A Bella e o Monstro escrita por Leprechaun


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Música para escutar lendo esse capítulo:
My Love - Sia
—-----------------
www.youtube.com/watch?v=d7hKXYSoyQI‎



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/500322/chapter/12

Parada à sombra da Mansão Pattinson uma semana depois, eu admirava o oceano. Até onde os olhos podiam alcançar, parecia uma vasta extensão de seda cinza. Continuei observando ao redor. Logo depois da faixa de água que separava Pattinson da costa, estavam os casebres dos índios. Admirando a curva dos rochedos, vi minúsculas formas escuras. Sabia tratar-se dos pescadores trazendo o resultado de todo um dia trabalho exaustivo. Trabalho duro era sinônimo de vida honesta.

Era o que estava me faltando... Trabalho. Mãos ocupadas. Eu estava acostumada a servir cerveja até após a meia-noite e a cozinhar, cuidar do jardim e lavar as escadas.

Minha mãe foi criada para ter uma vida distinta e me havia educado para ter boas maneiras e para a leitura. Contudo, a realidade da vida tinha determinado meus hábitos diários. Eu não era moça para pintar ou tocar piano. Apesar de ter sido criada para servir o chá e conversar com graça, eu sabia exatamente quem era: uma dona de casa acostumada a trabalhar duro.

Edward tinha me afastado daquela vida. Havia uma semana que não fazia nada, exceto caminhar e me preocupar. Ele me levou para Pattinson, me tinha colocado em um enorme quarto de princesa e se fora sem nenhuma palavra. Desde então, eu não havia sido convidada a estar na presença dele, embora estivesse em casa, pois o vi cavalgando e caminhando no jardim. Uma vez, ouvi sua voz perto da escada e desci apressadamente, mas, ao chegar, ele já havia saído.

Ele me tirou da minha vida de algum modo e não me deu uma tarefa com a qual preencher minha nova existência. Esperei ser sua criada, mas, em vez disso, vivia em um limbo de incerteza, sem lugar nem objetivo. Era uma crueldade. Não podia passar mais um dia daquela maneira. Apoiando as mãos nos quadris, olhei para a casa. O exército de empregados que ele trouxera de Santtle tinha funções específicas e definidas. Todos tinham um dever. Exceto eu.

Suspirei, sabendo que, depois do tempo que tínhamos passado juntos, a presença de Edward crescera dentro de mim. Sentia falta dele. Me aproximei do caminho que levava a uma descida íngreme até a praia. Parecia traiçoeiro devido ao problema em minha perna, embora explorá-lo pudesse ser uma boa distração. Alertada por um som atrás de mim, virei-me para dar de cara com o homem que estive procurando.

— Está tentando me assustar? — perguntei.

— Você é muito corajosa. — Sorriu. — De mau humor, Bella? Brava com a minha ausência ou com a minha chegada?

— Você tem me evitado?

Ele ergueu as sobrancelhas e os ombros.

— De certo modo.

— E eu pensando que fosse um homem destemido — resmunguei. Ao ouvi-lo rir, fiquei feliz por vê-lo alegre.

Edward vestia um casaco de lã preto e estendeu-me uma bonita capa que carregava nos braços. Incerta se ele queria que eu a vestisse, meneei a cabeça e protestei:

— A capa é linda, mas não é minha.

— Agora é. —percebi que a alegria foi substituída por uma leve tensão, uma certa expectativa.

Aturdida, fiz menção de erguer a mão, mas desisti. Alguma coisa naquele olhar dava a impressão de que ele estava, de algum modo, vulnerável.

— Se não gostar, não precisa usar. — Ele deu de ombros e começou a dobrar a capa.

Por mais absurdo que parecesse, eu o tinha magoado.

— Não. Eu... eu... — Hesitei, insegura de como deveria agir. Não poderia aceitar uma peça tão cara. Toquei a capa com os dedos, maravilhada com a qualidade da peça. — Você é muito gentil — sussurrei. — Mas não entendo...

Ele me interrompeu.

— Não tente entender. Apenas aproveite. Deixe-me dar-lhe isso. E, por um momento, vamos fingir que sou gentil.

— Não entendo você e nem a sua lógica distorcida — declarei, áspera. — Você tem apenas que dizer uma palavra e minha vida voltaria a ser exatamente como era. Isso seria uma gentileza.

— Seria? — Os olhos pareciam incandescentes, o âmago de uma chama.

Surpreendida por aquele olhar, fiquei ainda mais confusa. Era aquilo que eu queria... Ou não? Voltar para o convívio do meu pai, e esquecer que conheci Edward Cullen?

Enquanto ele colocava a capa em meus ombros, eu o observava, ciente de que não poderia fingir indiferença ou mesmo antipatia. Desejava tê-lo conhecido em circunstâncias diferentes.

— Caminhe comigo — Edward ordenou, me oferecendo o braço.

— Um convite muito bem formulado — resmunguei.

Ante o olhar interrogativo de Edward, suspirei e deixei os últimos vestígios do meu aborrecimento de lado. Apoiei a mão no braço estendido e permiti que ele me conduzisse até o caminho que nós levaria ao mar.

Sozinha, não teria ousado tentar aquela descida, mas com Edward ao meu lado, assumiria o risco. O solo era desigual, forrado de pequenas pedras e alguns buracos. Eu caminhava com cuidado, pensando que deveria tomar igual cuidado ao conversar com ele.

— Edward, quando você comprou meus serviços, o que exatamente pretendia que eu fizesse?

Os músculos dos braços dele se retesaram e, apesar de ele não dizer nada, eu sabia que ele tinha escutado muito bem.

— Deve haver alguma coisa, alguma tarefa para eu desempenhar. Preciso ter alguma coisa para ocupar meus dias, algum propósito em minha vida. Não posso simplesmente ficar à janela olhando o céu e o mar. Não tenho habilidade para costura e nem para pintura, apesar de minha mãe ter tentado me ensinar. — Parei de falar, pensando que sentia muita falta de visitar o túmulo de mamãe. Olhei para ele de soslaio. Tinha que vencer uma batalha por vez. — Estou habituada a serviço pesado, cozinhar, servir e... gosto de trabalhar. Essa inatividade é um tormento para mim... — me interrompi ao tropeçar em uma pedra. Finquei os dedos no braço dele, que me amparou. Prendendo a respiração, apoiei-me nele até conseguir manter a compostura antes de dar outro passo. Então, vi que ele me estudava.

— É difícil? — perguntou.

— Às vezes. Mas a maior preocupação é a fraqueza. Posso dar um passo, ou dez ou cem e, de repente, sem aviso, a perna simplesmente se dobra e...

Me calei, alarmada com minha verbosidade. Ele era o único com quem eu discuti aquele assunto, com exceção do médico de Neah Bay, cuja prescrição fora apenas andar pouco e tomar láudano1 o mais frequentemente possível.

— Dois médicos, um de Neah Bay e o dr. Carlisle em Seattle, disseram que não há nada a fazer.

— Dr. Carlisle —Edward repetiu.

Assenti. Encontrei o nome do médico por acaso, quando um hóspede deixou alguns panfletos da Sociedade Real de Medicina. Animada com a informação que li, implorei para papai até ele concordar em escrever para o homem. Embora não tivesse tido nenhum contato com ele, papai enviara uma descrição detalhada da situação. A opinião do dr. Carlisle tinha sido bastante clara.

O olhar de Edward era de comiseração. Eu não podia imaginar por que tinha falado tanto, nem por que ele perguntou. De repente, lembrei-me das terríveis palavras que meu pai pronunciara diante dele, chamando-me de aleijada. Mortificada, olhei para o céu.

— Acho que vai chover — comentei.

Edward parou abruptamente e se virou para fitar-me, erguendo as sobrancelhas em uma clara sugestão de que sabia que eu queria evitar o assunto. Passou a mão pelo queixo.

— Cuide dos cardápios, Bella ou escolha alguma função de que goste, que lhe dê prazer.

Por um momento, eu apenas o encarei, confusa.

— Mas essas são funções da dona da casa — objetei. — Não são tarefas para uma criada.

— Você tem muita experiência como criada? — Ergueu de novo as sobrancelhas.

— Você sabe que não.

— Bem, nem eu tenho familiaridade com essas funções.

Um raio de sol atravessou as nuvens, incidindo sobre os cabelos e a pele dele. Edward sorriu, perigoso e fascinante, fazendo meu coração disparar.

— Faça o que preferir, minha Bella. Talvez, se trabalhasse com a aquarela, seu talento pudesse aflorar. Faça o que a tornar feliz.

— Feliz? Você quer que eu seja feliz?

Devagar e com gentileza, ele afastou uma mecha de cabelo do meu rosto. Não consegui pensar nem respirar. Todo o meu ser estava centrado no toque dele.

— Sim, Bella. Creio que é exatamente o que eu desejo.

Fechando os olhos, meu pulso acelerou e lembrei dos beijos que havíamos trocado. Seria aquilo a felicidade? Aquele tumulto que aquecia meu sangue e me fazia ansiar pelo toque dele?

— Você pode ir e vir como quiser. Não é minha criada. — Estreitou os olhos. — Apenas tome o cuidado de não se dirigir à Hospedaria Swan.

— Eu não sou criada? O que sou, então?

— Você não é... — Interrompeu-se, visivelmente frustrado. — Está bem. Fará o papel de minha hóspede.

— Não caçoe de mim, Edward Cullen. Está situação maluca é de sua total responsabilidade. — Me arrependi antes mesmo de terminar de pronunciar as palavras.

— Não inteiramente — ele disse, secamente, e virou o rosto para olhar as ondas do mar e as nuvens do céu.

— Posso visitar o túmulo de minha mãe? — perguntei, depois de um longo momento.

— Diariamente, se desejar. — Ele não me encarou.

— E minha prima Esme? — Ele deu de ombros.

— Convide-a para o chá. Convide toda a cidade. Pegue a carruagem e vá a Neiton para ver as lojas. Eu lhe darei dinheiro. Faça o que as mulheres costumam fazer.

— Mulheres fazem muitas coisas. Assam, costuram e tricotam, e lêem. Elas riem também. Visitam seus familiares... — Fiz um gesto de frustração. — Você não descreveu os deveres de uma criada, Edward.

— Nem você, doçura. Nem você.

Nós permanecemos em silêncio durante algum tempo até que ele suspirou e olhou finalmente para mim.

— O que você quer de mim, Isabella?

A pergunta, feita em um tom de voz grave, inquietou-me. O que eu queria dele? Queria minha liberdade, queria poder retomar para minha vida.

A brisa afastou os cabelos de Edward do rosto. Seus olhos estavam profundos e misteriosos. E percebi que desejava tocá-lo e que queria ser beijada. Não ansiava confrontá-lo naquela manhã e nem exigir uma tarefa. Ansiava por estar com ele, sentir o aroma da pele, correr os dedos pelos músculos fortes do seu braço.

Envergonhada, desviei o olhar.

Resmungando, Edward ergueu o meu queixo, obrigando-me a fitá-lo.

— Pensei em me manter afastado — murmurou. — Para garantir minha liberdade, para fugir dessa corrente que me prende a você. No entanto, uma semana parece três meses, cada momento é uma crueldade. Meus pensamentos estão presos a você. — Riu, nervosamente. — Pode ser loucura, mas sua presença ao mesmo tempo me traz paz e destrói minha paz de espírito. — Deixou cair a mão ao longo do corpo e deu um passo para trás.

Lágrimas assomaram aos meus olhos.

— Não é minha intenção. E tampouco carregarei o fardo de uma culpa que é sua, somente sua. Você foi o criador dessa situação. Suas ações e escolhas nos conduziram a isso.

— Ah... aí está minha garota corajosa. Nada a atemoriza?

Muitas coisas. Tudo. A não ser que eu estivesse do lado dele, quando meus medos e tormentos pareciam menores. Contudo, não lhe diria aquilo.

— Você é a filha do meu inimigo. — A declaração causou uma dor profunda no meu coração. — Deveria me odiar. Você enxerga o monstro que há em mim, mas mesmo assim não tem medo. Por quê? Você sabe o que eu sou.

— Não vejo nenhum monstro. Você é um homem. — Avancei um passo e levei a mão ao rosto dele, desesperada para entendê-lo, para curar a dor que o afligia. Podia sentir sua agonia embora não soubesse a origem. — Suas palavras são claras. Eu deveria odiá-lo — declarei com veemência.

Vi dor no olhar dele, depois desespero e então... mais nada.

— Eu destruirei seu pai.

— E destruirá a mim? Pretende me matar? Atirar-me da torre? Sua vingança preenche seu coração. Mas quando acabar com tudo, será suficiente? — Enrubesci, tomada pela emoção. Apontei para a Mansão Pattinson, no topo da colina que tínhamos acabado de descer. — Sabe, há muito tempo, lutei pela minha vida, nadando contra as ondas e pensando que, se eu pudesse alcançar essa ilha, essa praia, eu seria salva. Ouvi Pattinson me chamando aquele dia, ouvi as almas perdidas há centenas de anos gritando acima da tempestade, guiando meu caminho. As rochas me cobraram um preço, um preço de dor, de sangue e de desilusão. Mas, no fim, minha vida foi salva. Você acha que eu temo esse lugar, agora? Que eu temo você?

— Deveria. — Tocou-me no rosto com os nós dos dedos, e quase gemi, maravilhada com o toque dele. — Seja prudente, Bella. Encontre esse medo e se agarre a ele.

— Eu sei o que é sofrer, Edward, e agora você está aumentando o meu sofrimento. Afinal de contas, meu pai é tudo o que eu tenho. Você o destruirá. E isso destruirá a mim também.

Me virei, chorando, lembrando-me das palavras que mamãe dizia com frequência: Cuide do seu pai, Bellinha. Durante toda a minha infância, mamãe repetira aquelas palavras.

— Ele não vale a sua lealdade. — Edward estava tão perto que eu pude sentir a tensão e o poder que ele emanava. — Bella, não posso mudar o que eu sou. O que seu pai fez de mim.

— Não. Suas palavras são uma falácia. Meu pai não o transformou. Um homem escolhe seu próprio caminho. Você pode pôr de lado essa pérfida obsessão.

— Você ousa pedir isso? — Colocou as mãos nos meus ombros, me forçando a encara-lo.

— Sim — sussurrei.

— Não posso. Como tampouco posso pôr de lado essa loucura, esse desejo que me queima para torná-la minha.

Aproximando-se, ele me tocou no pescoço. Dominada pela emoção, comecei a tremer. Com um grito, recuei até uma grande rocha atrás de mim. Ele avançou, colocando as palmas das mãos próximas aos lados de minha cabeça, prendendo-me entre a rocha e seu corpo. Em um momento insano, desejei afundar o rosto naquele peito forte e inalar seu perfume. Foi como se uma faísca chamejasse dentro de mim, queimando meu bom senso, deixando um rastro de desejo por onde passava.

—Edward... — sussurrei.

— Por isso preciso me manter afastado. — Gemeu, correndo os dedos por meus cabelos.

Lembrando do modo como fui beijada, prendi a respiração, antecipando o sabor da boca de Edward, e ergui o rosto, hipnotizada e trêmula, sentindo o mundo girar ao meu redor. Com um longo gemido, ele me beijou, procurando minha língua, perdendo-se na paixão que nós consumia.

Edward me enlaçou pela cintura, puxando-me mais ainda contra seu corpo, como se nunca fosse perto suficiente. Com um gemido estrangulado, o abracei, aproximando-me ainda mais. Incapaz de me controlar, enfiei as mãos por dentro da camisa dele. Estremeci ao sentir a pele nua, e comecei a explorar as costas largas e fortes. Através da névoa do desejo intenso que me dominava, o senti tremer, como se estivesse fazendo um grande esforço para se controlar.

Então ele congelou.

Edward ergueu as mãos, olhando-as com uma expressão fria, antes de cerrar os punhos e soltar ao longo do corpo.

— Eu matei homens — murmurou, antes de abaixar a cabeça. Quando a ergueu novamente, seus olhos estavam distantes. — Não apenas com uma pistola ou um punhal. Eu tive a cabeça de um homem em minhas mãos e a torci até sentir um estalido de osso fraturado. E aquilo me encheu de satisfação.

Oh, Deus. O horror da descrição me invadiu, fazendo-me gelar. Por mais sentimentos que eu tivesse por ele, Edward Cullen era um completo desconhecido. Um homem com segredos, perdido nas sombras e na escuridão.

E eu estivera a ponto de me entregar a ele, ali na praia, à vista de quem passasse. Entregar-me a ele? Por um momento, desejei implorar que ele me tomasse.

— Você merece coisa melhor. — Ergueu as mãos novamente. — Melhor do que eu posso dar. Estou tomado por veneno e pelo ódio. Você merece um destino melhor.

— Você não é assim, Edward. Há bondade em você, há gentileza e afeição...

— Não fantasie a meu respeito — ele me interrompeu. — Que emoção você imagina em mim, Bella? Ódio? Vingança? São as únicas emoções que eu conheço.

— Honra — disse, certa de ser algo que ele valorizava. — Imagino honra em você. Não, não imagino. Sei que a possui. — O olhei durante um longo momento, então der repente senti como se um véu houvesse sido removido de meus olhos. — Por isso me contratou como criada, não foi? Não para magoar meu pai, porque você acha que ele não se importa tanto assim comigo. Não. Sua honra o proibiu de deixar que uma pessoa inocente fosse prejudicada. Desse modo, me tomou como sua responsabilidade para que, quando destruir meu pai, eu não sofra.

Esperei pela resposta dele com o coração disparado até que não pudesse mais suportar o silêncio.

— Olhe para mim! — gritei, as lágrimas escorrendo por meu rosto, que eu tentava inutilmente as enxugar com as costas da mão.

— Você é a ferramenta que eu uso para machucar o homem que eu odeio profundamente.

— Minta para você, Edward, se puder.

Ele abriu a boca, para logo em seguida fechá-la. Abriu-a novamente e deixou escapar um som semelhante a uma risada.

— Sou um péssimo mentiroso, o que é um defeito perigoso em um contrabandista e ladrão. — Meneou a cabeça. — Minha Bella, eu a protegeria de qualquer um que a quisesse ferir. Incluindo a mim mesmo. — Respirou profundamente. — Especialmente a mim mesmo.

Edward ficou parado na minha frente, rígido e sua respiração controlada.

— Mandarei que Jasper a leve para casa em segurança. Não saia dessa praia nem tente subir a colina sem ele.

Eu apenas assenti, sem poder responder. Desviei o olhar para as ondas do mar, agora bravio e turbulento como minha alma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1: O láudano é citado como um anestésico que era usado em cirurgias, foi muito automedicado por pacientes entre os séculos XVII e XIX para aliviar dores, mas, por possuir como efeito colateral uma séria perda de memória, foi banido em 1934.
—-------------------
Espero que tenham gostado :)
—---------------------------
imagem: http://aurorawienhold.deviantart.com/