Não muito longe dali, na casa de Regina...

— E então, como foi o encontro com o Robin? — Tinker perguntou

— Péssimo! Ele e eu não temos nada um com o outro. Nem um tipo de conexão, nada! — Regina desabafou — eu estava certa, ele não é o meu verdadeiro amor!

— Mas o pó de fada... — Regina a cortou

— Estava errado. Tinker, eu não sinto nada pelo Robin. E pelo que percebi, nem ele por mim. Talvez, só uma leve amizade, mas só isso. Eu não sei se alguma vez o pó de fada falhou, mas comigo falhou...

— Como pode ter tanta certeza?

Regina ficou pensativa por um instante. Talvez, porque ela já tivesse encontrado seu amor e ele não pudesse ser seu? Várias lembranças lhe invadiram a mente, e ela retornou a um passado, não tão distante...

Flashback

Agora, é tudo o que temos

E o tempo não pode ser comprado

Eu sei dentro do meu coração

Para sempre, para sempre será nosso

Ela estava atrasada, corria e tomava seu café ao mesmo tempo. Justo naquele dia seu carro tinha ido pra oficina. Dividindo sua atenção entre o relógio e o café, não prestou atenção por onde ia e acabou esbarrando em alguém. Provavelmente Mary Margaret, de novo.

— A Senhorita não olha por onde anda, não? Olha o que fez em mim! — Regina bufou, olhando para sua blusa ensopada

— Senhorita? Ei, acho que o desatento aqui não sou eu! — uma voz masculina soou

Ela levantou a cabeça, e seus olhares se cruzaram. Ela não pode conter a surpresa ao ver quem era, e aqueles belos íris azuis olhando diretamente em seus olhos fez seu corpo se arrepiar dos pés até a cabeça.

Mesmo que tentemos esquecer

O amor se lembrará

— Me desculpe, acho que não fomos apresentados... — ela soltou algumas palavras, ainda hipnotizada com aquele olhar... era ele, Charming. Mas de alguma forma, ela o sentiu diferente.

— Não, mesmo, senhorita prefeita. Sou David, David Nolan! — disse, segurando a mão dela e a beijando, em um gesto cavalheiro. Novamente, ela se arrepiou ao sentir os lábios dele em sua pele.

— Sou Regina Mills, mas... acho que você já sabe disso — deu um sorriso

— Me desculpe pela blusa, pelo que vejo está atrasada...

— É, acho que a essa altura do campeonato não vale mais nem a pena... é melhor ir pra casa! — observou

— Não, você é a prefeita, deve ter compromissos importantes... tome — disse, tirando sua jaqueta escura e entregando a ela — use isso, vai parecer mais um sobretudo, mas dá pra passar! — sorriu carinhosamente

— Obrigada! — sorriu de volta — assim que voltar pra casa, eu lhe devolvo! Onde posso encontrá-lo? — perguntou

Mas, afinal... porque diabos ela estava interessada em encontrar o Charming?

— É melhor eu te encontrar, posso ir até a sua casa na hora do almoço, se não se importar, é claro... — sorriu novamente, cada vez que fazia aquilo ela achava que ia derreter por dentro

— Tudo bem, combinado então — sorriu — até a hora do almoço! — estendeu a mão, e ele a apertou

Fim do flashback

— REGINAAAAAAAAAAAA! — o grito de Tinker ecoou pela sala da casa da prefeita

— Ai, pra que esse grito? — perguntou, despertando de seus pensamentos

— Estou a meia hora lhe chamando, e você ai, parada. No que estava pensando?

— Em nada! — se levantou rapidamente

— Não minta pra mim. Eu te perguntei como você sabia que Robin não era seu amor verdadeiro e você simplesmente se auto-hipnotizou! No que estava pensando? Conhece ele? — Tinker a interrogou, e ela odiava quando faziam isso

— Ele quem? — deu de ombros

— O homem que é seu verdadeiro amor!

— Deixa eu ver, conheço sim. E sabe qual o nome dele? Henry Mills. Meu filho. Ele é o homem da minha vida, e o meu verdadeiro amor. Fim de história! — se dirigiu até a cozinha

— Por favor, Regina, nós duas sabemos que você está escondendo alguma coisa. Qual o problema de me contar? Quem sabe eu possa ajudar!

— Você tá parecendo a Emma. Para de me interrogar. Eu não to escondendo nada. Quer saber? Porque não esquece essa história de bancar o cupido, e não vai atrás do seu verdadeiro amor? Aliás, foi você quem jogou o pó, quem sabe o Robin não é o seu verdadeiro amor? Olha que bonito, nem precisou procurar muito. Agora vai lá, e me deixa em paz!

— Olha, Regina. Você é ótima pra fingir, mas comigo não rola. Está escondendo algo, e te garanto se for amor, uma hora vai aparecer. Isso não é algo que se esconde pra sempre! — disse, e saiu, a deixando pensativa

"Não, isso está enterrado no tempo, nunca vai aparecer. Não pode aparecer!" pensou e em seguida, começou a relembrar tudo de novo

Flashback

— Regina, vou me divorciar da Kathryn, você é quem amo! — David falou, se aproximando dela

— Você está louco! — foi tudo o que conseguiu dizer

Você disse que me amava

Eu disse que te amava também

O que aconteceu com isso?

O que aconteceu com isso?

— Nunca estive tão certo de alguma coisa como estou disso! Quero que seja minha esposa, a companheira da minha vida! — depositou um selinho nela — esses últimos meses tem sido um inferno, ela e eu não nos damos bem, quase nunca nos demos. Não lembro nem porque casei com ela!

Regina sabia bem porque, e era isso que mais doía. Porque ele não sabia como tudo aquilo tinha começado.

— Porque você a ama?

— Não, nunca a amei. Não sabia o que era amar, até te conhecer! Por favor, diga que aceita ficar comigo, pra sempre! — a segurou pela cintura e aproximou seus lábios — diga que aceita ser minha mulher, mãe dos meus filhos... minha, só minha!

— David, eu... — ele a cortou

"Bum", se foi

Sim e nós superamos

Mesmo se tentarmos esquecer

O amor se lembrará de você

O amor se lembrará de mim

— Eu sei que sente o mesmo que eu! — e a beijou, não dando a dando chance de resposta. Um beijo que começou calmo, e aos poucos, foi esquentando. Ele a pegou nos braços, e a levou até a cama. A deitou delicadamente na cama, e começou a desabotoar seu vestido.

— David, não! — ela o afastou

— Regina, porque? Nós nos amamos, não há nada de errado nisso. Por favor, seja minha... nem que seja só por uma noite! Eu te amo! — sua voz soou

Regina respirou fundo.

— Eu também te amo! — e o beijou novamente

E eles se amaram... e aquela foi a noite mais mágica de sua vida... ela não sabia porque, mas foi a única vez que sentiu completa. Pena que tudo aquilo estava prestes a acabar!

Mesmo se tentarmos esquecer

O amor se lembrará

Fim do flashback

Aquelas lembranças... tão boas e ao mesmo tempo tão dolorosas. Porque tudo tinha que ser assim? Será mesmo que o verdadeiro amor acaba acontecendo no final? Não... com certeza com ela isso jamais aconteceria. Ele era proibido pra ela... pelo menos era assim que ela pensava.