Loving In The Dead escrita por Miss Jackson
Notas iniciais do capítulo
Eu não sei o que dizer para me desculpar por toda essa demora. Simplesmente me desculpem... E não me abandonem, ok?
Eu sou idiota.
– Hmm, os mortos estão bem mortos hoje, né? – comento assim que eu e Carl nos separamos. Ele ri.
– Fato.
– É, nossa.
– Mas talvez nem tão mortos assim, já que eles são mortos-vivos – ele faz uma careta.
– Ué, existem os mortos-mortos, então.
Nós dois rimos.
– Que conversa idiota – comenta ele.
– Com certeza, exageradamente idiota – concordo, vermelhíssima. Mas nem eu e nem Carl conseguimos parar de sorrir.
– Então... O que achou?
– O quê?
– Nada, esquece – ele dá de ombros. – Já se acalmou?
– Acho que sim – respondo. – Por que nos beijamos?
Minha pergunta aumenta o sorriso dele.
– Não sei. Tá, tá, ok. Você gostou?
– G-Gostei?
– É. Gostou?
Fiquei tão vermelha quanto um tomate de qualidade.
– Eu preciso mesmo responder isso? – pergunto.
– Não. Mas ao menos me diga se...
– Eu estou feliz – interrompo rapidamente. – E isso basta. Não, eu não quero mais nenhuma palavra sobre isso, entendido? Ótimo. – Eu me atropelava com as minhas próprias palavras. – Agora será que podemos voltar ao nosso caminho? Eu ainda não desisti de voltar para buscar Rick, então se você continuar enrolando eu vou mudar de ideia e fugir daqui pra ir lá ajudá-los, entendidos?
– Wow, calma.
– Não me mande ficar calma, Grimes – bufo.
– Calma aí, esmeralda – provocou.
– Esmeralda?
– É, seus olhos, eles parecem duas esmeraldas, e eu gosto dos seus olhos.
– Obrigada – agradeço rapidamente e pego na mão de Carl. – Podemos ir agora?
– Você é quem sabe, esmeralda.
– Pare de me chamar de esmeralda.
– Não, esmeralda – retruca ele, rindo e começando a andar (vulgo me puxar pelos trilhos). – Sabe por quê? Porque você é a minha esmeralda, Lindsey.
Sinto que, se Carl continuar falando essas coisas pra mim, eu vou passar de vermelha pra cor-de-rosa e virar a Lindsey Cor-De-Rosa.
– E você está vermelha – comenta ele, o que só o faz rir mais ainda.
– Há-há, é muito interessante rir da minha cara, né, engraçadinho? – reviro os olhos.
– Não tenho culpa se você fica engraçada desse jeito.
– Olha a minha cara de pessoa que tá achando graça.
Ele dá de ombros.
– Preciso confessar uma coisa, e não quero saber se você quer ou não ouvir minha confissão – anuncia ele, ainda caminhando comigo. – Você é a garota mais linda que eu já conheci, e olha que eu já conheci muitas garotas por aí.
– Obrigada, de novo.
– Esmeralda, esmeralda! – cantarolava ele animadamente.
– Dá pra calar a boca, criatura?
– Hmm, não.
Corto a cabeça de um Errante que aparece no nosso caminho. Carl continua tagarelando meu mais novo apelido, olhando pra mim com um sorrisinho bobo no rosto. Estou prestes a começar a segurar minhas bochechas pra esconder um sorrisinho que começava a aparecer no meu rosto quando...
BOOM!
Eu e Carl nos atiramos no chão enquanto uma enorme bomba enche a área em que estávamos de fumaça e destruição. Vejo pedaços de Errantes, árvores e tudo mais que havia por ali voar para todos os cantos. Tusso, procurando por oxigênio. Um trilho de fogo começa a nos cercar, e quando vejo estamos cercados por fogo.
– Carl? – chamo, tateando à procura de Carl.
– Estou aqui – geme ele, abro lentamente os meus olhos e o encaro. Ele está com os olhos semiabertos, me encarando com uma expressão preocupada. – Você está bem?
– Não.
Ouço passos pesados em nossa direção, e a última coisa que consigo falar para Carl antes de desmaiar é um sussurro rouco de “Eu te amo”.
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