Depression escrita por Medicat3d


Capítulo 4
Sing me to sleep.


Notas iniciais do capítulo

Oooi de novo, bom, primeiramente gostaria de me desculpar pela demora do capitulo, eu estava com ele pronto ha algum tempo mas o computador não cooperava, se eu demorar pra postar de novo, pode me bater e roubar meus doces, e eu gostaria também de colocar que fiz esse capitulo novamente na visão do Shun, mas isso vocês vão entender porque durante a leitura...Bom, é isso, e até lá em baixo :3



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Riki acorda por alguns segundos na ambulância que o levava para o hospital mais próximo, sentia dores por todas as partes de seu magro e frágil corpo, naquele momento, mais pálido, tudo girava a sua volta como um ciclone ou quem sabe uma hipnose, e sua visão não se fixava em um lugar se quer, a única coisa que fez seus olhos pararem de rodar por alguns míseros porém significativos segundos, foi ver seu Shun em sua frente, encostado na porta do automóvel, olhando direta e preocupadamente para ele

–Riki?! Riki! Você está consciente? Pode me ouvir? Por favor, continua! Respira, não para agora Riki, por favor, por favor, eu não vou sair do teu lado em momento algum!

O menor, sem folego o suficiente ainda conseguira responder ao desespero de Shun.

–Por favor Shun...Não me deixa aqui agora...Eu preciso de você.

Essas foram as últimas palavras ouvidas e ditas por Riki antes de perder a consciência novamente, mas nem todos os sentidos foram-se por completo, pode ouvir os gritos agonizados de Shun, os paramédicos implorando sua calma e pode sentir a mão do maior tocar a sua, após isso, em uma fração de segundos, todos os sentidos foram perdidos, Riki estava em coma.

[3 Dias depois]

Shun passa pela porta do quarto onde Riki estava no hospital, o clima era pesado, e era difícil vê-lo naquela condição, respirando por aparelhos, sem um movimento sequer, o rosto e o corpo enfaixados e o sentimento de culpa por não estar ao lado de Riki no momento da tragédia. Shun analisou-o por alguns segundos antes de sentar na cadeira ao lado de sua maca, sentiu uma lágrima clandestina rolar pela sua bochecha, não se deu ao trabalho de seca-la, deixou-a rolar até chegar a margem do seu rosto, até desprender-se e tocar o solo, seguida de outras infinitas que iria chorar, sua mente começou a regredir no acontecimento de três dias passados, a culpa invadiu seu coração duro, culpava-se por não estar ao lado do menor, por não te-lo protegido naquele momento, que mesmo o conhecendo ha pouco já o amava,apenas não admitira isso ao próprio Riki, e seu maior medo era jamais poder deixa-lo saber, só de pensar no fato do mesmo ficar desacordado por anos, ou até mesmo morrer, apavorava Shun de uma maneira devastadora...Mas o que havia de errado com Riki? O que ele fez de errado? O que pretendiam machucando-o daquela forma? Eram tantas perguntar ao seu redor que mal sabia por onde começar a buscar respostas, que provavelmente, apenas o menor poderia lhe dar. Analisou por mais dez, talvez quinze minutos o corpo inativo do pequeno até ouvir o barulho da porta, secou depressa o rosto.

–Senhor? Peço desculpas, mas o horário de visitas terminou, gostaria de que se retirasse agora.

–Tudo bem, já estou de saída.

E assim Shun deixou o hospital para trás e seguiu para sua casa naquela tarde nublada, se perguntando se tudo ficaria bem, ou se deveria esperar pelo pior.

[1 mês e meio depois]

Mesmo depois de tanto tempo, Shun continuava suas idas e vindas ao hospital, chegava sempre na esperança de vê-lo acordado, ou dando algum sinal de melhora, os dias passaram, o mês passou e Riki continuava seu sono que parecia durar uma eternidade para os poucos que o rodeavam. A rotina era sempre imprevisível, a não ser por deixar sua mochila sempre em um canto qualquer do quarto, sentava ao lado da maca, as vezes conversava com o pequeno desacordado, as vezes calava, as vezes chorava, mas estava sempre lá ao lado do garoto. Neste dia sentou-se ao seu lado e calou, segurou sua mão, e pôs-se a ligar os fatos da tragédia, acontecera aquela única vez? Não, Riki vivia coberto de roupas, quase não saia de casa pelo que entendera e só conversava com alguém, fora ele, quando o chamavam-no, o que era raro, apertou a mão do pequeno e perguntou a sí mesmo.

–Porque contigo? O que você fez de ruim para te fazerem sofrer tanto assim?

Inclinou-se sobre a borda da maca e encostou a cabeça na mesma, brincava com os dedos de Riki quando se depara com algo estranho em seu braço, levantou a manga comprida do mesmo e as cicatrizes dos cortes revelaram-se pela primeira vez para Shun, naquele momento mil perguntas vieram a sua mente, tantos "por quês", tantas possibilidades, tanto ódio e comoção, tudo em um, estava prestes a desabar novamente em lágrimas quando ouvira a porta abrir.

–Shun? Você por aqui? Que surpresa!- Diz a mãe do menor ironicamente.

–Hã? Ah, sim senhora Lee, sou eu mesmo, creio que você não deve mais me aguentar aqui todos os dias que entra- O maior coça a cabeça um tanto envergonhado.

–Imagine, fico feliz por saber que meu filho tem um amigo que se importa tanto com ele- O tom melancólico da mulher fez com que Shun tivesse vontade de abraça-la, mas segurou-se em seu lugar.

–Sim, eu me importo com ele, ele quem me acolheu quando cheguei nesta cidade.

–Riki não é de muitos relacionamentos.

–Eu sei disso senhora Lee, por isso tento ser um bom amigo para ele, mesmo neste estado- Os olhos do maior encheram-se de lágrimas novamente.

–Muito obrigada de verdade Shun, fico muito grata por isso.

–Não tem o que agradecer senhora Lee, seu filho é um cara e tanto...Bom, eu vou indo, se precisar de qualquer coisa, pode me ligar, meu celular está gravado na agenda telefônica do Riki...Até amanhã.

–Até amanhã Shun.

E assim o maior deixa o hospital por mais um dia, em mais uma tarde vazia, porém dessa vez, com mais interrogações que sua própria mente poderia aguentar.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos os que leram até aqui e estão acompanhando, sou realmente grata :3 e prometo com todo o meu coração que vou tentar postar os próximos capítulos mais rápido