Ficta Confessio escrita por cuba


Capítulo 7
Capítulo 06 - Pari Passu


Notas iniciais do capítulo

E então, eles se encontram! Agora só falta o terceiro representante!



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Nior se levanta da cedeira onde estava sentado, ao lado da porta da cabine de comando do navio e pergunta ao capitão:

 

- Quando o senhor vai me contar o que sabe sobre o meu pai?

 

- Fique calmo Nior, eu contarei tudo logo logo, só espera passarmos o porto de Qasim, porque de la o caminho fica mais simples até chegarmas a Jáfar. - responde o capitão sem tirar os olhos de seu rumo.

 

- Certo... Tem algo em que posso ser útil dentro do navio? - pergunta Nior entediado.

 

- Claro, um dos nossos recepcionistas vai embora em Qasim, você pode tomar o lugar dele quando ele partir, o que acha?

 

- Tudo bem, estou sem nada para fazer a viajem inteira, posso aproveitar um trabalho fácil!

Nisso, Nior volta a se sentar na cadeira ao lado da porta.

 

No reino de Jáfar, mais precisamente, no castelo do rei, ocorre uma festa com um grande banquete. Javalis, porcos, arroz, pastas, saladas, lagostas e tudo que se pode imaginar. O homem por trás desse banquete era Ballester, vinte e quatro anos de idade e já comandava a Cozinha Real, a mais conhecida do continente. Naquela tarde, Ball, como carinhosamente erachamado por seus companheiros, estava feliz, pois o rei nunca confiou tanto nele para um banquete. Mas tudo acabou, quando alguma coisa deu errado e um tremor aconteceu.

  - O que foi isso? Todos estão bem? - pergunta Ball.

  Depois da resposta afirmativa de todos que estavam na cozinha, acontece. Uma explosão, tudo voou pelos ares, panelas, móveis, pessoas, pedras, tudo. A cidade tremeu, as pessoas ficaram apavoradas, em minutos os bombeiros chegaram, poucas pessoas se levantavam e uma delas foi Ball.

  - Droga, estou tonto, o que será que aconteceu? Preciso procurar o rei.

  Como as pessoas estavam muito apavoradas, começaram a correr para lugares mais seguros, mas Ball não. O rei era como um pai para ele, o ensinou a cozinhar, a lutar, a se defender e o que Ball mais montava, o ensinou a montar. Ball levantava as pedras que conseguia para acha-lo, até que Ball o encontrou, sobre uma grande pedra.

- Rei! Vossa Excelência está bem? - pergunta Ball desesperado.

- Ball, meu querido Ball, quantas vezes terei de falar para não me chamar tão formalmente?

- Pelo menos mais uma senhor, pelo menos mais uma...

- Ball, a situação não está nada boa, provavelmente morrerei, escute com bastante atenção o que vou falar... - o rei é interrompido por um soluço - ... bem, hoje eu faria a coroação do representante deste continente para ir a Vadember.

- Mas senhor, esse nome não existe. - interrompe Ball.

- Calma filho, continue escutando. O mundo tem muitas coisas que ainda são mantidas em segredo para o bem maior de todos em que nele vivem, esse colar que eu lhe entregarei agora, é prova que você é o escolhido de Sancta Sanctrorum, tome. - tirando o colar de seu dentro de seu traje, o rei o entrega a Ball.

- Mas o que farei com isso?

- Isso é a unica prova de que eu realmente te escolhi, guarde isso com a sua vida e só mostre quando tiver de se identificar no templo dos monges em Salvalus. Em um mês um barco partirá do porto de Obajara, la, mostre o colar ao capitão e ele o entenderá. - ofegante o rei para.

- Certo, seguirei seus mandamentos a risca, mas como o senhor sairá de debaixo desta pedra?

- Filho, meu destino já foi traçado, minha vida termina aqui, desejo-lhe muita sorte em sua jornada... Vá com deus... - e em seu ultimo suspiro, a vida do rei se esvai.

Emocionada, Ball fecha os olhos do rei morto e se levanta determinado a seguir seu caminho e vai para a sua casa

 

Dois dias se passaram, e Tero acorda em sua casa.

- Droga! É hoje, não posso me atrasar se não perco o barco.

Rapidamente Tero se levanta e vai arrumar suas coisas.

- La deve fazer muito frio, melhor levar umas coisas quentinhas...

Após terminar de arrumar a sua mala, Tero toma um banho e sai de casa com sua moto. O vento batendo em seus cabelos, a liberdade da moto, a curiosidade de conhecer algo novo, isso tudo distrai Tero que fecha os olhos por um instante.

- Abre o olho maluco! - grita um homem dentro de um carro, passando em alta velocidade. Então Tero abre os olho e se vê na contra mão.

- Ai caramba! Isso é perigoso!

Se ajeitando na pista, depois de um tempo Tero chega ao porto, onde deixa sua moto com um antigo conhecido e se dirige ao cais, esperando o navio.

- Será que vai demorar muito?

Nem terminada sua frase tinha sido e o apito da embarcação foi ouvido. Ao encostar no cais e descer a ponte de embarque, Tero mostra seu bilhete a recepcionista, que com um sorriso o libera para o navio. Enquanto Tero anda pela ponte, carregando sua mala, ele vê um jovem de cabelos vermelhos encostado a entrada do navio.

- Olá. - diz Tero ao rapaz.

- Olá, seja bem vindo. - diz Nior.


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