Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 22
Completos


Notas iniciais do capítulo

Eu estou um pouco constrangida por esse capítulo, porque não acho que o final tenha ficado como eu queria. Na verdade, esse capítulo seria bem maior, mas deixei as emoções para o próximo.

Faltam dois capítulos! Não to aguentando a dor do fim, sério!

Aproveitem.

AAAH, capítulo dedicado a fofa da miss_hale, que fez uma recomendação muito linda. Chorei horrores, mas eu ando chorando muito mesmo. Obrigada, sua linda! Curta seu capitulo!

Sigam o exemplo dela, recomendem!

Agora sim, ao capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502083/chapter/22

– Você deve estar feliz, garoto - Lynch terminou de passar o unguento na mão de Tom. Duas semanas passando a gosma verde e mal cheirosa e sua mão estava rosada e não parecia que tinha sido queimada recentemente - Vai sair hoje, vai pegar o belo jantar e se livrar das sopas preparadas aqui.

– Adoro suas sopas, Madame Lynch - falou em um falso tom agradável, ainda era o mesmo bajulador de sempre. - Pode me passar o jornal? Eu me sinto mais envolvido no mundo assim. Ficar aqui é bom, mas me sinto tão alheio a tudo!

Riu falsamente, enquanto a enfermeira buscava a edição mais recente do Profeta Diário, que chegara de coruja mais cedo. Quando leu o enunciado, arregalou os olhos. Hermione nunca poderia ver aquilo!

GRINDEWALD ATACA GRÃ BRETANHA.

Por Marissa Weatherstick.

Isso mesmo, Gellert Grindewald chegou com suas tropas ontem à noite nos limites da Inglaterra e Escócia e de acordo com testemunhas trouxas, o bruxo das trevas atacou sem piedade três vilarejos bruxos e mais alguns trouxas.

Não se sabe o motivo do interesse repentino de Grindewald em atacar o Reino Unido, uma vez que o próprio nunca demonstrou interesse em sair do leste Europeu e redondezas.

De qualquer maneira, o ministro elaborou medidas de segurança que disponibilizamos a seguir para vocês...

– Ei Tom, o que é isso? - a voz de Hermione soou em seus ouvidos e ele embolou o jornal de qualquer jeito, sujando de unguento e colocando atrás das costas.

– Isso o que? Está bonita hoje, querida - mudou de assunto, esperando que surtisse algum efeito.

Hermione estava como todos os dias, com o uniforme e a fita nos cabelos, mas tinha algo de diferente sim na castanha. O rosto dela estava mais alegre, mais corado, ela estava assim desde o pedido de casamento, e Tom achava que se ele não estivesse preso na cama da enfermaria estaria do mesmo jeito.

Mesmo sem um dos dedos e as costas ainda ardidas das queimaduras horrorosas que as horcruxes fizeram, Tom se sentia ótimo. Mais que isso, se sentia feliz, se sentia leve. Se soubesse o peso que tinha sido tirado das suas costas teria amado muito antes.

Embora que nenhum amor se compararia ao que sentia pela grifinória, era o mais intenso, mais profundo, e mais verdadeiro possível.

Tom costumava pensar que Hogwarts era seu lar, que lá ele estava em paz consigo e que se sentia bem e confortável. Ele nunca esteve tão errado. Hermione era seu lar, independente do lugar onde estivesse, Hogwarts, o orfanato, alguma casa no mundo bruxo. Com ela, ele sentia uma paz absurda, cosia que ele nunca pensou sentir, mas que estava amando.

Toda a experiência de amar estava sendo maravilhosa, compensava toda sua perda anterior.

Hermione revirou os olhos e bufou, e Tom quis rir.

– Não me engane com palavras bonitas, Riddle. Me passe esse jornal.

– Sério, Hermione, não há nada nele que você queira ler - falou, expondo sua preocupação.

Por que sua noiva tinha que ser tão insuportável e teimosa?

– Isso quem decide sou eu, Tom.

E contrariada, pegou o jornal antes que Tom pudesse protestar. Enquanto seus olhos corriam pela noticia completa, um grito foi sufocado na garganta, seus olhos se encheram de lágrimas e as mãos começaram a tremer violentamente.

Jogou o jornal longe e abraçou as pernas, chorando compulsivamente. Tom ainda odiava choro, principalmente o da sua noiva, mas mesmo assim, abraçou o corpo pequeno e delicado de Hermione, sentindo a mesma retribuir o abraço.

– Ele está vindo atrás de mim, Tom. Eu não aguento mais isso.

Ele passou a mão pelos cabelos dela, entendendo o que ela queria dizer. Por mais que não soubesse o motivo pelo qual Grindewald a queria morta, mas sabia que a menina estava cansada de estar em uma guerra, cansada de fugir.

– Calma Hermione, o vel... seu tio não deixará que ele entre no colégio. Temos boa proteção.

– Hogwarts pode falhar, não seria a primeira vez.

Não se lembrava de já ter lido sobre as barreiras de Hogwarts terem enfraquecido alguma vez, mas tirou logo isso da cabeça. Não queria se preocupar com os mistérios de Hermione, não quando as coisas iam bem.

– Se as barreiras falharem, eu protegerei você. Quem precisa de um castelo velho quando se tem um jovem namorado saudável, bom bruxo e com nove dedos em perfeito estado? - fez piada, e Hermione riu, parando de chorar.

No inicio, ele tinha ficado furioso por perder um dos dedos, mas como Hermione não ligara e o dedo não fazia falta, ele parou de se importar. Estava se acostumando com sua condição, embora sentisse falta dele às vezes.

– Tom, eu preciso de você.

Franziu o cenho. Ele já era dela, já estava com ela para tudo. Do que ela estava falando?

– Eu estou aqui com você, Hermione. Sempre.

Hermione levantou o olhar para o dele, os olhos estavam vermelhos do choro, mas estavam profundos.

– Não estou falando nesse sentido, bobinho.

Tom abriu e fechou a boca várias vezes até perceber o sentido de precisar. E quando se tocou, seu queixo caiu mais ainda.

– Mas Hermione, essas coisas não deviam ser feitas... hm... depois do casamento? - perguntou.

Hermione em um impulso, o deitou sobre a cama desconfortável da enfermaria. Ela parecia selvagem, uma leoa, quase como no dia que chegara, mas sem o desespero.

– Já somos noivos, Tom. Podemos adiantar um pouco as coisas.

E o beijou.

Foi diferente de todos os beijos que já trocaram. Era o mais intenso, mais provocante, mais enlouquecedor... mais tudo. Algo em Tom mudou, ele precisava de Hermione de um jeito totalmente novo para ele, precisava sentir que ela era dele no sentido mais complexo da coisa.

– Vamos embora daqui - sussurrou, a voz estava rouca.

Tiveram que disfarçar quando Madame Lynch apareceu, e quando foram liberados, correram ignorando os olhares de todos os alunos e professores.

– Tom, agora não é o melhor horário - ela parou de correr, fazendo-o estacar no lugar.

Ela que o provocara, fizera o desejo despertar nele, e agora mudava de ideia? Bufou, nunca entenderia Hermione Granger.

– Como?

– Tom, estamos na luz do dia, com todos os alunos transitando.

– E daí? Eles não vão participar, vão? - coçou a cabeça. Hermione revirou os olhos.

– De noite voltamos à sala precisa, e ai eu serei sua.

Tom reconsiderou, e por fim aceitou a proposta da namorada. É claro que ela estava certa, mas nunca admitiria em voz alta.

Tom resolveu a levar para a beira do lago, onde tinha uma árvore muito confortável. Tom adorava passar o tempo livre ali com Hermione, e a mesma sentia a mesma coisa.

Ficaram um bom tempo conversando amenidades, curtindo a companhia um do outro. Brincaram com o fato de que eles acabaram com a rivalidade das casas, já que nenhuma briga entre as suas foi noticiada, e recentemente Charlus Potter e Dorea Black assumiram o relacionamento.

Claro que era bem menos complicado que o dos dois, mas Tom preferiu não dizer isso para a namorada.

– Ora, ora, vejam quem está aqui - a voz enjoada de Abraxas Malfoy soou em seus ouvidos, fazendo Hermione se soltar dele e se levantar. Tom imitou o ato.

– Malfoy, como vai? - perguntou cordialmente. Os outros comensais demonstravam surpresa ao ver o mestre sendo educado.

– Queríamos saber como ficaríamos, agora que saiu da enfermaria - a voz apática o enjoou.

É claro que uma hora teria que contar aos seus servos que desistira dos seus planos malignos. Só não sabia que teria que ser naquela hora.

– Bem, como Hermione sabe de tudo, não é problema falar sobre isso a frente dela. - olhou para a namorada, que lançou um olhar encorajador - Vi que o que fazíamos era infantil e idiota, e não pretendo mais seguir esse caminho.

Os quatro sonserinos franziram o cenho, não compreendendo os planos de seu mestre. Tom quase revirou os olhos, eles eram obtusos ao extremo!

– Mas, mestre? E nossos planos? - Lestrange perguntou.

– Lestrange, eram planos imaturos, feitos por adolescentes mesquinhos. Agora que estamos quase no final do ano posso ver que não nos levaria a nada. Acho que deveríamos seguir nossas vidas como bons colegas. Não me importo se vocês quiserem continuar nesse caminho, mas acho que terão que arrumar um novo mestre.

Hermione bufou, batendo na própria testa. Provavelmente não era a resposta que ela gostaria d ouvir, mas aquela era a verdade. Ele não se importava se seus antigos comensais queriam seguir o caminho das trevas, eles podiam fazer o que quisessem, contanto que o deixassem em paz.

Abraxas analisou atentamente Hermione. E ambos retesaram, Tom e Hermione. Não vinha boa coisa.

– É por causa dela, não? Por causa dessa imunda, dessa maldita sangue ruim?

O sangue de Tom ferveu. Ninguém falava assim de sua noiva.

– Vocês sabiam? - Abraxas continuou. - Sabiam que a menina de ouro de Tom é uma sangue-ruim? Tirem aquele curativo nojento do braço dela e vejam por si mesmos.

Tom sentiu o olhar dos sonserinos ficando desconfiados e raivosos, e estava se preparando para avançar neles, mesmo que ainda estivesse fraco.

Mas para sua surpresa, Hermione saiu de onde estava e parou em frente de Abraxas retirando o curativo e revelando para quem quisesse ver que era marcada com a maior ofensa do mundo bruxo.

– Eu fui marcada sim, marcada por engano por uma pessoa tão detestável quanto você, Malfoy - a voz de Hermione estava fria e cruel. Voldemort se remexeu dentro dele, afirmando que ela daria uma ótima lady. Tom ignorou o que sua parte má falava, ela não existia mais - E mesmo que eu fosse nascida trouxa, isso seria melhor que ser como você. Um maldito preconceituoso que não tem vontade própria, que se alimenta de ódio e rancor. É melhor ser uma maldita sangue-ruim a ser um ser miserável como você é. Eu espero que você um dia seja feliz por conta própria, Malfoy, ou então a sua vida será assim, vazia.

Tom deixou o queixo cair, assim como os outros três sonserinos. Abraxas encarava Hermione, vermelho de raiva e vergonha. Ele levantou a varinha, pronto para lançar um feitiço, mas Tom foi mais rápido e o desarmou. Nenhum dos outros se moveu para ajudar Abraxas, o que deu a entender que eles não eram tão amigos assim.

Tom se viu aliviado por não fazer parte daquilo.

– Não ouse levantar a varinha para Hermione, Malfoy, ou eu faço questão de te matar.

Hermione apoiou-se nos braços do noivo, e o mesmo se acalmou. Ele sentia a raiva vindo como antes, porém em proporções menos destrutivas. Agradecia pela sua namorada estar ali para fazê-lo se controlar.

– Vamos, Tom. Não vale a pena perder tempo com Malfoy.

Tom assentiu, jogando a varinha dele no chão, que abaixou para pegá-la. Tom quase sentia a humilhação de Abraxas e o contentamento secreto dos outros sonserinos.

Quase se sentiu feliz ao perceber que ninguém gostava de Abraxas, então se lembrou de que dividia o dormitório com ele. Sua animação murchou na hora.

Assim como o clima e a vontade de avançar na relação com Hermione.

(...)

Acabou que no fim da noite eles realmente não fizeram nada. Tom estava frustrado, é claro. Depois que cogitou a hipótese de possuir Hermione por completo, amou a ideia. E agora que não conseguira, estava irritado com ela, por ter sugerido e depois mudado de ideia.

Os dois estavam deitados na cama de Hermione, na sala precisa. Era o refugio dos dois, e nenhum parecia animado com a ideia de que uma hora teriam que se separar para as aulas.

Hermione tagarelava sobre suas aflições do futuro. Ela tinha medo de não ser bem sucedida, de ficar frustrada com decisões erradas, de não conseguir bons resultados nos NIEMs, e de Grindewald, é claro.

– Hermione, por que Grindewald estaria atrás de você?

– Sou uma Dumbledore, por mais que seja difícil lidar com isso, tenho que aceitar que essa é minha família. E Gellert não é bem amigo dos Dumbledore. Parece que ele tentou matar minha mãe quando ela nasceu, e por isso mamãe foi dada para adoção trouxa. E tio Alvo disse que ele planeja vir atrás de mim. Sei que estou bem protegida em Hogwarts, mas não posso deixar de ficar apavorada. A guerra é terrível, Tom.

Os olhos dela ficaram marejados. Tom se arrependeu de ter feito a pergunta. Claro que estava satisfeito por ela ter sido sincera com ele e ter acabado com o mistério, mas ver sua noiva triste lhe partia o coração.

– Ei Hermione, não chore, já disse que estou aqui com você. Além disso, você fica horrenda quando chora.

A castanha riu, beijando-o em seguida.

Começou calmo e apaixonado, como todos os beijos dos dois. Era sempre a sensação de frio na barriga e coração aquecido. Beijar Hermione era uma das coisas que ele mais amava fazer.

Então o beijo ficou mais intenso, mais furioso, e quando se deu conta, Hermione estava sentada em seu colo. Isso fez algo despertar em Tom. Ele beijou a castanha furiosamente, enquanto as mãos passavam por toda a extensão do corpo da namorada, por baixo da fina camisola de seda que ela usava.

Sentir a pele macia de Hermione era mais do que ele sonhava. Saber que ela era sua, então, o deixava ainda mais louco. A castanha puxava alguns fios do cabelo dele com fúria, mas ele não se importava.

Ele retirou a camisola da morena, deixando-a só com a calcinha rosa que usava. Ver Hermione tão exposta lhe dava uma sensação de poder maravilhosa, porque só ele podia vê-la assim.

Hermione retirou a camisa do pijama preto que ele vestia, deixando-o apenas com a calça; então a realidade chegou a ele. Ele nunca tinha feito aquilo antes, e se Hermione detestasse? E se não quisesse mais ficar com ele?

– Hermione - ele disse, ofegante pelo ultimo beijo trocado. Os olhos dela estavam mais escuros, e ele se perguntou se os olhos dele estavam desejosos como os dela - Eu.. eu nunca fiz isso antes.

– Eu também não, Tom - ela sorriu delicadamente, e ele se sentiu mais confiante - Você será meu primeiro.

O primeiro... Tom sabia que era muita responsabilidade, mas ele conseguiria aguentar.

– E único, senhora Riddle.

E a beijou, invertendo as posições, ficando por cima dela. Voltaram a ser beijos românticos, mas não menos intensos. Era ela que ele queria para vida inteira, então não importava que fosse antes ou depois do casamento, importava apenas que Hermione fosse sua para sempre.

Ele se livrou das calças e da roupa intima de Hermione. Começou devagar, e quase se apavorou ao ver a careta de dor da castanha. O que ele tinha feito de errado?

Resolveu esperar para que ela se acostumasse. Quando ela se remexeu embaixo dele, pedindo para que continuasse, ele obedeceu.

A sensação de estar com Hermione era nada menos que estar completo. Nunca se sentiu tão vivo ou tão completo quando estava ali com ela. Nenhum barulho era ouvido além do impacto dos corpos e os gemidos de ambos.

Era desajeitado, mas não menos verdadeiro ou intenso. Hermione era dele, ele era de Hermione. E seria assim para sempre.

Tom foi aumentando o ritmo ao ver eu Hermione correspondia as investidas, alternando entre arranhar suas costas e mordidas leves. Isso só o incentivava a continuar.

Tom foi sentindo uma pressão gostosa e quase desconfortável, e então se sentiu aliviado. Desabou ao lado de Hermione e viu que ela tinha a mesma expressão. Tinham chegado ao ápice juntos.

O anel de noivado reluzia no dedo da castanha. Os corpos de ambos estavam suados e cansados. Estavam ofegantes e corados.

– Isso foi... - ele começou, mas não sabia descrever como tinha sido. Fantástico, maravilhoso, perfeito, nada parecia combinar com a situação.

– Surreal - ela disse, respirando fortemente, tentando controlar o ritmo da respiração.

Sim, esse era o adjetivo. Fazer amor com Hermione era surreal, além dos sentidos humanos e do que se é palpável.

Amar Hermione era surreal.

– Eu te amo, Hermione. Obrigada por me fazer enxergar tudo que eu perderia.

Ele era grato, do fundo do seu coração. Ele enxergava que Hermione era tudo que ele precisava, mais que poder, mais que glória. Ele precisava de carinho, amor e atenção, e sua noiva o proporcionara tudo isso.

– Eu te amo, Tom. Não me agradeça, você me fez ver tudo o que eu poderia ganhar, mesmo com as perdas.

Tom não queria decifrar as incógnitas de Hermione naquela hora, então a beijou, mas foi só isso, ambos dormiram rapidamente.

Um com os sonhos voltados para o outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não sou muito boa para cenas mais quentes, então me desculpem.
Mas comentem e digam o que acharam!