Capítulo 13

O salão gigante estava cheio. Haviam 4 mesas uma de cada cor. E em cada uma eu via a oportunidade de ser alguém diferente, a oportunidade de fazer a minha história novamente. Eu sempre fui uma pessoa normal, sabe, eu tinha pai, mãe, irmão e um namorado. Eu ia a escola todos os dias, ria e brincava com meus amigos, tirava boas notas e saia nos fins de semana. Eu era normal e isso era irritante. Ser normal é chato, monótono. Mas não se engane, eu amava a minha vida antiga, é só que eu sempre senti que eu não pertencia a aquele lugar, ou melhor, eu sempre soube que não pertencia a aquele lugar. E apesar de tudo isso, eu trocaria essa vida de agora pela antiga em cinco minutos, eu penso no qu.....

“Eu os falei, eu os avisei...

Agora que a seleção comece.”

Todo mundo está batendo palmas e eu também estou, só agora percebi que eu não ouvi a música que o chapéu seletor cantou. Os alunos sentados nas mesas estão cochichando todas juntas então não dá para escutar o que cada grupo está falando. Eu olho para o Harry, buscando alguma dica sobre o que vai acontecer agora, mas ele está conversando com o Rony e a Hermione. Fred e George me olham e mandam um sinal de boa sorte. A Gina sorri e me lança um olhar de confiança.

–- Abercrombie, Euan – Fala a prof. Minerva e um garoto sobe no banco assustado

–- Grifinoria – Grita o chapéu assim que ele é colocado na cabeça do garoto. E a mesa da Grifinoria comemora quando ele se senta junto deles.

Os nomes gritados e os alunos vão sentando no banquinho e colocando o chapéu na cabeça. Um a um eles saem e se sentam na mesa de sua respectiva casa. Eu sou última pois sou a mais velha e isso não é nem um pouco legal. Acho muito preconceito com quem tem mais idade.

O ultimo menino do primeiro ano é chamado e mandado para a Corvinal, e ai chega a minha vez. Eu olho para os lados procurando algo que nem eu sei ao certo o que é. Hagrid não está na mesa então meus olhos cruzam com olhar do Snape que está me encarando.

–- Potter, Emily. – E enfim o meu nome é chamado e como que em um acordo todo o restaurante para de comer e olha para mim. Acho que tem a ver com o nome Potter, ele causa um certo impacto nas pessoas. Principalmente quando ele é pronunciado de modo inesperado na hora da cerimonia de separação de Casas.

Eu caminho para o banco tentando aparentar a calma e indiferença que não estou sentindo. Capa pessoa nesse salão esta olhando para mim e pensando alguma coisa a meu respeito. E eu sei que muitas podem estar me chingando mentalmente e que realmente quero não ligar, mas meus instintos me fazem querer duelar com cada uma dessas pessoas, e olha que eu nem sei quem são ela.

Eu chego ao banco e me sento de olhos fechados. A prof. Minerva coloca o chapéu velho e surrado na minha cabeça.

–- Vejamos, então você é a última certo? Mas você não tem mais 11 anos. Vamos ver o que tem dentro da sua cabeça e para onde eu devo lhe mandar. Eu vejo que há muita bondade em você, Lufa-Lufa pode ser um bom lugar, mas há também uma grande coragem, uma necessidade de se provar e de uma necessidade maior ainda de provar aos outros a sua força, talvez Grifinoria seja mais indicada. Mas.... eu também vejo uma grande raiva dentro de você, será que...

–- Grifinoria, Grifinoria, por favor Grifinoria – Eu tento pensar, se começou a falar da raiva ele deve estar pensando em Soncerina. Eu não POSSO ir para Soncerina.

–- Soncerina talvez seja a sua Casa se você permitir, mas acho que você tem razão, vale a pena arriscar. GRIFINORIA !!!!

E acabou, eu arranco o chapéu da cabeça e saio correndo para a mesa, vai que ele muda de ideia e decide me mandar para Soncerina?

Quando eu chego perto vejo que quase não há lugar para sentar, vou me encaminhando para um lugar vazio perto de pessoas desconhecidas quando a Gina me chama e indica um lugar perto dela.

–- Eae, o que achou do chapéu ?

–- É intenso.

–- Eu sei, ele demorou muito na sua vez, parecia quase indeciso, sabe.

–- É porque ele estava indeciso. Lufa-Lufa e Grifinoria. – Decido não contar sobre a Soncerina, pelo menos não agora que tem um monte de gente tentando ouvir nossa conversa.

–- Nossa, ainda bem que ele escolheu Grifinoria, agora adivinha??????? Nós vamos ser colegas de quarto !!!

–- SERIO??? Droga, ele devia ter me mandado para a Lufa-Lufa, lá eu não ia ter que passar por tantas provações assim

–- Há há. To morrendo de rir. Um dia você vai precisar de mim Emily Potter e ai ?? apenas espere.

–- Ok

–-Ok

–-Ok – E ai nós duas explodimos de tanto rir na hora que uma mulher com cara de sapo está dando um discurso que parece importante, mas eu não sei dizer já que eu não ouvi uma palavra.

–- E o jantar está servido !! – Isso é tudo que eu escuto e sinceramente? É tudo que eu precisava ouvir.