Gray. pov. on
Apenas um simples vermelho manchando o asfalto cinza, sem reação apenas pude gritar seu nome perdido indo em tua direção. Com o rosto pálido e fraco, sem poder evitar lágrimas já estavam escorrendo e caindo em seu rosto. A agarrei com toda força, não podia perdé-la agora, não aqui não sem dizer o quão idiota fui para não retirá-la dos braços do Lyon.
Culpa...esse sentimento que estava me preenchendo, medo, angústia tudo isso está me preenchendo.
Já conseguia ouvir as sirenes tocando, vindo em nossa direção. Havia pessoas nos rodeando, Lyon estava-lá também. Apenas eu a abraçava.
Enfermeiros com as macas haviam chegado, tiraram ela de mim. Fiquei estático observando o que havia caído de seu pescoço. Um lindo colar ensaguentado, uma gota de chuva.
Com as lágrimas caindo ainda, fui em direção ao hospital ligando pra todos esperando as consequências.
Gotas e gotas caindo de seu sangue amargo, correndo pelas ruas enxargadas da água, esbarrando em todos sem pedir desculpas, só queria vê-la.
Já conseguia ver a ambulância parando. Entrando rapidamente no hospital, já conseguia distinguir o cheiro de desinfetante, as paredes brancas e todas as pessoas andando freneticamente para todo lado.
Fui direto ao balcão de informações.
–Juvia Lockser! ME FALA ONDE ESTÁ ELA! - falo com o tom deseperado.
A enfermeira assustada tentando conter seu nervosismo apenas disse:
– O que o senhor é da Sra. Lockser?
– Namorado! E por isso exijo vê-la.
Ela me olhou, olhou para computador e começou a digitar. Fiquei parado olhando para ela, meu peito subia e descia o que significado que já estava cansando da corrida.
–Bem senhor você poderia esperar?
Merda..
Merda...
Por que esperar? Esperar para perde-lá??!!
Fiquei sentado, apenas com aquele cordão e minha mão. Pedindo para que ela possa estar bem e que eu poça vê-la. Pude ver que a enfermeira estava impaciente, e também percebi que já havia chegados alguns conhecidos. Jellal, Erza, Natsu, Lucy, Gajeel e Levy. Jellal gritava que nem um louco, desesperado por sua irmã, Gajeel era o mesmo mas as meninas estavam com um ar triste e depressivo só Erza tentava acalma-lós. Lyon também estava-lá. Um ódio me foi tomado, e por estinto avançei para cima. O soquei com toda raiva, desespero e medo que havia em mim. Ele refidou e apenas ficamos trocando socos. Jellal e Natsu nós parou, mas eu tinha certeza que teria chance de um dia matá-lo. Sem tentar me soltar apenas abaixei a cabeça, por que não podia parar de pensar que a culpa foi minha. A culpa de ser canalha.
Eu me odeio, queria estar no lugar dela agora.
Alguns médicos passavam por nóis e Erza não parava de gritar. Nos soltaram e apenas sentamos esperando um milagre.
Todos e acalmaram, as meninas não conseguiam esconder suas lágrimas desesperadas. Erza estava abraçada com Jellal, acalmando.
Sinceramente, queria escutar a voz daquela mutante de novo. Não quero perdê-la.
Pelo que sinto agora, é só culpa, raiva, medo...angústia.
Enquanto estávamos sentados, vimos um médico se aproximar.
Um homem alto, com uma aparência cansada e envelhecida. Com seu tom mais calmo ele falou:
–Então vocês são os parentes da Sra. Lockser?
–Sim, todos aqui somos. - disse Erza mais aflita o possível.
Enquanto ele nós fitava, ele pegou a prancheta de plástico procurando um especifica folha. Continuou folheando quando parou.
–B-bem a Sra. Lockser está em uma cirurgia de emergência. Ela quebrou algumas costelas e perfuraram o pulmão direito. - ele fez uma pausa e continuou calmamente. - Ela não corre um grande risco, mas isso irá depender da operação.
Todos ficaram um pouco aliviados. Jellal apenas continuava apreensivo, seus pés batiam de forma desesperada no chão, com as mãos em cima de seus olhos. Observava atentamente a cena, só queria vê-la, ficaria um mês dentro daquele hospital se fosse preciso.
Um filme passou de forma rápida na minha cabeça, tudo que passamos. Não acredito que há uma possibilidade de não poder vê-la cantar novamente, observa-lá sorrir, rir, chorar...chamar meu nome..me xingar..sentir.
Pouco a pouco aquele lugar já estava calmo, uma grande tensão estava no ar. Batidas de um relógio ecoava, passos e passos de enfermeiras podiam ser escutados. Já havia passados horas após aquela conversa com o doutor.
Pelo grande silêncio do local, ainda podia se perceber a forte chuva que batia nós vidros.
Sim, o céu está chorando por nós.

Juvia,

Por favor, fique bem.