Unbroken escrita por Angel


Capítulo 16
Confuso




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Regina não respondeu. Abaixou a cabeça.

— Me responda: você me ama? — perguntou, levantando delicadamente o queixo dela para que seus olhos se cruzassem

— Que diferença isso faz agora? Você está com Snow, ela é seu verdadeiro amor, tem uma filha. Uma a mais na sua lista não faz nenhuma diferença. Me deixa, Charming! — se afastou e cruzou os braços, olhando para o horizonte

— Mas pra mim faz. E eu não estou muito certo que Snow seja meu verdadeiro amor... não depois do anel, não depois de tudo que me lembrei, não depois da maldição do sono... — respondeu

— Ah, faça-me o favor. Tudo o que sempre fizeram foi correrem um atrás do outro. Em Storybrooke, no nosso mundo, amaldiçoados, com suas lembranças, de todos os jeitos! — rebateu

— Podemos nos enganar com as coisas. Principalmente com amor!

— Mas isso é problema seu, eu não tenho nada a ver com isso. Me deixa em paz! — virou as costas

— Não me respondeu uma coisa: Você me ama? — refez a pergunta, fazendo a prefeita parar e voltar a encara-lo

— Isso não tem resposta! — se virou novamente, mas ele a puxou pelo braço e a segurando pela cintura, a beijou. Tão rapidamente que ela não teve reação. Ele envolveu um de seus braços na cintura da morena e com a outra segurou seu rosto. Ela tentou afasta-lo, mas foi inútil. Ele aprofundou o beijo e ela acabou se deixando levar, mesmo sabendo que não devia. Envolveu seus braços em volta do pescoço dele, e correspondeu. Sensações antigas lhe voltaram. As borboletas no estômago, a sensação de proteção, e algo mágico que ela não sentia desde que se "separaram" voltou. O beijo esquentava... era como se ambos precisassem daquilo. David sentiu novas sensações. Sensações que não havia tido nem com Kathryn, e muito menos com Snow. Sensações que só haviam em suas lembranças de quando era namorado de Regina, na época da maldição. Se separaram apenas quando precisaram de ar.

Ele abriu os olhos e foi direto de encontro com os dela. Ficaram assim por segundos, até que ele resolveu falar:

— Regina, me descul... — foi interrompido pela mesma, que o puxou pelo colarinho e iniciou o beijou novamente. Ele não recuou e correspondeu, novamente envolvendo os braços na cintura dela. Foram interrompidos por uma voz feminina conhecida:

— Eu não posso acreditar no que estou vendo! — se separaram rapidamente ao ver Emma os mirando — então quer dizer que é isso? Você larga Mary na primeira oportunidade pra vir se pegar com a Regina? — Emma foi bem direta

— Emma me escute, por favor. Eu posso explicar... — foi cortado pela filha

— Explicar o que? Que do nada você decidiu começar a trai-la com a Regina?

— Eu não estou a traindo. Nosso casamento já vem se despedaçando á muito tempo. Ela não quer nem olhar na minha cara... — desabafou — quanto ao que aconteceu aqui foi... um impulso... — tentou explicar

— Seja como for, tem que tentar se resolverem. Você não pode jogar tudo de maneira desconcertada. Vai se ferir, ferir á Mary, e também... — pausou — ela — apontou para Regina, que até então estava calada e resolveu se pronunciar

— Eu não tenho que ficar aqui, com licença! — disse, saindo mas Emma a segurou, e disse:

— Cuidado, Regina. Você pode se machucar com tudo isso, e voltar com uma antiga briga que já está encerrada! — aconselhou

— Sei bem o que faço. Não preciso dos seus conselhos! — puxou seu braço, e deu as costas, indo embora

Emma voltou ao pai, se aproximando dele.

— Quer conversar? — propôs, vendo ele assentir com a cabeça. Ambos sentaram-se na areia, e começaram a trocar ideia.

— Emma, eu juro. Não quero destruir nada, nem machucar ninguém. Eu só... estou confuso. Me lembrei de muita coisa... muitos sentimentos... eu não sei... — desabafou

— Eu sei como é... mas precisa pensar, pensar com muito cuidado no que quer fazer. Você realmente, acha que sente alguma coisa pela Regina? — perguntou

— É tudo muito confuso, eu puxo minhas lembranças e não sei... sensações diferentes me veem... me lembro de estar sorrindo ao lado dela, e me sentindo feliz. Me lembro de sentir bem ao seu lado, de vê-la sorrindo, me chamando de amor, dizendo que me ama, e eu não sei... é como se isso me completasse, sabe? É algo totalmente diferente do que eu sinto com a sua mãe... — tentou explicar

— O que sentiu quando a beijou?

Ele sorriu.

— Foi um beijo diferente de todos. Eu senti como se necessitasse daquilo, necessitasse dela perto de mim... algo invadiu meu estômago, eu não sei dizer o que... — Emma o completou

— Aqui, chamamos isso de borboletas no estômago! — explicou

— Com a sua mãe nunca senti isso... quer dizer, eu sinto alguma coisa por ela. Ou senti, não sei. Eu gosto da companhia da Mary, ela é bonita, mas sinto como se faltasse algo!

— David, precisa pensar em tudo o que está sentindo, e no que está vivendo. O único conselho que posso te dar sobre isso é: siga aquilo que te fizer feliz. Mas faça isso do melhor jeito, pra evitar uma dor grande, pra qualquer um. E seja qual for sua decisão, eu vou te apoiar! — a loira sorriu, e em seguida abraçou o pai

Não muito longe dali, perto da biblioteca...

Marissa andava distraída pela rua quando encontrou Belle, fechando a biblioteca, e claro, ela a viu.

— Bom dia! — forçou um sorriso. Qualquer um percebia que ela estava assustada.

— Não precisa ter medo, eu quero me vingar do Rumple, não de você. Não sou do tipo que usa pai, mãe, esposa, filho ou qualquer pessoa amada do meu inimigo pra lhe atingir. Você não me fez nada, não tem porque eu te machucar. Fica sossegada! — falou, num tom amigável

Belle assentiu com a cabeça, ainda impressionada. Era a primeira pessoa que odiava o noivo e não a usava como arma pra vingar-se.

— Então... indo almoçar? — perguntou, ainda espantada

— Mais ou menos... não estou muito afim de nada, hoje. Vou comer um hambúrguer com chá gelado. Mistura estranha, eu sei. Mas, eu sou estranha! — brincou

— Sério? Eu amo hambúrguer e não resisto á um chá gelado! — Belle respondeu, animada — to começando a mudar de ideia sobre o almoço e acho que vou comer o mesmo que você! — falou

— Demorou, vamos comer juntas então! — respondeu, sorrindo.

De fato, entraram no Granny's e passaram o horário de almoço inteirinho conversando. Estavam se dando bem.

— Belle? O que está fazendo aqui? — Rumple praticamente correu até elas assim que entrou — espero que não esteja pensando em fazer nada, garota. Porque senão, você pagará muito caro! — ameaçou

Marissa pousou as mãos sobre o rosto e disse:

— Ai senhor, dai-me paciência!

— Rumple, não precisa disso. Ela não vai me machucar! Apenas descobrimos que gostamos da mesma comida e estamos conversando. — Belle explicou

— Querido, se você é tão baixo nível que precisa usar pessoas que não tem nada a ver com a sua briga, só porque são amadas pelo seu rival, fique sabendo que não sou assim. Ela não me fez nada, e não tem porque eu descontar minha raiva nela. Minha luta é com você! — respondeu, o encarando com tom ameaçador

— Acho bom... — respondeu — e eu já lhe disse pra parar com essa ideia estúpida de vingança. Eu já pedi desculpas, passou. Pelo contrário, quero te ensinar o que precisa saber pra ser uma feiticeira completa! — tentou novamente se aproximar da menina

— Passou pra você, mas pra mim, teve graves consequências. Você me tirou dos braços da minha mãe, e me impediu de ter uma vida completamente diferente da que tive. E pode ter certeza, meu caro. Isso vai lhe trazer consequências, também. Tudo, vem com um preço. Não só magia. E você, vai paga-lo! — disse, tirando o dinheiro do bolso e deixando sob a mesa, indo embora em seguida.


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