Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 20
Tik Tok Goes The Clock


Notas iniciais do capítulo

Oi oi amores do meu core, desculpinha pela demora. Vocês sabe, escola me sufocando e tirando o meu tempo. Mas anyway, tomara que gostem desse capitulo. Obrigada, mais uma vez, a todo mundo que estava acompanhando e comentando a história! Love you all



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Ele carregava ela nos braços, andando em um ritmo acelerado. A última coisa que desejava era cruzar com alguém naquele momento. Felizmente, a agência parecia vazia. Devido aos ataques recentes, todos estavam ocupados. Ele estava indo em direção as celas, rezando silenciosamente para Pietro estar sendo mantido lá. Ele tinha mentido para Mística, ao final das contas, quando alegou que não sabia onde ele estava. Mas você realmente achava que Steve Rogers facilitaria para ela? Ele podia ter um explosivo em seu braço, mas pro inferno que ele iria ser derrotado sem lutar.

Apurando o ouvido, Steve ouviu vozes. Elas vinham do proximo corredor. Rápido, ele se escondeu, virando em um canto, longe da vista dos agentes que se aproximavam.

"Espero que Phil saiba o que está fazendo." Uma voz grossa falou primeiro. Ele não conseguia se virar para ver quem era.

"Ele sabe." Uma voz feminina respondeu. Steve não reconhecia nenhuma das duas vozes. "É isso o que precisamos acreditar, pelo menos."

"Os dois gêmeos estão aqui agora, e agência nem está completa ainda." Ele tinha um tom nervoso em sua voz.

"A garota está ala hospitalar. Ela não vai sair de lá tão rapido.” Wanda estava aqui? “ Não tema."

As vozes dos dois começaram a diminuir, até elas desaparecem no fim do corredor. Steve agradeceu silenciosamente.

Ele continuou o seu caminho, com mais urgência do que antes. O fato que Wanda não estava mais na posse da Hydra mudava tudo. Uma semente de esperança brotou em seu peito.

Steve chegou finalmente na área onde a Shield mantia seus prisioneiros. Dois guardas vigiavam a porta de entrada. Ele não podia simplesmente exigir permissão para passar, não com Natasha Romanoff desmaiada em seus braços. Ele também não tinha tempo, ou sendo honesto, paciência para se explicar. Optou pelo bom e velho método.

"Deus! Me ajudem." Ele falou alto, atraindo a atenção dos dois. Eles rapidamente o reconheceram, e quando viram Natasha em seus braços, correram em sua direção.

Steve a colocou no chão, com uma expressão aparentemente preocupada. Uma ótima atuação.

"Capitão, o que aconteceu?" Um dos guardas ajoelhou-se ao seu lado. Ele colocou a mão no pescoço da ruiva, checando o seu pulso.

"Ela desmaiou." O Capitão respondeu sem mais.

"Vou avisar a ala médica." O guarda em pé colocou a mão em sua orelha, ligando a sua escuta.

Steve foi rápido. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, ele já estava de pé o nocauteando. Bastou um soco para ele perder a consciencia. O outro guarda mal teve tempo de pegar a sua arma quando um golpe o atingiu.

Sem muito esforço, os dois estavam no chão.

"Desculpa cavalheiros. Apenas fazendo um ato pelo bem da nação." Ele falou enquanto pegava a sua arma e o seu cartão magnético.

Novamente pegou Mística inconsciente do chão, e abriu a porta das celas. Um longo corredor se revelou. Ele era muito bem iluminado. Branco, quase cegante. Ao longo do corredor várias celas de vidro se arrastavam.

As celas estavam vazias com exceção de uma. Pietro estava sentado, encostado em uma parede em uma delas. Sua aparência não era boa. Tinha círculos pretos ao redor dos olhos, e suava frio.

Steve ativou uma das celas com a sua digital. A porta de vidro se abriu, e ele trancou Mística dentro. Ele olhou para os cabelos ruivos de Natasha, e teve que repetir para si mesma que não era ela. Foco.

Se dirigiu para encarar Pietro.

Um riso fraco escapou de seus lábios quando ele viu o Capitão. “Oh, bem. Se não é o queridinho da América. Veio me fazer pagar pelos meus pecados, é?” Ele falava arrastando as palavras, quase como se sentisse dor ao falar. Mesmo assim mantia o ar de provocação usual.

Steve olhou para ele com um olhar de repulsa. Antes de dirigir uma palavra ao prisioneiro, ele acessou os dados dele no computador em frente a cela. Shield monitorava tudo: batimentos cardíacos, exames de sangue, a respiração, ondas cerebrais. Pietro ainda tinha mercurio em seus sistema, por isso estava tão enfraquecido. O Capitão não sentia pena dele.

“Não estou com tempo, ou humor, para as suas brincadeiras.” Ele abriu a porta e entrou dentro da cela junto com ele. “Então me conte onde ela está.”

Pietro sorriu fracamente. “Presumo então que já conheceu a minha amiga.”

“Bem mais do que eu desejaria, para ser sincero.” Seu corpo estava tenso.

Ele riu, fazendo todo o seu corpo tremer com a ação. A risada por fim se tornou uma tosse, e ele cuspiu sangue no chão branco.

Steve encarou as gotas cor de vinho no chão. “Você não parece tão bem.”

“Não brinca, Sherlock Holmes. Eu não tinha me tocado ainda.” O sarcasmo transbordava a sua voz.

“Eu não quero lutar.” Ele virou para encarar os seus olhos azuis vibrantes. “Estou cansado demais disso. Então eu venho com um acordo.” Steve falava as palavras devagar, pronunciando-as com cuidado. “Não me subestime, porém. Se eu precisar quebrar a sua cara, eu vou.”

“Vai pro inferno.” Ele responde, seguido de outra tossida violenta.

Steve estala a língua, se controlando para não perder o controle. “É sério.”

Pietro olha para ele com uma expressão cansada. “E o que você poderia me oferecer? Eu sei que você quer a localização da ruiva. Mas o que você me daria em troca?” Ele tenta se levantar, apoiando a mão na parede. Sua voz fica mais alta, soltando as palavras com desdenho. “Você é um bom soldado. Não trairia a sua agência. Não agiria por trás das suas costas. A única coisa nesse mundo que eu aceitaria é a minha irmã. Você tem ela escondida em algum lugar aqui por acaso?” Pietro agora estava a centímetros do Capitão. Sua fúria era evidente.

Steve demora um segundos para responder. “Diga-me onde ela está e e digo onde se encontra a sua irmã.”

Pietro bufou. “E que certeza que terei que você não estará mentindo? Que certeza eu terei que você não vai me estrangular no minuto que eu disser onde ela está?

“Eu sou um homem de palavra, Maximoff.”

“Não vou confiar em nenhum agente da Shield.” Ele interrompeu Steve antes que ele pudesse dizer mais qualquer coisa. “Ponto.”

Steve explodiu. Ele puxou Pietro pela camisa suja de sangue, e o jogou contra a parede. Ele o prendeu com as duas mãos.

“VOCÊ REALMENTE QUER APODRECER AQUI?”

Pietro trancou o maxilar. “Que outra opção eu tenho?”

“Confiar em mim, merda!” O Capitão bateu a cabeça dele contra a parede. Pietro cuspiu sangue.

“Confiar não é a minha especialidade.”

“Me diga onde Natasha está e você pode ver Wanda novamente.” Steve soltou a camisa dele, e ele deslizou para o chão, tossindo. “Só me diga.”

Pietro deitou de barriga para cima no chão, tentando estabilizar a sua respiração. Ele suava, e estava pálido.

“A mesma fábrica. Subsolo." Ele tossiu, recuperando a sua respiração. "Ela está lá.” Ele sussurou contra o chão frio.

O coração de Steve se acelerou. “Wanda está aqui. Na Shield. Ala hospitalar. É tudo o que eu sei.” E então ele saiu da cela deixando Pietro no chão, mal conseguindo respirar.



(...)



Tinha um maldito som que estava o impedindo de dormir. E ele estava com sono. Com tanto, tanto sono. E ele aquele barulho não cessava. Bip. Bip. Bip. De novo, e de novo, e de novo.

Maldito seja.

Ele tentou ao máximo ignorar o barulho, mas seus esforços eram em vãos. O barulho constante se tornava cada vez mais alto. Bip. Bip. Bip. Perto de seus ouvidos. Bip.

Ele só queria dormir. Mas pouco a pouco, ele foi recobrando a consciência e sentindo o seu corpo contra a cama macia. Ah, ele estava cansado. Mas o barulho não o deixava dormir novamente.

Vozes surgiram. Sussurros sem sentido, a qual ele não conseguia reconhecer. Elas estavam conversando a sua volta. Porque as pessoas não o deixavam em paz?

Até que as vozes se tornavam claras. Cada vez mais altas. Ele reconhecia as vozes. Ou não. Não tinha certeza. Estava tão cansado. Mas as vozes não o davam sossego.

Se rendeu. Iria manda as vozes e o maldito barulho que se calassem. Tentou abrir os olhos, não conseguiu. Sua pálpebras estavam tão pesadas, dois pedaços de chumbo sobre seus olhos. Tentou mais uma vez. O barulho acelerou. Bip.Bip.Bip.Bip.Bip.

E a claridade inundou a sua visão. Ficou cego por um momento, enquanto suas pupilas se ajustavam a luminosidade do quarto. Tudo estava borrado.

“Tony!” Uma voz gritou a sua esquerda. Maria. Ele tinha quase certeza que era Maria. Olhou para ela. Sim, definitivamente Maria. “Como se sente?” Sua voz era chorosa.

Como se Thor tivesse me martelado na cabeça. Ele quis falar. “Péssimo.” Ele falou. Sua voz era rouca.

“Compreensível. Te demos fortes sedativos para você não sentir a dor. Dormiu por mais de 24 horas.” Dor?

Ele vasculhou a dor pelo seu corpo. Só o que sentia era uma ardência, percorrendo toda a sua região torácica e seus braços. Pensando bem, ele nem conseguia sentir seus braços direito.

“O que aconteceu?” Ele balbuciou.

E então tudo o atingiu. Foi como um soco na cara. Wanda. O incendio. Pepper.

Seus olhos se arregalaram. Bip. Bip. Bip. Bip. A máquina ao seu lado apitava.

“Pepper-”

“Tony.” Maria o interrompeu. Ela o olhava com um olhar de pena. “Pepper está-

Mas ele não conseguiu compreender as suas palavras seguintes, pois o pânico invadiu a sua mente. Bipbipbipbipbipbipbip. Era tudo o que ele ouvia. Apenas o som de seu coração explodindo contra o seu peito.

E respirar se tornou muito difícil. Ele tentava desesperadamente puxar por ar, mas parecia encontrar nenhum. Seu corpo pareceu queimar. Um fogo o invadiu. Quem tinha ligado a porra do inferno?

Ele sentia uma queimação dentro de seu peito. Sua respiração estava entrecortada, desrregular. Estava hiperventilando.

E repentinamente, o barulho parou, com um último Bip.



(...)

Ele estava correndo em sua moto, atingindo o limite de velocidade. O frio gelado batia em seu rosto, arrepiando os seus pelos. Ele acelerou a moto o máximo que pode, angustiado para chegar à fábrica abandonada.

Steve não tinha avisado ninguém de sua saída. Mas também não podia deixar outros cometeram o mesmo erro dele. Se um dos guardas que ele nocauteara entrasse na cela de Mística e encontrasse ela na forma de Natasha, provavelmente a soltariam sem pensar duas vezes. Ele vira o que aquela mulher era capaz de fazer e as consequências seriam trágicas. Mas mais alto do que a sua consciência, vinha a necessidade de resgatar Natasha. Então ele apenas mandara um mensagem para Phil no caminho. Não abra a cela de Natasha. Ela é uma impostora. Explicarei tudo quando voltar. Não. Abra. A. Cela. Dela.

Temia que isso talvez não fosse o suficiente. E temia que se algo acontecesse, ele nunca mais pudesse se perdoar.

Mas em um instante, ele podia avistar a fábrica. Apertou o acelerador tão forte que ele temeu que ele fosse se despedaçar sob a sua mão. Entrou no interior da fábrica com um estouro e a moto soltou fumaça, protestando. Pulou para o chão.



Ele disse que ela estava presa no subsolo. Procurou por passagens, vasculhando o chão. No processo, uma coisa chamou a sua atenção pelo canto do olho. Se aproximou, analisando o objeto melhor. Era uma foto. Uma menininha de cabelos ruivos sorria para ele, e Steve não pode evitar de imaginar se aquela era Natália Romanova. Seu coração se apertou, e ele guardou a foto no bolso.

Achou uma escada que dava para o andar de baixo. Pulou de três em três degraus, cerrando os seus olhos para se acostumar com a escuridão. Steve reconheceu o lugar como parte de um abrigo anti-bombas. Milhares de lembranças da segunda guerra o atingiram, e ele se sentiu tonto.

Localizou uma porta a sua esquerda. Ela era de tamanho médio, enferrujada nas pontas e de ferro, trancada por um cadeado. Steve quebrou o cadeado com seu escudo, o qual caiu aos seus pés. Ele então tentou abrir a porta, mas ela não se moveu. Estava emperrada. Ele bateu com tudo nela com seu ombro, e sentiu a porta se mexer centímetros sobre seu corpo. Ele bateu de novo. E de novo, e de novo. A cada batida era uma pancada de dor, mas também significava estar um passo mais perto de encontrar Natasha. Finalmente, ela cedeu.

Steve entrou na pequena sala abruptamente, olhando ao seu redor.

E uma agente de cabelos ruivos preencheu a sua visão. Ela estava sentada em uma cama de ferro, com uma aparência péssima. Seus cabelos estavam embaraçados e rebeldes, presos sem muito esforço em um rabo de cavalo. Seu rosto estava suja de poeira, e suas roupas, as mesmas que ela vestira na última vez que discutiram, estavam amassadas e rasgadas. Mas tinha alguma coisa que ia além da aparência. Ela tinha um ar de cansaço, de desespero. Seus olhos estavam arregalados, surpresa pelo súbito aparecimento do capitão. Ele até estranhara que ela não estava em posição de ataque, já que nunca teria como saber o que viria por de trás daquelas portas. Mas o que mais o deprimiu, foi que ela realmente parecia como um sobrevivente da Segunda Guerra, se escondendo de bombas inimigas naquele abrigo. E isso fez o coração de Steve murchar.

“Natasha.” Ele falou em meio de um suspiro, sua voz transbordando com alivio.

E então ela deixou escapar um pequeno sorriso.



(...)

Ela nunca esqueceria da sensação de vê-lo novamente. Nunca esqueceria do tremor que percorreu o seu corpo quando ela ouviu a sua voz.

Nunca esqueceria do jeito que ele olhou para ela, e do jeito que ela retribuiu o olhar. Não esqueceria do barulho estridente de seu escudo batendo no chão, quando ele a envolveu com os braços quando ela o abraçou. Nunca se esqueceria do seu cheiro, seu aroma a qual ela não tinha percebido que sentira falta até esse momento. Pela primeira vez em dias, ela se sentia segura. Ela sentia o calor dele emanando para o corpo dela, e todos os seus músculos se relaxaram. Seu coração se acalmou, como percebesse que não haveria mais luta.

Ela nunca se esqueceria da sensação de paz que ele provocou, o modo como seu toque reagia com a sua pele, uma série de arrepios, e sensações e misturas e confusões de sentimentos.

Ela nunca mais iria se esquecer do jeito que ele falou o seu nome contra o seu ouvido, apenas um sussurro, como se fosse para ele se certificar que ela realmente estava ali. Ele lhe assegurou que tudo ficaria bem, que ela estava segura agora. E por algum motivo, ela acreditou. Ela acreditou plenamente na sua palavra, que nenhum mal poderia lhe atingir enquanto ela estava em seus braços.

Ela olhou para ele, apenas o vendo com a pequena luminosidade da janelinha, e percebeu que ele tinha sardinhas, pequenas sardinhas perto do nariz. Ela nunca se esqueceria de suas sardinhas. Nunca se esqueceria do tom de seus olhos, do formato da sua boca, do fato que a sua barba crescera e ele tinha que fazê-la.

Mas a coisa, que mais marcaria a sua memória para sempre, foi o barulho que saiu de seu braço. Foi o olhar de desespero que afogou os olhos dele.

Pois acima de tudo, o que ela mais se lembraria, era da realização que aquele barulho era de uma bomba relógio.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Comentem!! Beijão

The game, Shield, is on.

*cries because sherlock feelings*