Emma se aproximou, ainda chocada com a situação.

— Você... — Zelena se dirigiu á ela, com lágrimas e fúria no olhar — você fez isso...

— Ela pulou de um portal bem na minha frente... — Emma se justificou

— Se me permitem, — Rumple entrou na conversa — quando nossa amiga loira passou pelo portal e não voltou por ele, deixou buracos abertos no tempo. Um deles se abriu e trouxe essa infeliz criatura do passado. — explicou

— Você não deveria ter entrado naquele portal... — Zelena rebateu Emma— é igual a sua mãe, nunca pensa nas consequências. — falou

— Eu não sabia... — tentou argumentar, em vão.

— Claro que não — respondeu, com um tom sarcástico — só espere não ter trazido mais nada consigo! — finalizou, e virando as costas, saiu batendo a porta violentamente atrás de si. Regina saiu atrás, preocupada.

— Zelena, espera! — chamou, ficando diante da irmã, já na porta do local

— Esperar pra que? Pra ver o Robin junto com outra? Não, eu não sou obrigada! — respondeu, segurando as lágrimas

— Zelena — Emma se aproximou, sem folego devido a corrida — eu realmente sinto muito, eu não quis estragar sua felicidade ou trazer um problema pra você! — tentou se desculpar

— Não adianta tentar, salvadora. Nada do que você disser vai mudar as coisas. Vocês heróis nunca tentam fazer nada errado, mas eu sou uma vilã. E tudo que você sempre fizer vai me atingir, não importa o quanto você tente. Eu sou uma vilã e você a heroina, só fez o seu trabalho! — rebateu

— Zelena, as coisas não são assim! — Regina interviu

— Vamos, vou apresentar vocês... — Robin surgiu com Marian — Zelena... ele se aproximou — eu quero que você conheça a Marian — a pôs diante dela, ficando entre as duas — eu quero que nós conversemos sobre isso. — ele falou, meio sem jeito

— Espera... — Marian se manifestou — vocês dois... vocês dois estão juntos? — indagou, em um tom de indignação — VOCÊ E A WICKED WITCH? IRMÃ DA EVIL QUEEN? — gritou, chamando a atenção de todos que estavam saindo do restaurante e se aglomerando para ver o que acontecia. Marissa se aproximou.

— Mas o que significa isso? — perguntou á mãe

— Marian, por favor! — Robin interviu, vendo a proporção que aquilo tomava

— VOCÊ SABE O QUE ELA É? SABE O QUE ELA FEZ? A IRMÃ DELA TENTOU ME MATAR! — gritou novamente

— A pessoa que eu era não é a pessoa que eu sou! — Regina se manifestou

— Baixa a bola, filha! — Marissa respondeu

— Regina, tudo bem? — David se aproximou da esposa — Zelena? — se dirigiu a cunhada

— Zelena, fica calma. — Mary falou

— MAS O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI? VOCÊS SABEM QUEM ELAS SÃO? PORQUE ESTÃO FALANDO COM ELAS? — Marian continuou

— Zelena, dearie, o que está acontecendo? — Rumple indagou, surpreso com a confusão

— ELA É UM MONSTRO! — ela gritou, mais alto do que antes

— E VOCÊ É UMA RATA DE FLORESTA! — Marissa se pôs diante dela, gritando ainda mais alto, completamente irritada com a atitude dela — QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA CHEGAR AQUI E FICAR XINGANDO A MINHA MÃE? GRITANDO COM A MINHA TIA? SE SITUA, SUA VADIA. MONSTRO É A SUA CABEÇA ROLANDO LADEIRA A BAIXO SE VOCÊ NÃO CALAR ESSA SUA BOCA IMUNDA! — rebateu, com a expressão ameaçadora

— Marissa, não! — Regina tentou conter a filha, em vão.

— SE TÁ TÃO REVOLTADA COM A VERDADE É PORQUE É IGUAL A ELAS. TAL MÃE TAL FILHA. FALANDO DESSE JEITO PARECE UMA ASSASSINA, UMA MONSTRINHA! — Marian respondeu, piorando ainda mais

— SÉRIO? TALVEZ PORQUE EU SEJA UMA ASSASSINA. REALMENTE, EU NÃO SOU IGUAL MINHA MÃE, EU SOU PIOR. POR TANTO PENSA MUITO BEM ANTES DE FAZER ALGUMA COISA OU ABRIR ESSA FOSSA QUE VOCÊ CHAMA DE BOCA PRA FALAR ALGUMA COISA DE ALGUÉM DA MINHA FAMÍLIA! EU NÃO AMEAÇO, EU FAÇO. REVOLTADA É A MINHA MÃO NA SUA CARA SE VOCÊ NÃO SE CALAR! — rebateu, já transtornada

— E VOCÊ VAI FAZER O QUE? ARRANCAR MEU CORAÇÃO E ESMAGAR? COMO UMA FEITICEIRA FRACASSADA? — enfrentou

— Marian não! — Robin tentou conter a esposa, assustado com a reação de Marissa

— AH NÃO, EU NÃO PRECISO DISSO. EU ESMAGO A SUA CARA COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS COM PRAZER! — falou e voou, literalmente em cima de Marian, distribuindo-lhe inúmeros socos e tapas. David a puxou, com a ajuda de Hook, com muita dificuldade e a segurou. Regina ficou na frente da filha. Roland disparou em lágrimas, assustado enquanto Robin ajudava a esposa a se levantar. Marissa se debatia nos braços do pai.

— ME SOLTA — ela gritava — eu vou acabar com essa ratazana! — ela afirmava

— Você é um monstro! — fui tudo que ela falou, machucada.

— VOCÊ AINDA NÃO VIU NADA, FICA LONGE DO CAMINHO DA MINHA TIA, BARATA DE ESGOTO! — gritou

Zelena virou as costas e saiu andando pela rua, sem falar nada. Só queria chorar. Ela estava em segundo plano, ou em nenhum, como sempre. Quando finalmente havia achado um porto seguro, ele desabou. Seu coração doía de uma forma que ela nunca achou que pudesse doer. Naquele instante ela sentiu como se ele realmente tivesse sido arrancado e esmagado. Regina correu até a irmã.

— Zelena! — ela parou e se virou, ficando diante dela. Ambas não falaram nada, apenas se olharam e Zelena desabou, abraçada á Regina. Chorou de uma forma que nunca havia chorado em toda sua vida. Ela só queria que aquilo não fosse real. Regina acariciava os cabelos da irmã. Conhecia bem aquela dor, sabia como estava se sentindo. Não disse nada, apenas deixou ela colocar pra fora tudo aquilo. Alguns minutos depois, ela quebrou o silêncio.

— Eu sabia... era bom demais pra ser real... — sua voz soou, quase ináudivel

— Só porque era bom não significa que não podia ser real, ou que não pode voltar a ser real... — Regina respondeu, em um tom acolhedor

— Não vai voltar. Ele vai ficar com ela, é a esposa dele. Eu não passei de um caso... sou eu, Regina. Ninguém nunca vai me escolher, me colocar em primeiro lugar. Sou sempre a esquecida. Não adianta! — respondeu, enxugando as lágrimas, com os olhos ainda inchados

— Não diga isso. Você não é esquecida. Você tem a mim e eu sempre vou estar aqui pra você. Como pode saber que ele não vai te escolher? Casamentos acabam. E se ele te ama como eu sei que ama, ele vai ficar com você. Não importa o que aconteça! — Regina tentou tranquiliza-la — Sei que tá doendo agora, e acredite, eu passei por isso. Todas as vezes que David corria para Snow eu sentia meu coração ser pisoteado. Mas no final, ele me escolheu. Eu achava que nunca iria acontecer, e que aquela dor nunca passaria. Mas passou, e isso me deixou mais forte. Use sua dor como motor para se levantar e seguir adiante. Você pode, você consegue. É mais forte e amada do que pensa! — segurou as mãos da ruiva, arrancando um obrigada dela — o que acha de tentarmos aproveitar o final da festa da maluca da sua sobrinha e dormir na minha casa, hoje? — questionou, a vendo assentir em seguida. A puxou e a guiou de volta até a Granny's. Robin e Marian não se encontravam mais lá. Marissa estava sentada em uma das mesas do lado de fora, se acalmando e recebendo uma advertência do pai ao mesmo instante.

— Você não deveria ter feito isso. Estava na frente do filho dela! — a repreendeu

— Ela mereceu. E se fizer alguma coisa parecida de novo ela vai levar. Eu não sou obrigada a ficar aguentando fulaninhos atacar a minha família e eu não fazer nada. — Marissa respondeu, vendo a mãe se aproximar com Zelena — Tia, você tá bem? — perguntou, vendo o rosto inchado da ruiva

— Ela vai ficar, vai dormir conosco hoje! — Regina respondeu — vamos voltar e tentar aproveitar o resto.

— Como? Aquele projeto de vassoura estragou meu aniversário! — bufou cruzando os braços

— Tem algo que ainda pode te deixar melhor... — Regina sugeriu, e David adentrou a Granny's e voltou, com um pequeno embrulho nas mãos

— Não achou que fossemos esquecer do seu presente, achou? — David falou, entregando a pequena embalagem á filha

— Achei que a organização da festa e a roupa fossem o presente... — ela falou, surpresa

— Roupa? Presente do primeiro aniversário que comemoramos juntos? Nunca. Tinha que ser algo bem mais especial! Espero que eu e o seu pai tenhamos acertado. Feliz aniversário, little evil princess! — sorriu, vendo a filha fazer o mesmo e abrir a pequena caixinha. Ela levou as mãos a boca no mesmo instante, seu olhar era uma mistura de felicidade, emoção e incredulidade ao mesmo tempo.

— Dois vip's e um meet pro show da Taylor em NY... eu não acredito... — Marissa soou, deixando algumas lágrimas rolarem dos olhos — meu sonho... vai se realizar... eu vou ver a Taylor... — pausava entre as frases. Não sabia como reagia. — OBRIGADA, OBRIGADA. EU AMO VOCÊS, DE VERDADE! — abraçou os pais, emocionada

— Não é nada, meu amor. Queremos você feliz! — David falou

— São dois ingressos... eu vou levar alguém comigo. — falou animada, sabendo exatamente quem levar — Belle, você tem de ir! — a puxou pelo braço

— Mas eu? — ela disse, surpresa

— Você é minha melhor amiga, tem de compartilhar isso comigo. E outra, finalmente vai conhecer o mundo fora dos livros. Vou te levar pra conhecer NY interirinha! — afirmou animada

— Mas eu não posso sair da cidade... — ela lembrou

— Ainda tem um pouco da poção que utilizei pra ir a NY da última vez, ela é sua, meu amor. Você precisa ir, quero que realize seu sonho também. — Rumple apoiou

Belle assentiu e concordou.

Zelena dormiu na casa de Regina naquela noite, e Henry dormiu com Emma, que estava totalmente perturbada com tudo aquilo.

No dia seguinte, a campainha soou na casa dos Mills-Nolan.

— MARISSA, ATENDE A PORTA. ESTOU TERMINANDO DE LAVAR A LOUÇA!— Regina gritou da cozinha

— PEDE PRO PAPAI, EU TÔ DE PIJAMA! — ela gritou do quarto

— EU TÔ NO BANHEIRO! — David respondeu — DEIXA DE FRESCURA E ANDA LOGO!

Marissa então desceu as escadas, com os cachos negros presos de maria-chiquinha, uma pantufa nos pés, a imensa calça xadrez, uma blusa de ursinho e a cara emburrada. Abriu a porta e tomou um susto ao notar Robin, sem jeito.

— Bom dia, Marissa. Sua tia está? — ele perguntou

— Marissa, já atendeu a... — Regina apareceu, surpresa, ou talvez nem tanto, ao notar quem era — ... porta. Bom dia, Robin! — ela falou

— Desculpe, sua solicitação está indisponível no momento. Volte quando tiver um papel de divórcio nas mãos, tenha um bom dia! — Marissa ia batendo a porta na cara dele, mas Regina impediu.

— Vai se arrumar pra ir pra escola. — ordenou

— Mas mãe... — ia protestando mas foi cortada

— AGORA! — afirmou, séria. Marissa então obedeceu — pode entrar! — ela abriu a passagem

— Desculpe vir assim... — ele falou

— Tudo bem. Suponho que quer ver a minha irmã, correto? — questionou

— Sim, nós precisamos conversar. — ele afirmou

— Tudo bem, eu vou chama-la. Mas, Robin, por favor... eu quero te pedir uma coisa.

— Pode falar!

— Ela te ama, muito. Está totalmente destroçada com o que aconteceu ontem, e eu não quero vê-la assim. Não vou te ameaçar, nem nada disso. Eu quero fazer um pedido: ela já sofreu muito na vida. Então seja qual for a sua decisão, por favor, respeite os sentimentos dela. Se tiver de escolher ela, escolha e separe da sua esposa. Se não, por favor, não brinque com os sentimentos dela. Acabe com isso agora. Ela não merece ser enganada e ser segunda opção. — ela pediu, sincera

Ele assentiu.

— Eu tenho um código de honra, eu jamais faria isso. Eu amo a sua irmã, majestade. E não quero que ela sofra também. Está sendo difícil pra mim também, mas vou fazer o que é certo. Pode deixar! — ele afirmou

Regina então, avisou a ruiva que Robin esperava por ela. Em seguida, despediu-se do marido e saiu para trabalhar. David também ia saindo em seguida, quando foi interceptado por Robin.

— Ei, posso te perguntar uma coisa? — questionou

— Claro! — deu de ombros

— Como... como você e Regina conseguiram fazer dar certo? Digo, com tudo o que aconteceu desde o inicio, as coisas encaminharam e deram certo. Como isso aconteceu? — indagou

— Simples: amor. Nosso amor superou tudo isso, e no final, ele venceu e estamos juntos. Não foi fácil, mas quando o que sente é verdadeiro, quando você sabe que encontrou sua alma gemea, o amor de sua vida, você ganha forças e passa por cima de tudo! — David respondeu, confiante

— Eu sei mas o que eu digo é... sua situação era complicada. Você era casado com a Mary, tinha uma filha com ela, a salvadora por sinal. Como soube que era a decisão certa separar-se dela para ficar com a, me desculpa usar o termo, evil queen? As consequências seriam enormes! — continuou

— Sim, eu pensei várias vezes nisso. Mas o deixei me guiar pelo meu coração. Não podia continuar com a Mary sabendo que meu coração pertencia a Regina. Não era justo. Nem com ela, e nem comigo. Eu não podia sujeitar alguém a estar comigo quando eu estava pensando em outra, seria humilhante demais. Também não podia continuar longe da mulher que amo. Tudo o que eu sempre quis foi encontrar a mulher destinada pra mim, se eu não me separasse da Mary estaria passando por cima dos meus próprios anseios, meus principios. Foi difícil, muito difícil. Mas você sabe que é a escolha certa quando seu coração se sente preenchido, por algo que nada além do amor pode preencher. A resposta é simples: siga seu coração. — falou

— Entendi... — ele respondeu, pensativo

— Espero ter ajudado! — David falou

— Sim, majestade. Eu sei exatamente o que fazer! Obrigado. — respondeu, com segurança