Infringente escrita por RB


Capítulo 7
Capítulo sete


Notas iniciais do capítulo

*LUMOS*

Fala pessoinhas do meu coração! Aqui vai mais um cap da fic, concentrando na relação fourtris. Espero wue gostem e boa leitura!!!

*NOX*



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TRIS


– Por que o quê?
Seu rosto tinha um ar curioso. Mas eu sabia que em seu íntimo ele tinha noção exata do que eu falava.
– Não se faça de bobo Tobias. Você sabe do que eu estou falando.
Ele apenas me encara. Os olhos confusos mas receosos. Eu esperei.
– Tris...
– Por que?- eu interrompi.- Por que você quis tomar o soro da memória?
A raiva consumia meu corpo. O que passou na cabeça dele? Minha irritação deve ter atingido seu estado de espírito. Logo, nós dois estávamos com raiva.
– Ora porque, vejamos...- seu tom de voz alcançou o meu.- Deve ter sido porque a minha namorada estava morta!
Eu ergui a sobrancelha e ele me imitou. Isso não era desculpa.
– Justamente por esse motivo que você deveria se recusar a tomar! Como iria se lembrar de mim se eu estava morta?
Ele coçou a nuca e olhou para cima, exasperado.
– Eu não acredito que você está brigando comigo por um motivo tão idiota! Já faz três anos!
Motivo idiota? Ele achava idiota? Fiquei ainda mais perturbada.
– Idiota? Bem, se você acha idiota querer esquecer todas as nossas lembranças eu não posso fazer nada. Eu não vou fazer nada para mudar essa opinião.
Eu viro de costas e sigo em direção a porta. Não quero mais olhar para ele. Não consigo mais olhar para ele.
– Tris, espera...- ele segura meu braço mas eu me desvencilho.
– O que mais você tem para falar?- deixo toda a mágoa invadir o meu corpo.- Eu ouvi Tobias! Sua mãe disse que você quis tomar o soro da memória, e só não o fez porque Christina lhe impediu! Você queria me esquecer, é isso? Queria esquecer todas as nossas lembranças?
Me senti como uma garotinha mimada que resmungava sem parar. Acontece que eu não podia esconder isso. Me magoava saber que Tobias queria esquecer de nós, ser uma outra pessoa.
– Tris...
– Qual era o seu plano?- interrompi.- Achou que eu tinha morrido e simplesmente quis apagar toda nossa história da sua mente? Queria viver uma vida nova como se eu não significasse nada para você!
– Tris, você não sabe do que está falando.

Eu o olhei, as lágrimas rolavam pelo meu rosto. Eu quis deixá-las fluir. O fato de Tobias querer tomar o soro me causava mais dor que a dor física. Era algo que doía dentro de mim.

– Tobias, como você pôde querer isso? Iria me apagar de sua memória como se eu não significasse nada para você?

Falei com sinceridade e ele balançou a cabeça, negando. Ele se aproximou de mim e tocou meu rosto, delicadamente.
– Tris, por favor não diga isso. Você significa tudo para mim. Tudo.
– Então por que...-insisti mas fui interrompida.
– Porque eu te amava demais. Eu te amo demais. Tris, quando eu soube que você tinha morrido eu..eu...fiquei desesperado, sem reação...
Ele tentava responder, parecendo não encontrar palavras suficientes para descrevera seus sentimentos naquele dia. Eu queria poder dizer que seu sofrimento não me atingia, que eu continuava com raiva. Acontece que Tobias é uma parte de mim, e quando o vi nesse estado, quase chorando, meu coração amoleceu e a mágoa se dissipou. Porém, continuei firme, o ouvindo atentamente.
– Eu confesso, eu quis sim tomar o soro da memória. O roubei do caminhão e estava disposto a tomá-lo, mas Christina apareceu e me fez enxergar a razão.
– Então se ela não tivesse aparecido...-comecei.
– Você quer saber se eu iria tomar?- eu acenei, em confirmação.- Bem, eu...não, eu não conseguiria.
Eu bufo.
– Isso virou questão de coragem, agora?- retiro sua mão de meu rosto e ele a coloca nos bolsos de sua calça. Desconfio que seja para não repetir o gesto.
– Não, não virou. A questão para mim era a solidão. Você morta e eu destruído por dentro. Não sabia o que fazer, eu só sabia que te queria de volta.
Eu o olhei, confusa. Ele diz que me ama mas ia tomar o soro da memória. Realmente faz muito sentido.
– Mas se você tomasse o soro, iria me esquecer. Nunca se lembraria de mim.
Eu insistia no assunto. Por mais repetitivo que fosse eu precisava saber o que se passou em sua cabeça para tomar uma decisão dessas. Era importante para mim compreender Tobias, importante para o nosso relacionamento.
– Eu sentia sua falta. Muito. Eu não dormia direito a noite e não fazia nada durante o dia, apenas pensava em você e em todos os nossos momentos. Tem noção do quanto é torturante saber que a pessoa que você mais ama no mundo está morta?
Não respondi. Primeiro porque eu, mais do que ninguém, sei o que é perder alguém amado. Segundo pelo fato dele ter dito que eu sou a pessoa que ele mais ama. Ele pode não ter reparado isso, mas eu sem dúvidas percebi.
– O que eu quero dizer é que estava desesperado. Eu não aguentava mais o peso em meu peito.- ele me olhou novamente, com sinceridade.- Eu nunca queria te esquecer, eu só...eu só...Tris, eu não queria mais viver sem você. Queria que a dor me deixasse, nem que fosse por um mísero segundo. O soro foi uma tentativa desesperada de alívio.
Eu considero suas palavras. Ele não sabia o que fazer nem como lidar com o luto e isso foi a única coisa que lhe ocorreu na hora. Não seria a coisa mais errada do mundo.
Não seria justo de minha parte julgá-lo quando eu mesma já quis um pouco de paz. Quer dizer, quantas vezes eu desejei que a dor da perda se afastasse de mim? Acho que no fundo, eu tinha medo de Tobias me esquecer e encontrar uma garota nova. Claro que, se eu morresse, gostaria que ele fosse feliz, mas sou egoísta demais para suportar vê-lo com outra. Ele era meu.
A ficha caiu. Fiquei nervosa com esse assunto pois não queria ser esquecida por ele. Queria que ele se lembrasse de mim com carinho a cada dia de sua vida, e eu me lembraria dele aonde quer que estivesse. Quando descobri que essa possibilidade poderia ter sido extinta se não fosse por minha melhor amiga, me senti ameaçada.
– Foi a atitude de um covarde eu sei.- ele deduziu que meu silêncio significasse que eu ainda estava com raiva.- Christina me disse o que eu precisava ouvir: que você me odiaria se eu fizesse isso. Acho que ela estava certa.
– Eu não te odeio.- suspirei.- Eu só, não queria que você se esquecesse de mim. Mesmo eu estando morta.
– Eu não quero me esquecer de você. Foi a atitude de um covarde.
Eu o encarei e ele retribuiu.
– Você é tudo, menos um covarde.
Ele corou, de leve.
– Você é muito mais corajosa do que eu. Todos sabemos disso.
Eu queria negar, dizer que também já desejei esquecer tudo, mas não o fiz. Deixei a frase pairando no ar. Eu entendi o que Tobias quis dizer. Não era ser corajoso com os medos externos, e sim com aqueles dentro de nós. Saber lidar com a dor e com a perda, coisa que tenho mais experiência. A força está dentro de nós, só nos custa aprender a usá-la.
O silêncio se instalou sobre nós e eu o quebrei.
– Por que você não quis me contar? Se não tivesse escutado essa conversa, eu nunca saberia.
Ele coçou a nuca com uma das mãos. Uma mania antiga e adorável dele.
– Eu sinceramente não me preocupei muito com isso. Quando te vi ontem, só me importava saber que você estava viva, nada mais.
Eu assenti.
– Prometa-me que vai me contar tudo. Como da última vez.
Já fizemos essa promessa antes, e quis fazê-la novamente. Nosso relacionamento melhorou muito depois disso.
– Eu prometo.
Eu assenti novamente e olhei para baixo. Fiquei sem saber o que fazer, e apenas encarei o chão.
– Senti sua falta...-murmurei. Eu queria lhe dar certeza de meu amor por ele.
Tobias não respondeu. Apenas segurou meu rosto em suas mãos e me beijou, com delicadeza. Era a primeira vez que ficávamos realmente a sós em três anos. A saudade nos consumia e o beijo foi esquentando.

Eu agarrei seu cabelo e o puxei mais para mim. Ele segurou minha cintura e com a outra mão, fechou a porta do apartamento. Eu também não queria que ninguém atrapalhasse esse momento. Era somente eu e ele, como tinha que ser.
Ele me prensa contra a porta e cola ainda mais nossos corpos. Ainda nos beijando,ele puxa minha coxa direita para sua cintura. Apesar de meu corpo ainda estar bem dolorido, não reclamo de maneira nenhuma. Fiquei três anos sofrendo de abstinência dele, não iria parar só por causa da dor. Eu precisava dele como precisava do ar. Isso era fato.
Eu pulei em seu colo e ele me segurou, firme. Os beijos iam se aprofundando cada vez mais, e ele me levava para dentro do apartamento, para um cômodo onde julguei ser seu quarto. Me colocou delicadamente na cama e ficou por cima de mim,alisando minha cintura e subindo um pouco minha blusa. O contato direto de sua pele com a minha, me causou arrepios. Uma sensação boa percorria meu corpo a cada vez que ele me tocava.
Eu tentava a todo custo raciocinar, mas seu cheiro me consumia, e eu não lembrava de nada, nem mesmo meu nome. Ele parou o beijo por um momento, retirou sua camisa e se virou para meu pescoço. Ele sabia que ali era meu ponto fraco, e o explorava ao máximo. Eu arranhei suas costas, relembrando a linda tatuagem que ali havia e aproveitando o máximo que podia o tempo com ele.
– Eu te amo...-ele sussurrou, olhando bem em meus olhos.
– Eu também te amo...-respondo, sorrindo levemente.
Nos beijamos mais uma vez, com todo o amor que sentimos um pelo outro.
...
Essa vez não foi como a primeira. Nessa, estávamos mais confiantes, sem pressão, sem nenhuma desordem de qualquer tipo rodando a nossa volta. Eu me entrego a ele, sem medo, sem receio. Mesmo sendo pequena e magricela, eu me sinto amada e desejada por ele. Isso é o que me importa. Eu juro que, nesse exato momento, somos apenas Tris e Tobias, dois jovens adolescentes apaixonados. Eu sou dele e ele é meu. Sempre foi assim e sempre seria...


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Notas finais do capítulo

*LUMOS*

E aí, o que acharam? FOURTRIS FOREVER!! Gente eu amo muito esses dois. No próximo cap vão rolar algimas coisas meio tensas...só lendo para saber! Enfim, como vocês sabem eu não tenho uma data certa para postar, portanto fiquem atentos! Favoritem, indiquem e comentem mt! Bjss
PS: VAI BRASIL, ARRASA NO JOGO DE AMANHÃ! Rsrsrsrs

*NOX*



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