Tudo se Ajeita, menos a Morte escrita por Kam_ted
À noite, encontrou-se com Sandra, Dé, Bebel, Serjinho, Guto na pizzaria Guanabara. Combinara de se encontrar com eles.
A solidão o agonizava, não conseguia escrever ainda, um ar incompleto pairava e no peito um vazio se tornava, o andar sem desfecho pela casa procurando inconscientemente por algo que estaria ali parado à sua espera, mas ele não vê, não sabe, apenas sente. Resolveu então sair.
Garçons passeavam entre eles com cervejas, garrafas de conhaque, vodka, whisky, pessoas se serviam a vontade. Cazuza conversava esquecido de sensações que não identificava. Bebia conhaque com Sandra o advertindo.
Frejat atravessou a entrada da pizzaria e o abraçou. Cazuza conhecia seu cheiro permanente de perfume de mulher. Estranha ternura esse rapaz de voz rouca causava no amigo, desde o primeiro momento. Parceria. Frejat marcou um almoço com Cazuza e o resto da banda no domingo.
Nathália Lage chegou visivelmente alterada, efusivamente gritava seu nome, o abraçou e o beijou na boca. Era comum entre amigos se beijarem na boca num sinal de amizade mas Nathália estava alcoolizada e normalmente era uma garota tímida e teria vergonha de saber do seu ato no momento ébrio. Nathália tinha 21 anos e era alcoólica. Falava muito próxima fazendo com que seu bafo de álcool incomodasse os outros.
Cazuza colocou Nathália no táxi, esta não se aguentava em pé. Deu o endereço para o motorista, fechou a porta, e seguiu com os olhos o rumo que o carro tomava até cruzar com os olhos inexpressivos do Caio.
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