The system of factions escrita por Bruh Sevilha


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente! Oi!
Eu to adorando o crescimento da fic. Vários comentários sobre o último capítulo. Vocês são uns amores!
Mais uma coisa gente, tem uma galera lendo a fic que não comenta, favorita nem acompanha nem nada. Pelo menos acompanhem não é? 200 visualizações e a maioria não comenta. Mas obrigada de coração para o pessoal que comenta e tudo mais. O resto, parem de serem fantasminhas! Kkkk'
P.s.: desculpem por eu ter feito esse capítulo tão grande, mas passei o dia editando-o.
Bom, do mesmo jeito, obrigada por lerem!



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Saio do estúdio de tatuagens com o pulso um pouco anestesiado, mas a dor é passageira por que a tatuagem é pequena. Quer dizer, o traço horizontal vai de um lado ao outro do meu pulso e é preto. Por mais que a tatuagem seja talvez a mais simples que tem, eu gostei pelo seu significado.

Já tenho em mente um plano para ajudar Tris a lutar. Mas não sei como encontrar o instrumento principal para isso. Decido esperar perto da grade do abismo. Não sou nenhum tipo de suicida para pensar em me jogar aqui, mas eu gosto de ver a água caindo... É algo admirável. Não sei por que.

Observo as pessoas irem e virem mas não acho a quem procuro. Fico por lá durante quase uma hora e reparo que está quase na hora do jantar. O dormitório deve estar vazio e eu posso então tomar um banho finalmente.

Me apresso para chegar ao dormitório e quando chego, está completamente vazio.

Corro para a ducha e consigo pendurar algumas toalhas para usar de cortina enquanto tomo meu banho. Não demoro nem cinco minutos direito e puxo uma das toalhas e me enrolo nela.

Espreito o dormitório e ainda não chegou ninguém. Corro até minha cama e pego qualquer vestimenta que não esteja soada. Um suéter! Sim, tem um suéter! Eu sou loucamente apaixonada por suéter's e não sabia que havia um aqui! Pego o suéter, uma calcinha, um sutiã e uma calça jeans colada e preta, mas não é legging. Volto para o banheiro, fecho minha cortina improvisada e me visto.

Saio do banheiro descalça e passando a mão pelo cabelo que estava preso para que não molhasse.

Sento-me na cama e começo a colocar meu tênis de pano simples. Tenho este e outro para corridas, mas tenho algum sismo que amo tênis de pano e como não preciso correr por algum tempo, não me preocupo.

Estou quase terminando de calçar quando alguém entra no quarto. Não só uma pessoa, na verdade três; Peter e sua gangue.

Bufo impaciente me apressando para terminar de colocar meu tênis.

— Erudita... — diz Peter. — Olá, não é?

— Olá. — eu digo impaciente.

— Nossa, por que o mal humor? — ele pergunta, cínico.

— Por que você está aqui.

— Ei, espere. — ele diz quando me levanto para ir embora. — Por que me odeia?

— Por que sei o que fazia na Franqueza. E sei quanta maldade há em você. Desculpe, não quero ser nenhum tipo de vítima. — eu digo friamente.

O contorno e ele segura meu braço.

— Me solte. — eu vocifero.

— Por que? O que fará? — pergunta ele.

Olho ao redor e Edward e Molly estão conversando no canto do quarto.

— Só vou dizer mais uma vez; me solte. — eu sigo o encarando sério e cerrando o punho solto.

— Não. — ele diz lentamente.

Não espero mais para dar uma cotovelada com o braço solto. Ele leva a mão ao nariz que parece sangrar por que bati com toda minha força.

— Não tente mexer comigo. — eu digo.

Ele então num reflexo dá um soco rápido e forte no meu nariz que também sangra. Olho com olhos arregalados de surpresa para ele e dou mais um soco no rosto dele. Chuto seu peitoral e ele cai no chão. Dou outro soco no rosto dele enquanto ele fica deitado no chão.

— Eu já disse, e repito garoto: não mexa comigo. — eu digo friamente. — E se não quiser ficar desmaiado em pleno dormitório, não tente me revidar.

Edward e Molly barram meu caminho. Aponto para os dois.

— Se eu fosse vocês, parava de mexer comigo e iria socorrer o amigo de vocês.

Eles se olham e vão ajudar Peter.

— Não vai ficar barato, ouviu? — grita Peter quando estou saindo do dormitório.

— Claro, claro Peter. — eu digo.

Vou andando pelos corredores e levo minha mão ao nariz, ainda sangra. Eu sou rápida para lutar.

Entro no refeitório e procuro por quem estava procurando. Encontro-o na mesa dos iniciandos nascidos na Audácia. Me aproximo da mesa e o cutuco.

— Zeke. — eu o chamo.

Ele vira-se para mim e diz espantado:

— Espera, as lutas dos transferidos não começavam amanhã?

Ele pega um guardanapo e entrega-o para mim. Coloco no nariz e digo:

— Obrigada. E sim. Tive uma pequena briga no dormitório.

— Mas é seu primeiro dia! Nem o Uriah ou a Lynn brigaram com alguém. — ele diz e eu e ele rimos. — Está bem, mas evite estas brigas. São perigosas. De verdade.

— Está bem, mas não foi eu quem comecei. — eu digo. Inclino a cabeça ainda com o guardanapo pressionado no nariz. — Conhece o Uriah?

— Devido ele ser meu irmão... É, sou obrigado a conhecê-lo.

Eu sou risada e coloco a outra mão na teste.

— Como esse complexo é pequeno. Conheci-o no estúdio de tatuagens, hoje.

— Você fez uma tatuagem! — ele diz animado. — Aonde? Quero ver!

Então troco o pulso de segurar o nariz e estico o braço esquerdo.

— Puxa a manga do suéter para cima, por favor. — eu digo, por que a minha pressiona o guardanapo ainda.

Ele segura a minha mão com uma mão dele e puxa a manga um pouco para cima, revelando meu símbolo de diferente.

Eu sorrio e ele também.

— Um símbolo de diferente? — ele pergunta levemente confuso. — Por que?

— Reparou que está no braço esquerdo, certo? — pergunto o encarando. — Pois bem, esquerdo é onde o coração fica. E o símbolo de diferente significa eu ser diferente. Sou diferente; eu e meu coração. É algo complicado de entender, mas quando vi o símbolo no estúdio foi algo que me prendeu e me chamou.

Eu e ele rimos de leve.

— A propósito... — eu digo recolhendo a mão. — Preciso de sua ajuda com uma coisa.

— Até que enfim! — ele diz sorrindo. — Pode dizer.

— Conhece a Tris, não é? Quer dizer, quase todo mundo conhece.

— Foi a primeira a saltar não é? A ex careta? — ele pergunta. — Se for, sim conheço.

— Sim, ela mesma. Pois bem, ela não sabe lutar muito bem, e prometi que a ajudaria. Eu até que sei lutar, mas...

— É, repara-se. — ele diz apontando para meu nariz sangrento.

— Ei! Só para constar, eu ganhei a briga. — eu digo trocando o peso de perna. — Enfim, preciso de sua ajuda. Eu até poderia treiná-la sozinha e tudo mais, só que acho que com ajuda de alguém nascido da Audácia seria mais fácil.

— Pode ser. Quando quer que ajude?

— Hoje depois do jantar? — eu pergunto.

— Ah, a luta de vocês começam amanhã. Certo. Só com uma condição.

— Ah, certo. Que condição?

— Posso levar alguns amigos? — ele pergunta animado.

— Pode ser, pode ser. — eu digo derrotada.

Nem vou tentar contrariá-lo.

— Isso. — ele comemora. — Está bem, vai lavar esse nariz e jantar. Depois me encontre no Fosso com a Tris.

Eu assinto e nos despedimos. Vou até o bebedouro, que tem um pequeno lavatório do lado e limpo meu nariz que ainda sangra. Passo um papel por ele e vou para minha mesa. Ainda está inchado, mas não sangra.

— E aí pessoal? — eu digo chegando na mesa. — Onde estavam?

— Nós fomos comprar roupas. — diz Christina, se referindo a Tris e ela.

— E nós fomos andar por aí. — diz Will, se referindo a Al e ele. — E onde você foi que até voltou com um nariz inchado e machucado?

— Tive uma pequena briga no dormitório. Nada demais. — eu digo dando de ombros e começando a comer.

— Claro, nada demais que até está com o nariz machucado. — diz Christina.

— Peter. — eu digo. — Briguei com ele. Nada demais.

— E como não está morta? — Tris pergunta me encarando.

— Por que fui mais rápida que ele. — eu digo.

Começo a contar como foi a briga e eles ficam espantados. Conto do que ele e eu dissemos e tudo.

— Você está louca? — pergunta Christina. — Aquela trio do mal vai fazer alguma coisa com você. Os três contra você, não dará certo.

— Não tentarão. — eu digo. — E não será algo que me mate.

Eles param de discutir comigo, pois sabem que será difícil me contrariar. Começamos a conversar e lembro-me de avisar Tris:

— Coma bem. Hoje depois do refeitório, treinaremos.

Ela me encara e sorri. Balança a cabeça e continua a comer. Continuamos a conversar.

+++

Terminamos de jantar e Al, Will e Christina dizem que não precisam de ajuda para lutar e que vão dar uma volta por aí. Eu e Tris o deixamos ir e vamos para perto do abismo.

Na ponte de metal, encontro Uriah, Zeke e duas garotas conversando. Zeke me vê e acena com a mão. Eu e Tris nos aproximamos e ela diz timidamente:

— Oi, gente.

— Hum, então. Tris, estes são Zeke e Uriah e... — eu digo.

— Eu sou Marlene e essa é Lynn. — diz Marlene.

Marlene tem longos cabelos negros e pele clara. Olhos grandes e escuros e ela parece ser animada pela sua postura.

Já Lynn, parece séria e desanimada. Ela tem uma parte do lado da cabeça raspada e tem olhos escuros e contornados por lápis de olho.

— Então está bem, vamos para a sala de treinamento. — diz Uriah.

— Eba! — diz Marlene, ela começa a saltitar em direção a sala de treinamento.

— Ai meu Deus! — eu digo e ela para. — Você também saltita para andar pelo complexo? Viu, Tris? Não sou só eu.

— Claro. — diz Tris rindo.

— Marlene certo? — digo indo para o lado dela. — Então, saltitar? Nossa, não sou só eu.

— Saltitar é como rir para mim. — ela diz rindo.

— Ai! Me abraça! — eu digo e nos abraçamos de lado, rindo.

Lynn me encara de modo estranho.

— Relaxa, ela fica mais legal com um tempo. — cochicha Marlene.

— Imagina! Ela parece legal, falo sério. Sou paciente. — eu digo.

Isso, em partes, é verdade. As pessoas costumam ser mais legais com um tempo. Como Tris; ela era calada e tímida. Careta. Mas depois, ficou engraçada e legal.

Chegamos na sala de treinamento e eu acendo rapidamente a luz. Marlene, Tris e Zeke me encaram confusos.

— O que? Acendi a luz. — eu digo.

— Você tem medo de escuro. — diz Lynn.

— Não... — eu digo. — O que? Ah, esqueçam.

— Mas que Sam fofa! — diz Zeke apertando minhas bochechas. — Tem medo de escuro. Isso vai aparecer na sua paisagem do medo, com certeza.

— Vai ser um dos últimos medos, por que os primeiros geralmente são os que não reconhecemos consciente, não é? — diz Uriah.

— Paisagem do medo? — eu pergunto confusa.

— Terceiro estágio de treinamento. Paisagem do medo. — diz Marlene.

Seguimos para o ringue. Fico olhando ao redor da sala de treinamento que não está completamente iluminada.

Acho que eu confesso ter medo de escuro e isso me persegue. É um medo que me persegue por que o escuro está em vários lugares. Se fosse algo como medo de altura, dá para se safar, por que dá para evitar a altura, mas não o escuro. A falta de luz.

— Está bem, como começamos a treiná-la? — eu pergunto.

— Simulando uma luta. — diz Uriah.

— Oba! Deixa comigo, quem quer lutar comigo? — diz Lynn. Ela sobe no ringue.

— Vamos lá. — diz Uriah. Ele também sobe no ringue.

— Primeiro como defender. Vamos fazer algo combinado. Lynn, tente me dar um soco bem no nariz.

Lynn tenta dar um soco bem no rosto de Uriah, rápida, mas Uriah dá um tapa no braço dela, afastando.

Eu me afasto do ringue, por que não quero assistir. Fico um pouco entediada com essas lições. Chego perto de uma pilastra e me sento ao chão, apoiando as costas na pilastra.

— E aí, Srta. Diferente. — diz Zeke, sentando-se ao meu lado.

Eu me assusto, pensando que ele disse Divergente. Mas então reparo que não foi isso o que ele disse. Sorrio e digo:

— Não é bom você continuar com a sua família? Aqui? — eu pergunto.

— Bom... Meu irmão e minha mãe são minha única família. — ele diz.

— Ah, eu... Sinto muito. — eu digo envergonhada.

Um rubor toma conta de meu rosto.

— Não precisa sentir, os pais morrerem é algo normal na Audácia. — ele diz sorrindo reconfortante para mim. Retribuo o sorriso. — Mas sei que é difícil manter o conceito de facção antes do sangue. Não tanto quanto você, claro.

Assinto com a cabeça.

— Meus pais estão sozinhos na Erudição e meu irmão gêmeo se transferiu para a Franqueza. — eu digo.

Sai simples e levemente minha voz falando isso. Mas não é assim. Acho que é a primeira vez que verbalizo estas palavras. Suspiro alto e olho ao redor por instinto.

— Relaxa. — diz Zeke. — É normal sentir medo.

— Eu sei. Mas não de escuro. Me sinto uma criança de cinco anos com medo de bicho papão.

Ele ri um pouco e diz:

— Eu também tenho medos, Uriah tem medos, Lynn tem medo e até o Quatro tem medos.

— Do que será que o Quatro tem medos? Aposto que ele tem medo de doces e que aquele jeito durão é uma máscara.

— Não... Ele tem poucos medos. — ele diz sério. — O Quatro é um caso complicado. O conheço desde que ele chegou aqui. Somos amigos, mas nunca o perguntei nada, por que depois que você o conhece, ele fica legal.

— Então ele é transferido? De que facção? — eu pergunto curiosa.

— Isso eu não posso dizer, por que é um segredo dele. — ele diz misterioso.

— Eu respeito. E você? Do que tem medo?

— De você. — ele diz e eu e ele rimos. — Fala sério, mal é seu primeiro dia aqui e você já ganhou uma briga. E ganhou mesmo.

Conto a história novamente de como briguei com Peter. Digo cada detalhe de tudo.

— Se eu fosse você, não me metia mais com esse garoto. — Zeke diz sério. — Estou falando sério. Ele é meio doentio. E acho que é tipo o Eric.

— O Eric e o Peter não me dão medo. Não tenho medo de ninguém, só de coisas.

— Sério? — ele arqueia as sobrancelhas e me encara. Eu o encaro de volta. — Não tem medo de que alguém te espanque até você morrer?

— Não. — eu digo. — Ninguém teria motivos para isso. Não fiz nada de errado a ninguém.

— Ei, vocês dois. — diz Uriah. — É a vez de vocês de lutarem.

— Contra quem? — eu pergunto me levantando e Zeke faz o mesmo.

— Pode ser um contra o outro. Mas luta pra valer, sem coreografia.

Olho espantada para Zeke e ele olha para mim também.

— Não vou te machucar. Quer dizer, vou, mas não gravemente. — ele diz.

Assinto, hesitante, com a cabeça.

Subimos no ringue e nos afastamos. Colocamos as mãos em frente ao rosto como defesa. Ele tenta um soco na minha costela, mas eu agarro seu braço e o puxo, desviando-me do caminho. Ele tropeça um pouco para a frente. Fico tensa, talvez ele fique com raiva e queira me machucar.

— Desculpe. — murmuro muito baixo, mas acho que ele ouviu.

Tento um soco em seu rosto, mas ele também dá um tapa no meu braço. Sinto a pancada arder rapidamente. Não sei se tento um soco no estômago, mas provavelmente falharia se tentasse, então tento uma joelhada nas costelas, rápida, mas ele agarra minha perna e me faz cair no chão.

Bato a cabeça com uma força brusca, mas me levanto rapidamente, pois não posso deixar o estômago a mostra para não levar um chute e ficar vulnerável.

— Isso é uma luta ou uma brincadeira? — pergunta Lynn.

Zeke desfere um soco na minha têmpora direita com força suficiente para eu ficar zonza e cambalear para trás. Mesmo zonza, tento dar um gancho com a esquerda, mas acabo lerda e ele segura meu braço e num movimento rápido, faz eu cair, novamente e bruscamente no chão. Minha cabeça bate com força no chão novamente e eu apago.

+++

Acordo não sei se muito ou pouco tempo depois, mas estou sendo carregada por alguém. Suspiro e sinto um cheiro doce de hortelã com maçã. Zeke.

— Hum... — eu resmungo inaudível.

— Sam! — ele diz aliviado. Para de andar e me olha. — Você está bem?

— Uhum. — eu digo resmungando de novo. — O que aconteceu?

— Hum... Desculpe. — ele diz cabisbaixo. — Eu te apaguei.

— Desculpe eu. Eu não queria te bater. — eu disse. — Sério. Não é uma desculpa. Hum... Pode me soltar, acho que consigo andar.

Ele me deixa delicadamente no chão mas permaneço com o braço ao redor de seu pescoço, por que ainda estou zonza. Ele me segura pela cintura e vamos andando.

— Tudo bem. Mas tente não ficar com pena dos outros. — ele diz. — Você não precisará ficar batendo nas pessoas na Audácia se não quiser. E só a iniciação.

Assinto com a cabeça. Só sinto minha cabeça doer e meu equilíbrio em falta, mas não estou com dores pelo corpo.

— Obrigada. — eu digo. — E Tris?

— Está treinando com Uriah e Lynn. Marlene foi pegar um saco de gelo e mandou eu te levar para em frente ao refeitório.

— Uhum... Acha que vou ganhar na luta de amanhã? Quer dizer, eu sou péssima.

— Você não é péssima. Só ficou com remorso por ter batido num amigo. Só não pense nisso na hora da luta. Lembre-se que não se matarão. Claro que ficarão machucados, mas tanto o seu oponente quanto você ficarão.

Eu dou uma leve risada. Chegamos em frente ao refeitório e Marlene já está nos esperando com o saco de gelo na mão.

— Acordou? — pergunta Marlene.

— Uhum. — eu digo. — Não foi nada. Obrigada.

Ela me entrega o saco de gelo. Coloco na minha têmpora direita. Zeke se afasta e encosta os dedos na minha têmpora direita e diz:

— Está com um hematoma.

— Amanhã estará um pouco melhor. — diz Marlene. — Eu dei uma estudada nos seus métodos de lutas, e quando Zeke te bateu eu já reparei seus pontos fracos. Cabeça. Você tem bons reflexos então os use para se proteger na cabeça. Talvez você fique tonta mais rápido com golpes na cabeça. E ficará lerda, e perderá.

— E seus reflexos. Tem que usá-los melhor. Você tem um bom reflexo, mas tem que tirar mais proveito deles. — diz Zeke.

— Ah, claro. — eu digo. — Valeu, gente. E a Tris? Como está indo?

— Ela é fraca. — diz Marlene. — Mas é muito rápida. Muito mesmo.

— Ser rápida é melhor do que ser forte, eu acho. — eu digo.

— E é. Se você fosse forte e lutasse com alguém rápido, perderia, por que seus golpes nunca acertariam a pessoa. — diz Zeke.

Assinto com a cabeça.

— Que horas são? — eu pergunto.

Marlene confere seu relógio de pulso e diz:

— 00:30h. Já está ficando tarde. Eu vou para o dormitório e vocês?

— Eu também. — eu digo. — Amanhã aviso Tris que fiquei cansada. Daqui a pouco ela também irá dormir.

— Vamos nós três então. — diz Zeke.

Então caminhamos até o dormitório conversando alheiamente sobre lutas e eles contam as lutas que participaram na Audácia e nós rimos muito.

A noite os corredores parecem ainda mais obscuros. Sempre olho para trás e para os corredores de outras ligações, por instinto.

Chegamos ao dormitório dos iniciandos nascidos da Audácia e Zeke diz:

— Quer que eu te leve até o seu? Por causa dos corredores...

— Não precisa. Tem luz aqui. — eu digo decidida.

— Certeza? — ele pergunta.

— Sim. Obrigada.

Me despeço deles e vou para meu dormitório.

Amanhã será finalmente a luta.

Será que passarei do primeiro estágio?

Talvez.

Não sei.


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Notas finais do capítulo

IMPORTANTE;
Eu fiz um quote da minha fic e vou postar no twitter, talvez logo agora. Ficou legalzinho. Eu fiz por falta do que fazer mesmo kkk'
Mas enfim, espero que estejam gostando da fic.
Comentem o que acharam e favoritem se gostaram e acompanhem para saber o resto kkk'
Até o próximo capítulo.



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