Em uma fria noite de Outono,
o céu estava escuro,
as pessoas invisíveis,
e o único destaque eram os postes acesos,
que iluminavam a sua toca vermelha.

Vermelho cor de sangue,
amora e maçã,
era sua cor quente,
a única coisa então clara,
que poderia iluminar seu escuro solitário.

Procurando seu porque,
a garota de vermelho continuou a andar,
encontrou velhos bêbados e drogados,
mas a ajuda não aqueceria o frio deles,
e então ela os acendeu um cigarro.

E então os mendigos agradeceram,
porque a única forma de não morrer de frio,
era morrer de câncer,
e no final você deveria escolher,
o mais demorado.

A garota continuou a andar,
prendeu seus cabelos louros para trás,
e acendeu seu último cigarro,
até chegar perto de uma igreja.

Embora não acreditasse em deus,
ela entrou lá,
e então percebeu que era assim que o mundo estava,
pessoas vazias,
lugares vazios,
copos cheios,
cigarros acesos.

E então ajeitou sua toca vermelha na cabeça,
na esperança que ainda fosse,
uma chapeuzinho vermelho,
em busca de seu lobo mau.