Meus guardiões - entre o bem e o mal escrita por Gato Cinza


Capítulo 18
Madrugada


Notas iniciais do capítulo

O que acontecia enquanto a Hinata conversava com o Gaara?
Boa leitura



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Eu estava nervosa com tudo o que havia acontecido, Sasuke não falou uma palavra desde que chegamos á casa dos pais da Hina. Naruto, Shino, Sai e ele estavam ao lado de Neji que mesmo sempre sendo forte chorava a perda da prima. Ino ainda estava em choque e os outros amigos quando souberam do “assassinato” de nossa amiga perderam totalmente a vontade de ficar na boate e cada um foi para sua casa. Dissemos uma meia verdade, ela e Ino saíram da boate com dois desconhecidos e um deles matou Hinata.

Hinata, era a mais doce das pessoas que conhecíamos, era gentil e adorável não merecia morrer daquele modo. Apertei o coração de esmeralda que pendia em meu pescoço e fechei os olhos, Gaara apareceu na hora certa para me salvar, mas tarde demais para salvar Hinata. Talvez minha amiga estivesse viva se eu não fosse atrás delas.

– Não foi culpa sua – abri os olhos – Venha comigo

Sasuke provavelmente havia chorado mais que qualquer um presente naquele resinto em qual nos encontrávamos pela perda de Hina e era sem duvida o que menos parecia ter sentido algo, seus olhos estavam inchados, mas secos e sua voz mais fria que em qualquer outra situação.

O segui para fora da casa da Hinata onde estávamos não sei dizer o porquê estávamos ali, quando chegamos a casa deles foi Neji quem os chamou, não foi necessário ele dizer nada do que havia acontecido. Quando os pais de Hina entraram e nos viram com olhos lacrimejantes e pesarosos sem a filha presente entre nós compreenderam em silêncio o que não tínhamos palavras para dizer. A mãe de Hina não acreditou no que sua mente imaginou perguntando com voz rouca e esperançosa á Neji pela filha. O jovem Hyuga abraçou a tia confirmando com esse ato o que ela já sabia. Quando eles saíram ficamos ali. Na casa. Em silêncio.

...

– Disse que os vampiros não faziam mal a ninguém, mas ele matou a Hinata.

Não pude evitar o tom de acusação na voz quando comecei a falar, na boate ele havia dito que vampiros não representavam perigo.

– Eu me lembro do que disse – Sasuke manteve a voz em um tom baixo – me culpo pelo que aconteceu mais do que realmente sou. Há mais de quatrocentos anos que vampiros encontraram entre os humanos outra forma de sobreviverem, não esperava que eles fossem recomeçar a consumir sangue humano muito menos que fosse sangue...

Ele se calou pigarreando, sei que ele dizer sangue da Hinata.

– Se eu não tivesse ido atrás delas...

– Talvez estariam as duas mortas neste momento, Sakura você não tem culpa de nada que aconteceu, para começar não sabia quem eles eram.

– Ele ia me matar, Kaname, mas Gaara apareceu e me salvou. Se eu tivesse me lembrado de te chamar antes Hinata estaria viva agora.

– Não pense nisso Sakura, o que aconteceu não pode ser mudado e pensar no que poderia ter acontecido não vai te deixar melhor.

– Ninguém pode intervir nos assuntos da morte – as palavras saíram da minha boca sem minha permissão.

– Onde foi que você ouviu isso? – Sasuke ficou tenso com aquelas palavras

– Alguém me disse quando mamãe morreu – não me sinto confortável falando de Gaara para Sasuke

– São palavras antigas, tenha cuidado quando for falar isso, a morte tem audição sensível quando falam sobre ela com tanta convicção.

– A morte ouve? – pensei nas dezenas de vezes que desejei morte de pessoas irritantes

– Só quando lhe convém ouvir, os humanos falam sobre ela mais que deviam e ela os escutam mais que imaginam.

Ficamos em silêncio, nunca pensei na morte como um ser consciente, me lembrei de minha mãe, quando ela morreu havia um ceifador eu o vi. Sasuke olhou para o céu, eu acompanhei os olhos dele estava amanhecendo.

– Vou voltar – ele sussurrou após uns minutos de contemplação ao dia que começava.

– Voltar?

– Para casa, vou pedir para enviarem um guardião mais preparado para proteger você e seus amigos.

Não acreditei no que tinha ouvido me irritei com a decisão covarde do anjo.

– UM VAMPIRO MATA HINATA E VOCÊ CORRE PARA CASA PARA CHORAR ESCONDIDO?

A expressão de confusão, raiva e tristeza no rosto abatido de Sasuke me fez desejar não ter dito aquilo em voz alta, na verdade eu gritei furiosa.

– Me desculpe Sasuke, eu não devia ter dito isso.

– Devia sim, mas não é só pelo que aconteceu com Hinata que eu vou embora, você está em perigo e seus amigos são a maneira mais fácil de te encontrarem, não estou apto para proteger você sem colocar a segurança deles em risco.

– Mas nossos amigos já...

Um brilho forte e vermelho atraiu nossa atenção me fazendo esquecer o que eu ia dizer. Ao lado de uma cerejeira apareceu Itachi, ele não parecia muito feliz. Será que a noticia da morte de Hinata já havia chegado ao céu? Dã! Para onde acha que uma alma como o da Hina vai?

– Itachi, que aconteceu?

– Vim leva-lo para casa Sasuke

– Por quê? O que aconteceu?

“Bom dia Sakura, sinto pela perda de sua amiga”. “Todos sentimos Itachi”. Impressionante a educação desses anjos, ao menos podia ter me dito “Oi”.

– Deram novas ordens a respeito de Sakura Haruno

Ele me olhou com o cenho franzido quando falou meu nome, me senti uma criança pega em uma travessura e eu nem tinha dito nada.

– Quais as ordens? – Sasuke interrogou o irmão mais velho com autoridade

– Ela não deve viver

Engoli em seco, ele estava vindo tirar meu anjo da guarda por que eu devia morrer? E ele dizia aquilo como se eu não o escutasse.

– Ordens de quem?

– Não sei, Miguel apenas mandou a ordem e confirmou pessoalmente.

Sasuke me olhou daquele modo piedoso irritante um misto de “eu sinto muito” com “vai ficar tudo bem” e “não se preocupe”

– Por que me querem morta? Que foi que eu fiz? Eu nem conheço esse tal Miguel – me descontrolei

Itachi me olhou incerto, como se estivesse em duvida se devia ou não me dizer algo.

– Miguel é um arcanjo, foi ele quem pediu por sua proteção aos serafins e ele quem concedeu sua proteção aos anjos.

Eu não entendi nada.

– E por que me querem morta? Eu juro que não fiz nada.

Não chore sua tonta

– Isso eu não sei e se soubesse seria proibido de te informar.

Olhei para Sasuke, ele ouvia nossa conversa em silêncio de modo estranho, estava tomando uma decisão disso eu tinha certeza.

– Os demônios também me querem morta – arrisquei uma tentativa inútil de entender algo sobre essa obsessão repentina em me quererem morta.

– Os demônios foram o motivo por qual Miguel mandou um anjo te proteger diretamente. Mas me parece que você já tem um guardião no submundo.

Senti meu rosto queimando. Bela hora para ficar corada Sakura. Olhei para meus pés.

– Ele me salvou duas vezes uma de uma demônio e outra de um vampiro.

– Vampiro?

Olhei para ele, não sabia dos vampiros.

– Zero e Kaname, um de cabelos brancos e outro de cabelos castanhos e olhos

– Vermelhos – eu e ele falamos juntos

– O conhece? – Sasuke perguntou interessado

Itachi olhou para o irmão com uma expressão que eu não saberia classificar em nenhuma das que eu conhecia

– Conheci, Kaname é um dos filhos de Lilith. Um vampiro de sangue puro. Como foi que sobreviveu a ele? – me perguntou

– Eu já disse Gaara me salvou depois eu chamei por Sasuke, mas era tarde quando o chamei, Hinata já havia morrido.

Baixei a cabeça.

– Que se torne forte em sua perda – Itachi pronunciou essas palavras em um sussurro que me fez estremecer.

Olhei para ele, mas ele e o irmão mais jovem se afastavam de mim. Sasuke me olhou e colocou a mão no ombro do mais velho, coversaram em voz tão baixa que eu não ouvia nem murmúrio da conversa. Mas o assunto era sério, pois Itachi deu um passo para trás para em seguida concordar em um aceno solene e colocar a mão na testa de Sasuke em um ato que julgo eu ter sido de “Boa sorte”. Eles se olharam mais uma vez antes dele desaparecer em sua luz vermelha.

Sakuke ficou ali parado olhando para onde o irmão mais velho desapareceu por um tempo, depois se virou e se aproximou de mim sem dizer nenhuma palavra. Não precisava dizer eu sabia o que ele havia feito.

...

Entramos na casa dos pais de Hinata em silêncio, Sasuke foi para junto dos outros garotos. Ten Ten e Ino haviam feito chá que eles tomavam, Naruto estava tentando convencer Neji de dormir também, mas ele assim como os outros que estavam ainda ali – Sai e as garotas – estavam decididos em não dormir até que os tios voltassem.

– O que aconteceu?

Perguntou Neji quando eu me sentei pegando a xícara de chá de Ino para tentar afogar as lágrimas que queriam tomar conta de meus olhos ao entrar novamente na casa.

– Estava me despedindo de meu irmão – disse Sasuke se servindo de chá.

– Ele foi embora? – perguntou Ino se apegando a um assunto qualquer para se distrair

– Não, eu que fiquei.

– Não entendi

– Itachi voltou para casa e Sasuke ficou aqui – me intrometi para encerrar o assunto – os senhores Hyuga já deram alguma informação?

– Não, não quero ligar para eles – a voz de Neji estava calma

Acho que ele havia chegado naquele momento entre a negação de algo inevitável e a dor da aceitação de uma perda, aquele momento em que as lagrimas não são mais suficientes para expressar a dor e sobra apenas o silêncio dos abraços de amigos que tenta nos confortar com suas palavras de pesares e os olhares de quem tem muito a dizer e não encontra palavras capazes de expressar seus sentimentos.

– Deveriam tentar descansar um pouco, já é dia e nenhum de vocês dormiu – disse Sasuke colocando a mão sobre as mãos de Neji que estavam uma sobre a outra na mesa.

Neji concordou em silêncio olhando para Ten Ten.

– Você e as garotas podem ficar em meu quarto eu e os rapazes nos ajeitamos na sala.

Fomos para o quarto dele, a cama era grande e nós três dormimos assim que nos deitamos.

PoV – Sasuke

Naruto pegou uma almofada e se enroscou no chão roncando em seguida, Sai ficou por alguns minutos em silêncio e adormeceu sentado em uma poltrona, Neji demorou um pouco mais para dormir o ouvi cantarolando uma antiga cantiga dos templos de oração do ocidente até que adormeceu. Eu fechei os olhos, dormir não é um habito frequente para mim, mas descansar é uma dádiva que não se deve rejeitar.

Despertei ao ouvir o carro parando, os pais da Hinata haviam chegado. Me sentei assim que eles abriram a porta. Fiquei em pé surpreso ao ver os Hyuga entrando na casa, meu espanto, minha surpresa e confusão era evidente, pois vi um sorriso tímido e nervoso se desenhado no rosto pálido de Hinata.


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Notas finais do capítulo

T +

se chegou até aqui é por que gostam do que escrevo (ao menos se interessam) há uma fic presisando de fichas pertence a uma escritora de nome Zoe, deem uma olhada no link
http://fanfiction.com.br/historia/501471/Cali_Extreme_Elite_Cheerleaders_-INTERATIVA/
grata pela atenção GC



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