Harry suspira aliviado, após checar que Luisa estava respirando. O homem a pega no colo e entra na casa, pedindo ajuda.

– O que houve?- Luisa! Ela está bem?- Gwen pergunta, preocupada.

– Sim, ela está respirando fraco. Preciso coloca-la na cama. Obrigado. – agradeceu quando Gina abriu a porta para que ele entrasse.

– Imagino que ela tenha ficado fraca por causa da Toxic Amet. – Hermione deduz.

– Vamos deixa-la descansar. – Disse Gina e todos saíram do quarto.

– Isso se parece com quando ela tinha visões, antes de descobrirmos que ela tinha um dom de adivinhação.- Senhora Gwen comenta, pensativa.

– Entendo. Então ela está em um estado de transe? Ou tendo alguma visão?- Pergunta Rony.

– Talvez. Vamos esperar que ela acorde. Enquanto isso, me diga, senhor Malfoy, como era aquela profecia que a bruxa fez?- A senhora diz, se sentando em sua poltrona.

– “ O dragão, herdeiro do sangue do homem que percorre todos os tempos, é a peça chave para que a lutadora volte ao seu mundo. E aquele que já morreu é o único que pode evitar o pecado do viajante.”. Eu já a decorei de tanto que a reli.

A senhora Henrick fica pensativa por uns minutos. Todos ficam em silencio tentando adivinhar o que se passa pela cabeça dela. De repente, ela se levanta e sai da sala, deixando todos curiosos.

– Pra onde ela foi? – Gina diz.

– Talvez tenha ido ver se Luisa acordou.- Harry responde.

– Ai! Por que me deu um beliscão?- Malfoy exclama, olhando para Rony.

– Voce pare de usar Legiminência em mim ouviu?

– Foi por causa daquilo? – Draco riu. – tá bem, eu não faço mais. Mas não precisava usar Legiminência pra saber o que estava pensando a respeito da minha “ tia”, ou sei lá que parentesco temos.

A senhora Gwen entrou na sala com um livro nas mãos. Ela parecia nervosa.

– Acho que sei quem é a Lutadora da profecia. – todos olham para ela, assustados com a noticia.

– Quem pode ser senhora Gwen?- Astoria pergunta.

– Luisa.

– Mas como...?- Harry é interrompido.

– Luisa é de outro mundo, concordam? Até onde sabemos. Eu sabia que “lutadora” era o significado do nome Luisa. Mas tinha me esquecido. Faz muitos anos que minha filha faleceu, e esse livro era da sua avó Harry. Eleanor. Thiago e Ane Katherine fizeram uma aposta. Mas não me lembro sobre o que era. E se Thiago ganhasse, ele teria o direito de escolher o nome do primeiro filho de Ane. Isso foi quando eram crianças. Ele ganhou e escolheu Luisa. Minha filha não gostava do nome, até Thiago trazer o livro para provar que o significado era bonito e tal. Não me lembro bem de tudo por que foi Arthur que me disse essa historia. Mesmo depois que os Potter proibiram que Thiago e Ane se encontrassem, as vezes seu pai vinha escondido aqui para casa, com uma capa da invisibilidade. Eu sabia que ele estava aqui, mas fazia vista grossa, porque as vezes sentia receio de ser tão rigorosa com Ane Katherine, sabe... depois que, bem ela foi... ela fez aquilo com nossa família.

– Entendo senhora Gwen.

– Bem, como podem ver, o significado do nome é esse mesmo.

Eles conversaram mais um pouco e foram embora. Luisa continuava dormindo e a senhora Henrick prometeu que ligaria se acontecesse algo. Assim que voltaram pra casa, Gina pergunta ao marido:

– Harry, o que você sente pela Luisa?

– O que? Como assim Gina? Que tipo de pergunta é essa?

– Eu sei que ela sente algo por você, não tente negar. A Luisa das cartas também sentia. E eu sei como ela te olha.

– Gina, querida, eu amo você.

– Ela é bonita e tem metade da minha idade e parece tão certo vocês ficarem juntos...

– Por que diz isso?

– Por que sou muito ciumenta, Harry. E vivemos brigando, desde que você derrotou Voldemort e voltamos a namorar. Eu sou estabanada, delicada como uma porta, praticamente um garoto.- Gina se sentou no sofá, de braços cruzados, tentando não encarar seu marido. Harry ficou de frente a ela, tocou seu rosto com as duas mãos e a fez olhar em seus olhos verdes.

– Ginerva Weasley Potter, desde meus 16 anos eu não tenho olhos para nenhuma outra mulher. E você é mais nova do que eu, se esqueceu desse detalhe?

– Sim, mas...

– Mas nada. Ela é muito nova pra mim. Tem idade para ser minha filha. Eu não posso negar que ela é bonita ...- Gina fuzila Harry com os olhos- Mas eu não a conheço como conheço você. Eu não sei como ela fica quando está nervosa, não sei se ela sabe fazer aquela comida maravilhosa que eu como todos os dias, não sei como é a risada dela quando eu faço cosquinhas, não tem como eu me apaixonar por alguém que não conheço. E que historia é essa da gente dar certo?

– Ela é a garota perfeita. Delicada, pequena, doce... qualquer um gostaria de tê-la.

– Eu prefiro as bravinhas. E ruivas. – Gina deu um sorriso de canto, feliz por saber que nenhuma garotinha de 18 anos roubaria seu marido, o homem da sua vida.

– Voce ainda me ama como na época de Hogwarts?- pergunta a ruiva, ficando de pé e abraçando Harry.

– Amo mais. – os dois se beijaram e namoraram durante todo o resto daquele dia.

Alguns dias se passaram desde aquela visita. Luisa estava bem e pronta para tentar a magia que a voltaria para casa. O desmaio era mesmo uma visão, do passado, em que sua mãe brincava com Thiago. Todos estavam em Bristol, para se despedir da garota. Ela sabia que se voltasse para seu mundo e seu tempo, não os veria mais. Ela sabia que se sentisse algo novamente, poderia se concentrar e viajar para o futuro, onde eles tinham a cura da Toxic Amet. E poderia visitar a todos.

Assim que Rony e Hermione chegaram, eles foram para o lago, onde Luisa e Harry viajaram no tempo. Mas Luisa estava com uma sensação estranha desde o momento que acordou. Ela queria um lugar tranquilo e espaçoso para fazer o feitiço.

– Algum problema Luísa? – Draco perguntou.

– Ah, nada não, tudo bem. Acho que estou nervosa, só isso.

O loiro não acreditou muito, mas decidiu não imaginar coisas. Após abraçar todos, Luisa se posicionou em frente a eles, todos formando uma meia lua ao redor da loira. Mas ainda sim, sentia algo a incomodando.

Ela fechou os olhos e levou sua mão com a varinha ao céu. E então ela a girou 3 vezes. Assim que uma espiral de luz branca saiu da sua varinha e a circulou completamente ela respirou fundo, olhou novamente para todos, em especial Gina, e moveu seus lábios, dizendo- Cuide bem dele. A ruiva acenou com a cabeça e Luisa soltou o ar. Ela estava pronta.

– Tempus Nasc...

–Crucio!- uma rajada de luz atingiu Luisa. Todos ficaram sem reação com o inesperado incidente. A garota havia recebido uma Maldição Imperdoável.

– Ahhhhhhhh.- Luisa se contorcia de dor. Seu grito despertou os sentidos dos demais, que pegaram suas varinhas. Porém não se via ninguém.

– O que está acontecendo?- Astoria disse, enquanto Draco se posicionava em frente a ela.

– Quem está fazendo isso? Saia agora!- Harry ordenou.

– Hahahahahaha. – uma risada maligna saiu detrás das árvores. Um homem, jovem, alto e loiro deu alguns passos e ficou próximo de Luisa, o suficiente para tocar seu rosto, enquanto a mantinha sob a maldição. – Não me convidaram pra festinha é?

– Morfheus! – Harry sussurrou, cerrando os dentes.- Solte ela imediatamente.

– Por que eu faria isso?

– Expeliarmus!

– Protego! Feitiços assim não vão me atingir seu cabeça de tocha.

– Ahhhhh!- Luisa urrava de dor, tentando não soltar a varinha.

– Por que está fazendo isso? Solte minha neta.- Gwen suplicou.

–Neta? Ah, sim. Você é Gwen Henrickh. Como o tempo foi cruel com você. Imperio. Esses gritos estão me incomodando.

– O que quer com ela?- Gina pergunta.

– O que eu não consegui da ultima vez. -Então ele aparatou, levando a garota consigo.