Unbroken escrita por Angel


Capítulo 62
You can do it




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— O que quer falar? — Zelena tentou permanecer firme

— Porque fez aquilo? — Robin questionou, com uma mistura de tristeza e amargura no olhar

— Você sabe a resposta! — ela afirmou

— Mas eu quero ouvir dos seus lábios... eu ainda não consigo acreditar que você foi capaz de tentar fazer aquilo.

— Isso é o que eu sou, Robin. Eu te amo, e não ia aceitar ver você partir sem fazer nada. Foi um erro, e não vai se repetir, se é o que você quer saber! — respondeu

— Matando a minha esposa, a mãe do meu filho, jamais iria me trazer até você. As coisas não funcionam assim, e eu achei que você soubesse disso. De qualquer forma, eu não a odeio. Mas de hoje em diante, eu quero que você fique longe de mim, e da minha família. Segue a sua vida, e eu vou seguir a minha. É melhor desse jeito! — finalizou e saiu, deixando-a sem chão. Não teve forças nem para chorar mais, quando se deu por conta, já estava na mansão da irmã, sendo consolada pela mesma.

No limite da cidade...

— É uma parede dupla! — Emma constatou

— Será que a tal Elsa está lá dentro? — Hook perguntou

— Não sei, mas é o que vamos descobrir. Toma, vamos mantendo contato! — ela disse, entregando o walkie-talkie ao pai e adentrando a grande massa de gelo

— Sabe, desde todo aquele tumulto nós ainda não conversamos sobre as suas intenções com a minha filha... — David se dirigiu á Hook

— Por favor, isso é antiquado até pra mim, e eu ainda uso dobrões de ouro! — ele respondeu

— Eu só quero ter a certeza de que você não vai machuca-lá. Você continua sendo um pirata, e conheço muito bem a sua fama. — rebateu

— Eu sei que pensa isso de mim, mas vou provar que está errado. Eu amo Emma, e jamais a machucaria! — respondeu

Nesse instante, ambos ouvem um imenso barulho e a imensa parede de gelo balançar. A passagem por onde Emma entrou, se fecha. Desesperando ambos.

— EMMAAA! — Hook começa a socar o bloco com seu gancho, tentando inutilmente reabrir a passagem.

— Não vai conseguir nada assim! — David o puxou, tentando acalma-lo

— David, Hook... — a voz de Emma saiu do pequeno aparelho na cintura de David — estou bem. Marissa estava certa. Elsa procura Anna, não quer nos fazer mal! — Emma os tranquilizou

— Então porque ela te trancou ai? — David indagou

— Foi sem querer, ela não consegue controlar os poderes. Peça ajuda ao Gold, Marissa ou Regina e diga-os para nos tirar daqui! — ela pediu

Enquanto isso, na loja de Gold...

— Concentre-se. Esse feitiço requer muita força. Você deve me parar e não pode fraquejar, certo? — Rumple falou e Marissa assentiu. Porém, foram interrompidos pelo telefone do mesmo — eu adoraria ajudar, e acredito que Marissa e Regina também, mas se tentarmos derrubar esse bloco, as duas mocinhas podem se ferir! — ele afirmou — se sua amiga de gelo construiu isso, ela deve derruba-la sem machucar ambas. — falou

Enquanto isso, lá dentro...

— Não está sentindo frio? — Emma questionou, tentando a todo custo se aquecer

— Nunca me incomodou. — Elsa deu de ombros, vendo Emma se deitar no gelo, praticamente congelando — não se preocupe. Eles vão conseguir. Logo vamos sair daqui! — ela tentou tranquiliza-la

— Você está falando igual a Marissa, minha irmãzinha! — ela falou, segurando as mãos de Elsa

— Você também tem uma irmã... — ela sorriu — seja forte, não durma. — ela disse, vendo a loira fraquejar — vamos, me diga, quantos anos ela tem? — perguntou

— Tá tentando me distrair, para ganhar mais tempo. — Emma forçou um sorriso, sentindo o corpo adormecer — 16, mas pensa, age e apronta como se fosse mais velha. Ela deixa Regina e papai loucos. Coloca essa cidade de ponta cabeça e não desiste até conseguir o que quer. — falou, em seguida fechando os olhos

— Emma, não. Por favor! — Elsa a sacudia, tentando acorda-la. Nesse instante, vê a "caixinha mágica" que Emma trazia consigo apitando, e após apertar um botão, ouviu a voz de David do outro lado.

— Elsa, você tem de desfazer isso!

— Ela desmaiou, eu não consigo... — ela se pôs a chorar

— NÃO, EMMA! — Hook avançou novamente no bloco de gelo, sendo interceptado por David

— Elsa — Marissa pegou o aparelho das mãos do pai — eu sei que parece que não, mas você pode fazer isso! — ela falou

— Sem a Anna é impossível, ela é a única que me ajuda a controlar meus poderes. Eu não consigo fazer isso. Não sou capaz, eu sou fraca, o que quer que digam de mim é verdade! — ela respondeu

— A Anna pode te ajudar, mas só quem pode fazer isso é você. Você é mais capaz do que pensa, e só porque tem gente que acredita que você é fraca não faz disso verdade. Só vai ser, a partir do momento que você começar a acreditar nisso. Enfrente seu medo, e desfaça o que você fez. Acredite, a capacidade e a força para fazer isso estão dentro de você. Não diga que você não consegue, porque eu sei que você pode! — Elsa jamais imaginou ouvir aquilo. Viu Emma desmaiada ao seu lado, e com uma determinação que ela mesma desconhecia, se levantou e começou a abrir um pequeno buraco no imenso bloco de gelo. Após alguns instantes, viu uns rostos através do mesmo e com alguma dificuldade, conseguiu passar Emma por ele e atravessa-lo em seguida.

— Emma, love! — uma lágrima desceu dos olhos de Hook, após abraça-la, aliviado. A envolveu em seus braços e a carregou para dentro do carro.

Na casa de Mary Margaret...

Emma estava sentada no sofá, envolta por inúmeros cobertores, e abraçada á Hook, enquanto Elsa finalizava toda sua história.

— Nós vamos te ajudar a encontrar sua irmã! — Regina afirmou

— Obrigada! — ela sorriu — e obrigada á você também, Marissa. Suas palavras me encorajaram. Despertou em mim o que só a Anna conseguia despertar. Obrigada! — agradeceu, e a garota sorriu.

— Mãe, e a tia? Como ela tá? — Marissa questionou

— Descansando. Ela vai ficar bem, eu espero! — Regina respondeu

— Ela ainda está brava comigo? — Emma indagou

— Acredito que não. Na verdade, a última coisa que ela está pensando agora é te machucar, Emma. Não se preocupe! — Regina a confortou

— Agora que tal voltarmos a nossa aula, mocinha? — Rumple cutucou a neta — aliás, acho que a sua mãe também deveria participar! — falou

— Porque? — Regina questionou

— Íamos fazer um feitiço de resistência. Marissa tem poderes e força suficientes para derrubar não só o Dark One, mas a soma dele com mais feiticeiros. Mas precisa treinar isso! — Rumple explicou, e Regina concordou em participar.

— Mas antes, eu vou ver como Zelena está, já volto! — sorriu, divertida desaparecendo dali e aparecendo em frente a tia logo em seguida — ei, como você está? — questionou, sentando-se na beira da cama

— Bem! — desviou o olhar, tentando esconder

— Não precisa esconder, eu sei que está doendo e isso não faz de você fraca. Pelo contrário, você esta sendo muito forte em enfrentar tudo isso. Não tenha medo de deixar seus sentimentos transparecerem, desabafe! — ela disse, recebendo um abraço silencioso da tia

— Eu só queria que esse pesadelo terminasse. Me sinto tão estúpida. Não devia ter feito aquilo. Eu sabia que estava errando e mesmo assim, fui e só piorei as coisas. Agora ele não quer nem me ver! — falou

— Não se sinta... quem nunca se desesperou e errou, tentando acertar?! Você só queria ser feliz novamente. Queria ter o homem que ama ao seu lado! — Marissa disse

— Eu não deveria nem ter começado... não devia nunca ter me envolvido com ele...

— Ei, não se arrependa. Vocês se amam. Isso é só um obstaculo, vocês vão superar isso. O verdadeiro amor nunca é fácil, mas uma vez que se encontra, você não pode nunca deixa-lo ir. E no final, ele sempre vence! — Marissa finalizou, vendo a tia sorrir em seguida — agora eu preciso ir. Tenho que terminar um feitiço com o vovô!

— Posso ir com você? — ela questionou, se levantando

— Claro, vai te fazer bem! — ela disse, puxando a tia da cama e saindo com ela

Pouco depois...

— Se é assim... — Rumple revirou os olhos, vendo que Zelena também ia participar

— Não se preocupe, Dark One. Eu te desprezo na mesma intensidade que você me despreza! — ela não podia deixar de soltar seu sarcasmo

— Vocês dois, parem com isso! — Regina interviu — Pai, você tem certeza que isso é seguro? — perguntou

— Se ela rebater, sim. Marissa, agora é com você. Se defenda e nos ataque. Não fraqueje. Solte tudo o que tiver dentro de si. Pronta? — ele questionou, vendo a neta assentir em seguida.

Ele, Regina e Zelena então, lançaram contra Marissa que tentou ao máximo se defender, mas sentia algo a impedir.

— NÃO FRAQUEJE. LIBERTE-SE. ESTÁ DENTRO DE VOCÊ, MARISSA! — Rumple gritou, mas foi inútil. Marissa, pela primeira vez, não conseguiu sentiu seus poderes falharem e em seguida, foi atingida, sendo lançada com uma imensa força no chão.

— MARISSA! — Regina correu até a filha, junto com David.

— Estou bem! — ela sacudiu a cabeça, ainda tonta

— Parabéns, Dark One sabe-tudo. Não era seguro? — Zelena não perdeu a oportunidade

— Cale a boca! — Rumple rebateu — Marissa, porque você não conseguiu revidar? — questionou

— Eu não sei, fiz exatamente como você mandou. Eu só me senti cada vez mais fraca, minha energia acabar, e meus poderes falharam. Eu não sei, tudo sumiu simplesmente. — explicou

— Mas eu sei! — ele se tocou

— Então o que diabos aconteceu com a minha filha? — David indagou, ficando irritado

— Não sei se vocês se lembram, mas eu disse uma vez, que para que os poderes de um feiticeiro, principalmente dela, pudessem fluir, era necessário que se superasse por completo o passado. Ela já superou a parte da solidão, os pais, afinal, os encontrou. Consegue executar inúmeros feitiços, porém, quando lhe foi exigido pelo menos uma boa parte de sua força, ela sucumbiu. Isso significa que, ainda existe algo no seu interior que você não superou. Mas a pergunta é, o que? — Rumple questionou, olhando fundo nos olhos da neta, que se encontravam em espanto

— Não existe nada. Eu já contei tudo e superei tudo o que me aconteceu. Estou bem! — mentiu

— Marissa, filha, você sabe que pode me contar qualquer coisa no mundo. Não precisa sentir medo de nada! — Regina segurou carinhosamente as mãos da filha

— Eu sei, não estou escondendo nada! — mentiu mais uma vez

— Não precisa mentir pra nós, filha. Nós te amamos, e queremos te ajudar. — David disse

— EU JÁ DISSE QUE NÃO TEM NADA! — ela gritou, fazendo tudo estremecer, sua respiração era ofegante. Ela estava visivelmente acoada.

— Marissa, calma. Não precisa mentir! — foi a vez de Emma tentar se aproximar da irmã, que negou com a cabeça, se afastando vagarosamente de todos.

— O que te prende? — Rumple olhou fundo nos olhos da garota, que deixou uma lágrima escorrer dos olhos e saiu correndo dali.


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