Victoria escrita por dimension4


Capítulo 4
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Notas iniciais do capítulo

Hello, victorians!! Espero que gostem desse capítulo. A música de hoje é Round and Round, do Imagine Dragons, pedida pela Sarah!



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We are afflicted by fiction, my fiction

Building a case for eviction, eviction

Circling ooh

Guarding a tower of ancients, of ancients

Shooting down arrows of patience

And patiently circling ooh

You don't have to hold your head up high - Imagine Dragons, Round and Round

Eu não sei exatamente como te explicar o jeito que as pessoas me encaravam. Era um misto de desconfiança, alguns de raiva, outros de pena. Josh e Carl andavam ao meu lado como dois guarda-costas. Mas é de um jeito ruim. Eles estão me levando para a morte.

É assim que eu penso.

E se eu for encurralada? Eles vão me ajudar? E se eles forem encurralados? Eu vou ajuda-los? Eu não sei. Todo o meu plano de fuga, ironicamente fugiu, da minha mente quando eu soube que tudo de mais que eles queriam era ter confiança em mim.

– Bom. - Rick disse vindo em minha direção. - Espero que se saia bem. Não encare isso como um desafio. Só precisamos de suprimentos, é só.

Seu sorrisinho foi suficiente para me acalmar. Eu gostava dele. De Rick. Sentia uma aura boa vinda dele, como se seu coração fosse tão puro quando o da bebê que ele diz ser sua filha. Ele me entregou facas e uma pistola carregada. Rapidamente abriu o portão pra nós e senti como se fosse livre de novo.

– Entra no carro. - Josh disse rude me fazendo revirar os olhos, mas acabei entrando.

O caminho foi longo e silencioso. As árvores passando pela janela me davam sono. O sol escaldante só piorava a situação. Deviam ser meio-dia. Mas isso não me importa muito.

– Tem um supermercado. - Carl disse cortando o silêncio - Sempre vamos lá. Mas dessa vez precisamos de um berço, então talvez isso seja mais demorado.

Assenti e saí do carro quando eles saíram. Era um grande supermercado, três ou quatro zumbis circulavam por ali. Então entramos apressados no estabelecimento. Carl e Josh empurraram madeiras a frente da porta, impedindo qualquer pessoa ou zumbi de entrar ali.

Estava meio escuro. Pouca luz entrava pelas janelas fechadas. Eu fiquei atenta enquanto eles pegavam as coisas nas prateleiras. Fui até um quartinho e percebi muita coisa interessante.

– Ei! - chamei os dois - Venham até aqui, rápido!

Os olhos deles brilharam quando viram o quartinho cheio de armas e munição. Facas, pistolas, metralhadoras e até coletes à prova de balas tinham.

– É melhor aproveitarmos. Não é todo dia que se encontra uma belezinha dessas.

Fui pegando umas facas e botando na cintura, além de esconder duas em cada bota. Meus ouvidos captaram um barulho. Foi o suficiente para eu prestar atenção. Tava tudo muito fácil: achamos armas, pegamos tudo o que precisávamos, mesmo faltando o berço, e pra mim ter tudo fácil nesses tempos é uma coisa bem incomum.

Eu saí do quartinho ainda com os dois enchendo uma mala de munição e armas. Peguei minha maior faca e fui em direção ao barulho. Na prateleira de barrinhas de cereal, enchi minha bolsa e peguei um salgadinho, claro. Mas meu estômago embrulhou ao ver aquela imagem.

Um zumbi comia sem escrúpulos a perna de uma mulher, seus ossos saindo pra fora e a carne exposta acumulando moscas e outros bichos nojentos. Mas ele comia tudo o que via pela frente. Assim que sentiu minha presença, largou sua presa e começou a rastejar-se até mim. Eu enfiei a faca com força em seu crânio, a raiva bombeando meu corpo.

Era assim. Sempre que via uma pessoa sendo devorada por esses monstros eu ficava com raiva. Por ser tudo culpa do inútil do meu pai.

– Victoria?

Carl veio até mim e olhou o zumbi morto à minha frente e a mulher com a perna exposta.

– O que aconteceu aqui? - assim que eu olhei pra cima, dei de cara com seus olhos. Me perdi um pouco antes de responder.

– Ele estava comendo ela.

Com esse comentário, ele deu uma risadinha e eu percebi o que eu falei, rindo também em seguida. Logo, nós colocamos a mão na barriga para conter a dor das gargalhadas.

– Ei, casal 20! - o tom irônico de Josh gritou e eu e Carl reviramos os olhos ao mesmo tempo - Vamos logo! Ainda tempos o berço pra pegar!

Tirar a madeira fez barulho. Meu coração batia loucamente. Eu estava com um mal pressentimento. Eles carregaram as mochilas até o porta-malas, mas Josh não conseguia achar as chaves que tinham caído no meio da sacola das armas. Mas tudo tinha que piorar.

Quando eu olhei pra trás, cercas de 10 zumbis vinham atrás de nós.

– Carl. - cutuquei ele.

– Espera, eu tô tentando...

– Carl, olha...

Assim que ele levantou, arregalou os olhos.

– Me deem cobertura! - Josh gritou quando também viu.

Assenti e comecei a matar o máximo que eu podia. Eu enfiava a faca nos crânios deles, ás vezes nas pernas para apenas caírem. Quando eu olhei pro lado, pensando que estava tudo acabado, mais deles vinham até nós. Eu estava desesperada.

– Rápido, Josh, rápido!

Carl gritou e eu comecei novamente a matar os zumbis. Mas o grito dele próprio me fez parar. Alguns zumbis estavam em cima dele, que estava imprensado no carro. Peguei minha pistola e comecei a atirar em alguns deles. Quando ele foi me agradecer, dei um tiro perto de seu ouvido pra acertar o zumbi que estava atrás dele.

Foi a minha última bala.

– Achei! - Josh gritou e entramos rapidamente no carro com medo de que mais deles chegaram.

– Parabéns. - Carl disse ofegante. - Você conseguiu.

– O que exatamente? - perguntei e ele sorriu.

– A nossa confiança.

Sorri em retribuição e Josh fez um hi-five comigo, que ri.

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Eu sabia que as pessoas da prisão ainda estavam receosas com a Victoria. Mas dava pra perceber que ela vai ser bem útil. Quando fui falar com Rick, meu pai, ele parecia feliz. Ele gostou dela. Eu estava com uma pontinha de ciúmes. Só não sabia de quem. Victoria o abraçou e foi completamente engolida por causa do seu tamanho.

Pigarreei e eles se soltaram.

– Finalmente huh? As pessoas estão começando a gostar de você.

Ela sorriu. Meu coração disparou.

Eu estou assustado.


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Notas finais do capítulo

Acho que não ficou muito bom.
Se não gostarem/gostarem, comentem!



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