O Preço De Sua Companhia escrita por Taynara Barbieri


Capítulo 2
Parte I- Inocência / Capitulo 1




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Parte I - Inocência

Tiro o head phone da cabeça e coloco em cima da minha mesa. Graças a Deus já são quatro horas da tarde e já posso ir embora desse inferno.

O inferno em questão era uma empresa de cobrança por telefone, o que já se da a entender o que passo todos os dias.As horas extras do meu trabalho,era simplesmente por uma meta que eu tinha que bater para conseguir pagar a minha faculdade.Eu tento me dizer todos os dias, que aquilo valera a pena, que a minha faculdade de Publicidade me dará dinheiro o suficiente para que eu nunca mais tenha que colocar meus pes nesse lugar de novo, ou um head phone em minha cabeça.

Me levanto da cadeira e olho ao redor.redor. Ninguém para me despedir, nada para me impedir de descer as escadas e dar o fora daquele local.Sigo assim o longo corredor ate as escadas e a desço devagar.Quando passo pelas catracas, rombo com meu amigo de ponto de ônibus e ele sorri assim que tento ajeitar minha bolsa nos ombros:

― Onde vai com tanta pressa Pandora?-Ryan pergunta,vejo ele guardar o cracha em um dos bolsos da calça larga que ele usa. A camiseta polo do uniforme destaca perfeitamente os ombros largos dele e o conjunto de braços fortes que ele tem,um tribal contornava um braço direito deixando ele ainda mais sexy. Ainda que sua beleza seja normal, com olhos e cabelos castanhos escuros. O sorriso que ele tem é totalmente espetacular,e o jeito que ele sorri sempre faz meu dia melhorar. Eu conhecia Ryan desde o meu primeiro dia na empresa, apesar de não trabalharmos no mesmo setor.Ele era como um irmão para mim.

― Correr para casa-Dou uma olhada de cima a baixo em no espelho e ele segue meu olhar.Os cabelos castanhos claros presos em um coque alto. A minha pele branca tinha um destaque na camiseta preta do uniforme do meu setor. Meu olhos verdes brilhavam enquanto eu olhava meu reflexo e pelo o tamanho do corpo que aparecia ali refletido.-E acho fisicamente impossível-Ele ri e seguimos ate a quadra de frente para chegar ao ponto de ônibus.

―Ate quando vamos fazer essa horas extras?-Ele pergunta passando a mão na testa tentando parecer cansado.

―Ate você comprar uma moto ou ate eu terminar a faculdade,o que acontecer primeiro-Dou de ombros.

Olho para a calçada a frente da nossa,e vejo ele passar, como sempre nesse horário. Ele sai da porta giratória do banco, com a maleta nas mãos.Ele nem parece ser mais velho do que eu,mas o estilo que ele adota sempre indica que seu cargo no banco é importante.Sempre um paleto, camisa social,calça social e para acompanhar os tradicionais sapatos pretos.O que sempre me chama a atenção nele, seria o topete alto que ele adota aos cabelos loiros que ele tem e os óculos de sol aviadores que ele coloca no rosto. Eu achava um gato, mas era areia de mais para mim e meu foco por enquanto não era arrumar alguém.

―...E ela sempre liga la dizendo a mesma coisa. Eu não tenho culpa meu,que o marido a abandonou e deixou ela com os gatos e sei la mais quem-Ryan esta falando quando volto ao mundo real desse lado da calçada.

Vejo o loirão subir na moto super gigante dele e sair dirigindo como um louco,eu sempre me pergunto onde ele esconde a maleta.Dou um suspiro longo,e Ryan passa a mão na frente dos meus olhos e eu olho para ele:

―O que foi?-Eu pergunto piscando varias vezes, como se quisesse apagar a imagem do loiro.

―Você não ouviu nada do que eu disse de novo neh?-Ele cruza os braços, e eu consigo ver o tamanho do seu peitoral com essa ação.

―Desculpe Ryan, não.

―Você sempre se distrai no ponto de ônibus cara-Ele ri olhando para mim e aperta meu nariz como se quisesse me dar uma advertência.

―Desculpe, oito horas naquele inferno me deixam um pouco desligada.O que dizia?

―Eu falava da mulher do cartão,enfim...-Ele para de falar quando ele ouve meu celular tocando.

―Desculpe-Dou de ombros e dou um sorriso sem graça.

Pelo meu celular do bolso e pressiono atender:

―Oi-Eu digo super irreverente, achando que não sera nada importante e esquecendo totalmente de ver quem estava no visor.

―Senhorita Pandora Foutaine?-Pela formalidade, com certeza é super importante.

―Sim,sou eu.

―Sou Anne da VoulezVous Publicidade, boa tarde.

Eu dou um sorriso largo no rosto que desperta a curiosidade em Ryan.Ele sussurra “Quem é” e eu faço sinal para que espere com as mãos. Ele descruza os braços e faz biquinho.

―Boa tarde-Digo tentando conter a minha felicidade,aquela podia ser a chance da minha vida. A chance de sair do muquifo onde eu trabalhava para finalmente começar na minha área.

―Achei um currículo seu em um dos novos arquivos. E gostaria que comparecesse em nossa empresa amanha para uma entrevista.

―Para que cargo?-Perguntei por curiosidade, e ver o o rosto do Ryan de quem tinha entendido do que se tratava, e começou a fazer sinal de comemoração.

―Seria para assistente,como ainda não terminou a faculdade não conseguiríamos um cargo maior-Ela explicou como se fosse alvo para qualquer um.

―E qual seria o horário?

―As oito da manha,a senhorita sabe onde fica certo?

―Sim,obrigada Anne.

―De nada Senhorita Foutaine,tenha uma otima tarde-Ela desliga o telefone e eu olho a tela sem ainda entender o que tinha acontecido.

Olho para Ryan que tem aquele sorriso no rosto,ele abre os braços enormes e eu pulo para dentro deles.Ele me aperta tão forte que me sinto protegida:

―Se eu fosse uma menina, eu estaria pulando com você agora!-Ele disse de forma esganiçada sem um motivo aparente.

―Ryan eu não acredito-Eu disse desencostando do seu ombro para poder olha-lo de frente.

―Você tem 90% de chance de trabalhar na VoulezVous cara! É a melhor chance do mundo – Ryan cursa engenharia mecânica, eu ainda não entendo como ele saiba qual é o tamanho da oportunidade que eu tenho na Voulez.-Isso é muito foda, se você sair desse inferno.Eu compro um...-Ele faz uma pausa como se tentasse lembrar o nome de alguma coisa – É um champanhe rosa que vocês mulheres adoram...-Ele ainda tenta lembrar,ele olha nos meus olhos como se estivessem ali as respostas.

―Chandon?-Eu pergunto rindo, e ele me puxa de novo para um abraço.Minha cabeça encosta em seu peito e eu sinto o cheiro de um perfume amadeirado no uniforme-Você vai me sufocar com seu perfume-Eu brinco me afastando dele, e ele da ombros encostando na parede.

―Sim...esse tal de Chandon.Eu compro ele se você trabalhar la.

―Ja que serei eu que estarei ganhando mais, me sinto na obrigação de comprar.

―Estou de acordo-Ele ri e cruza os braços de novo-Eu pago o restaurante.

―Ok,seu tratante.

Eu olho ao redor, e vejo que as pessoas que normalmente pegam o ônibus conosco já foram:

―Ryan?

―O que?

―O nosso ônibus já passou?-Eu pergunto tentando parecer um pouco irritada, mas só consigo é soltar um risinho no final.

Ele faz o mesmo, olha ao redor como se procurasse nossos companheiros de ônibus:

―É-Ele faz biquinho ainda analisando as pessoas-O cara estranho que toca bateria no ar não esta aqui-Ele diz rindo e apertando meu ombro de leve-Acho que a gente perdeu-Ele da de ombros e puxa o celular do bolso para ver a hora-Por sua causa não vou conseguir ir para a academia.

―Por minha causa?-Eu quase grito-Você que me agarrou no ponto de ônibus.

―Isso é verdade...então é culpa da moça que te ligou para falar da entrevista-Ele disse quase cantarolando e apertou meu nariz de novo.

―Droga!-Eu disse olhando o relógio do visor, ia demorar uma hora para passa outra, e teria que ir direto da casa para a faculdade-Mas foda-se, eu tenho uma entrevista!

―Uhul!-Ryan disse ironicamente e dou um tapa em um dos seus braços-Já que você vai faltar amanha, me liga assim que você sair da entrevista.

―Você pode estar no meio do trabalho.

―Com certeza, mas foda-se. Saber de você é mais importante.

Eu olhei para ele com um sorriso simpático e ele torceu os lábios.

Tonto, sentiria falta de pegar ônibus com Ryan se tudo desse certo.


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