Segredos Obscuros escrita por Tia Lia


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente... espero que goste desse capítulo.
Coloquei apenas a atuação dos dois e no próximo vem encrenca eu garanto.

Boa Leitura!



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"Eu posso ser quem eu quiser .. posso me fantasiar como nos teus sonhos ou simplesmente usar uma mascara com o desenho do meu rosto; você pode me contar mentiras e eu acreditar em todas elas ou eu posso estar apenas te testando, fazendo você acreditar em mim".

POV's Narrador:

– “Em vão tenho lutado, mas de nada serve. Os meus sentimentos não podem ser reprimidos e permita-me dizer-lhe que a admiro e a amo ardentemente.” –Castiel começou perfeitamente a “discussão, surpreendendo Susana.

Em casos como este, creio que é costume exprimir a nossa gratidão pelos sentimentos que nos são confessados, qualquer que seja a incapacidade de os retribuir. É natural o sentimento de obrigação, e, se eu me sentisse de qualquer modo reconhecida, não deixaria de lhe agradecer. Mas nada disso me é possível; nunca desejei a sua boa opinião, que, aliás, o senhor me confere contra a sua vontade. Custa-me decepcionar alguém. Não é propositadamente que o faço e só me resta esperar que não dure muito. Os sentimentos que, segundo o senhor me disse, o impediram durante muito tempo de reconhecer o seu amor hão-de socorrê-lo facilmente após a presente explicação.”– Susana disse se recuperando e entrando na atuação, o que o fez ficar completamente impressionado, se pôs de pé e deu um passo para trás o encarando com uma raiva aparente. O rosto de Castiel tornou-se pálido de cólera e a perturbação era perceptível em cada um de seus traços. Oque deixou Susana abobada com tamanha habilidade. Ela não ficaria para traz.

– “E é esta a única resposta a que eu tinha direito e com a qual tenho de me contentar! Desejaria, talvez, ser informado da razão por que me rejeita assim, sem a menor tentativa de delicadeza da sua parte. Mas não tem importância.”– Disse forçando a voz a se manter calma. Ao decorrer em que tudo ficava mais exitante para eles e para quem assistia.

– “Também eu poderia perguntar...”– Replicou ela –“Por que, com o intuito tão evidente de me ofender e insultar, resolveu o senhor dizer-me que gostava de mim contra a sua vontade, contra a sua razão e mesmo contra o seu carácter? Não é essa desculpa suficiente para a minha falta de cortesia? Se é que realmente cometi essa falta. Mas tenho outros motivos para me sentir ferida. O senhor conhece-os bem. Se acaso os meus sentimentos não me indispusessem contra o senhor, se eles lhe fossem indiferentes ou mesmo favoráveis, está convencido de que qualquer consideração me inclinaria a aceitar um homem que arruinou talvez para sempre a felicidade da minha irmã adorada?” –Disse se mostrando ainda mais indignada, como se isso a estivesse incomodando há muito tempo. Ao ouvir isso a expressão do moreno se tornou dura mas não durou muito, logo se amenizando e esperando que ela continuasse. – “Tenho mil e uma razões para pensar mal do senhor, nenhum motivo poderá desculpar o ato injusto e mesquinho que praticou. O senhor não ousará, não poderá negar que foi o principal, senão o único, agente na separação daquelas duas pessoas e em expô-las à censura e ao ridículo do mundo, uma delas por capricho e instabilidade e a outra pela decepção das suas esperanças, envolvendo-os aos dois numa situação extremamente embaraçosa.”

Susan fez uma pequena pausa.

– “Acaso nega que o fez?”

–“Não desejo negar que fiz tudo o que pude para separar o meu amigo da sua irmã; nem tão pouco negarei que me alegro desse êxito. Fui mais previdente para com ele do que para comigo próprio.” – Sem saber como reagir a tal frase, voltou à sua pose de ataque.

“Mas não é apenas daí que data a minha. Muito antes disso já eu tinha opinião formada a seu respeito. O seu carácter foi-me revelado há alguns meses atrás pelo Sr. Wickham. Que se lhe oferece dizer a esse respeito? Que ato imaginário de amizade poderá o senhor alegar para se justificar? Que falsos motivos poderá inventar para iludir os outros?” – Tudo estava intenso, como se fosse uma real discussão onde os dois se mantem firmes.

“A menina denota um ávido interesse por esse cavalheiro.” – Castiel deixou sua face corar intensamente, abaixando o tom de sua voz.

“Qual a pessoa que conheça o seu infortúnio pode deixar de se interessar por ele?” – Ela bradou e ele voltou a demonstrar raiva.

“O seu infortúnio! Sim, o seu infortúnio foi realmente grande.” – Ele disse indo em sua direção, obrigando ela a recuar quase sentando em cima da mesa da professora.

Eles estavam tão envolvidos, tão dentro de seus papéis que lágrimas vieram aos olhos da bela morena.

“E foi o senhor quem o infligiu! Foi o senhor quem o reduziu ao seu estado atual de pobreza, de relativa pobreza. O senhor quem lhe recusou as vantagens que lhe estavam destinadas. Privou-o, durante os melhores anos da sua vida, da independência a que ele tinha direito, e aquela que, aliás, merecia. Tudo isto o senhor fez, e atreve-se agora a ouvir o relato do seu infortúnio com desprezo e ironia.” – Ela disse tentando recuperar o fôlego e manter suas lágrimas dentro de si.

“É, então, essa a opinião que tem de mim!”– exclamou Castiel, caminhando pelo espaço da sala. – “É esse o valor que me dá! Agradeço-lhe por se ter mostrado tão explícita. As minhas faltas, tais como as representa, são realmente pesadas! Mas quem sabe”– acrescentou ele, detendo-se no seu passeio e voltando-se para ela –“se essas ofensas nunca teriam sido reveladas, acaso eu não tivesse ferido o seu orgulho ao confessar-lhe com toda a sinceridade os escrúpulos que durante tanto tempo me impediram de tomar uma resolução. Poderia ter evitado as suas amargas acusações se me tivesse mostrado mais hábil, escondendo-lhe as minhas lutas e fazendo crer que era movido por uma inclinação a que nada e opunha, nem a razão, nem a reflexão, nem qualquer outro motivo. Mas eu odeio toda a espécie de fingimento; nem tampouco me envergonham os sentimentos que lhe exprimi. São naturais e justos. Acaso esperava que me felicitasse pela inferioridade dos seus parentes! Ou que me alegrasse com a esperança de me relacionar com pessoas de condição tão decididamente inferior à minha?”– Ele a olhava de um modo tão penetrante que ela poderia desmaiar ali, na frente de todo mundo.

“Está enganado, Sr. Darcy. A sua atitude apenas me poupou qualquer sentimento de pena que eu pudesse alimentar ao ter de recusar o seu pedido, acaso ele tivesse sido feito de uma forma mais cavalheiresca.” – A morena notou como ele agiu ao receber tão frase, se sobressaltando com forte indignação. – “Eu tê-lo ia recusado de qualquer modo. Nada me persuadiria a aceitar a sua mão.” – Novamente seu espanto se tornou evidente. – “Desde o princípio, desde o primeiro instante em que o vi, posso afirmá-lo, que as suas maneiras me convenceram de que era um homem arrogante, pretensioso e devotando a maior indiferença pelos sentimentos dos outros. Esta impressão foi tão profunda que constituiu, por assim dizer, o alicerce sobre o qual os acontecimentos subsequentes elevaram uma indestrutível antipatia; e ainda não o conhecia há um mês e já estava convencida de que seria o senhor o último homem no mundo com quem me convenceriam a casar.” – Ele cambaleou para trás.

“Não precisa acrescentar mais nada, minha senhora. Compreendo perfeitamente os seus sentimentos e nada me resta senão envergonhar-me dos meus. Perdoe-me ter tomado o seu precioso tempo e aceite os meus mais sinceros votos de felicidade.” – Dita essa frase ele sorriu e se curvou, logo dando alguns passos à frente para quebrar a distância de seus corpos, passando a envolver Susan em seus braços e a sussurrar em seu ouvido. – Você simplesmente me tem em tuas mãos senhorita Elliot. – Castiel olhava Susana de um modo tão intenso que ela sentia que poderia estar revelando todos os seus medos, angústias e segredos com apenas essa troca firme de olhares os dois estavam cada vez mais próximos quando...


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Notas finais do capítulo

Se gostaram me deixem saber disso.

Quero ideias, e quero saber oque vocês querem para os próximos capítulos.

Beijinhos!



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