She and the dudes escrita por Rayssa


Capítulo 5
Roses for Rose


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEI! Sei que disse que a primeira a ser att ia ser AbUs, mas, tive uma ideia hiper brilhante para SatD, e, como sei que vou demorar pra escrever o capítulo final, tive que escrever logo KKKKKKKKKK, espero que gostem, e não achem muito... Fake #dead



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Ser capitã do time de quadribol da grifinória era uma função bastante complicada. Muitas pessoas queriam ser da equipe, contudo, poucas que realmente mereciam um lugar ali. Garotas que não sabem absolutamente nada sobre como se joga e garotos que só tentam porque é o que seus pais querem são incrivelmente comuns, e irritantes. Então, a minha seleção deve ser escolhida com cuidado, e baseada não só em puro talento, como em vontade de vencer, trabalho em equipe, e conhecimento lógico.

– Façam filas! – exclamei. – Batedores, apanhadores e artilheiros. – mandei, já tínhamos uma goleira, eu. Era hora de discursar. – A primeira coisa que vocês devem saber é: Eu não vou ter pena de ninguém! Não vou dar vaga para nenhum familiar a não ser que faça por merecer! A seleção é feita em três parte... – anunciei, colocando as mãos na cintura e parando em frente a eles. – Primeira fase: Física! Analisaremos velocidade, capacidades básicas da colocação escolhida e resistência física. – após isso, levantei dois dedos. – Segunda fase: Estratégia! Vocês faram uma prova escrita, sobre o que vocês fariam em certas situações. – cruzei os braços, enquanto encarava uns primeiranistas que foram ousados o bastante para tentar. Um sorriso cruel surgiu em meus lábios. – Terceira e última fase: Prática! Nessa fase, eu vou criar dois times, ambos sem goleiro. Vocês vão jogar contra vocês mesmos, e eu analisarei como cada um de vocês se comportam sobre a pressão de atacar e defender ao mesmo tempo. – pisquei para Hugo, que tinha um sorriso feliz. – Outra coisa, ganhar o jogo é muito importante, lembrem-se disso. – escolhi as palavras com cuidado, para que não falasse de mais, não podia dizer tudo o que eu estava analisando. – Alguma pergunta? – uma garota do quinto ano levantou a mão.

– Quando sai o resultado da primeira etapa? – percebi Lily dar um tapa na própria cabeça, e Hugo abri um sorriso maldoso, como a maioria dos garotos.

– Não tem essa de resulta... – um garoto tentou falar, eu levantei a mão e ele, imediatamente, se calou.

– Bonitinha, você vai ser a primeira. – abri um sorriso amarelo. – Para você ver quando sai o resultado, tudo bem? – todos arregalaram os olhos. – Me sigam! – virei-me e comecei a caminhar em direção ao campo.

Eu deixava que eles mostrassem o que sabiam, e, logo após, dizia se ele estava apto ou não para a segunda fase. Normalmente, demorava quase a tarde inteira. Era o meu quarto ano como capitã. Eu podia ouvir as conversas atrás de mim, apesar de eles tentarem falar baixo, eu escutava muito bem o lindo apelido que me deram. “Megera vermelha”. Pela primeira vez, isso me incomodava pra caramba. Nunca tinha sentido essa sensação de desconforto. Respirei fundo, enquanto caminhava com a cabeça baixa. Conhecia aquele caminho muito bem. Desde do primeiro ano, quando eu e Albus fugíamos para aqui a noite e ficávamos sonhando como seria no...

– QUE PORRA É ISSO? – o berro de McLaggen fez com que eu levantasse o rosto rapidamente, deparando-me com o motivo daquele grito.

O campo estava coberto de flores. Quer dizer, não exatamente coberto, estava cheio de... Rosas, de diversas cores diferentes, e formavam algum tipo de padrão. Só uma coisa veio a minha cabeça. “AQUELES PUTOS VÃO ME PAGAR” com certeza, aquilo era um tipo de brincadeira sem graça de Lysander, Albus ou Scorpius. Senti o calor subir ao meu rosto, um calor chamado raiva.

– SE ALGUÉM SOUBER QUEM FOI O FILHO DA PUTA, É MELHOR FALAR AGORA! – gritei, virando-me para os sonhadores alunos. Todos negaram.

– Espera um segundo... – Hugo falou, enquanto franzia o cenho. Puxou a vassoura e levantou vôo antes que eu pudesse para-lo. Todos passaram a olha-lo, e quanto mais ele subia, mais assustado ele parecia. – ROSE! SOBE AQUI! – gritou. Franzi o cenho, entretanto, fiz o que ele pedia.

Quando cheguei ao seu lado, ele levantou as sobrancelhas, e apontou para baixo. Direcionei meu olhar para lá, e quase tive um treco. Havia uma palavra escrita ali. O nome de uma pessoa, um nome bem curtinho, com apenas quatro letras, escrito de uma forma magnifica. Rose. Meu nome. Algo, dentro do O me chamou atenção, era uma coisa branca e quadrada, parecia um pedaço de papel. Com o coração acelerado, e as bochechas cada vez mais vermelhas, descia em direção ao meio do O. Parecia um papel, ou algo assim. Quando estava baixo o bastante, peguei, confirmando que era folha de papel branca. Abri-o, lentamente, e encarei as letras que estavam grafadas ali, com uma caligrafia bem desenhada por uma caneta trouxa.

“Rose Weasley. Apesar de espinhosa, uma das rosas mais bonitas que já conheci. E uma das mais delicadas também, ela só ainda não sabe disso. Ela não faz ideia de como eu sempre me perco em seus lindos e profundos olhos que criam murros para que ninguém veja sua real beleza interior.”

Senti meus olhos se arregalarem. Mãos tremendo, coração mais acelerado, e o rosto cada vez mais avermelhado. Guardei o pedaço de papel dentro da bota do uniforme de quadribol. Estava tão esbabacada com aquilo que não senti quando meu irmão desceu até o meu lado.

– Alguém está realmente apaixonado por você. – afirmou, enquanto puxava uma rosa do O e me entregava. – Se eu fosse você, guardava ao menos uma, quem quer que fez isso, teve um trabalho enorme. – assenti, apertando a rosa em minhas mãos.

Foi então, que me dei conta do que deveria estar fazendo, e sem pensar duas vezes, soltei a rosa, e voltei a levantar voo. Puxei a varinha de minha outra bota, e toquei o meu pescoço.

– Ignorem as rosas! Bonitinha, vamos começar..

(...)

Boa parte dos alunos passaram para a segunda fase, mais do que no ano anterior. - A bonitinha, como eu já esperava, não sabia absolutamente nada sobre quadribol. - Talvez, pelo fato de eu ter sido bem boazinha comparada aos outros anos, e eu não conseguia parar de pensar nas rosas. Tinham ficado lindo, tão delicado e... Perfeito. Uma sensação tomou conta do meu coração, um calor abrasador e incrível. Uma sensação insana.

O campo ficou vazio ao mesmo tempo que o sol começou a se pôr, deixando-me sozinha junto com todas aquelas flores cheias de um significado que eu não conhecia. Andei por entre as letras, tentando sentir ou descobrir mais. Deixei meus dedos tocarem suas pétalas, enquanto, aos poucos, o sorriso ia aumentando em meus lábios. Sorriso que quase se transformou em lágrimas. Não deixei que isso acontecesse.

Só então, percebi um detalhe. Havia apenas uma rosa vermelha, e ela se destacava, quase como se brilhasse. Era a última rosa da letra E. Com as mãos tremulas, tentei toca-la, e foi uma grande surpresa, sentir uma pontada de dor. Retirei a mão imediatamente, a flor havia me furado, e uma gota de sangue escorria pelo meu dedo.

– Alguém realmente ama você. – senti meu coração saltar em meu peito. Aquela era a voz que sempre me fazia sentir uma completa abobalhada.

– Professor. – virei-me lentamente e sorri levemente. Sua expressão me incomodou bastante. Era desgostosa, e séria. Duas coisas que eu nunca havia visto em suas feições. – Aconteceu alguma coisa? – sussurrei, com medo de estar me envolvendo em sua vida pessoal. Ikarus sorriu triste e caminhou até o meu lado.

– Nada de mais, só... – franziu o cenho. – estresse. – assenti, voltando a encarar a rosa. – O que houve com a sua mão? – perguntou, segurando meu pulso de forma cuidadosa, e eu abaixei a cabeça.

– Me cortei com uma rosa. – um sorriso divertido surgiu em seus lábios.

– Com a vermelha, não foi? – franzi o cenho, e mantive a cabeça baixa, não queria olhar em seus olhos, não sabia o que iria acontecer. – Essa rosa representa muita coisa. – sua voz tinha um tom misterioso, que aumentou a minha curiosidade.

– O que você quer dizer? – sua mão tocou o meu queixo, levantando o meu rosto devagar.

– Se você ver uma rosa vermelha por ai, normalmente, ninguém a da valor algum. Ela é uma flor bastante comum, de uma beleza normal. – ele retirou a mão do meu queixo, e encarou os meus olhos de uma forma que fez meu coração acelerar, que grande novidade. – Contudo, quando se compara a rosa vermelha, com todas as outras. Nota-se o quão bonita ela é, com certeza, a mais bela. – ele desviou o olhar, e com a mão que estava em meu pulso, guiou-me até a frente da rosa vermelha. – De longe, parece uma coisa delicada, e que não tem a capacidade de se proteger. Mas, quando você olha de perto, ou tenta rouba-la, você nota seus espinhos. – ele levou minha mão até o caule da flor. – Para conseguir pega-la, é necessário conhece-la, encontrar os pontos em que se pode tocar, e para isso, é necessário observar e se machucar. – ainda sem tocar o caule, ele soltou a minha mão. – Você deveria ficar com ela. – sussurrou. – Quem quer que fez isso. Considerou esta rosa, como você. – após dizer isso, ele saiu, me deixando perdida entre meus diversos pensamentos.

(...)

– Rosinha arrasando corações. – o loiro de corvinal disse com um sorriso canalha no rosto. Revirei os olhos, enquanto me sentava a sua frente.

– Quem nasce idiota, morre idiota. – Scorpius sussurrou para só eu ouvir. Um sorriso surgiu em meus lábios.

– PELAS BARBAS DE MERLIN! – o berro de Albus, fez todos olharem para ele. – A MEGERA SORRIU. – revirei os olhos, outra vez, e abaixei o olhar para a comida. Em qualquer outra situação, eu teria dito algo grosseiro, todavia, estava muito inquieta desde minha conversa com o professor Krum.

– Vocês são idiotas. – riu Hugo. – Tão brincando com fogo.

– É mesmo, tinha esquecido que a Rose é um maior machão da escola, e parte nossa cara em um segundo, né Lysander? – falou o próximo Nick-quase-sem-cabeça. Ah não, ele vai ser totalmente sem cabeça, se não parar de falar.

– Com certeza, ela quebra meu nariz em três segundos! – concordou Lysander. – Porque além de ser a mais macho da escola, é a mais esquentada também.

– Sempre partindo para a violência. – continuou o... Eu não conseguia pensar em nenhum insulto. Sentia meus olhos completamente molhados. Não. Eu não podia chorar.

– Rose Weasley, a bruta. – brincou Albus outra vez.

– Calem a boca. – exclamou Scorpius, colocando a mão sobre a minha embaixo da mesa, aquilo me provocou uma onda de conforto, e me acalmou um pouco.

– Se a megera não se incomoda, você não deveria estar incomodado Scorpius. – disse o ravino. Fechei minhas mãos em punhos, tentando evitar que as lágrimas começassem a descer pelo meu rosto. Scorpius apertou mais a minha mão. E apesar de ele passar o conforto, não estava sendo o bastante.

– Afinal, contra você a gente tem chance, contra ela, nunca! – Albus continuou. Os dois começaram a rir, e cada vez a risada me incomodava mais, ecoando por meus ouvidos.

– Se ela tivesse se importando, nós dois estaríamos com o nariz afundado e os dois olhos roxos. – então, sem querer, um soluço escapou de meus lábios.

Silêncio mortal. Ninguém ousou falar. Levantei-me rapidamente, e sai de lá o mais rápido de eu podia. Ainda ouvi Scorpius falar algo para os dois, mas, ignorei, apenas continuei andando, praticamente correndo de lá. Era tão humilhante. Eu, Rose Jane Weasley, chorando feito um bebezinho por causa de algumas brincadeiras idiotas. Eu estava sensibilizada, mas que porra! Eu não deveria estar toda frágil por causa de flores e um pedaço de papel. Podia ser qualquer um tirando sarro da minha cara, mas sentir que alguém ama você é tão esquisito, de uma forma boa. E logo após, perceber que não passava de uma brincadeira idiota e que ninguém nunca vai sentir isso por você é... Frustrante.

Não havia percebido que eu havia parado de correr. Não haviam percebido que alguém estava atrás de mim. E quase não percebi quando esse alguém me puxou para um abraço. Encaixando minha cabeça embaixo de seu queixo, e apertando-me forte contra seu tórax.

– Não liga para o que eles disseram. – era Scorpius. – Você sempre foi uma das garotas mais incríveis que eu conheci. Alguém que sabe se defender e não aceita que as pessoas não te levem a sério. – sua mão começou a afagar o meu cabelo, e eu deixei que as lágrimas escorressem pelos meus olhos.

– Eu-eu... - seus braços me apertaram mais forte.

– Não precisa se explicar. - sussurrou. - Seja o que estiver acontecendo, nem toda mudança é ruim. - e ao que parecia, cada palavra dita por seus lábios, eram exatamente o que eu precisava ouvir.

Então, eu deixei que ele me consolasse, que ouvisse meu choro, e conhecesse uma parte de mim, que, nem mesmo eu, sabia que existia.

*


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Notas finais do capítulo

E ai, que cês acharam? KKKKKKKKKKKKKKK, não ficou muito fake, ficou? ~chora.
Beijooooooooos ;**