Nosso passado,nosso futuro.. escrita por Gabriella War of Darkness


Capítulo 13
Cao. 13


Notas iniciais do capítulo

O próximo capítulo é o ultimo!!
Espero que tenham gostado!!



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Brennan acordou sentindo-se descansada, e ao olhar no relógio se impressionou com o fato de já serem 9 horas da manhã. Era a primeira vez em muito tempo que ela dormia mais de quatro horas seguidas. Ouviu a voz de Booth vir da sala e se levantou, curiosa.

–... e você precisa maneirar um pouco com a sua mãe, ela ama você, mas não é legal ficar a madrugada inteira querendo colo...

Brennan se encostou ao batente da porta, sorrindo. Booth estava sentado no sofá, o garotinho apoiado em suas pernas.

–Bom dia.

Booth levantou os olhos para ela, e sorriu.

–Dormiu bem?

–Como há muito tempo não dormia. – respondeu ela, caminhando até a sala.

Ele se levantou, lhe estendendo a criança e ela a trouxe de encontro ao ombro, sentindo o aroma doce que só os bebês tem. Então viu Booth se afastar, pegando o paletó que havia deixado no sofá na noite anterior.

–Vai sair? – ela tentou esconder a decepção da voz.

–É sábado, preciso passar na Rebecca, lembra?

–Você ainda não viu o Parker?

–Vi, passamos o último final de semana juntos. Mas preciso tirar o atraso desse último ano, Bones. Você não imagina como foi difícil passar um ano longe dele. – ele parou, sorrindo – Na verdade, acho que agora você entende isso.

Ela concordou, pousando o queixo no topo da cabeça de Nicholas. Booth se aproximou dos dois, dessa vez deixando um beijo para cada um.

Ela trocou de pés, desconfortável, enquanto o via começar a sair. Olhou para Nicholas, e então perguntou:

–E se vocês almoçassem com a gente?

Ele parou à frente dela, sorrindo.

–Nós quatro?

–Sim.

–Como... uma família?

–Como uma família.

O sorriso dele aumentou.

–Eu também quero isso, Booth. – disse ela, respondendo à pergunta da noite anterior.

–Você tem ideia...

–Sim, eu tenho ideia de quão grande é. Eu quero, e acredito poder falar pelo Nicholas também. Nós queremos.

Ele a beijou ternamente nos lábios, segurando suas faces com as mãos. Seu sorriso enchia o rosto, e ele não sabia o que falar para expressar a alegria que sentia.

Brennan havia correspondido ao beijo da noite anterior, era verdade. Ela havia contado a ele todos os motivos pelos quais teve medo. Mas não havia respondido à pergunta que mais o preocupava, e aquilo o incomodara até aquele momento.

–Logo estaremos de volta. – disse Booth, não conseguindo tirar o sorriso imenso do rosto. – Quer que eu traga algo para o almoço?

–Não, eu faço macarrão com queijo. Vou conseguir cozinhar já que o Nicholas está bonzinho, e isso graças a você.

Da porta, ele mirou Brennan com o bebê no colo, falando de fazer o almoço para ele e Parker. E de repente se deu conta da imensa verdade - que ela, sua parceira, sua amiga, sua vida, era mãe de seu filho. Sem poder se conter voltou, depositando outro beijo em seus lábios.

Ela riu.

–Booth, assim você não vai conseguir sair.

Ele se virou, puxando a porta minimamente.

–Já estou com saudades.

–Isso não pode ser possível, você nem saiu ainda.

Ele riu da forma séria como ela falou, e finalmente saiu, encostando a porta.

Mal via a hora de voltar.

Flashback em

Brennan mirava o teto, iluminado apenas pela fraca luz da luminária. Nicholas havia dormido há algumas horas, mas ela estava sem sono.

Com o dedo, tocava o medalhão de São Cristóvão em seu pescoço. Ele sempre lhe lembrava de Booth.

Logo que chegara à ilha, sua primeira reação havia sido a de se focar totalmente no trabalho. Esquecer quem havia ficado para trás, o que havia ficado para trás. Ignorar o aperto no peito, fingir que não sabia o que era aquilo. Mas aquilo fora há tempos.

Ela riu sem achar graça. Fora há apenas alguns meses. Mas sua vida havia virado de cabeça para baixo naquele pequeno espaço de tempo.

A descoberta da gravidez a fez enfrentar o que estava negando. E agora, mirando seu filho dormindo tranquilamente, ela já não tinha medo de pensar abertamente sobre aquilo.

Estava com saudades dele. Uma sensação angustiante, aterradora. Queria olhar para aquele sorriso convencido, queria poder ouvi-lo pronunciar as duas sílabas de seu apelido que tanto gostava de ouvir saindo dos lábios dele.

Tocando a medalhinha com a ponta dos dedos, ela se permitiu fazer um pedido. Não estava rezando. Não acreditava em Deus ou santos. Era apenas um desejo de sua mente. E ela sabia, melhor que ninguém, que a mente tem muito poder.

Que o Booth esteja bem. Que o tempo passe rápido. Que possamos nos reencontrar.

Flashback off

Brennan abriu a porta em resposta às batidas, e algo a atravessou com uma velocidade espantosa, se agarrando à sua cintura.

–Que saudade, Bones!

Ela pousou a mão na cabeça de Parker. Ele estava mais alto do que ela se lembrava, não demoraria muito e alcançaria seus ombros.

–É bom te ver, Parker. Vejo que cresceu.

Ela olhou para Booth, e ele fazia um movimento com os lábios sem falar. Ela se esforçou para entender.

"Nicky"

–Está no quarto.

–O que está no quarto? – perguntou Parker, finalmente soltando-a.

–Olha só, Parks. – disse Booth, guiando o menino pelo ombro até a sala. – A gente precisa conversar com você sobre algo.

–Você não contou? – perguntou Brennan, encostando a porta e se juntando aos dois.

–Não contou o quê? – falou Parker, preocupado, olhando de um para outro – Pai, você não vai viajar de novo, não é?

–Não, não vou.

–O que é, então?

Booth se sentou no sofá, estendendo a mão para Brennan. A puxou com delicadeza, fazendo-a sentar-se ao seu lado.

–Vocês dois finalmente estão namorando? – lançou o menino, um sorriso começando a surgir.

–Nós somos namorados, Booth? – perguntou Brennan confusa.

–Mais do que isso, Bones. Mas rótulos não vêm ao caso agora. A notícia que temos é algo maior, Parker.

–Vão casar?

–Quer me deixar terminar de falar, por favor?

–Desculpa.

Brennan riu levemente. O rostinho de decepção de Parker era idêntico ao do pai.

Ela notou quando Booth a mirou, como se pedisse permissão.

–Pode dar a notícia. – ela sabia que isso o faria feliz.

–Parker, eu e a Bones temos um bebê.

O menino olhou para o pai, confuso.

–Você quer dizer que vão ter um bebê? Que a Bones está grávida?

–Não, Parker. Ela já teve o bebê, nesse ano que passamos fora.

–Mas vocês não estavam namorando antes de viajarem!

Booth abriu a boca para responder, mas nenhum som saiu. Olhou para Brennan, pedindo socorro.

–Bom?

–Sim?

–Aquela história da sementinha... do homem e da mulher... pode fazer se não for namorado?

–De onde você tirou isso? – perguntou Booth, e Brennan percebeu que ele deu uma leve tropeçada nas palavras.

–A mamãe disse que tinha que ter 'a conversa' comigo. Ela reclamou que era você que devia estar lá nessa hora. – respondeu o menino, dando de ombros.

Booth esfregou os olhos com uma mão, visivelmente embaraçado. Brennan finalmente se compadeceu do sofrimento dele.

–Parker, para fazer amor e gerar uma vida, é preciso ter uma ligação muito diferente e especial com uma pessoa. Não importando se é seu namorado, marido, ou um amigo único. - disse Brennan, sabendo que Booth preferia as metáforas aos termos científicos para explicar aquilo.

–Está bem, então. – disse ele, como se o assunto não tivesse muita relevância – Onde está o bebê?

Brennan se levantou, indo até o quarto buscar o carrinho onde Nicholas dormia. Parker se aproximou devagar, um sorriso no rosto.

–Como é o nome dele?

–Nicholas.

–Ei, Nicholas. – disse Parker suavemente, se abaixando para ver melhor a criança. Pegou a mão dele na sua, notando que a diferença de tamanhos era enorme.- Como ele é pequeno. As mãozinhas, os pezinhos.

–Ele tem só três meses e meio. Você também já foi desse tamanho. – disse Brennan, sorrindo com a ingenuidade do garoto.

Então se virou para Booth para comentar o ponto, mas Booth não ria. Estava com os olhos fixos nas duas crianças, as orbes castanhas brilhando. Estava se segurando para não chorar.

Brennan se aproximou de Booth, entrelaçando os dedos com os dele. Ele finalmente tirou os olhos dos dois meninos e a mirou. Sorriu, apertando mais a mão dela na sua.

Uma família. Ele iria reensinar a Brennan como era ter uma família.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Reviews???..



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