Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 19
Vengeance Vows


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, como prometido, novo capitulo com muuitas explicações. Espero que gostem! E nunca vou me cansar de agradecer a todo mundo que está lendo. Muito obrigada mesmo. Nhonhonho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502188/chapter/19

“Vocês completamente perderam o bom senso!” Ele disse, furioso. Estava tentando esconder a sua raiva, mas não estava fazendo um trabalho muito bom. Suas mãos estavam cerradas em punho, a veia de seu pescoço saltada. Seu maxilar estava tenso.

“Não. Eu apenas aproveitei a oportunidade.” Maria respondeu, mais calma do que ele.

“A oportunidade de matar a todos nós?” Clint trancou o maxilar.

“Agora ela não é mais uma arma de Hydra. Eles não podem mais usa-lá.”

“Claro. Perfeito.” Ele falou sarcasticamente. “Mas já parou para pensar no que aconteceria se ela acordasse no meio do caminho?”

Maria olhou para baixo, completamente cansada da discussão. “Ela estava machucada, Barton. Sangrando como o inferno, desacordada. Se eu tivesse simplesmente a deixado ali, ela seria engolida pelas chamas.”

A nova informação fez o coração de Clint pular uma batida, e a imagem de Wanda ferida fez ele se calar por uns instantes. Ele não queria que ela moresse. Claro que não. Mas ele também não iria se deixar levar por sentimentos do passado.

“Sim. Chamas de sua própria criação.” Ele falou baixinho, se repreendendo pelas próprias palavras logo em seguida.

Ela ergueu os olhos. “Ela é apenas uma criança.” Ele abriu a boca para protestar, mas ela o cortou. “Você de todas as pessoas deveria saber disso.”

Clint ficou quieto mais uma vez.

“A questão é,” Coulson entrou na discussão. “Ela agora está sobre nossos domínios. Presa e inofensiva. Fim da história. É em Pepper e Stark que precisamos nos focar agora. E Sam. As macas do nosso hospital estão cheias. Então o que está feito está feito.” Ele deixou as suas palavras afundarem na sala.

Com um ultimo olhar para os dois, ele se retirou. Maria não demorou muito a segui-lo.

Clint fechou os olhos, apoiando a mão sobre o rosto. Soltou um suspiro cansado. Não sabia porque aquilo o afetava tanto.

Clint não percebia que a sua fúria vinha das profundezas da sua mente. Vinha de um deus escondido, furioso que seus planos tinham sido estragados.

Agora que Wanda fora resgatada, como ele iria recuperar seu cetro? Shield tinha que invadir a base da Hydra. Se não fosse mais por Wanda, seria por outro motivo. Ele só precisava achar um.

Enquanto isso, Barton podia sentir um dor de cabeça surgindo.

“Pega.” Skye jogou um frasco em sua direção. Ele observara a cena toda, sentada em um de seus computadores. Clint pegou o objeto no ar. Aspirina. “Pensei que você talvez precisaria de algumas.”

“Hm, obrigado.” Ele deu um meio sorriso de agradecimento, e engoliu algumas pilulas.

“Agora,” Ela foi para o seu lado, se apoiando na mesa ao lado dele. “Você vai me explicar tudo.”

“Tudo o que?" Ele olhou para ela.

“Sobre você e os gêmeos. A sua história. Porque eles te afetam tanto.”

“Você viu os arquivos.” Ele suspirou.

“Eu vi.” Ela concordou com a cabeça. “Mas eles só me contaram uma parte da história. Conte me o resto.” Seu olhar era sério.

Ele abriu a boca para discutir, mas se conteu no meio do caminho. Qual era o ponto? Ela ficaria sabendo de uma maneira ou outra. Eram melhor ouvir da boca dele.

“Tudo bem.” Ela deu um meio sorriso, mas ele fingiu não perceber. “Eu conheci os dois em uma missão. Os dois estavam fugindo, nem eles sabiam do que. Mas essa era a unica vida que eles conheciam.

No minuto que eu botei o olho nos dois, eu percebi que eles diferentes. Poderosos. E pior ainda, assustados. Diretor Fury me disse para vigiar os dois, mas manter em segredo o que eu via. Se eles caissem em um mal caminho… Bem, você viu o que aconteceu.” Seus olhos se tornaram sombrios, e por um momento Skye se perguntou se tinha feito o certo em confrontá-lo sobre isso. Talvez fosse muito pessoal. Mas logo ele continuou, “Por isso Fury me deu uma missão. Treiná-los em segredo. Ele tinha esperança que um dia eles pudessem ser agentes da Shield. E então eu o fiz. Consegui a confiança deles. Me tornei um protetor. Ensinei Pietro a lutar, atacar, se defender. Antes só o que ele sabia era fugir. Correr. Proteger Wanda. Ensinei ele a atirar, e diabos, como ele era bom. Sua arma preferida era a besta.

E Wanda, mal ela sabia o que podia fazer. Ela tinha tanto potencial, mas eu não sabia nada sobre feitiçaria. Nunca tinha visto nada igual. Vi ela mover toneladas com um simples gesto. Vi ela desviar balas, atear fogo, congelar objetos só com o pensamento. Ela até voava.” Ele riu fracamente. “Ela era especial. E dai, bem,” Seu rosto se fechou novamente. “As coisas começaram a dar errado. Os seus poderes começaram a ficar fora de controle.

E ela matou. Foi um acidente, mas aquilo acabou com ela. Foi a minha culpa, na verdade. Eu deveria te-la protegido. Eu…” Ele deu uma pausa mais uma vez, sua vozcom um tom triste. “De qualquer jeito, o acidente foi polemico. Chamou atenção de algumas pessoas. Eu sabia que ela estaria na mira de algumas pessoas perigosas. Apenas pensei que ela estaria segura comigo. Fui grandiosamente estupido.

Ninguem sabia sobre eles. Ninguem tirando Fury. Os unicos arquivos existentes sobre eles eram os que voce viu.”

“Não eram grande coisa.” Ela falou, dando pausa ao seu discurso.

“Não eram grande coisa realmente.” Ele deu um aceno com a cabeça. “Mas foi o suficiente para a Hydra capturá-los. Eu não sabia que tinha sido a Hydra, é claro. Ninguem sabia na época. Hydra montou uma armadilha. Pietro conseguiu escapar com Wanda. Eles fugiram. Foram para o lugar onde treinávamos.

Shield. Pietro disse que viu uniformes da Shield. Eu não acreditei, é claro. Disse que tinha se confundido ou estava vendo coisas. Provavelmente estava com uma concussão. Aparentemente, foi o estopim. Ele me acusou. Afirmava que eu tinha os traído.” Clint riu, uma risada amarga. “Eu!” Ele bufou. “Eu.” Seus olhos se tornaram tristes de repentes. “Nunca os traria.” Sua voz começou a falhar. “Ele não acreditou. Estava assustado demais. Wanda tinha sido ferida. Ele estava com medo por ela. Com raiva. Precisava culpar alguém. Então me atacou. O discípulo se virou contra o mestre, e o mestre perdeu.” Ele ergueu a camisa e virou de costas, apontando para um cicatriz bem acima de sua cintura. “Foi assim que eu consegui isso. Uma facada. Suponho que ter super velocidade pode ser vantajoso.

No dia seguinte eles se foram. Sem rastros, sem adeus. Só me deixaram ali sangrando. Forço a acreditar que não conseguiram me matar. Que eu signifiquei alguma coisa para eles.” Ele deu de ombros, como se não importasse mais. Mas Skye conseguia ver a dor em seus olhos. “De qualquer jeito, eu nunca soube que fim eles tireram.Não foi por falta de vontade. Passei anos procurando por eles. Alguma coisa. Qualquer coisa. Nada. Agora sei porque.”

Houve um breve silêncio entre os dois.

"Você pretende fazer a Hydra pagar?" Skye pergunta baixinho.

"Oh Skye, por cada segundo."




(...)

O único som quebrando o silêncio dos corredores era dos saltos dela batendo contra o chão.

Ela era Natasha novamente. Vendo a assumir tal forma fazia Rogers sentir uma pontada no estomago.

“Você tem que ter a minima ideia de onde eles mantém os prisioneiros. Agora, aponte a direção.”

"Eu já falei que não sei onde ele está preso."

"E eu já falei que não acredito em você." Ela respondeu, impaciente.

"Bem, dai não é problema meu."

Ela olhou para trás, fuzilando ele com o olhar.

"Muito engraçado, Capitão. Me pergunto se vai continuar com o senso de humor quando o corpo de Natasha estiver em seus braços."

Ele parou de andar, quase tropeçando em seus próprios pés.

Ela riu. "Não se preocupe. Ela está bem." Mística ergueu uma das sobrancelhas. "Por agora."

De novo, o aperto no coração de Steve voltou. Eles andaram em silêncio depois disso. Ela estava indo em direção ao subsolo, em esperança de encontrar as celas, e provavelmente ela estava certa, mas Steve estava muito cansado para ligar.

Tinha tanta coisa na cabeça de Rogers que ela parecia prestes a explodir. Em menos de 24 horas ele tinha ido ao paraíso e inferno, e parecia que nunca ia escapar do ultimo.

A possibilidade de perder Natasha antes mesmo de tê-la completamente era dolorosamente assustadora. Não usaria o termo insuportável, mesmo com o seu coração mandando, pois ele era mais forte do que isso.

Claro que era. Ele ja perdera tanto, já perdera tantos, que perder mais uma pessoa que nem era sua parecia ordinário.

Insignificante, se ele se atrevesse a dizer.

Mas ele não se atrevia. Porque não importava quantas pessoas ele já tinha perdido, a dor era igual. Ele podia afirmar com fervor que não ficava mais facil de suportar. Cada perda era uma facada, um ferimento que nunca parava de sangrar. E daqui a pouco ele teria uma hemorragia.

Ele podia, entretanto, afirmar que ele aprendera a conviver com os seus ferimentos. A dor já era uma velha amiga, a qual ele não podia se despedir. Sempre uma parte sua ficaria eternamente deprimida. Era o preço a qual ele pagava ao vestir o uniforme de Capitão America.

Era por isso que ele adorava Natasha tanto. Seu amor por ela era um pedido gritante de socorro, um curativo para os seus ferimentos expostos. Quando estava com ela, era como se uma amnesia tomasse conta de seu corpo, e ele pudesse por um momento ficar em paz.

Ele se esquecia de Peggy. Esquecia do futuro deles que nunca passou de um sonho. Se esquecia de Bucky, se esquecia do sentimento de culpa e remorso que sentia em relação ao velho amigo. E ele podia sentir Sam escapando também de sua vida, e se recusava a pensar nessa possibilidade agora. Mas inferno, ela até tinha amenizado a dor de ver Sam sangrando em seus braços. Não era ela naquele momento, como ele veio a descobrir depois, mas não importava. Pois era a mera visão de Natasha que tinha esse efeito.

Por isso ele queria resgatá-la tanto. Por isso que ele se preocupava tanto com ela. Porque além do fato que ele estava estupidamente apaixonado, era porque ela era um remédio para as suas torturas psicológicas. Ela apagava os seus demônios, e ele era eternamente e extremamente grato por isso. Ele a queria em seus braços por motivos puramente egoístas.

Era um amor perigoso. Steve temia que ele acabaria por se afundar ainda mais na sua propria escuridão se perdesse Natasha.

Foi por isso que ele fez o que fez a seguir. Por ela.

Antes que ele pudesse pensar duas vezes, puxou Mística pelo braço e a imobilizou. Juntou sua força e a jogou contra parede. Ela, confiante que ele não atacaria, estava despreparada e bateu a cabeça com força.

Caiu desmaiada em seus braços. Steve a pegou no colo, enquanto seu coração parava de bater freneticamente. Uma palavra dela podia ter acionado o sensor e ele podia ter morrido. Bem, aquele era o momento de se arriscar. Tudo estava em jogo. Vencia quem tinha as melhores cartas.



(…)



Ela acordou de repente, assustada com a escuridão que a cercava. O único som que ela ouvia era o da sua respiração, alta e irregular. Sua garganta doia. Podia sentir uma superficie macia sobre as suas costas. Uma cama. Esperou alguns minutos para os seus olhos se acostumarem com a falta de luz. Aos poucos, sua visão da sala melhorava assim como o seu coração se acalmava.

Seu corpo estava banhado em dor, e ela com muito esforço conseguiu se sentar, analisando o ambiente ao seu redor. As molas da cama rangeram em protesto. O aposento que se encontrava era pequeno, quase minusculo. Em compensação, o teto era alto. Uma janela se encontrava perto do topo, deixando passar apenas um pequeno raio de luz da lua.

Depois de se certificar que estava sozinha, ela apoiou os pés para fora da cama. Quase esmagou uma garrafa d’agua no processo. O barulho da garrafa batendo no chão a assustou e ela por um momento entrou em pânico. Demorou vários minutos até que ela conseguiu se acalmar, respirando fundo várias vezes. Apertou a sua mão em punho para parar de tremer.

Medo era uma coisa psicologica, e você tem controle da sua mente.

Ela perdeu a conta de quantas vezes repetiu isso. Por fim, localizou a garrafa novamente e engoliu o seu conteúdo com urgência. Tinha esquecido do quanto estava com sede. Sua boca antes estava seca, sua cabeça quase explodindo de uma enxaqueca.

Um suspiro choroso saiu de seus lábios.

Natasha não sabia onde estava. Na verdade, ela não sabia mais nada. Ela só tinha certeza de uma coisa.

Pietro Maximoff iria se arrepender amargamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, comentem! Fico muito feliz com os comentários de vocês, e fico triste em dizer que eles diminuíram drasticamente. :(