My little big world escrita por Tom


Capítulo 3
Capítulo 3




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FLASHBACK ON
Acordei com o pé errado, era uma manhã de primavera, as cores das árvores e flores ainda despertavam do frio inverno, eu estava atrasada, os novos funcionários da clínica chegariam em alguns minutos:
– Damn!
Chamei o elevador apertando três vezes o botão:
– Anda sua porcaria!
Eu estava com pressa fui pelas escadas:
– Olá!
O porteiro disse:
– Oi!
Falei indo direto para a porta:
– Vamos pegar a porcaria do carro, de quem foi a maldita ideia de deixa-lo longe?!
Bufei indo em direção a praça para pegar um café:
– Já estou atrasada...O que são mais dois minutinhos?
Ri e fui para a fila da barraca de café, peguei meu celular para ligar para Ida:
– Hallo?
– Hallo, Ida?
– Ya, o que foi Danielle? Está atrasada!
– Só alguns minutos, enrola os novatos, tenho que tomar um café da manhã.
– Nem todos chegaram ainda, tem mais vinte minutos.
– Certo, obrigada.
Olhei para o rapaz da barraquinha:
– Um café expresso.
Coloquei o dinheiro em suas mãos:
– Sim, um minuto.
Esperei o café olhando para as pessoas que estavam na praça, muitas pessoas vinham ao parque, crianças, jovens, idosos, pessoas da minha idade:
– Com licença...
Um homem alto e forte tocava o meu ombro:
– Sim?
Me virei:
– Pode me dizer que horas são?
– Oh! São 7:40...
Disse olhando para o celular:
– Damn, estou atrasado!
– Não faz mal, o que são alguns minutos a mais?
Rimos:
– É verdade, né Eika?
Disse para sua cadela, em seguida tomou um gole de seu café:
– Que linda! Sempre quis ter um dálmata!
– É mesmo? Haha, pois esta aqui dá muito trabalho!
Peguei meu café:
– Então...Já vou indo.
–E o que são mais alguns minutinhos?
– São...
Fiquei sem resposta:
– Para que está atrasada?
– Trabalho...
– Oh, eu também, mora aqui por perto?
– Sim, aquele prédio na frente da praça.
Apontei:
– Moro naquele.
Apontou o outro prédio do outro lado da praça:
– Quase vizinhos!
Rimos:
– Quase.
– Ham...Espero que você não seja um assaltante.
– Digo o mesmo, sou novo aqui.
– Bem-vindo.
– Obrigado.
– Uh...Bem-Vindos!
Rimos e ele ajeitou a coleira da cadela na mão:
– Obrigado de novo.
– Só você e ela?
– Sim, e você?
– Só eu, meu pai e dois peixes num aquário.
– Bom...Eu tenho que ir agora...
Eu disse:
– Ah claro...Mas, qual o seu nome?
– Danielle.
– Sou Christoff, mas pode me chamar de Chris.
Sorriu e estendeu a mão:
– Ok, Chris...Foi bom falar com você.
– Digo o mesmo, Danielle.
Atravessei a praça e abri meu carro Que cara gato! Suspirei Será que ele é solteiro? Dei a partida no carro e fui para o meu trabalho, encontrei Ida na porta:
– Estava quase se encrencando moça.
– Estou aqui, certo?
– Af, entra logo, estão todos aí.
Tinham quatro novatos de cinco me esperando:
– Bom gente...Meu nome é Danielle, vou mostrar para vocês como a clínica funciona.
Peguei uma lista de chamada em cima da minha mesa, nem prestei atenção nos rostos dos novatos:
– Bom dia, desculpe o atraso...Doutora...Danielle?
– Tudo bem, sente-se.
Nem olhei para responder:
– Annie?
– Estou aqui.
– Adali?
– Presente.
– Barin?
– Aqui.
– Como se sente sendo um dos dois únicos homens da clínica?
– Ham...Normal.
Rimos:
– Muito bem, ham...Edda?
– Eu!
– Christo...
Olhei para os novatos:
– Ah não...
– Hallo Danielle!
Era o Christoff da praça, aquele mesmo:
– Então era para isso que estava atrasado?
Ri:
– Tanto quanto você.
Riu também, olhei para Ida:
– Bom...Vamos lá, né?
Apresentei o lugar todo a eles, isso demorou um pouco com várias demonstrações e as entregas das salas, cada um dos novatos era um veterinário recentemente formado, olhei para eles:
– Então galera...É aqui que vocês vão trabalhar. Alguma pergunta?
– Agora podemos sair para almoçar?
Barin disse rindo um pouco:
– Sim, nós temos uma hora de almoço.
Ri:
– Vamos comer?
Ida me perguntou:
– Vamos.
Todos nós saímos:
– Te dou carona.
Disse a Ida entrando no carro e dando a partida:
– Vamos falar desse novo cara...
– Para Ida.
Ri:
– Ele é um gato.
– Esbarrei com ele na praça, ele me perguntou as horas.
– Uhuuuul! Vai desencalhar!
– O que? Só estou a uma semana sem namorado e você me chama de encalhada?
Rimos:
– Estou brincando, você sabe.
– Não quero nada com ele, somos colegas de trabalho agora.
– Aham.
Falou com sarcasmo:
– É sério!
Chegamos em um restaurante e saímos do carro:
– Não sairia com ele mesmo?
– Ida, não!
Sentamos em uma mesa e pedimos o de sempre acompanhado de um suco:
– De jeito nenhum?
– Ida, por que está preocupação?
– Nada, só achei este cara gato.
– Fica com ele então Ida.
Ficamos em silêncio até a comida chegar:
– Mas e se ele te desse mole?
– Ida, chega desse assunto, ok?
– Ih...Ok.
Começamos a comer, ela tinha me deixado nervosa:
– Desculpa.
– Tudo bem...Eu acho que ainda tenho sentimentos pelo Nick, sabe?
– Americanos malditos!
O Nick era meu ex-namorado, seu verdadeiro nome era Nicolas, ele veio da América com a mãe e o pai, namoramos por quase um ano:
– Americano maldito.
A corrigi:
– Oh Dan...Não fique tão mexida, Nicolas não era cavalheiro, não era romântico, nem mesmo bonito ele era, bola para frente.
– É, isso é difícil...Igual ao francês que você arranjou nas férias, chato.
Ri:
– Não se contente com o pouco, ta?
– Ta Ida.
– Te adoro amiga.
– Também te adoro amiga.
Terminamos de comer e fomos para a clínica:
– Olá Danielle.
– Hallo Chris.
– Quando vou conhecer meu chefe?
– Breve, ele está viajando, por enquanto eu e Ida estamos no comando.
– Ah, certo então.
– Qualquer coisa pode me chamar, estou no meu consultório.
Me virei e entrei na sala, me sentei e comecei a folhear antigos relatórios, ouvi alguém bater na porta:
– Entre.
Christoff entrou na sala:
– Sim?
– Me empresta uma caneta?
Ri:
– Claro, pode ficar com esta. Joguei uma velha caneta para ele Ham...Está de carro?
– Não, tive que pegar um táxi, ainda estou sem carro.
– Quer carona? Somos Quase Vizinhos, lembra?
– Ah! Aceito!
Rimos:
– Então vamos ás cinco.
– Ok, até lá, vou para o meu consultório.
Ele saiu da minha sala, me deixando com aqueles velhos relatórios de cães e gatos doentes, depois de mais alguns minutos sem movimento algum na clínica eu resolvi ver alguns bichos internados, encontrei Ida e Barin trocando alguns soros, fiz o mesmo e depois dei remédios.
Até que deram cinco horas, chamei Christoff e fomos para o carro seguindo viagem:
– Chegou aqui em Berlim faz quanto tempo.
– Vai fazer uns dois meses, vim mesmo para trabalhar.
– Ah, legal.
– E você? É daqui?
– Nascida aqui, filha de um alemão e uma italiana.
– Interessante! E qual seria seu sobrenome?
– Olivati, Danielle Olivati. E o seu?
– Schumacher, Christoff Schumacher. Nome bonito Dani!
Sorriu:
– Seu nome é legalzinho, descendências de um sapateiro. Ri Estou brincando!
– Claro.
Riu também:
– Eu posso te levar para conhecer alguns lugares, sabe? Bares, restaurantes, lugares legais para levar a Eika, posso te apresentar algumas meninas, talvez alguns meninos...Vai saber.
Rimos:
– Tenho cara de gay?
Fez um biquinho:
– Não parece, mas como eu disse...Vai saber? Rs.
– Não, eu não sou gay.
Riu:
– Melhor para as menininhas.
– Sabe, não sou de ficar com menininhas, prefiro mulheres feitas.
– Você é o primeiro que vejo.
– Rs, vai me levar mesmo?
– Sim, vou ligar pra Ida pra arranjar um bar bem legal, pode ser? Você bebe?
– Pode ser, sim eu bebo.
– Hoje?
– É, pode ser...Que horas?
– As sete, te busco aqui.
Estacionei o carro em frente ao seu prédio:
– Ta certo...Bom, pelo menos agora eu sei que você não é assaltante.
Rimos:
– Digo o mesmo Senhor Schumacher.
Sorri:
– Pega o meu número qualquer coisa.
– Ah, claro...Deixa eu só pegar meu celular na bolsa....
Peguei o celular e entreguei a ele, peguei o celular dele que estava em seu colo e coloquei meu nome em seus contatos:
– Dani...
– Chris.
Assim eu devolvi o celular dele e visse e versa:
– Até.
– Até mais Dan!
Mudei de rua e estacionei meu carro na frente do meu prédio:
– Interessante mesmo é ele morar a uma praça de distancia do meu prédio.
Chamei o elevador e abri a porta, me deparei com meu pai sentado no sofá da sala lendo alguma coisa:
– Hallo, papai.
– Hallo filha.
– Como foi seu dia papai? Tomou seus remédios?
– Tomei, tomei sim...Hoje eu fui até dar uma caminhada na praça, conheci uns caras que jogam cartas, uma poodle...
– Que bom pai! O senhor almoçou aqui?
– Sim, aqui em baixo...Digo, naquela padaria, comi a sua torta preferida.
– Delícia! Pai, eu vou sair hoje com uns amigos.
– Que amigos Danielle?
– Hehe, Ida e um rapaz novo lá na clínica.
– Hun, está bem.
Fui para o meu quarto...


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