— Hey, girl! Não acredito que você já está dormindo, ainda são 8 p.m. However, eu esqueci de nos dar parabéns, hoje Elizabeth faz 28 semanas. Eu queria estar aí para comemorar com você, mas como eu estou aqui, resolvi fazer umas comprinhas. Lembra aquele berço que você viu na Tok Stok no inicio na gravidez? Então, comprei o conjunto todo, - ele riu – meu amor, é a coisa mais linda, comprei umas roupinhas para ela também. Rach, eu vi um vestidinho rosa de princesa, a coisa mais perfeita, quase compro, minha avó queria dar algo pra ela, então comprou no meu lugar. – ouvi mais risos e chorei meio de felicidade, meio de saudade – Essa será a criança mais paparicada do mundo, eu que sou eu, estou pior do que a mãe – sorri em meio as lagrimas que se acumulavam, enquanto o imaginava falando – Meu avô conhece um designer que vai ajeitar o meu escritório para ser o quarto de Liz, eu sei que não tínhamos decidido entre o meu e o seu, mas você precisa do estúdio, além do mais a minha bateria cabe nele e o notebook cabe em qualquer lugar da casa. Amor, você merece isso e muito mais...

— Ei, Finn, você vem ou não? – escutei uma voz no fundo.

— E-eu tenho que ir. Eu e os caras vamos dar uma comemoração pela minha princesa, é a última vez que curtirei com eles assim, juro! – O sorriso que existia em meu rosto se desfez – Não se preocupa, tá? Amanhã estarei de volta e vamos ter uma noite incrível, seremos só eu e você fazendo o que sabemos fazer de melhor – percebi um sorriso escapulindo por entre seus lábios e o gosto salgado nos meus – e não estou falando de cantar – me surpreendo com a mudança de tom – ‘cause I can’t fight this feeling anymore. – o ouvi cantar acapella pela última vez, a voz baixa, aquela voz era tão perfeita – Beijos paixão! Manda um beijo pra nossa Liz.

***

— Hey, Quinn! Vejo que ainda tem a chave do apê – digo em tom descontraído, ela joga as chaves na mesa ao lado da porta e caminha em minha direção jogando-se no sofá ao meu lado.

— Sempre achei que iria precisar delas algum dia, e as pessoas andam comentando que você não abre a porta para ninguém – Quinn tomou a colher da minha mão, colocou-a no pote do sorvete, encheu-a e tomou o sorvete de chocomenta – Este é o preferido do Finn.

Eu sei disso. Ele dizia que era gostoso e peculiar, uma combinação perfeita, e depois acrescentou que era igual a mim, na hora eu só sorri e o beijei.

— Ok, o que você veio fazer aqui? – tentei dizer sem parecer grossa. Em vão, claro.

— Ei! Eu não sou a inimiga dessa vez. Sem facas, por favor, Sra. Hudson-Berry – revirei os olhos – Eu vim saber como você está. Sabe? Desde o que aconteceu eu não consegui falar com você, por um motivo totalmente óbvio e egoísta. Você me lembra dele mais do que tudo.

— Eu estou bem, obrigada. – dei um sorriso tímido e fraco – Hum, você vai ficar aqui por muito tempo? – uma parte de mim sabia que eu precisava da companhia dela.

­— Não posso ficar muito tempo, tenho trabalho que não se resolverá sozinho. Ahn, se não se importa eu posso dormir aqui? Puck esqueceu de me mandar a cópia da chave do apartamento.

­ — Whatever, preciso de sua ajuda daqui a alguns dias e preciso te contar algo mesmo.

— Vai me dizer o porquê e o quê?

­— Meu noivo morre, você aparece uma semana depois e me pergunta o porquê? – tento ironizar.

— Eu acho que não é por isso. Se bem me contaram, você já teve Puck e Ohio como ombro amigo.

— É. Mas eu tive algo melhor, eu recebi uma mensagem de voz do Finn.