Nosso passado,nosso futuro.. escrita por Gabriella War of Darkness


Capítulo 7
Cap. 7


Notas iniciais do capítulo

;)



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Flashback em

Brennan acendeu a luz da mesinha de cabeceira. Duas e meia da manhã. E Nicholas resolvera que era um bom horário para acordar.

Ela caminhou para o moisés, próximo da cama. O menino agitava os braços e as pernas, o choro ritmado.

Era a primeira noite dela com o filho. E enquanto estava parada, vendo-o chorar e chorar, sem conseguir compreender o que realmente ele queria, ela se perguntou se havia feito a coisa certa. Ela queria um filho. Mas ela não sabia como ser uma mãe.

Enquanto Fariza havia estado com ela durante o dia, ela se sentira segura. A senhora havia criado quatro filhos e nove netos, e tinha um extenso conhecimento. Mostrou a ela como segurá-lo, como alimentá-lo, como trocar as fraldas.

Mas agora ela não contava com ajuda nenhuma.

Booth saberia o que fazer, Booth era pai.

Ela balançou a cabeça, como se pudesse espantar o pensamento. A decisão havia sido tomada. Ela iria em frente com aquilo.

Cuidadosamente, sustentando a cabecinha e as costas da forma como Fariza lhe ensinou, Brennan pegou o pequeno Nicholas no colo. Sentou-se na cama, imaginando que deveria testar se o menino estava com fome. Quando ela ofereceu o seio, ele sugou avidamente, parando de chorar.

A cabana voltou a ficar em silêncio, o constante ruído das ondas e o sugar do garotinho sendo os únicos ruídos.

Ela sabia que era normal para um ser tomar os mais novos com carinho, cercá-los por um instinto protetor para a preservação da espécie. Mas enquanto estava sentada, observando o menininho mamar, ela percebeu que aquilo ia muito além deste conceito antropológico.

Ela amava aquela criança. Sem medo, sem dúvida, sem segundos pensamentos. Faria qualquer coisa para que ele estivesse protegido e feliz. Geneticamente, ele era uma parte dela e de Booth. Uma prova viva de que as barreiras da física podem ser quebradas. Que milagres acontecem.

Quando ele terminou de mamar, e ela o apoiou contra o ombro para fazê-lo arrotar, teve a certeza que, mesmo não sendo hábil, mesmo nunca tendo feito aquilo antes, ela ia se esforçar ao máximo. Seria uma mãe para seu garotinho, e teria orgulho disso.

Flashback off

Brennan caminhou até o Museu de Arte Natural. Se fosse para casa, seu pai estaria lá, e a última coisa que queria era ter que explicar o que acontecera. Ela se sentou nas escadas do museu, próxima às colunas, onde as pessoas que entravam e saíam mal podiam vê-la. E sentada ali, ela chorou.

Teria que contar a Booth sobre Nicholas. Seria impossível que ele não descobrisse. Mas ela não sabia como levaria as coisas dali em diante. Conseguiria trabalhar lado a lado com ele, como se tudo ainda fosse como era antes? Ela não tinha certeza. Quando ele pediu a você para darem uma chance, e você negou, ele continuou trabalhando ao seu lado. Ela teve que dar ouvidos à voz em sua cabeça. Se ele havia conseguido, ela também conseguiria. E seria injusto com seu amigo se ela não fizesse o mesmo esforço. Além do mais, ela não poderia deixar de vê-lo. Nicholas era filho dele também, e ela sabia quanto o machucava não poder ver Parker sempre. Ela nunca negaria esse direito a ele com Nicholas. Queria que ele fosse parte significante da vida do menino.

Depois de uma hora sentada na escada do Museu, ela se sentiu pronta. Limpou as lágrimas, decidida sobre o que fazer. O primeiro passo era contar a Booth que ele tinha outro filho.

A semana começou e Brennan voltou ao seu dia-a-dia no Jeffersonian. Era como voltar para casa. Cam havia insistido para ela tirar mais um mês de licença, pelo menos, mas ela não quis nem ouvir. Já havia ficado parada pelo tempo mais longo que se lembrava, e pretendia trabalhar menos horas para passar mais tempo com o filho, mas não queria ficar em casa. Logo no primeiro dia, ela se sentia bem. Confortável e feliz. Aquilo era o que mais amava fazer.

–Bren, eu dei o máximo de espaço que consegui. – disse Angela, fechando a porta do escritório dela com violência. – Agora você vai me contar. Tudo.

Brennan suspirou, largando a pasta que lia. Devia isso a Angela. E sua consciência ainda estava pesada pelo fato de não ter feito um esforço maior em contar para Booth.

–Eu estou ciente que o fato de ter escondido um acontecimento de tamanha importância de vocês os magoou. – começou ela, se sentando ao lado da amiga no sofá.

–Com certeza! Querida, eu acho que você regrediu um pouco neste tempo que esteve por lá. Da última vez que nos vimos, você estava tão mais aberta e alegre... ficar tanto tempo longe de nós, no meio de tantos cientistas cibernéticos desumanizados mexeu com a sua cabecinha.

–Não eram cientistas cibe...

–Foi uma brincadeira, Bren. Então, por que não me ligou imediatamente, no instante que soube que estava grávida?

–Eu não queria voltar, Ange. Era a viagem decisiva. A viagem para que eu entendesse tudo, meu trabalho, meus relacionamentos, o rumo da minha vida. Eu não estava pronta.

–Mas você podia ter ao menos contado!

–No momento que você soubesse, Hodgins saberia. E então Cam, e então Booth, e vocês fariam de tudo pra me trazer de volta.

Angela suspirou. Como iria negar?

–Como o Booth reagiu à notícia?

–Eu não contei a ele. – disse Brennan, mirando as próprias mãos.

–Você o quê? Brennan! Quando pretende contar, quando o Booth for na sua casa e tropeçar no carrinho de bebê? Por que não contou?

–Ele está com alguém, Ange. E em certa altura da conversa, pareceu bravo, ou zangado comigo, e eu senti... não ia suportar que ele me olhasse com raiva, não tive coragem.

–Você tem que contar.

–Eu vou, Angela.

Angela mirou a amiga, balançando a cabeça de forma consternada.

–Você queria isso, não queria Bren? O bebê.

Angela não pôde deixar de notar o sorriso rápido que se formou nos lábios da amiga.

–Há algum tempo que eu queria, mas... é diferente de tudo que imaginei. É muito melhor. Passei por alguns momentos de desespero... mas tudo vale a pena quando o vejo sorrindo.

Angela sorriu, tocada. Naquele dia em que Brennan voltou ao Jeffersonian, ela havia assistido a algumas das interações dela com o bebê. Ela não poderia ser mãe melhor para o garotinho.

–Eu e Hodgins estamos tentando, sabia? Eu sempre quis filhos.

Brennan sorriu também.

–Fico tão feliz por vocês, Ange. Vai dar tudo certo.

–Ei, imagine só que bonitinho se eu tivesse uma menina. Ela e o Nicholas podiam ser amigos de brincadeiras.

–Se você tiver um menino eles também podem brincar juntos.

–Ah, mas uma menininha seria tão fofinho. Eles poderiam ser os pajens do seu casamento.

Angela riu, e Brennan rolou os olhos com a ideia absurda.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Reviews???..



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