A menina desceu do ônibus olhando para o papel com o endereço ainda se questionando se era o lugar certo.

–Motorista?

O motorista estivera com o ônibus parado esperando que a menina perdida se decidisse.

–Sim?

–Tem certeza que essa é alameda vinte um? -questionou a menina. -Não deveria ter uma escola em algum lugar por aqui?

A menina notou o brilho de reconhecimento nos olhos do motorista e se perguntou se aquilo era bom.

–Vai para a escola Murray?- ele perguntou e ela assentiu. -Siga entre as macieiras até o portão, e boa sorte!

O som das gargalhadas do motorista era mais alto do que o ronco do motor do velho ônibus se afastando na estrada. A menina, Loren, preferiu pensar nisso como um bom sinal.

Loren seguiu pelo corredor de macieiras inquieta, estava morrendo de vontade de entrar nos bosques, mas preferiu seguir o conselho do motorista e seguir entre elas. Já tinha preocupações o bastante na cabeça para acrescentar “procurar o caminho de volta” a elas.

Começar numa escola nova nunca é fácil, mas no caso de Loren ela começaria numa escola interna nova, numa cidade nova, no meio do outono e tudo isso sozinha, o que para ela era o pior.

As pessoas diziam que a Murray ia conserta la, sua tia Clavel praticamente gritou isso minutos antes de socar as poucas coisas que a menina tinha em uma mala e manda la para sabe se lá onde perto de macieiras. Tudo que Loren tinha eram as palavras de despedidas da tia Clavel : “Sinceridade é a chave. Foi o que ela disse.

Os portões fechados pareciam velhos e enferrujados apesar de demonstrarem certa imponência vistos do lado de fora, mas o intrigante era o casebre caindo aos pedaços que dava para ser visto por entre as grades. Era para aquilo ser uma escola? A menina ficou na ponta dos pés procurando uma campainha ou alguém para ajudar, por fim ela decidiu simplesmente empurrar o portão.

A coisa rugiu e rangiu, mas se abriu, não só suas portas mais um novo e intrigante mundo desconhecido.