, desde pequena, pagando de baba ovo. E só pra dizer, nada acaba sempre bem pra mim.

(Cascão) peraê. Pisou na bola careca. A maga sempre foi uma ótima amiga pra nós. Que ta pegando, você nunca falou assim dela?

(Cebola) e você também. Sempre conformado em ser esculachado. Sempre apanhando da baixinha gorducha sem nem reclamar. Parecia ate gostar de levar surra.

(Cascão) falou. Só que isso só acontecia por causa dos SEUS planos infalíveis. Tudo balela, papo furado, só desculpinha pra ser o dono da rua, se é que era a rua que você queria.

(Cebola) seu duas caras, o que você quer dizer com isso?

(Cascão- humilha não)

(Mônica) chega! Pra mim já deu! Já estou cansada de tudo isso, inclusive da sua infantilidade Cebola. Você só pensa em você, tudo é você, nunca pensa nos outros... Nunca pensa em mim.

(Cebola) Mô... Eu...

(Mônica) não Ce, não da mais, acabou, cansei dessa briga boba, vamos acabar LOGO com isso e é cada um pro seu lado.