Ensaio sobre Ele. escrita por Mitch


Capítulo 1
Café a dois.


Notas iniciais do capítulo

Os capítulos foram alterados, como uma melhoria para a história.



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Citando aquela do Cícero: Nem vi você chegar, foi como ser feliz de novo... Ele entrou na minha vida. Logo na minha. Sei lá por quê.
Era numa cafeteria pequena da cidade, quase vazia como de costume, quando sei-lá-quem se sentou ao meu lado.
O nosso papo então fluí como músicas do Chico Buarque no nosso ouvido. Mesmo ele rebatendo logo na primeira conversa suas opiniões ordinárias, mas o seu cheiro adormecia qualquer debate. O céu lá fora se abriu.
O jazz tocava na rádio do Café, a garçonete dançava e cantava sorrindo para nós, como se fossemos aqueles casais comemorando um ano de namoro numa cafeteria ás 7h00 da manhã. Nós sorriamos e não nos conhecíamos.
Ele gosta de filmes clássicos e adora contar uma piada. Joga alguma coisa nas horas livres, e quando está para baixo, toca violão. Ainda não faz ideia do que fazer no futuro, mas deve ser algo com que todos prestem atenção nele. Ele tem medo de ser sozinho. Eu rio do seu temor e ele faz cara de tímido, como se esse fosse o medo mais ridículo de todos, e é.
– Qual o destino da moça? - Ele me questiona, assim que os cafés acabam. E eu lhe digo que tenho aula dali há 10 minutos e provavelmente chegaria atrasada para o primeiro dia. E ele me diz que é ótimo, pois nos atrasaríamos juntos.
Saímos do café e eu nem ao menos sabia seu nome. Era uma manhã quente de fevereiro, as ruas já cheias, andávamos devagar. Mais ou menos quinze minutos até chegarmos ao colégio, que por coincidência, era o mesmo para os dois.
Aquela manha confluiu para uma aproximação para nós, suas risadas e seus toques leves sobre meu quadril deixavam claro o possível envolvimento, mesmo eu sendo apenas mais uma garota que ele encontrou sentada numa cafeteria numa manha de segunda-feira. Não passaria daquilo, pensei.
Era tudo novo, as pessoas, a decoração, as sensações, eu me sentia de mãos atadas num lugar que já não era mais meu.
Chegamos ao colégio com trinta minutos de atraso, provavelmente por quê ele parava á cada cinco minutos para ilustrar uma de suas inacabáveis histórias. Mas não me importei.
Antes de entrar em sala, ouço um grito no final do corredor;
– Eddy, me chamo Eddy Vizentin. - O vejo sorrindo longe.
– Mabelle, Mabelle Coy - Digo na mesma intensidade e ele desaparece.
Eddy Vizentin, um nome que custaria a esquecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem das alterações



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