Unbroken escrita por Angel


Capítulo 4
I'm Sick of You


Notas iniciais do capítulo

Heey...fiquei muito feliz com os comentários, de verdade. Nesse cap, vou dar algumas pistas sobre a garota misteriosa, mas acho que vocês já desconfiam quem ela seja rs Enfim, espero que gostem. Beijos :*



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Na manhã seguinte, no Granny's...

Emma adentrou o local, e pode avistar, em uma mesa no fundo, a garota misteriosa. Estava distraída, e nem percebeu ela se aproximar. Sentou-se de frente á ela.

— Bom dia! — falou, amigavelmente

— O que quer? — a garota respondeu, a encarando com firmeza em seu olhar. Aquele olhar desafiador... aquelas feições... rosto levemente arredondado, olhos cor de mel, cabelos negros, pele clara e aquele tom de voz... como ela poderia dizer? Ríspido e firme, sem nenhum medo ou insegurança...

— Conversar... digamos que não começamos bem ontem... acho que podemos voltar, e começar tudo de novo — Emma sugeriu

— Tanto faz! — deu de ombros

— Sou Emma Swan, Xerife da cidade... prazer em conhecê-la... — ela estendeu a mão e esperou alguma reação da menina, que cruzou os braços e continuou a encara-la — desculpe, mas... como se chama? — tentou

— Boa tentativa, miss Swan — aquilo novamente lhe soou familiar — mas devo dizer-lhe que não importa o que você tentar, não vou dizer quem sou. Não é da conta de ninguém aqui! — sorriu sarcasticamente, aquela menina definitivamente tinha um gênio difícil

— Acho que se torna da minha conta, a partir do momento em que desconfio que seja uma menor fugitiva! — devolveu o sorriso dela — podemos fazer da maneira fácil: você e eu trocamos uma ideia, e me diz qual seu nome e o que faz aqui em Storybrooke... ou da difícil: eu teria que prendê-la para averiguação, e com as suas digitais, posso descobrir quem é. Ou até mesmo vasculhando seu quarto em busca de documentos. Só quero te ajudar, mas você escolhe! — falou

— Então acho que vai ser da difícil. E boa sorte em tentar me prender sem uma denúncia, ou vasculhar meu quarto sem um mandado de busca. Posso ser jovem, mas não burra! — sorriu sarcasticamente, mais uma vez

— Você ultrapassou em alta velocidade um sinal vermelho e ainda bateu em um carro. Não acha suficiente?

— Pelo que sei, você mesma me liberou. Não há queixas, então, não pode fazer nada contra mim!

— E se eu voltasse atrás com a minha palavra?

— Vá em frente, e o peso da sua consciência lhe fará companhia!

"Droga!" — pensou Emma — "Essa garota é mesmo espertinha!"

— Uma perguntinha, Miss Swan: Não tem nada mais de útil pra fazer nessa cidade além de incomodar as pessoas que a visita?

Emma ia responder, mas Ruby falou primeiro:

— O que vão querer? — perguntou

— Um chocolate quente! — Emma pediu

— Uma dose de privacidade, e bom senso, por favor! — a garota falou, ainda com o tom sarcástico em sua voz

Ruby não se conteve.

— Olha aqui, pirralha, quem você pensa que é pra chegar aqui, se achando e falando com todo mundo desse jeito? — esbravejou — Emma, como você consegue trocar mais de duas palavras com ela?

— Escuta aqui, senhorita do "mostro até meu útero pra chamar atenção dos homens", eu falo do jeito que eu quiser e faço o que bem entender. Quem é você, pra me dar lição de moral? Cala a boca e não se mete onde não foi chamada! — ela disse, se levantando e a encarando desafiadoramente

— E quem é você pra me mandar calar a boca? Esse restaurante, caso não saiba, é da minha vó. E a maneira como me visto é problema meu. Deveria se preocupar mais com o fato de chegar a menos de um dia na cidade, e já ser conhecida como mal-educada. Se enxerga, garota!

A essa altura, as pessoas presentes já se aglomeravam para ver a discussão.

— Ah, é? Da sua vó? Então engole essa birosca. É melhor ficar conhecida como mal-educada do que como puta, querida — jogou as palavras, sem dar importância alguma com o que estava dizendo — a empurrou e saiu andando, mas parou no meio do caminho e se virou pra Emma — e se quer mesmo me ajudar, xerife, fique fora do meu caminho! — continuou andando, e com a mão derrubou a prateleira de doces que havia em cima do balcão, batendo a porta em seguida atrás de si

— Meu Deus! Que tipo de monstrinho será essa menina? — Granny se aproximou e disse

— Eu não sei... mas vou descobrir! — Emma respondeu

Um pouco depois, na casa dos Charmings...

— Porque não me escuta pelo menos uma vez? — Snow gritava

— Te escutar? Fazemos sempre o que você quer, Mary. Estou cheio, disso! — Charming devolveu o grito

— Se está tão cheio porque ainda está aqui? — continuou

— Talvez, porque eu ainda te ame? Ou pelo menos, acho que te ame! — esbravejou

— O que quer dizer com isso? — cruzou os braços, perplexa

— Nada! Fique á vontade pra interpretar da maneira como quiser! — respondeu

— David, o problema não é tão grave assim!

— O problema, Mary Margaret, é você! — desabafou — Você se coloca sempre a frente de tudo. Não lhe interessa o que penso, o que quero fazer, ou até mesmo quando quero ficar sozinho. Você me sufoca e me faz de boneco. Eu já to cheio disso!

Nesse instante, Emma chega.

— O que tá acontecendo aqui? — perguntou, ao perceber o tom alterado das vozes de ambos — dá pra ouvir seus gritos da frente de casa!

— Pergunte á sua mãe, já que ela se acha a dona de tudo por aqui. Inclusive, de mim! — Charming disse, e saiu, batendo a porta atrás de si

— Bom dia, David! — Hook falou, o vendo sair

— Só se for pra você! — respondeu, nervoso

Foi caminhando pela rua, sem se importar por onde ia. Só queria ficar longe de Mary. Aquela mania dela de querer estar sempre certa, acima e a frente de tudo e todos o irritava. De alguma forma, ele não sentia ela mais como aquela mulher que conheceu na Floresta Encantada. Não que não gostasse dela, mas não tinha mais certeza se o que sentia por ela ainda era aquele amor. Agora, começava a se questionar se algum dia foi. Lembrou-se novamente do anel... talvez sua mãe estivesse certa sobre ele gostar de alguém, mas essa pessoa não ser seu verdadeiro amor. O fato dele nunca ter brilhado no dedo dela, estava o atormentando cada vez mais. Andava cada vez mais depressa, até que esbarrou em alguém e pode sentir alguns pingos caírem por cima de si.

— Droga! — uma voz feminina conhecida soou

— Porque não olha por onde anda? — ele perguntou, passando o dedo pelo rosto, que tinha alguns pingos de café, ainda sem ver quem era

— Me desculpe, mas acho que quem estava quase correndo era o senhor! — a mulher disse, e levantou a cabeça.

Ele a olhou, e seus olhares se cruzaram. De uma forma que ele não sabia explicar.

— Regina! — exclamou, surpreso. Ainda fixado com o olhar fixo nos olhos dela — me desculpe! Eu estava distraído! — tentou se desculpar, ainda sem tirar os olhos dos dela

— Não! — ela sorriu, também fixada no olhar dele — está tudo bem... não seria a primeir... — se deu conta do que ia falar, e cortou — deixa pra lá, não tem problema! — falou, jogando o copo de café em uma lixeira próxima

— Você está encharcada... eu sinto muito, de verdade... a culpa é toda minha! — realmente, não sabia porque mas se sentia mal — deve estar atrasada pra algum compromisso...

— Ah, nada demais. Só uns papéis pra assinar! Acho que é melhor voltar pra casa!

— Espere, tome isso! — entregou sua jaqueta á ela — depois você me devolve!

— Obrigada, David. Mas, realmente, não precisa de tudo isso! — ela sabia que precisava evitar qualquer tipo de aproximação com ele. Já tinha problemas demais, e não precisava de mais um com Mary Margaret

— Precisa sim, olha: Porque não fazemos o seguinte? Vamos até a sua casa, você me devolve a jaqueta, você se troca e eu te acompanho até a prefeitura! — sugeriu

Ela ficou surpresa. David Nolan querendo lhe fazer companhia?

— Vamos ser sinceros um com o outro, David. Porque tudo isso? Você nunca se importou comigo!

— Talvez agora, eu me importe. Você não é mais a mesma de antes, Regina. E depois, eu lhe causei um transtorno, de alguma forma!

— Não deveria estar com sua esposa?

— Digamos que distância as vezes faz bem!

— Vocês brigaram, suponho?

— Regina, vamos deixar Mary Margaret pra lá, tá bom? Não quero falar dela. Porque não fazemos o que sugeri? Não há nada de errado. Não somos uma família?

— Está bem, então. Eu agradeço! — sorriu, e eles começaram a caminha em direção á casa dela. Mesmo sabendo que não deveria ter uma aproximação muito grande com ele, ela se deixou levar e aceitou sua companhia. Mas não podia negar que por dentro, tinha medo no que poderia acabar.


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