Loving In The Dead escrita por Miss Jackson


Capítulo 14
Explosão


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei o que dizer para me desculpar por toda essa demora. Simplesmente me desculpem... E não me abandonem, ok?



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Eu sou idiota.

– Hmm, os mortos estão bem mortos hoje, né? – comento assim que eu e Carl nos separamos. Ele ri.

– Fato.

– É, nossa.

– Mas talvez nem tão mortos assim, já que eles são mortos-vivos – ele faz uma careta.

– Ué, existem os mortos-mortos, então.

Nós dois rimos.

– Que conversa idiota – comenta ele.

– Com certeza, exageradamente idiota – concordo, vermelhíssima. Mas nem eu e nem Carl conseguimos parar de sorrir.

– Então... O que achou?

– O quê?

– Nada, esquece – ele dá de ombros. – Já se acalmou?

– Acho que sim – respondo. – Por que nos beijamos?

Minha pergunta aumenta o sorriso dele.

– Não sei. Tá, tá, ok. Você gostou?

– G-Gostei?

– É. Gostou?

Fiquei tão vermelha quanto um tomate de qualidade.

– Eu preciso mesmo responder isso? – pergunto.

– Não. Mas ao menos me diga se...

– Eu estou feliz – interrompo rapidamente. – E isso basta. Não, eu não quero mais nenhuma palavra sobre isso, entendido? Ótimo. – Eu me atropelava com as minhas próprias palavras. – Agora será que podemos voltar ao nosso caminho? Eu ainda não desisti de voltar para buscar Rick, então se você continuar enrolando eu vou mudar de ideia e fugir daqui pra ir lá ajudá-los, entendidos?

– Wow, calma.

– Não me mande ficar calma, Grimes – bufo.

– Calma aí, esmeralda – provocou.

– Esmeralda?

– É, seus olhos, eles parecem duas esmeraldas, e eu gosto dos seus olhos.

– Obrigada – agradeço rapidamente e pego na mão de Carl. – Podemos ir agora?

– Você é quem sabe, esmeralda.

– Pare de me chamar de esmeralda.

– Não, esmeralda – retruca ele, rindo e começando a andar (vulgo me puxar pelos trilhos). – Sabe por quê? Porque você é a minha esmeralda, Lindsey.

Sinto que, se Carl continuar falando essas coisas pra mim, eu vou passar de vermelha pra cor-de-rosa e virar a Lindsey Cor-De-Rosa.

– E você está vermelha – comenta ele, o que só o faz rir mais ainda.

– Há-há, é muito interessante rir da minha cara, né, engraçadinho? – reviro os olhos.

– Não tenho culpa se você fica engraçada desse jeito.

– Olha a minha cara de pessoa que tá achando graça.

Ele dá de ombros.

– Preciso confessar uma coisa, e não quero saber se você quer ou não ouvir minha confissão – anuncia ele, ainda caminhando comigo. – Você é a garota mais linda que eu já conheci, e olha que eu já conheci muitas garotas por aí.

– Obrigada, de novo.

– Esmeralda, esmeralda! – cantarolava ele animadamente.

– Dá pra calar a boca, criatura?

– Hmm, não.

Corto a cabeça de um Errante que aparece no nosso caminho. Carl continua tagarelando meu mais novo apelido, olhando pra mim com um sorrisinho bobo no rosto. Estou prestes a começar a segurar minhas bochechas pra esconder um sorrisinho que começava a aparecer no meu rosto quando...

BOOM!

Eu e Carl nos atiramos no chão enquanto uma enorme bomba enche a área em que estávamos de fumaça e destruição. Vejo pedaços de Errantes, árvores e tudo mais que havia por ali voar para todos os cantos. Tusso, procurando por oxigênio. Um trilho de fogo começa a nos cercar, e quando vejo estamos cercados por fogo.

– Carl? – chamo, tateando à procura de Carl.

– Estou aqui – geme ele, abro lentamente os meus olhos e o encaro. Ele está com os olhos semiabertos, me encarando com uma expressão preocupada. – Você está bem?

– Não.

Ouço passos pesados em nossa direção, e a última coisa que consigo falar para Carl antes de desmaiar é um sussurro rouco de “Eu te amo”.


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