Between Light and Dark - Pride escrita por LaraEHTeodoro


Capítulo 6
Nero Shadowing




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/500788/chapter/6

Nero costumava dizer que uma espada na mão é melhor que bons tênis de corrida. Nesse momento ele preferia os tênis. Mesmo sendo o segundo em comando da primeira coorte, e um dos, se não o melhor espadachim de todo o esquadrão não poderia derrotar a legião inteira sozinho.

Nero corria o mais rápido que podia, e estava mais rápido que todos - por ser filho de Mercúrio tem essa pequena vantagem. - Henry estava logo atrás dele seguido por John e Sophie, que por uma razão inútil e melosa estavam de mãos dadas.

“Eu juro que se nós sairmos vivos dessa eu vou esganar os dois.” Pensou Nero, porém não tinha tempo de pensar no futuro, tinham que agir e rápido. Quase tropeçou enquanto gritava para Henry derrubar alguns dos que se aproximavam e se virava para tentar segurar a retaguarda, porém quando se virou para ver, desistiu automaticamente. Haviam muitos. Era bem capaz de toda a legião estar ali.

O que era um grande problema pois agora eles haviam assinado sua sentença de morte caso voltassem ao Acampamento Júpiter. Um grande inconveniente para Nero e Henry que não teriam para onde voltar.

Nero não sabia por quanto tempo haviam corrido e por quanto mais teriam que correr para tentar despistar a legião, mas Nero não só achava como tinha quase certeza de que teriam que correr muito mais. O que já se tornava difícil, a vista que os quatro começaram a desacelerar e ofegar.

De repente, Nero vê uma saída na colina. Onde a estrada era vista havia um ponto de ônibus, onde se encontrava um ônibus que estava saindo. Nero não sabia para onde ia, mas isso não importava; queria ir para longe dali.

– Algum de vocês dois tem dinheiro? - perguntou Nero ainda correndo para John e Sophie.

– Sobraram trezentos dólares. Por quê? - respondeu Sophie.

– Vocês estão vendo aquele ônibus?

Todos assentiram, ainda correndo.

– Aquele é o nosso meio de transporte mais rápido.

O ônibus estava quase fechando quando os quatro o alcançaram. Viam os legionários vindo, porém ainda muito distantes para alcançá-los.

– PISA FUNDO, AMIGO! VAI POR MIM E PISA FUNDO! - gritou Henry para o motorista.

O motorista ficou assustado, porém Henry lhe entregou sessenta dólares sendo que a passagem para os quatro saia quarenta. Quem discutiria numa situação dessas?

O motorista acelerou, John, Sophie, Nero e Henry foram para o fundo do ônibus. Nero tentou se sentar entre John e Sophie, mas parece que John percebeu e rapidamente ficou ao lado de Sophie.

“Idiota”, pensou Nero.

De repente uma musica começa a tocar no radio do ônibus: “Don’t Stop Belivin - Journey”. Henry que é filho de Apolo, o deus das piadas, resolveu fazer uma brincadeira para tentar animar a todos:

– Viram só galera, até a rádio ta dizendo para que não percamos nossas esperanças.

Nero forçou uma risada, a piada não fora nem de perto engraçada, mais sabia que nem John nem Sophie iriam rir. Nero sabia o que fazer nessas situações, aprendera sendo Opitio, tinha que parecer um líder e ser amigo de todos.

–Bom, o que faremos agora? - perguntou John

– Iremos o mais longe possível do Acampamento Júpiter - respondeu Nero olhando para John como se a resposta fosse extremamente óbvia.

– E onde fica o tal acampamento meio alguma coisa?

– Meio-Sangue. Fica em Long Island.

– E vai demorar?

– Um pouco

– E…

– Epa, pera la rapaz, você estava fazendo muitas perguntas e muito rápido - riu Nero - Porque não fazemos o mesmo que Sophie e descansamos?

– Eu aprovo - disse Henry, encostando para trás e dormindo.

–Bom, até daqui a pouco - disse Nero.

Ele encostou a cabeça na janela, deu uma ultima olhada na paisagem que passava ao seu lado, fechou os olhos e dormiu.

Como todo semideus faz quando dorme, Nero sonhou com o pior momento de sua vida: o dia do ataque grego ao acampamento Júpiter há três semanas atrás.

Era ele quem estava de sentinela no dia. A noite estava mais escura que as outras, parecia que os céus sabiam o que estava a se suceder. Estava perto da meia-noite e faltava pouco para terminar o seu turno. Ao longe ele avistou um grupo de trinta semideuses gregos, com armadura completa. Como ele sabia que eram gregos? Dava para ver as mangas e a gola da camiseta laranja utilizada pelos campistas de lá.

Normalmente Nero não liberaria a entrada deles assim, porém eles estavam com os olhos firmes, sem sentimentos, como se tivessem acabado de batalhar.

– ABRAM OS PORTÕES! ALIADOS ENTRANDO! - gritou Nero e foi obedecido logo de imediato.

Os gregos já entraram atacando. Ninguém teve tempo de processar a informação direito, não conseguiram reagir. Eles fizeram uma chacina. Na contagem, foram cento e oito mortos, tirando Frank, que só foi morrer alguns dias depois por conta dos ferimentos, Reyna a maior pretora viva e Octavian, o áugure - ninguém gostava muito dele além de Nero - , mas tiveram que fazer a solenidade, como manda o estatuto do legionário.

Nero não entendeu como eles conseguiram ser tão frios; entraram, mataram, viraram as costas e foram embora, sem dizer mais nenhuma palavra. Nero perdeu um pouco da admiração que tinha por eles.

Ele correu para o que outrora fora o campo de batalha, e lá estava seu irmão mais novo, caído no chão, morto. Nero deitou a cabeça dele em sua perna, jurou que nunca mais confiaria nos gregos novamente.

– MALDITOS GREGOOOOOOOS! - gritou Nero.

Ele abriu os olhos, todos no ônibus o olhavam, pelo que imaginou gritou em alto e bom som. John e Sophie ainda dormiam, porém Henry estava com os olhos arregalados, o observando.

– Ei cara, você esta bem? - perguntou Henry.

– Estou, por que?

– Pelo simples fato de você estar ensopado - Nero olhou e era verdade - E por você gritar “Malditos Gregos” para que todos pudessem ouvir. Não é nada.

De repente o ônibus parou e quando Nero olhou pela janela, viu que haviam parado num daqueles restaurantes de estrada. Já estava anoitecendo e o sol se punha num tom vermelho-alaranjado.

– Ei Henry, porque não acorda os dois para que possamos comer alguma coisa? - disse Nero.

– Certo - respondeu Henry começando a dar algumas sacudidas em John.

***

Nero entrou, foi até o banheiro e depois saiu para procurar alguma coisa para comer. Quando os outros três entraram, ele já estava comendo um salgado. Henry sentou ao lado de Nero, enquanto John e Sophie sentavam-se lado a lado na frente dos dois.

John pediu bastante coisa para comer, Nero não entendeu como ele conseguia comer tanto sem engordar. Nero não era gordo, mas também não era John. John estava com uma camisa que era um pouco apertada para ele, então dava para ver um pouco dos seus músculos.

Sophie quase não comeu nada, Henry comeu um salgado assim como Nero. Depois que todos estavam bem alimentados, ouviram o motorista chamar e assim, voltaram para o ônibus e sentaram no mesmo lugar que outrora haviam sentado.

O automóvel começou a andar enquanto a noite ia caindo, mas Nero sentia que não seria uma noite tranquila. E infelizmente ele estava certo.

Já passavam das vinte e duas horas, a estrada estava escura quase não dava para ver o que acontecia do lado de fora. De repente eles começaram a ouvir um barulho estranho.

Eram batidas no chão, o ônibus chegava a tremer um pouco. Nero olhou pela janela, mas estava muito escuro e mal conseguia ver, mas conseguiu distinguir uma figura imensa que avançava em direção ao veículo.

Estava escuro lá fora. Sophie e John só foram acordar após a segunda vez que o monstro sacudiu o ônibus. Henry já estava acordado desde a primeira tremida, assim como Nero. Os quatro pegaram suas espadas e ficaram lá, esperando, observando.

De repente, tiveram que se segurar; o automóvel havia sido levantado, e estava girando, como se fosse uma daquelas caixinhas que precisam de algum truque para serem abertas. John quase caiu quando o monstro deixou o veículo embicado para a frente. Nero o segurou, e não pode deixar de ver que John o agradecia silenciosamente. Até porque, se ele caísse, ia direto para a janela do motorista.

Algumas pessoas não tiveram a mesma sorte, mas foram sortudas pois conseguiram se segurar ou foram seguradas, apenas uma mulher não se salvou, e então o filho de Mercúrio viu o que aconteceria se ele tivesse deixado John cair.

O monstro largou o ônibus, e começou a olhar pelas janelas, olhando e farejando. Sim, ele estava farejando. Semideuses tem um “cheiro” forte para monstros.

Olhou pela janela, para ver se descobria onde o monstro estava e assim que olhou pela janela, dois olhos enorme apareceram do outro lado. O semideus ficou quieto e mandou fazerem o mesmo utilizando sinais com as mãos. Nem todos entenderam bem o significado. John podia jurar que Nero estava dizendo que queria ir ao banheiro, mas depois de pensar um pouco mais, entendeu o significado.

O monstro fungou com força e arregalou os olhos.

– SEMIDEUSES! - esbravejou ele

– Temos que sair. Não podemos deixar que pessoas inocentes morram por nossa causa - disse John quase gritando por conta das risadas da criatura.

– Certo! - respondeu Nero - Só preciso pensar em um plano!

– SAIAM LOGO SEMIDEUSES! CARLO ESTÁ COM FOME!

– Vamos logo Nero! - disse Sophie

– Quem tem o nome de Carlo? - perguntou Henry

– Henry, agora não é hora de fazer piadas - disse John

– Certo, certo. Só queria descontrair um pouco.

– Ok. Não sou muito bom com planos mas posso tentar - respondeu Nero - Lá fora tento explicar

Os quatro foram correndo pelo corredor do veículo com armas em punho.

– Motorista! - disse Sophie colocando toda a sua fofura nas palavras - O senhor poderia abrir a porta para a gente?

– Você está louca menina?

– Senhor, se nós sairmos ele deixará vocês em paz - disse Sophie

– Até porque é a nós quem ele quer - disse John

O motorista olhou confuso para os quatro adolescentes.

– Como um tornado vai querer vocês, garotos?

– Tornado? - perguntou John com cara de confuso - Mas...

– Olha é bom você abrir logo - disse Nero colocando a ponta da espada no pescoço do motorista.

O condutor rapidamente abriu a porta e assim que eles saíram o monstro esbravejou:

– AH! PENSEI QUE IAM DEMORAR MUITO!

Nero já havia visto um daqueles. Uma vez um grupo de monstros tentou atacar o Acampamento Júpiter. Era um gigante de cerca de dois metros, tinha olhos selvagens e sorria mostrando seus dentes pontudos.Seus braços eram um tanto quanto peludos e cheios de tatuagens. Nero conseguiu identificar cobras, dançarinas havainas e corações entre elas.

“Lesti… Não… Listi… Não, não é isso” Pensou Nero, esse não era o nome daquele tipo de criatura.

– Quem é você? - perguntou Henry

– EU SOU CARLO. EU JÁ DISSE. NÃO DISSE? - respondeu o monstro que parecia confuso.

– Disse sim, mas queremos saber o que você é - disse Nero.

– EU SOU UM MONSTRO, NÃO ESTÃO VENDO?

– Ah. Já vi que teremos que ter paciência com esse cara - disse Henry com tom sarcástico.

– DO QUE VOCÊ ME CHAMOU CRIATURINHA INFAME?

– Olha, você é um cara certo? Nada contra essas pessoas que resolvem ser homossexuais, mas você não tem cara de gay, sem ofensas.

– O QUE É UM GAY?

– Olha, é difícil explicar, mais já que você quer saber. Um gay é…

– CHEGA DE PALHAÇADA, VIM AQUI PARA MATAR VOCÊS ANTES QUE CHEGUEM AO ACAMPAMENTO MEIO-TANQUE.

– Meio-tanque? - estranhou John.

– É. FOI ISSO QUE A MESTRA DISSE, OU SERIA MEIO-SANGUE?

– Olha cara, não sei o que você é, mais que é muito burro é - disse Henry

– COMO OUSA DESAFIAR CARLO, O LÍDER DOS LESTRIGÕES.

“Lestrigão, isso mesmo, foram cerca de três lestrigões que atacaram o acampamento. E esse tal de Carlo era quem os comandava. Foi o único que conseguiu viver!” Lembrou Nero.

– Você! - disse Nero apontando para o lestrigão.

– QUEM? EU? - perguntou o monstro confuso.

– Você atacou o acampamento.

– EU ATAQUEI O ACAMP… AH! SIM! FUI EU, CARLO, O LÍDER DOS LESTRIGÕES.

O lestrigão pegou uma árvore que existia atrás dele e arremessou longe.

– E VOCÊS SEMIDEUSES, SERÃO MINHAS PRÓXIMAS VÍTIMAS! - disse ele gargalhando

Nero correu para a direita do monstro ao mesmo tempo que John corria para a esquerda. Nero não sabia como, mas de alguma forma John havia entendido o seu plano, que Nero contou para Henry enquanto eles distraíam o monstro.

Carlo ficou perdido, sem saber para qual dos dois olhava, pelo visto o fato de ser grande não o auxiliava na hora de ser ágil. Henry correu para a frente passando por debaixo das pernas dele, dando um disparo de arco e flecha nas suas costas.

O monstro ganiu de dor, ao mesmo tempo que virava para ver o ferimento. Nero olhou para John que estava do outro lado da criatura e os dois fizeram uma contagem mental ao mesmo tempo. Quando terminou, sincronizadamente deram golpes de espada na parte de trás do joelho de Carlo.

O lestrigão caiu de joelhos no chão e foi quando Sophie correu e passou a espada na garganta dele, finalizando assim o desafio de matá-lo.

Nero percebeu que pela primeira vez agiram como uma equipe, mas não como uma equipe qualquer, e sim como os sete da profecia, aqueles que haviam derrotado Gaia há 16 anos atrás. De repente o semideus percebeu que eram uma equipe e teriam que se aturar por mais um tempo, então por que não aceitar essa condição?

– Por um instante chegamos a parecer uma equipe certo? - perguntou Sophie olhando para os três.

Podia até ser, mas Nero não daria o braço a torcer assim tão fácil.

– Não. Agora vamos andando porque não temos mais tempo para ficarmos parados. Até porque nossa carona se foi e estamos no meio do nada.

– Nero, você que conhece mais de mapas. Diga onde estamos - disse Henry.

Nero se abaixou, pôs a mão no chão, fechou os olhos e ficou lá, tentando se localizar.

– Estamos a uns cinquenta quilômetros de Denver. Vamos andando, daqui a um quilômetro tem um ponto de ônibus. Onde um para Denver não deve ser tão caro. Lá, decidiremos o que fazer.

Eles seguiram andando na direção indicada por Nero e após cerca de meia hora chegaram ao ponto de ônibus. Nero tinha sua camisa roxa do Acampamento Júpiter manchada de sangue de Lestrigão e tentava, inutilmente, limpá-la com uma toalha de rosto que trouxera e um pouco de cuspe. Os outros estavam em condições um pouco melhores; John e Henry eram quase do mesmo tamanho, de forma que se trocaram e colocaram camisas que John tinha, e Sophie não chegara a ser atingida por sangue.

“Maldito lestrigão, por que o sangue dele não virou pó igual ao resto?” Pensou Nero irritado. Ele odiava ficar sujo, e era por isso que sempre andava com a toalha e uma garrafa d’água, pena que a garrafa tinha estourado e molhado o resto da mochila.

O ponto estava praticamente vazio, exceto por uma velha tricotando e um garoto com aproximadamente dezesseis anos, vestindo uma camiseta laranja do acampamento grego. Ele era ruivo, tinha orelhas meio pontiagudas e rodava um dracma entre os dedos e portava uma kopis de bronze celestial na cintura.

– Precisa de ajuda? - Nero perguntou e se dirigiu a ele.

Assim que o grego viu sua camiseta do Acampamento Júpiter cheia de sangue, logo ficou de prontidão.

– Ajuda…? - disse ele com um sorriso zombeteiro bem conhecido por Nero; ele sempre o usava em batalha. - Só se você abaixar a cabeça, ou me der sua arma.

– Ou, ou, ou! Pra que tudo isso, amigo? Somos da paz, mermão. - disse Henry que logo fez o símbolo de “paz e amor” na mão direita.

– Eu acho que ele quer brincar de gato e rato, Henry. - Riu Nero, sacando Bloodlust. - Não quero ter que te matar, cara. Mas acho que nem sempre temos o que queremos.

– Ei! Acalmem-se! O que está havendo? - manifestou-se John.

– Também acho - Disse o garoto, ignorando totalmente John - Eu vou te mostrar o gosto do bronze.

–Acho que não. O ouro de Roma é muito mais forte que o do minecraft.

– Bronze? Isso é grego, não é? Sou grego também, cara! - disse John tentando melhorar o clima.

“Típico de um grego”, pensou Nero.

– Então o que está fazendo com essa prole infiel? - perguntou o ruivo.

– Eles vão levar eu e minha namorada Sophie ao Acampamento Meio-Sangue.

– É melhor não confiar nesses romanos malditos. Posso ser filho de Hermes, mas sou mais confiável que esses caras. Eles nem mesmo tem um líder porque o mata...

E assim, sem mais nem menos, Nero decepou o garoto, deixando a frase pairando no ar.

– Não desonre o nome do meu pai assim, seu bastardo grego.

Nero pegou a espada da mão do meio-irmão e olhou por um instante, tentando ler as letras gregas talhadas na lâmina

– Acho que é Ápsycha Monopáti - disse Henry por detrás de Nero. - Significa algo como: Caminho sem Vida.

– Espero que não quebre. - disse Nero com um brilho sanguinário no olhar enquanto guardava a espada. - Ela pertenceu a um filho de Hermes e agora pertence a um filho de Mercúrio.

– Cara, você acabou de matar uma pessoa e ta preocupado se a espada vai quebrar? - perguntou John.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Between Light and Dark - Pride" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.