POV ALICE
Quando acordei, estava deitada e com roupa nova, no quarto de Guilherme e era noite já, tarde.
Porque estou aqui?- perguntei a ele.
Seus avos pediram para que eu tomasse conta de você.- ele respondeu carinhosamente.
Guilherme?
O que?
O que você nunca faria por mim?
Ele olha pro teto, coça a cabeça e por fim responde:
Nada.
Sempre fui o tipo de pessoa que se derretia com palavras, cheguei perto dele e o abracei.
Esta com sono?- ele perguntou
Não, e você?
Também não, e antes que você pergunte, a Mel esta deitada ali.
Fiquei aliviada, alias, vai saber o que aqueles vândalos fizeram.
Ele colocou o filme A Ultima Musica para assistirmos. Mais eu não consegui parar para pensar no filme, só conseguia pensar no meu sentimento por ele. O quarto dele era lindo, e eu estava vestindo uma blusa dele, não sei porque tudo isso, sendo que meu quarto era ao lado... Mas.
No calor da noite, dormimos.
Quando acordei, ouvi alguns barulhos, vindo de fora do quarto. Olhei pela janela e tampei a boca. O gigante lobisomem estava la fora, rodeando a fonte. E eu lembrei-me, faltavam apenas 15 dias para o período de Lua de Sangue.
Lice? O que houve?
Nada...- eu disse voltando a me deitar.
Quando me deito, ele fica me observando e eu sento na cama, e o encaro por segundos...ele me olhava diferente, me olhava como... como... como o Raphael me olhava.
Ele então se aproximou de mim, envolveu suas mãos no meu pescoço, arrepiando meu corpo, acariciou meus cabelos, e por fim, puxou meu corpo para junto do dele, e me beijou.
Ele tinha hálito de banana e canela, algo super agradável, e ele beija bem, ele sabia até onde ir. E quando recuou, eu o puxei.
Desculpe- ele disse se afastando.
Desculpe o que?
Isso.
Isso? Você acha que isso foi algo errado para pedir desculpas?
Você tem noivo!
Estou sendo obrigada- meus olhos marejaram.- Não amo aquele cara. Nem o conheço o suficiente.
Mais você tem alguém.
DE QUE ADIANTA TER ALGUEM SE VOCÊ NÃO O AMA? EU NÃO AMO O PRINCIPIE CHARLES!
Tem razão, você ama o Raphael.
PARA DE SER SONSO, EU AMO VOCE! VOCE QUEM EU AMO!
Ele parou, e ficou me observando.
Para de me encarar- eu disse o empurrando.
Mais, ele continuou. Me irritei no extremo, e sai do quarto, batendo as portas.
Entrei no meu quarto gritando, fazendo com que Erika acordasse.
Alice, o que houve?
Não respondi, simplesmente me tranquei no banheiro.
Sentei no chão, e permiti que as lagrimas saíssem. O mais difícil de se apaixonar por alguém que não te ama, é saber que ele ama outra.
Pego-me chorando as vezes, deitada no meu quarto escuro. Sozinha. Obscura. Porque? Porque comigo? Porque com ele? Eu queria poder mandar no meu coração. Queria fazer o certo, queria me casar com o principie Charles por amor, não poder dinheiro.
Alice abra a porta- pediu Erika.
Não respondi, e nem iria.
Enchi a banheira e entrei. Joguei agua pelo meu rosto, retirei a maquiagem, retirei o suor. Queria que assim fosse com o amor. Bastasse um banho, e ele acabava.
Não queria ser princesa. Não queria ser rainha. Não queria ser o alvo principal de uma criatura maligna. Não queria me apaixonar pelo meu amigo. E não queria ser órfã.
ALICEEEEEEE- disse minha avó entrando no quarto com tudo.
Coloquei roupas rápido e sai do banheiro.
O que houve?
Foi decretado! Você é a ultima princesa.
COMO?
Ser a ultima princesa, significava estar entre as 10 meninas mais lindas dos reinos, significava que se eu ganhasse essa espécie de concurso, no qual eu não havia me inscrito, poderia escolher três reinos vizinhos, e casar com quem eu quisesse, tanto rei e principie, como plebeu.
Mais eu não me escrevi vovó.
Eu te inscrevi! De nada minha filha, vá dormir! Você precisa.
Assim ela bateu a porta, me deixando ali, desamparada.
Como arrumavam essas coisas a mim? Como não perguntavam se quer, se eu concordava? Como eram tão frios?
Não tive escolha, me deitei, e chorei até dormir.

Na manha seguinte, fui acordada cedo, com as servas no quarto, me arrumando já. Me levantaram e não deixaram que eu tomasse banho, o porque eu não sei. Vestiram-me com um vestido todo rodado lilás, com pedras de diamante lindas e um salto gigante. Me maquiaram naturalmente, e puseram um colar lindo em meu pescoço, e por fim, coque no cabelo. Eu estava parecendo uma bonequinha.
O principie Charles entra em meu quarto, faz uma reverencia e me pega pela mao.
Bom dia amada.
Bom dia alteza.
Eu o acompanho até o salão principal, onde haviam varias câmeras. Ele cochicha em meu ouvido sorria. E eu sorri.
Chamam meu nome, e eu vou, acompanhada.
Sente-se- pediu um rapaz.
Sentei como pedido.
Princesa Alice, pode nos informar sua idade?
16 anos, 17 em quinze dias.
Que bom. Quais são os seus planos caso seja rainha?
Bom, impostos mais altos, mais festas, mais leis- era mentira, eu não queria nada disso, mais, foi o que minha avó pediu.
Entendemos. O que você acha sobre namoro entre classes diferentes?
Desprezível!- menti de novo.
Ok, obrigada.
Agora estava livre para poder passear pela minha casa.
Fui até o balanço que eu costumava ir com Erika. So que dessa vez, sozinha.
E nesse momento, lembrei dele. Do nosso primeiro beijo.
Você gostou?- ele perguntou a traz de mim.
Não responderei nada, como você mesmo disse, sou noiva!
Uma coisa que ele odiava era quando eu repetia as falas dele.
Alice, venha até aqui!- disse o principie Charles.
Levantei-me do balanço e fui até ele. Câmeras passaram e ele se inclinou para me beijar, e eu chutei o joelho dele. Seu rosto ficou vermelho.
você é doida?- ele disse com o rosto vermelho de ódio.
Não vou te beijar, seu nojento.
Quando as câmeras passaram, ele me arrastou até a traz de uma arvore.
Segurou meus braços, e tentou diversas vezes me beijar. Foi então que ele tentou algo mais avançado, levantando meu vestido, e quando escapei, ele me puxo de volta e deu um tapa no meu rosto.
Foi rápido demais, de repente, ele e Guilherme estavam no chão rolando. Guilherme socava o rosto dele, expondo machucados.
NUNCA MAIS ENCOSTE NELA-ele gritava.
PARA GUILHERME, PARA!!!- eu o puxei até que ele soltou.
Joguei-me no chão sujando meu vestido, e então, vi um bilhete:
Vai escolher quem Licinha? Beijos CH
CH? Quem é CH?