Loving In The Dead escrita por Miss Jackson


Capítulo 2
Atrás de suprimentos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelo seu review, Lara. :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502207/chapter/2

[Duas semanas depois...]

– Lindsey, precisamos da sua ajuda – disse Maggie, entrando na minha cela. Eu bocejei e cocei os olhos, encarando-a. – A cerca do portão está quase caindo. Rick, Daryl e Carl precisam da sua ajuda.

– Hm, certo – respondi, me levantando e pegando minha espada, acompanhando Maggie até a rua. Cumprimentei Beth e mandei um beijinho para Judith enquanto caminhávamos. – Os Errantes?

– Sim – respondeu ela, assentindo e apontando para a cerca. – Vou dar uma olhada em Glenn.

– O.k – assenti, observando-a se afastar enquanto eu me aproximava deles. – Oi. Maggie disse que precisavam da minha ajuda.

– Sim – disse Rick, assentindo. – Ajude Carl com os paus enquanto eu ajudo o Daryl.

– Como quiser, Sr. Grimes – sorri, indo ajudar Carl, que estava com cara de sono. – Passou a noite lendo quadrinhos?

Ele assentiu enquanto eu o ajudava a erguer um pau.

– Sono – murmurou ele, acertando alguns Errantes com a lança. Olhamos para o lado de Rick e Daryl, eles estavam indo bem.

– Os outros estão bem?

– Sim – assentiu ele. – E a minha irmã?

– Brincando com a Beth – respondi, ele abriu um sorriso.

– Fico feliz que estejamos todos bem depois de tanto tempo de sofrimento.

– É, eu entendo.

– Que bom que entende.

– Queria que meus pais estivessem aqui comigo – disse, ajudando-o novamente com outro pau. Olhei de relance para Ruby, que nos observava. Lancei um sorriso para ela, que latiu. – Shh, Ruby, não precisamos chamar tanta a atenção.

Ela tombou a cabeça para o lado e se calou.

– Desde quantos anos você está com ela? – perguntou Carl.

– Ganhei ela no meu aniversário de dez.

– Nunca tive um cachorro.

– Mas já teve vontade?

– Sim, mas quando eu era menor.

– Eu sempre fui boa com animais, meus pais também.

Ele não falou mais nada. Batemos as mãos para afastar a poeira e secamos o suor de nossos rostos quando tudo acabou.

– Carl, preciso de você mais tarde na horta – disse Rick. – Lindsey, Daryl, Tyreese, Carol e Bob saírão daqui a pouco para colher suprimentos. Está de acordo, Lindsey?

– Claro, Sr. Grimes, como quiser.

Rick abriu um leve sorriso e olhou para Daryl.

– Daryl?

– Sabe que sim. – E se afastou. Comecei a caminhar de volta ao bloco C enquanto Ruby me seguia animadamente, balançando sua cauda enquanto lançava olhares ameaçadores para os Errantes.

. . .

– Ruby, fique aqui, voltamos mais tarde, o.k? – disse para Ruby enquanto Daryl, Tyreese e Bob colocavam as armas no carro e Carol os observava. Ruby não estava gostando nem um pouco de saber que eu iria deixá-la na Prisão enquanto saíamos em busca de suprimentos. Eu até a levaria, mas não queria arriscar a vida dela. – É sério, Ruby, nada vai acontecer comigo.

Ela ganiu em desaprovação.

– Vamos – anunciou Daryl, entrando no carro, seguido de Tyreese, Bob e Carol. Cocei atrás da orelha de Ruby e me despedi, entrando no carro. – Ninguém esqueceu nada?

– Não – respondemos. Me virei para trás, observando a Prisão ficando cada vez menor enquanto o carro se afastava. Vi que Ruby havia corrido até o portão e ficou latindo, atraindo a atenção de Errantes. Isso me preocupava. Apesar de confiar nela, tinha medo. E se ela fizesse algo errado? Nunca se sabia. E ainda estávamos havia apenas duas semanas na Prisão, nosso um mês de observação ainda não havia acabado, tínhamos mais quatro semanas sendo observadas.

– A cerca parece estar boa novamente. – Bob quebrou o silêncio. – Rick, Carl, Daryl e Lindsey fizeram um bom trabalho.

– Sim, fizeram – concordou Carol, me lançando um sorriso.

– Acho que a cerca não vai cair tão cedo outra vez – comentou Tyreese.

– Com certeza não – concordou Daryl. – Sem querer ser modesto.

– Mas é verdade – sorri. – Nos esforçamos bastante.

Depois disso ficamos calados até chegar em um antigo orfanato.

– Vamos pegar algumas coisas para a pequena durona primeiro – disse Daryl, distribuindo nossos grandes sacos onde colocaríamos as coisas. Pegamos nossas armas. Daryl se posicionou na porta para quando Carol a abrisse. Eu, Ty e Bob ficamos logo na frente. Carol empurrou a porta e eu acertei em cheio uma Errante. Ainda era uma criança, e isso fez com que eu ficasse com um aperto no peito, mas não disse nada. Entramos no orfanato literalmente correndo e atacando mais alguns Errantes. – Lindsey, vamos te dar cobertura, vá pegar coisas para a Judith enquanto distraímos os Errantes.

Assenti, saindo correndo e atacando os Errantes que se metiam no meu caminho. Entrei no berçário, e eu reprimi minhas lágrimas quando vi que havia um único bebê vivo em um dos berços. Digo, vivo como Errante. O bebê estava horrível, destruído. Fechei os olhos e acertei-lhe na cabeça antes que o pegasse no colo, mesmo que fosse Errante. Eu tinha um irmão de um ano quando tudo começou, por isso ficava triste quando via bebês e crianças que já sabiam caminhar nesse estado. Meu irmão havia se transformado, e eu fui obrigada a “matá-lo”.

Comecei a jogar coisas que seriam úteis para Judith no saco. Quando terminei voltei a correr, e voltei à entrada, mas preferi não ter voltado, pois bem na hora que cheguei vi Carol acertando a cabeça de Bob, que estava caindo no chão, cercado por Errantes. Todos mortos.

Quando os três repararam minha presença Tyreese apenas fez um gesto de lamentação e Carol suspirou. Daryl balançou a cabeça e abriu a porta. Todos os Errantes agora estavam mortos. E Bob também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!