The Rain days

Realmente tem uma grande diferença de Tokyo para cá....aqui e mais aconchegante, mesmo não tendo lembranças boas. Estava no carro preto,enquanto observava as goticulas de água escorrendo pelo vidro, olhando tudo com uma certa nostalgia no coração....todas aquelas paisagens não mudaram, apenas a pessoas, na verdade nem as pessoas, continuam sendo irracionais como todas.

Casas e mais casas, porque o mundo e tão monótono? Será que é só a minha vida que não é interessante? Tantas perguntas para uma só resposta, e essa resposta ninguém sabe. Até que me deparo com o motorista do táxi, falando comigo que eu já estava chegando ao meu destino, começo a retirar o dinheiro da bolsa e me preparo para descer. Passando algums minutos já consigo localizar a minha nova casa, desço do táxi já com um guarda-chuva na mão, esperando o taxista trazer minhas malas, quando olho na minha frente vejo meus parentes pela janela, fiquei um pouco nervosa, bem também eu fiquei 4 anos da minha vida em outro lugar, com pessoas diferentes,comportamentos diferentes, estava realmente nervosa de como eles reagiriam com a minha mudança de personalidade.

Chego em frente a porta, esperando alguém a abri-lá, quando escuto a porta rangendo e alguém me abraça fortemente, fico estática não sei como reagir a essa ocasião, quase ninguém em Tokyo mostra afeto em público,mas quando vejo quem está me abraçando percebo que e meu Onii-san,olho atentamente para ele e vejo que algo escorria pelo canto dos seus olhos, coisa que eu so vi uma vez na minha vida, retribuo o abraço,sentindo de novo o cheiro do meu Onii-san, que me trazia algumas lembranças boas. Então eu começei a falar:

-Kon nichi wa, Onii-san.-falei baixo- Etto porque está chorando?

Meu irmão fica aflito, olhando a todos os lados para ver se alguém tinha o visto, secou rapidamente as lágrimas que escorriam em seu rosto, e começou a falar com um certo orgulho:

-Não são lágrimas Juvia, foi só a chuva que bateu no meu rosto, e fez essa sensação que eu estava chorando. - falou ele.

-Para mim não parecia chuva, ou a chuva mudou de nome?-falei em um tom de deboche.

- Vem, vamos entrar.-disse ele me cortando.

Olhei tudo em minha volta, era uma casa simples, mas bonita, tirei meus sapatos na entrada, enquanto observava e esperava meu Onii-san retirar as malas da porta.

Escuto passos vindo em minha direção, quando vejo são os meus tios, assim começo a falar.

-Kon nichi wa, Oji-san, Oba-san.- faço uma pequena reverência, mostrando respeito. - E muito bom estar de volta.

-Nada de formalidades aqui Juvia. Somos uma família, lembra?- disse minha Oba-san, com uma voz suave e doce. -Mas enfim....olha para você! Esta uma moça! Tão linda como minha irmã- disse ela me apertando.

-Are,are, pare de aperta a menina.- Disse meu Oji-san me salvando do ataque de carinho. -Vem vamos lhe mostrar a casa. Ah bem vinda de volta!

A casa era bonita, simples e aconchegante, não mudou nada do que me lembro, continua sendo aquela casa tradicional japonesa. Eu gosto de coisas tradicionais, não muito modernas....sei lá Tokio era tão avançado que as vezes enjoa. De repente o meu Onii-san me faz voltar a realidade.

- Você vai estudar na mesma escola que eu Juvia.- diz ele com um tom alegre. - Ela e muito boa, você vai adorar, vou lhe apresentar muitas pessoas. - Ele dá um sorriso.

Bem eu numca fui boa de me associar a pessoas que não sejam meus parentes ou professores, acho que sou um pouco anti-social, algumas pessoas são realmente fúteis, coisa que eu não aguento, mas acho que meu Onii-san não se envolveria com elas...envolveria? Hum...

-Juvia? Juvia??!!!!- disse meu Oji-san,balançando a mão na minha frente.

-Gomen, estava distraída....algo anconteceu?- perguntei curiosa.

-Bem, aqui em casa temos nossos afazeres domésticos, e cada dia alguém faz o almoço ou outras coisas. E separamos alguma dias para cada um fazer, e você........

-Urusai Miyasaki! Deixe a menina em paz, ela precisa descansar um pouco, não a preocupe com afazeres domésticos. Aqui querida esse e seu quarto.-disse ela em um tom calmo,com um olhar de reprovação para o Oji-san.

O quarto era bem bonito, paredes brancas, uma cama de casal com uma cocha azul, janelas bem grandes coberta por cortinas brancas.

-Bem vamos deixar você a vontade,para se estabilizar na casa, daqui a pouco vamos servi a janta, aproveite para descansar um pouco, ok querida?- disse minha Oba-san fechando a porta do quarto.

-Hai, Arigatô.

[...]

Bem comecei a retirar várias mudas de roupa da mala, sapatos, bolsas...mas tinha algo que quando retirei da bolsa fiquei estática.

Era foto deles, dos meus pais, eu, meu Onii-san...todos felizes na foto, sorissos tão distantes,como a minha felicidade. É foi em um dia como esse que esses sorrisos desapareceram, tão doloroso quanto um tiro no peito, foi essa chuva que vez tudo isso acontecer.

Sinto algo quente descendo do meu rosto, eram lágrimas, lágrimas de infelicidade.

Desde do dia que aquilo aconteceu eu nunca mais consegui chorar na frente de ninguém. Me recompondo-se, começo a me arrumar para a janta.Quando escuto alguém batendo na porta.