Drogas?! Talvez isso explicasse bastante coisa. Mas por que? Eu não consigo entender. Eu sei que o Henry é um adolescente influenciável como qualquer outro, mas isso não justifica. Não as drogas. O que será que acontece com ele?

– Amiga, vamos sair daqui.- Fox me chama, mas minhas pernas me prendiam na porta, meus olhos ardiam e eu queria ir ajudá-lo na hora, mas o braço de Fox me detém.- Anda, Katniss! Eu não vou chamar de novo.

Saio de lá sem falar nada, com minha amiga me ajudando. Henry pode ser o mostro que for, mas ele não era assim. E eu sabia que tinha alguma coisa errada. Só achava que era algo psicológico. Não drogas.

Minha boca estava seca e sentia meus lábios racharem cada vez mas. Eu estava em choque. Não conseguia pensar. Não com o Henry sozinho naquela sala.

Já estava indo chamar alguém, mas vi ele saindo, parecendo o Henry louco de sempre. E o Snow, avó dele, vinha em sua direção. Meu coração ficou muito apertado. Mas decidir ir embora logo.

Depois de todo o incidente de mais cedo, fui com minha Mamis no salão e levei a Prim também. Vamos nos arrumar para o natal, e por incrível que pareça, os garotos estão arrumando a ceia. Os garotos se resume em meus tios, primos, Cato e meu pai.

Vou passar o natal com minha família sanguínea, claro. Todos do meu “grupinho” vai fazer a mesma coisa. Já faz um bom tempo que não os vejo. E estou bem animada.

– Anda, Katniss! Vamos perder a hora.- Minha mãe grita do carro.

Enfio uma muda de roupas da Prim na bolsa e peço para ela ir pro carro. Ela já sabe andar, é claro.

– Mas é uma tança, Kit!- Resmungou ela com os cabelos loiros soltos.

– Mas ta lindo assim, Prim.- Falo e ela cruza os braços apoiando o peso em uma perna só.- Ta bom, você venceu. Eu faço no carro sua trança.

Rio dela enquanto ela sai correndo feliz com sua mini bolsinha que ganhou de Cato um dia desses.

Hoje é véspera de natal e vamos ir comer com os primos na casa da tia avó do meu pai. Estamos indo no salão nos arrumar e também comprar alguns presentes.

Também vamos viajar por duas semanas. Mas dessa vez, vamos ir com meus amigos, que na verdade terá um campeonato de basquete e minha mãe achou que seria legal nós os acompanharmos para aproveitar um pouco de praia – ainda não sei o lugar que vamos ficar-.

Eu acho que vai ser bem divertido, mas meu pai já foi avisando que não poderemos de modo algum atrapalhar seu time, porque se não eles saíram prejudicados.

Entro no carro e me sento no banco de trás perto de Prim.

– Ué, filha, não vai vir aqui na frente?

– Vou arrumar o cabelo dela.- Respondo e minha mãe dá partida no carro.

Outro motivo para estarmos saindo agora é que terá a penúltima reunião do time lá em casa, e acho que todos nós já decoramos as regras postas. Segundo o senhor Haymitch, tiramos toda atenção de seus jogadores.

– Mão, podemos passar depois ali no Sami’s pra pegar a Johanna? Ela me mandou uma mensagem mais cedo.

– Mas vamos sair tarde, Katniss. Ela vai ficar esperando?- pergunta ela.

– Não, eu avisei, ela vai fazer algumas coisas antes, mas pediu para buscá-la quando voltarmos.

Minha mãe assente com a cabeça. Ela sempre foi muito tranquila com essa coisa de minhas amigas ficarem indo sempre na nossa casa, mas as vezes ela ta muito cansada ou muita nervosa e não gosta muito. Com tudo isso de fim de ano e festas, fico me sentindo meio culpada por pedir tanta coisa para ela nesses dias.

– Ah meu Deuss, Katniss!! Oi gata, que saudades.- Abraço a minha prima assim que chego na casa da minha avó. Ela tem a minha idade, e o namorado dela tem 20.

– Prima, como você ta lindaa! O que andou fazendo, senhorita Mia?

Continuo abraçando todo mundo que estava sentindo muita falta. Minha família sempre foi muito presente. Na verdade, depois que a Prim completou dois anos eles se afastaram um pouco por causa que tivemos a mudança. Eu tinha me mudado de casa, na verdade, eu tinha morado aqui um tempo. Acho que um ano e meio. Mas ai eu voltei para o outro condomínio que é mais longe. Bem mais longe. Mas eles sempre mantiveram contato. Faz bastante diferença falar com eles pelo telefone, com uma distancia absurda nos afastando. E falar, tocar, sentir eles bem na sua frente. Bem mais perto de você.

É uma coisa simples e de graça na vida que não tem comparação. Ficar com a sua família, todos unidos e rindo. Principalmente quando tem comida no meio que ai a coisa toda fica dez vezes melhor.

Nós chegamos onze e meia da noite, e todo mundo se reuniu na sala para ficar conversando até dá meia-noite .

– E vocês lembram daquela vez que nós brincamos de cachorro? Ai a Katniss montou no Júlio, mas acabaram com o braço trincado?- relembra meu primo João, enquanto todos nós (primos) caímos na gargalhada.

É sempre assim, toda vez que nós nos juntamos os melhores assuntos são relembrar quando éramos pequenos, ou quando fazíamos coisas idiotas e muito engraçadas. Ou continuar fazendo coisas idiotas e muito engraçadas.

– Naquele dia foi quando também fizemos comidas para os cachorros da chácara.- Diz Bia balançando a cabeça.

– Ahh é. Que roubamos um saco de arroz só para ir cozinhar no sol né? Ai depois todo mundo brigou com a gente, e nos fez ir lá no fim do mundo comprar mais.- Aninha continua enquanto todos concordavam rindo.

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– FELIZ NATALLLL!!!!- Gritam todos quando dá a hora, com suas taças de champanhe levantadas. Com aquele barulho de brinde.

Abraço toda a minha família. Eu sempre fico muito emocionada.É claro, é considerado uma das datas mais importantes. Apesar da minha mãe falar que o nascimento de Cristo foi antes.

Como nunca esperamos dá o dia 25, já tínhamos comido muito. Então foi a hora da sobremesa. E todos nós nos sentamos no terraço da casa da minha vó pra vê todos os fogos que estavam explodindo. Eu peguei aquele pavê que todo mundo tem um tio que faz aquela piadinha sem graça que eu não vou nem citar aqui....

Eu quero desejar um Natal muito animado para todos vocês, meio atrasado. Eu peço desculpas. Mas quero que saibam que depois de tudo, eu ainda os amo muito, viu? Vocês fazem parte da minha família sem duvidas, e eu queria está com cada um de vocês para receber um abraço bem apertado dos meus amores. Mas a longa distancia nos separa, infelizmente. Mas podemos nos falar por aqui. Enfim, é isso. Passaremos o Ano Novo juntos e isso já basta pra mim. Eu não sei quantas vezes eu já falei, mas todos vocês, SEM EXCEÇÃO, são muito, muito mesmo, especiais para mim. De verdade, e eu não quero que esqueçam isso nunca, entenderam? Todo esse tempo que tivemos afastados me machucou muito, como machucou vocês também. Eu sei, ficar longe da Kat aqui não é fácil, né? Kkkk, enfim... Acho que vou terminar de comer minha sobremesa. Depois eu falo com todos vocês... ( SÃO PRA VOCÊS, LEITORES)

Mando uma mensagem para o nosso grupo que criamos no whatsapp junto de todo mundo. Eu pensei em ligar para cada um, mas a preguiça é maior.

– Alô?- Peeta me liga com uma voz animada.

– Oee! Eu falo primeiro.- Me antecipo.

–Ok. - ele solta uma risada.

– FELIZZZZZZZZZZ NATAL, MELLARK.

– FELIZ NATALLLLLLLLLL, EVERDEEN.– Peeta grita tambe´m me roubando uma risada. - Minha vez agora...

– Ok...

– Eu te amo!!! Muitoooooo.

– EU TE AMOOOOOO. MAIS QUE VOCÊ ME AMA.

– Mas é impo...

– Não, eu te amo mais e não é impossível. Assunto encerrado.

– Ah é? Quem disse que está encerrado? Eu digo quando o assunto se encerra. - Ele brinca.

– Não. Eu mando na relação e ponto. - Digo autoritária e Peeta solta outra gargalhada. - Fala, amor. Você tem que falar que eu que mando.

– Ai ai, Kat. Ok, você manda, amor.

– Eu sei, obrigada.